2011/06/29

CASA PIA, FARFALHA E PADRE FREDERICO, SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS



O CASO do PADRE FREDERICO, na Ilha da MADEIRA, o do FARFALHA, nos AÇORES e o PROCESSO CASA PIA (em Lisboa) são os três maiores casos judiciais de Pedofilia em Portugal - Analisam-se, a seguir, as semelhanças entre eles, as diferenças, os fundamentos das acusações, as investigações, o que revelam e o que escondem
HAJA VERGONHA!!!


Opinião (publicado no Grupo "NOTÍCIAS SEM CENSURA")
Carlos Tomás (jornalista)
Quando optei por ser jornalista, em 1989, com apenas 19 anos, estava longe de imaginar que, um dia, estaria a trabalhar num dos casos mais mediáticos deste pequeno país. Curiosamente, a vida prega-nos destas partidas e acabei, sem querer, por estar envolvido profissionalmente nos maiores processos de pedofilia tornados públicos em Portugal: o caso do padre Frederico Cunha, na Madeira, O chamado "Processo Casa Pia" (em Lisboa) e a rede de Farfalha, nos Açores.
O processo do padre Frederico remonta ao início da década de 90 do século passado. Dizia a acusação que o clérigo tinha assassinado um jovem com quem manteria relações sexuais no Caniçal, uma localidade situada na ponta de São Lourenço, na ilha da Madeira.


O julgamento realizou-se em Santa Cruz corria o ano de 1993. De um lado, o Ministério Público e os assistentes do jovem falecido. Do outro, o padre e a Igreja.

Ao contrário do processo Casa Pia, os jornalistas só “acordaram” para o caso quando Frederico Cunha se sentou no bando dos réus. Mas ainda foram a tempo de detectar algumas falhas na investigação que, no entanto, não foram tidas em conta pelos juízes e jurados que condenaram Frederico Cunha a 13 anos de cadeia: mais de uma dezena pelo alegado homicídio e um ano e meio pelo abuso sexual de menores.De toda a prova produzida em julgamento ficou uma certeza: Frederico Cunha abusava de menores. Já sobre o alegado homicídio ficam muitas dúvidas. Dizia a acusação que o padre agredira o jovem com um objecto não identificado, provocando-lhe a morte. Depois, pegou no corpo e atirou-o para o mar numa falésia da Ponta de São Lourenço.
Eu estive nessa falésia com Joaquim Franco, actual jornalista da SIC Notícias, e nem uma pequena pedra conseguimos atirar ao mar. Além disso, as lesões encontradas no corpo do jovem não são compatíveis com uma queda da altura referida na acusação. Ainda hoje estou para perceber quais as razões que levaram o Tribunal de Santa Cruz a não ouvir o perito forense José Sombreireiro, que fez a exumação do cadáver e chegou a outras conclusões que não as da delegação regional do Instituto de Medicina Legal. E repare-se só nesta afirmação assombrosa do médico legista em serviço na região autónoma: “O examinado esteve no mar, porque o seu estômago apresentava cheiro a maresia”. Cheiro?
O padre acabou por fugir na sua primeira saída precária com a ajuda de quatro bispos. A PJ abriu uma investigação à fuga do padre e aos bispos. Os resultados dessa investigação nunca foram conhecidos e o processo há muito que desapareceu algures numa gaveta do Ministério Público.

Já nos Açores a investigação parece não ter deixado dúvidas. Farfalha, o dono de uma garagem na ilha de São Miguel onde alegadamente decorriam orgias com menores, foi seguido durante meses, escutado e fotografado. Com ele, todos os clientes da garagem. Uma investigação elogiada publicamente, na altura, pelo director nacional da PJ, Adelino Salvado, quando nomeou Dias da Silva, o director da Judiciária em Ponta Delgada, responsável pela prisão de quase duas dezenas de alegados pedófilos, para subdirector da PJ do Porto.

E o processo Casa Pia? Foi bem investigado?

Tenho poucas dúvidas sobre isso. Várias fontes da PJ, que tenho por credíveis, garantem-me que se prendeu para investigar. E as minhas dúvidas sobre o rigor da investigação mais se adensaram quando tive acesso a uma carta enviada pelo responsável máximo da PJ ao procurador-geral da República, Souto de Moura.

