Há uns bons anos, de vez em quando, os políticos publicavam uma amnistia para "crimes" de difamação, multas, etc. Há muito tempo que não há amnistias. Agora isso acabou. Porquê?
Porque a justiça se entretém a "punir" as vítimas de crimes que ousem apresentar queixa, transformando as queixas (que nunca se provam) em "difamação" e usando depois esses processos e as respectivas multas em actos de extorsão e de terrorismo.
O método é simples: as "regras" da justiça e dos processos judiciais são absurdas e anacrónicas, não têm nada que ver com a vida das pessoas e com a justiça e segurança de que necessitam. É longo (e talvez fastidioso para muitos) explicar aqui, com o necessário pormenor, a forma como "a coisa" funciona; mas pode-se afirmar, com segurança, que é uma das GRANDES causas da crise da justiça QUE ASSIM SE JUSTIFICA A SI PRÓPRIA mas que, assim, protege e garante impunidade a criminosos e bandidos, entretendo-se a molestar (e a multar) as vítimas dos bandidos e as pessoas de bem (EU SOU UMA PESSOA DE BEM, e é por me preocupar com o BEM da sociedade que me indigno e uso o meu direito de liberdade de expressão).
Quando as vítimas de crimes apresentam queixa, NADA se prova porque, a esmagadora maioria das vezes, nada se PODE provar. Quem pode investigar e provar não o faz, não o quer fazer e quem quer provar NÃO PODE, até porque não pode investigar (e, mesmo que pudesse, não é sua função nem tem meios para tal...).
Quando os cidadãos apresentam queixa, NADA, se prova, NEM SEQUER se prova o ÓBVIO E O EVIDENTE, não se prova nem aquilo que TODOS SABEM e constatam. Sim porque "prova" é outra coisa. É qualquer coisa que o cidadão não percebe, não sabe o que é, nem tem nada que saber, porque as regras são assim mesmo, PORQUE A JUSTIÇA NÃO É PARA SERVIR A SOCIEDADE; justifica-se a si mesma. O importante é que NADA se prove...
É esta CRISE da justiça que produz o actual descalabro de insegurança que se vive, com o aumentar, constante, dos crimes violentos e cruéis, QUE CONTINUAM A USUFRUIR DE IMPUNIDADE porque NADA SE PROVA, nunca, a não ser que seja alguma conspiração como o processo Casa Pia. Nesses casos já tudo "se prova" e até se prendem e condenam inocentes. Enfim, a coisa é mais complicada do que é possível expressar em raciocínio lógico, por palavras, porque não tem lógica; quando é mentira e para condenar inocentes "PROVA-SE"; quando é verdade e para punir criminosos, NÃO SE PROVA.
Convido-vos a ler a transcrição abaixo, duma queixa que enviei ao MAI, onde descrevo a forma como a "justiça" exturque dinheiro ao cidadão comum (para eles não há crise); extorsão que é o principal motivo pelo qual deixou de haver amnistias para estes "crimes" que nem sequer o são.
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Tal como descrevo no relato abaixo, fui detida pela polícia, no dia 20 de Julho de 2009, para ser presente a Tribunal, no dia seguinte, para audiência de Julgamento do Proc. nº 13158/04.OTDLSB. O processo deve-se ao facto de eu ter a mania de USAR os meus direitos fundamentais, de exercer o meu direito de liberdade de expressão e de opinião e, mais concretamente, de ter direito à indignação e de a expressar.
No caso concreto, a indignação foi(-me) provocada pela exibição pública de atitudes ignóbeis do "assistente" do Processo, José Maria Martins, cuja imagem me aparecia dentro de casa, sem pedir licença, através da televisão, TODOS OS DIAS, a provocar indigestão do jantar. Não conhecia o indivíduo, não conheço, não quero conhecer, mas não há nenhuma lei ou regra consentânea com a liberdade individual e com os direitos fundamentais que me obrigue a calar a indignação que as suas despudoradas exibições públicas me provocavam, engolindo-as e dando cabo da minha saúde, calando.
Sabendo nós, como sabemos e confirmamos através de relatos que nos chegam diariamenteos, que proliferam casos de criminalidade violenta e cruel, vitimando o cidadão comum que, quando se dirige à poliícia para se queixar, se vê confrontado com uma revoltante indiferença, choca e revolta que o simples facto de a gente fazer uso dos nossos direitos fundamentais, seja motivo suficiente para a perseguição de que tenho sido vítima, por parte da justiça, ao serviço deste tipo de gente.
