Até Quando, Meu Deus!
“"O que está acontecendo na Palestina, não é justificável por nenhuma moralidade ou código de ética. Certamente, seria um crime contra a humanidade reduzir o orgulho árabe para que a Palestina fosse entregue aos judeus parcialmente ou totalmente como o lar nacional judaico."
Gandhi
O Destaque das notícias de hoje, dia 2006-07-30:
O ataque aéreo israelita esta madrugada (pouco depois da uma da manhã, apanhando todos a dormir) em Canãa, no Sul do Líbano, matou mais de 60 civis entre os quais 37 crianças e 9 mulheres. O balanço não é definitivo, podendo aumentar o número de vítimas, sob os escombros.
Sobe, assim, para 504 o número de mortos resultantes dos ataques de Israel, durante os últimos 19 dias.
O prédio atingido pelo míssil albergava, inclusive, refugiados vindos duma outra povoação…
Este tem sido o calvário daqueles povos perseguidos por Israel: fugir dum lado para o outro e continuar a fugir (os que sobrevivem a estes massacres premeditados e sistemáticos).
Israel diz que o alvo era uma base de lançamento de mísseis do Hezbollah. José Rodrigues dos Santos disse, em directo, que, chegado ao local pouco depois do ataque, não viu quaisquer vestígios da existência de material de guerra…
Agora eu não tenho dúvidas de que o rapto dos soldados Israelitas foi encenado, encomendado, o que se quiser, para servir de pretexto a mais este rol de crimes de Israel. O verdadeiro objectivo é prosseguir os massacres. Israel também usa aquele procedimento dos USA de "fabricar terroristas" (é para isso que mantem presos uma enorme quantidade de palestinianois, incluindo crianças), para depois cometer todos estes actos de chacina pretextando o terrorismo. Ainda haveremos de concluir, um dia, que alguns desses actos são cometidos por espiões provocadores...
Israel bombardeou, deliberadamente, um prédio cheio de civis?
Nãão?!
Eles nunca seriam capazes duma coisa dessas! Ou seriam? Ou era esse o objectivo desde o início?
Vejamos como os cronistas relatam alguns dos piores momentos deste conflito:
“Entre AS NUMEROSAS ACÇÕES realizadas pelo Irgun (organização armada Israelita) contra as autoridades britânicas, a mais conhecida é o atentado do Hotel King David em Jerusalém, onde estava instalada a administração governamental. A explosão de uma ala do edifício, no dia 22 de Julho de 1946, custou a vida a 91 pessoas, das quais 86 funcionários (britânicos, árabes e judeus).”
“Entre setecentos a novecentos mil palestinos do que se tornou o território de Israel, isto é, a esmagadora maioria da sua população autóctone, encontraram-se na situação de refugiados. Uns fugiram de suas casas aterrorizados com a aproximação das forças judaicas.
O pânico que se abateu sobre a população palestina foi criado, em boa parte, pelos massacres cometidos pelas forças judaicas em vários pontos do país. O mais conhecido é o de Der Yassin, que era então uma aldeia na vizinhança de Jerusalém.
A 9 de Abril de 1948, um comando do Irgun e do Stern entrou em Der Yassin e massacrou mais de cem pessoas, homens, mulheres e crianças; guardando os restantes para serem executados numa aldeia vizinha, com o objectivo de espalhar o terror.
A notícia desse massacre provocou a fuga de cerca de 100.000 pessoas da região de Jerusalém. Outros palestinos foram expulsos à força.
Entre os vários casos conhecidos, os de maiores proporções tiveram lugar em Lida (a atual cidade de Lod) e Ramlé. Uma escaramuça com tropas árabes ocorrida no dia 12 de Julho de 1948 serviu de pretexto ao exército de Israel para uma violenta repressão que custou a vida a 250 pessoas, algumas das quais eram prisioneiros desarmados, assim como para a expulsão de cerca de 70.000 pessoas, algumas das quais já eram refugiadas.”…
A ordem de expulsão foi dada pelo próprio Primeiro-Ministro.”
Nas sociedades humanas, é sabido que: “Onde há opressão há resistência” e, por isso:
“A situação mudou a partir de 1967. O povo palestino voltou a tomar em mãos o seu destino. Por mais que se tenha esforçado por negar a sua existência, Israel teve finalmente que reconhecer o povo palestino não só como povo, mas também como "interlocutor/inimigo" inevitável. Encarnou as aspirações nacionais palestinas a Organização de Libertação da Palestina (OLP)”
O problema de quem comanda os destinos de Israel é que eles não são humanos, são predadores, monstros; por isso ignoram os restantes povos como povos e também ignoram as leis básicas da humanidade. Israel não tem futuro!
Mas a lista interminável dos massacres cometidos por Israel continua:
“No dia 6 de Junho de 1982, Israel invadiu o Líbano com a intenção declarada de expulsar de lá a OLP. bombardeou Beirute durante dois meses. Saldo: 12 mil mortos libaneses.
Nos termos de um cessar-fogo negociado sob a égide dos U.S., as forças da OLP foram evacuadas do Líbano entre 10 e 13 de Setembro desse ano, mudando-se a sua chefia para Tunes.