Escreveu assim Adelino Salvado, logo após a detenção de Carlos Cruz: “Tudo visto e em resumo, afigurasse-se legítimo enformar as seguintes conclusões: desde o início sempre foi intenção do sr. procurador (João Guerra, procurador-adjunto do Ministério Público que dirigiu as investigações do processo de pedofilia na Casa Pia) afastar qualquer intervenção hierárquica da PJ e, aparentemente, também do Ministério Público, na investigação a decorrer; Assim, reafirmando o desconhecimento sobre os termos em que evoluiu a investigação, será de manifestar a máxima inquietação pela forma como a mesma se encontra a ser conduzida, nomeadamente em sede de fundamentação probatória, tanto em relação aos arguidos detidos (na altura em que esta carta foi enviada a Souto Moura apenas Carlos Cruz e Ferreira Dinis), como a outros indivíduos já mencionados nos autos."

E o documento enviado por Adelino Salvado ao então procurador geral é incisivo. Atente-se: “”Pese embora o facto de, antes das detenções, terem sido interceptadas linhas telefónicas respeitantes a pelo menos dois dos arguidos (Carlos Cruz e João Dinis), não foi colhido – tanto quanto nos foi informado pela coordenadora Rosa Mota – qualquer elemento de relevo. Por outro lado, e segundo a mesma fonte – a coordenadora – eram desconhecidos alguns elementos essenciais e básicos em qualquer investigação e, nomeadamente nos autos em causa, como sejam as localizações das residências onde os abusos terão sido cometidos, as identificações dos seus proprietários ou locatários, a existência de relações interpessoais comprovadas entre os arguidos, a falta de realização (mormente aquando das detenções de Carlos Cruz, Ferreira Dinis e Hugo Marçal) de buscas domiciliárias e em escritórios dos visados, a recolha e tratamento da facturação dos seus telemóveis e análise dos próprios telemóveis.”

Estes documento está nos autos para quem o quiser ler e demonstra que, pelo menos na PJ, havia, logo no início do mediático caso, sérias dúvidas em relação à culpabilidade dos arguidos. Mais! Comprovam que, segundo a P. Judiciária, não havia provas para prender os arguidos.
O Ministério Público, através dos procuradores João Guerra, Cristina Faleiro e Paula Soares, entendeu o contrário. Não obstante os avisos da PJ ao próprio procurador-geral Souto de Moura.

Hoje:
- Depois de assistir às manobras de bastidores feitas pela maioria dos órgãos de Comunicação Social, que estão a tentar, a todo o custo, tapar o sol com uma peneira, com receio de terem divulgado falsas informações e induzido milhares de pessoas num erro com consequências monstruosas para os inocentes envolvidos (e para o país, digo eu);
- Depois de entrevistar Carlos Silvino e uma das testemunhas/vítimas fulcrais do processo, Ilídio Marques, que ao contrário de todos os outros deu a cara pela verdade;
- Depois de falar com Luís Marques, outra alegada vítima, que mentiu descaradamente numa conversa que manteve comigo num café do Largo Camões, em Lisboa;
- Depois de tentar entrevistar Francisco Guerra, que se recusou a dá-la com medo de ser confrontado com a verdade, conforme os colegas dele na Casa Museu Paula Rêgo, em Cascais, onde é empregado de mesa, podem testemunhar;
- Agora, que já falei com Ricardo Oliveira, o indivíduo que acusou, além destes arguidos, pessoas como Ferro Rodrigues, Jaime Gama, Chalana, Carlos Manuel, etc.;
- Depois de ouvir as mentiras de Pedro Namora em declarações a vários órgãos de comunicação social, de Catalina Pestana e do relojoeiro Américo Henriques;
- Depois de saber que Teresa Costa Macedo foi condenada em tribunal por ter inventado, conforme a própria admitiu, a existência de uma alegada lista contendo os nomes de pessoas importantes envolvidas numa suposta rede de pedofilia e que estaria guardada num cofre que tinha em casa;
Hoje, dizia, não tenho quaisquer dúvidas de que o Processo Casa Pia é uma monstruosa mentira.
 “Oxalá” – uma expressão com origem nas divindades africanas – a verdade venha ao de cima como o azeite e que todos, mas mesmo todos, tenham a coragem de admitir o inacreditável erro que foi cometido e pedir desculpa às verdadeiras VÍTIMAS deste Processo: os arguidos condenados a 3 de Setembro de 2010 sem quaisquer outras provas que não fossem os depoimentos “credíveis” e com “ressonância da verdade” das testemunhas/vítimas, “corroboradas pelo arguido Carlos Silvino”(...)
Haja vergonha!!!
Ass: Carlos Tomás
Adenda minha:
(...) depoimentos esses em que alguns já reconheceram que mentiram (como sempre foi evidente)... arrasando a "ressonância de verdade".
Como é que alguém (e que tipo de gente) consegue perceber "ressonância de verdade" em tanta mentira? Em depoimentos tão contraditórios, inseguros, obviamente fantasiados ao sabor da inspiração do momento? Porquê?
Como é que alguém e que tipo de instituições, conseguem prosseguir com essa monstruosa conspiração, continuando a delapidar o erário público, mesmo depois de os que "forneceram" as "provas" terem vindo reconhecer publicamente que mentiram?
A explicação é simples: todo o processo não passa duma conspiração com objectivos bem defenidos onde as mentiras agora assumidas publicamente sempre foram óbvias e do conhecimento de todos: investigadores, tribunal, Comunicação social... o próprio poder político, com a benção de todos os dirigentes de TODOS os partidos. Só assim é possível!
Haja vergonha!!!
Conclusão:
Da comparação destes 3 casos saltam á vista várias coisas: O único caso bem investigado: o do Farfalha, nos Açores, não levanta dúvidas, foi simples e célere, custou, ao erário público, muito menos dinheiro do que os outros dois, não gerou qualquer onde de indignação, de revolta, não deu origem a uma quantidade enorme de outros processos (e crimes da justiça) como aconteceu no Caso da Casa Pia... simplesmente porque, neste caso do Farfalha, NÃO HAVIA grandes criminosos, PROTEGIDOS pela justiça, com capacidade de influenciar as decisões judiciais a seu favor, ENVOLVIDOS nos crimes e com necessidade de ficarem impunes através da condenação de inocentes. Parece que, no caso do padre Federico havia (a existência duma rede de pedofilia, na Madeira, é facto bem conhecido de todos e amplamente denunciado, até INTERNACIONALMENTE)... e, no Processo Casa Pia, não só havia culpados a proteger, como havia outros interesses pérfidos, mafiosos, a manipularem essa conspiração... de que muitos tiraram partido, como convém a uma conspiração bem engendrada.