A polícia não tem meios para punir criminosos, nem para os prender, nem para os importunar, mas tem meios para perseguir AS VÍTIMAS.
A agressão de que fui vítima e que relato abaixo, veio PROVAR, sem qualquer margem para dúvidas, o quanto a minha indignação e interpretação dos factos estava (está) correcta. Isto é puro gangsterismo terrorista e, se eu não tivesse razão, essa gente seria incapaz de tais e tão ignóbeis actos como os de que tenho sido vítima e me queixo. Neste momento estou sob ameaça constante de ser vítima, novamente e repetidamente, de actos e abusos desta natureza.
É que as instituições da justiça têm mil e uma maneiras de molestar e perseguir os cidadãos comuns, IMPUNEMENTE.
Na última 5ª feira, dia 20 de Agosto, voltei a ser PRESA, à porta do prédio onde mora o meu filho, COM ROUPA E CHINELOS que só uso em casa, e novamente fui impedida, com ameaça física, de entrar para me vestir e calçar, e/ou para acautelar a segurança da habitação, etc.
O pretexto era a existência duma multa decorrente dum outro processo igualmente surreal. Este deveu-se ao facto de eu ter participado um acto de vandalismo praticado num carro que eu conduzia, semelhante a tantos outros actos de vandalismo praticados em vários outros carros que conduzi e de ter indicado, como suspeito, quem o era e quem, SEM QUALQUER MARGEM PARA DÚVIDAS, praticou (ou mandou praticar) esses actos de vandalismo, NÃO APENAS SOBRE os "meus" carros.
Como se vê, neste País, o cidadão nem sequer se pode queixar dos crimes de que é vítima porque os criminosos (que o sejam realmente) NUNCA são punidos, nunca se prova... e depois os tribunais servem-se disso para nos perseguirem... É A CRISE DA JUSTIÇA, NO SEU MELHOR.
Estou a explicar os motivos destas perseguições para que melhor se perceba os sentimentos de injustiça e a revolta que estas perseguições provocam, NÃO APENAS EM QUEM É VÍTIMA DELAS. NINGUÉM COMPREENDE NEM ACEITA ESTE ESTADO DE COISAS.
Mas o principal motivo desta queixa tem que ver com os abusos e prepotências de que fui vítima (e o meu filho também) no dia 20 de Agosto de 2009, depois de eu ter sido presa.
Conduziram-me à Esquadra de Benfica, mais uma vez, e perguntaram-me se eu queria pagar a multa. Para falar a verdade, nessa altura eu teria "inventado" maneira de arranjar o dinheiro, porque a gente tem sempre várias tarefas a meio, para dar seguimento... mas, a meio da tarde desse dia, se dependesse de mim, ESSA MULTA NÃO SERIA PAGA.
Respondi á pergunta explicando que não tinha nada comigo e que, para pagar, teria de ir tentar arranjar o dinheiro.
Então perguntaram-me se queria telefonar a alguém. Disse que queria telefonar ao meu filho e dei o número.
Queria telefonar ao meu filho porque ele tinha que saber que eu não estava em casa dele e tinha que tomar a providências adequadas...
O agente que ligou para o meu filho, ao invés de me deixar falar, tratou logo de "explicar" a situação e de "exigir" O RESGATE pelo meu sequestro; isto é: que o meu filho pagasse a tal multa, ou então eu estava presa e iria cumprir 60 dias na prisão.
Não é só comigo que a polícia pratica estes actos de extorsão.
No dia 20 de Julho presenciei outro caso igual, com um cidadão de aspecto muito simples, cuja filha foi "coagida" a pagar o resgate do pai, com semelhantes "argumentos". E qual tinha sido o gravíssimo crime desse cidadão? CALÚNIA!Mais grave: esse cidadão foi informado, através de um postal entregue na sua residência, de que o sr. agente X queria falar com ele por causa duma notificação. Apresentou-se, voluntariamente, na Esquadra da Polícia, onde esperou largos minutos pelo sr. agente X (um dos escroques que me agrediram) e, quando o sr. agente X chegou, comigo, limitou-se a informar o tal cidadão de que estava preso, durante 2 meses, se não pagasse a tal multa vinda do Tribunal... ou se não arranjasse alguém para lha pagar...
É só para cometer crimes destes que servem os Tribunais e a polícia...