Foi então que se deram os massacres de Sabra e de Chatila. O exército de Israel ocupou a parte ocidental de Beirute. No dia 16, enquanto os soldados israelitas cercavam os campos e “assistiam” aos massacres…milícias falangistas cristãs entraram nos campos de refugiados palestinianos de Sabra e Chatila e violaram e mataram tudo o que mexesse. Numa orgia de sangue, liquidaram mais de dois mil civis, quase todos mulheres e crianças. Israel, com especial empenho do ministro da Defesa de então, Ariel Sharon, deu o seu gracioso patrocínio, também na execução da matança. Iluminou os alvos e usou os seus «bulldozers» para abrir as necessárias valas comuns.
Depois, para “apagar” as pistas:
“"O líder de extrema direita Elie Hobeika, chefe das milícias cristãs libanesas, e os seus guarda-costas, morreram a 24 de Janeiro de 2002, vítimas dum atentado com um carro armadilhado. Hobeika foi responsável pelos massacres de Sabra e Chatila em 1982, mas voltou-se contra Israel. O atentado que o vitimou acontece precisamente quando ele se dispunha a testemunhar contra Ariel Sharon, no processo que lhe foi movida na Bélgica, por crimes contra a humanidade. O assassinato, de Hobeika, terá sido uma “operação” conjunta da CIA e da Mossad."
Como vêem, um padrão de comportamento digno de qualquer máfia tenebrosa…
Agora, usando o pretexto, fabricado, do rapto dos soldados, Israel prossegue a sua acção de extermínio e chacina, com a complacência, como sempre, da ONU, da Administração Americana e dos restantes governantes dos restantes países do Mundo. Tanto assim é que o Primeiro Ministro diz que “precisa” de mais oito dias para cumprir os seus objectivos…
Os seus objectivos são os de Sempre: desalojar e chacinar as populações à sua volta!
E Para quê?
O GRANDE pretexto, de meia dúzia de mafiosos, nazis, facínoras, torcionários, que controlam o estado de Israel, para toda esta chacina, para todas estas atrocidades, é:
“O judaísmo conserva a esperança de que um dia todo o povo judaico disperso "regressará" ao que chama "a Terra/País de Israel", onde se reunirá e viverá como nação, observando rigorosa e integralmente a Lei divina. A nação judaica será assim "inteiramente liberta da servidão" das outras nações.
(Mas atenção!): A "redenção de Israel" transbordará, estendendo-se a todos os seres humanos e ao mundo inteiro.”
(Ou seja: estamos todos em perigo).
Porém:
“Tudo isso será obra de Deus, não do povo.”
“Para a maioria esmagadora dos rabinos da Europa central e oriental que se encontraram confrontados com ele, o projecto dos sionistas de criar o estado dos judeus, apoiando-se, para isso, nos seus próprios meios políticos, diplomáticos e económicos, era a negação da esperança na "redenção de Israel" por iniciativa e obra exclusivas de Deus. Por isso, condenaram o sionismo como uma manifestação de orgulho, o pecado por excelência.”
O que me pergunto é:
Até quando irá a humanidade permitir que esses facínoras tenham protecção e cumplicidade de todos os restantes governantes do Mundo, dos seus parceiros e aparentados, igualmente infames, que controlam a Administração Americana, da ONU e a complacência das organizações cívicas?
Afinal para que serve a ONU? Para compactuar com tais infâmias?
Israel tem de, no mínimo e de imediato, ser expulso da ONU e sofrer pesadas e rigorosas sanções de todos os países do Mundo… Pois se nem cumpre as resoluções da ONU… Ou a ONU deve desaparecer, porque não cumpre os seus objectivos e ajuda a violá-los, ajuda a aviltar a humanidade.
As pessoas não percebem, mas é o futuro do Mundo (melhor ou pior) que se decide em cada uma dessas vítimas (tanto ali como no Iraque).”
Portanto, eu defendo manifestações e outras formas de pressão, denúncias incluídas, cartas, "emails"... não em frente à embaixada de Israel (o que é um absurdo) mas em frente ao Parlamento, à residência do Primeiro Ministro, às instalações da U.E.
São esses que são responsáveis por nos representar no que concerne às decisões a adoptar para resolução, digna e definitiva, desta questão (e das outras igualmente abjectas, como é o caso da Luta contra o terrorismo, da ocupação do Iraque, também por facínoras, do Afeganistão… do terrorismo dos U.S. e dos serviços secretos e espiões ao seu serviço, por todo o Mundo).
Por isso vos peço, em nome da salvaguarda da nossa dignidade humana, em nome do civismo e também em nome da nossa segurança colectiva:
Divulguem este texto (ou outro que vos pareça esclarecedor) e
ADOPTEM UMA ATITUDE DE DIGNIDADE,
já que esta gente que nos governa desconhece o que isso seja!
É também para acabar com estas cumplicidades (de gente vil, governantes) por todo o Mundo que eu defendo a valoração da abstenção. Para que os governantes saibam (não possam ignorar) que é aos seus povos que devem fidelidade e lealdade, é a vontade dos seus povos que devem respeitar e não a destes gangsters.
As atrocidades de Israel têm de ser travadas, antes que seja tarde demais!