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2011/06/21

As Permilagens, a Avaliação do Património, a Corrupção e os "Peritos"

Uma Faceta do Banditismo Institucionalizado e as Suas Gravosas Consequências Para o País: A Peritocracia


Se você anda muito indignado com o descalabro a que o País chegou... e mais indignado ainda com a crise e o total descrédito da nossa justiça, com o arrivismo, prepotência, absolutismo, arrogância, perversidade, nepotismo e Impunidade de juízes e quejandos... e acha que não há nada pior do que isso, então deixe-me “apresentar-lhe” o PERITO... e depois julgue por si...



Tenho várias histórias, escabrosas, envolvendo “peritos”, que ainda não desisti de contar mas, neste texto, vou cingir-me à mais recente:



O imbróglio começa com o facto de se ter constatado que AS PERMILAGENS das fracções dum determinado Prédio foram VIGARIZADAS, com o objectivo de favorecer a fracção pertencente ao filho do Construtor (o filho: Paulo Fernando da Silva Dias; o construtor: Manuel João Dias – Sociedade de Construções Dias e Fernando. Lda.).

De nada serviu levantar a questão, apelar para a consciência, HONESTIDADE e civismo dos restantes condóminos. Passou-se à demanda da solução pelas vias oficiais competentes:

Primeiro foi o “jogo do empurra”: nenhuma instituição tinha que ver com nada; nenhuma tinha qualquer responsabilidade ou competência.
Apelar para os Tribunais então, NEM PENSAR!
É a opinião dos causídicos, baseada na profusa “jurisprudência” (Acórdãos sobre o tema) que sancionam, invariavelmente, este tipo de infâmias e vigarices.

Segundo toda essa gente (e mais alguma que referirei), a ÚNICA solução era aguentar, de cara alegre, a chulice dos restantes, continuar a pagar, indevidamente, os encargos que competem aos outros... porque não havia nada a fazer. Afinal há...



Nós sabemos como funcionam as instituições, neste País, INVARIAVELMENTE à margem da lei, mercê dos compadrios e tráficos de influências, mercê da CORRUPÇÃO; mas parece absurdo (e é), que a própria lei sancione tudo isso, como nos pretendem fazer crer frequentemente. Neste caso, como em muitos outros, a lei não sanciona e prevê os mecanismos para solucionar... mas TODA a gente diz que não, INCLUINDO OS JUÍZES (pelo menos a julgar pela jurisprudência, onde podemos encontrar coisas aberrantes e revoltantes... mas nenhum exemplo POSITIVO).

