2007/01/03

SIMPLEX (???) Em Acção.

Esta história, que transcrevo, abaixo, na íntegra, foi-me enviada por email.

É caso para dizer: Um bom exemplo de SIMPLEX... à Portuguesa.
.../...
Desloquei-me, com o meu filho, a uma dependência da Caixa Geral de Depósitos a fim de levantar o dinheiro que existia numa conta em seu nome. O fim a que esse dinheiro se destinava estava definido há muito tempo. Era para pagar as lições para a tão desejada carta de condução.

Esperámos, pacientemente, na fila de atendimento que, como é do conhecimento geral, é de lenta progressão e capaz de fazer perder a paciência a um qualquer Santo. E assim chegámos à fala com a senhora que, por sinal simpática, ao ver ao que vínhamos pergunta:
- Já fez prova de maioridade?

Espantado, pois, que me lembre, quando passei para a idade adulta, não fui confrontado com tal prova e isto antes dos simplex, bastando, então, a apresentação do B.I.


Respondi-lhe que não.
Fui informado de que tinha de passar ao balcão de atendimento geral e fazer a tal prova, julgava eu, "simplex” mas, só por si, já despropositada.
Lá fui para mais uma fila, meditando na vida do bacalhau exposto ao sol.
Chega a minha vez de ser atendido que, se diga em abono da verdade, a fila era curta, tão curta como longo foi o tempo de espera para ser atendido, chega a informação:
- Para fazer a prova de maioridade o B.I. e uma certidão de nascimento não são suficientes nem válidos.
Para provar a maioridade tinha, o “adulto”, que apresentar um atestado de residência passado pela junta de freguesia. Isto se queria levantar o dinheiro que era seu.

Não me fiquei e, sossegando a menina que estava do outro lado da barreira, perguntei.
- Eu sei que não tem culpa, mas já agora, quem foi o imbecil que inventou essa norma?
É colocado na minha frente um papel com as directivas do Banco de Portugal.
Então, entendi a razão de tão chorudos salários.
Só alguém muuuito "inteligente" e de extraordinária capacidade (para complicar a vida de todos), poderia ter tão "brilhante" ideia.
O que antes era fácil agora, simplex, passou a ser complicado... complicadex, para não destoar.
E assim, vociferando contra a imbecilidade te tal exigência, lá fui até à Junta de Freguesia onde foi preenchido o tal atestado de residência, "confirmado" através da apresentação do B.I. e atestado pelo cartão de eleitor.

Mas a cereja estava para vir e veio na forma de:
- Pague, ali à minha colega na tesouraria, 6.79€.
Foi aí que percebi: era, afinal, mais um imposto! Mais uma forma de sacar algum. Mais uma forma, expedita, de lhes encher o C…

Já com o Dia da Defesa marcado para apresentação em Base Naval de Lisboa por ter cumprido percurso de vida superior a 18 anos tem, o mesmo cidadão, para levantar o que é seu, de "provar", hoje de forma insólita, o que antes acontecia por simples "constatação de facto".
E pagar mais um dos famigerados impostos camuflados de que estes politiqueiros são tão amigos.
Falta acrescentar que, o que pensava resolver numa hora, me custou uma manhã e não ficou resolvido. O atestado só ficou pronto no dia seguinte.

Mais uma manhã de solidariedade para com o bacalhau.
É o simplex!... Porque será, que fiquei com a sensação de que fui roubado?

Ass.: carlocos