Ainda tentei facilitar a vida do meu filho e obter o código numérico para que ele fizesse o pagamento pelo multibanco. Nada disso! Um dos polícias, o sr. Luís, afirmou peremptóriamente que o meu filho teria de pagar em dinheiro vivo, porque "aqui não há disso".
O meu filho perdeu o dia inteiro de trabalho, foi levantar o dinheiro, dirigiu-se à esquadra de Benfica para pagar, mas já me tinham levado para a cadeia de Tires. O objectivo era submeter-me à humilhação da "revista" e a outras que adiante descreverei.
Quando o meu filho chegou à esquadra disseram-lhe que teria de ir pagar ao Tribunal, depois de terem descido ao ridículo de lhe fazerem muitas "queixas" de mim...
No Tribunal deram-lhe um código numérico para pagar no Multibanco... tal como eu dissera anteriormente e me recusaram.
O meu filho pagou a maldita multa desses malditos todos, às 13H01 e voltou ao Tribunal exibir o documento. Disseram-lhe que seria enviado um fax, para a cadeia de Tires e que, por volta das 16 e tal 17, para que eu fosse libertada.
A essa hora o meu filho dirigiu-se a Tires e telefonou para a cadeia para saber de mim e do tal fax. Sabendo que o meu filho estava a chegar, foram buscar-me à cela, onde estive fechada todo o tempo, e perguntaram-me se queria fazer o meu telefonema.
Disse que sim, telefonei para o meu filho que me perguntou se ainda não me tinham libertado e me disse que estava a chegar aos portões da cadeia.
Transmiti isso ao pessoal da cadeia e responderam-me que ainda não tinha chegado nada e que, portanto, haveria que esperar, mas eu voltava para a cela até que o fax chegasse.
Estranhamente, ou talvez não, o fax só chegou às 18H26... mas eu só fui libertada depois das 19H20 e porque reclamei veementemente de semelhante abuso.
O meu filho já se tinha ido embora, cansado de esperar e; eu fui posta na rua, sem dinheiro, sem forma de comunicar com o meu filho e sem sequer estar vestida ou calçada para andar na rua.
E assim saí da cadeia, sem saber o que fazer ou como fazer para voltar para casa, perante o olhar de gozo e os comentários de escárnio de 3 dos guardas (2 homens e uma mulher) daquele estabelecimento prisional.
Ou seja, fui detida à porta da casa do meu filho e abandonada a muitos quilómetros de distância, para onde fui levada sem motivo, de propósito, como forma de molestar e ultrajar (ainda mais). Meus senhores! digam o que disserem, isto é violência, é violação dos direitos humanos, é prepotência gratuíta e aviltante... é revoltante.
Até porque o mandato é de detenção/libertação, prevendo que a libertação deve ser imediata ao pagamento da quantia (do resgate). O pagamento foi feito às 13H e eu estive presa ILEGITIMAMENTE durante mais 6 horas e vinte minutos, para molestar o meu filho e me molestar; para que ele se cansasse e regressasse a casa; para me sujeitarem ao tratamento desumano e aviltante de me abandonarem a muitos quilómetros de casa em situação e com aspecto humilhante e sem meios de regressar.
Antes de alinhavar (em cima do joelho) este relato, estive a olhar para "os direitos humanos" (Carta dos Direitos Fundamentais) no site da UE, seguindo o link do site do MAI.
Quem pensarão os senhores que são para violarem assim a vossa palavra, os vossos compromissos, as vossas obrigações? Para tratarem desta forma ignóbil as outras pessoas, sem qualquer motivo? Para vitimarem tudo e todos de forma prepotente e pérfida?
Se esta gente, que pratica estes abusos e crimes sobre o cidadão, não contasse, antecipadamente, com impunidade, não praticaria estes actos.
Isto vai-se repetir.
A perseguição continua e ameaça agravar-se. Mas o meu filho está PROIBIDO de voltar a pagar o que quer que seja para me libertar. Se os verdadeiros criminosos contam com impunidade (cumplicidade) das instituições da justiça, os cidadãos de bem é que vão para a cadeia...
Resistindo nós conseguiremos sobreviver à infâmia. Caso contrário será a infâmia que sobrevie e nós não.
Portanto não há volta a dar-lhe...
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APELO!
Atenção às campanhas mais recentes:
-- Petição Para Valoração da Abstenção
-- Assine a petição AQUI, ou AQUI ou AQUI, ou AQUI, ou AQUI
-- Denúncia de Agressão Policial
-- Petição contra os Crimes no Canil Municipal de Lisboa
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