Acossados pela indignação que a situação provoca, vasculhou-se tudo: documentos oficiais, registos, escrituras, acórdãos... até se apresentou um requerimento ao Julgado de Paz, que foi “devolvido” logo ali, porque a questão, e o seu enquadramento, suscitaram uma série de dúvidas.

A explicação é simples: esta situação (DE VIGARICE nas Permilagens da Propriedade Horizontal) é GENERALIZADA; a julgar pela minha experiência verifica-se em mais de 95% dos casos e é praticada pelos “donos” dum sector onde impera a corrupção a todos os níveis, sector que é também protagonista duma significativa parcela da FUGA AO FISCO: O Sector da Construção Civil, que tem um enorme poder, na nossa sociedade e que move influências a todos os níveis. O Caso FreePort é apenas “a ponta do iceberg”.



Acresce que a questão interessa a TODOS, incluindo funcionários das Finanças, peritos e outros responsáveis, porque todos eles têm o seu património sujeito a contribuições, como qualquer cidadão e, por isso, todos colaboram e encobrem estas vigarices, que é uma maneira de garantirem a possibilidaade de se beneficiarem nas avaliações do seu património.... fugindo ao fisco.

Daí o muro, intransponível, de dificuldades que o cidadão encontra para resolver uma questão tão simples e trivial... e a quantidade de “porcaria” que desenterra se começa a mexer, a fundo, no assunto:

Qualquer cidadão comum, mesmo que licenciado, já teria desistido há muito tempo, concluindo pela total ausência de solução... Mas eu sou engenheira... e não é por acaso.



Na portaria 1337/2003, diz-se:

““O sistema de tributação do património em Portugal, que a recente reforma fiscal veio abolir, sofria, há várias décadas, de dois desajustamentos fundamentais geradores de injustiça fiscal entre os contribuintes. Por um lado, o regime de avaliação de prédios urbanos era profundamente discricionário (...). Por outro lado, porque a existência dum regime de actualização de valores patrimoniais tributáveis fazia recair sobre os titulares de prédios novos uma carga fiscal desproporcionada, relativamente aos titulares de prédios antigos (...)”



Hei-de vos contar uma história, ainda mais escabrosa do que esta, acerca da forma, ignóbil, como ME aplicaram esta portaria citada...



Mas vejamos então a situação actual de tributação do Património, depois de “abolido” O sistema (...) gerador de injustiças fiscais:



Neste prédio aqui referido, foi-se em busca das Avaliações segundo o CIMI (Código do Imposto Municipal sobre Imóveis), avaliações essas que, até agora, incidiram apenas sobre 3 das 15 fracções. Constatou-se o seguinte:

1 – As áreas das fracções, consideradas nestas avaliações, não têm qualquer correspondência com as áreas relacionadas pelos Técnicos da CML (Câmara Municipal de Lisboa): a uma fracção com 163,7 m2 de área são atribuídos, apenas 119,3 m2, enquanto que uma fracção com 139,3 m2 tem, nestas avaliações, 140 m2;

- não têm qualquer semelhança com as áreas corresponentes às permilagens registadas na Conservatória do Registo Predial (atribuídas através da Escritura da Propriedade Horizontal);

- não têm qualquer correspondência com as áreas “ATRIBUÍDAS” pelos peritos das Finanças na primeira avaliação feita ao prédio, que data de 2002;

2 – As áreas constantes nos documentos referidos no ponto anterior NÃO TÊM QUALQUER CORRESPONDÊNCIA ENTRE SI, no que diz respeito a uma mesma fracção; isto é: cada uma das fracções deste prédio tem, actualmente TRÊS áreas diferentes (3), uma em cada um dos referidos documentos oficiais.

3 – Nem sequer o preço por metro quadrado é igual para todas as fracções, como devia e teria de ser, a julgar pelo que diz a portaria citada.


Por tudo isto, referindo e raclamando de tudo isto, enviei um email ao respectivo serviço de Finanças, requerendo a avaliação segundo o CIMI, EM SIMULTÂNEO, de todas as fracções do Prédio e disponibilizando-me para apresentar todos os documentos entendidos como necessários para tal.

O email, enviado para (dsimi@dgci.min-financas.pt), tem a data de 2010/12/03. Até agora não teve qualquer resposta... Mas, agora, eu também já sei porquê:

Posteriormente ao envio deste email decidi eu mesma reunir todos os elementos necessários, incluindo plantas da CML, e (re)fazer o cálculo das permilagens respeitando as regras aplicáveis.
Distribui um comunicado aos condóminos com esses cálculos e as respectivas consequências, não tendo havido qualquer contestação.
Em resposta, foi distribuída uma cópia do documento de avaliação das Finanças, já acima mencionado...



DOCUMENTO ESSE QUE É ASSINADO pelos PERITOS: Engº António Gabriel Cupertino Marques e Engº Abel António da Silva Marta



E o que é que acontece, DE TÃO GRAVE, nesse documento? Vejamos mais de perto:



A situação tornou-se problema porque o T2 (no prédio só há um) paga a quota de condomínio mais elevada, tem 112,55 m2, segundo a CML e os T3 (que são todas as fracções dos pisos acima do rés-do-chão) pagam quotas de condomínio inferiores (têm permilagens inferiores) e as respectivas áreas vão desde 139,3 m2 até 163,7 m2 (as casas com as mesmas dimensões da do filho do construtor). A isto acresce o facto de a arrecadação deste ser muito maior do que as restantes e de ter 2 lugares de estacionamento nas garagens, enquanto que a maioria das restantes fracções tem só um.



Neste documento relativo à primeira avaliação das Finanças, o mesmo T2 aparece com uma área de 120 m2... aos T3 são "atribuídas as áreas de 128,5 m2 e 131,5 m2. Ou seja: a área do T2 é agravada com 7,45 m2 a mais ... e às áreas dos T3, maiores, são “descontados” 32,2 m2... Porquê?

32,2 m2 é a área útil da Casa onde moro.... Será que essa casa tem direito a isenção dos impostos que estão a ser cobrados?

A Tabela seguinte contém estes elementos que refiro para melhor avaliação:


 Nota:
Na 2ª coluna desta tabela listam-se as áreas "atribuídas" pelos peritos das Finanças;
Na 3ª coluna estão as áreas privativas relacionadas na ´tabela anexa à Licença de Utilização;
Juntando, a essas áreas, as áreas dependentes, obtêm-se as áreas total da coluna 3;
Nas 3 retantes colunas estão as permilagens: segundo o TCPH (Título Constitutivo da Propriedade Horizontal), VIGARIZADAS, coluna 4;
As que corresponderiam às áreas dos peritos das Finanças, coluna 5;
As que correspondem às áreas REAIS, retiradas dos documentos da CML;
Quais é que devem valer? Neste País desgraçado, VALE TUDO, menos a decência, o pudor, a HONESTIDADE.



Só há uma explicação possível para este comportamento dos peritos das Finanças: compadrio, tráfico de Influências, ou corrupção... ou tudo junto.



E mesmo assim, apesar de todo o esforço, estes peritos não conseguiram fazer reflectir nestas avaliações, vigarizadas, A VIGARICE das permilagens vigentes, como parece que seria seu intento.



Evidentemente que o email enviado aos serviços de Finanças, referido acima, não podia ter tido qualquer resposta... nem se pode esperar que venha a ter. Como é habitual entre nós, o “assunto” foi entregue aos mesmos “peritos” que FAZEM O QUE QUEREM, que vigarizam, que delapidam o erário público e prejudicam alguns cidadãos para beneficiar quem entendem (a troco de quê?), que não prestam contas, ninguém controla o que fazem ou não fazem, por quê, nada!

Pior: fazendo uma pesquisa na NET constata-se que estes “peritos”, são-no das Finanças (cobrando á tarefa, por avaliação... para vigarizarem o estado e os cidadãos), são igualmente “peritos” da CML... e são-no também dos Tribunais... É claro que, no caso desta questão das permilagens ir para Tribunal e eles serem chamados a pronunciar-se, como é normal, irão dizer que “está tudo certo”; inventam uma falácia qualquer, UMA MENTIRA, para “justificar” as discrepâncias... e fica tudo “esclarecido”... porque eles é que são "OS PERITOS"... Apesar de ser evidente que NADA bate certo e que tem, OBRIGARTORIAMENTE, que bater certo.



Como é óbvio, situações como esta (e são muitas segundo constato), vigarizam alguns cidadãos que são premeditadamente prejudicados, beneficiam outros E PREJUDICAM ENORMEMENTE O ESTADO e o erário público que deixa de receber os impostos devidos (se são "devidos" para uns terão de o ser para TODOS).

Neste caso, ficaram por avaliar cerca de 376,4 m2... e como só 3 das fracções estão já avaliadas segundo o CIMI (mal avaliadas, como se refere acima), as restantes 12 continuam a “beneficiar” das benesses que lhes foram concedidas nestas avaliações, pagando muito menos do que o que deviam; para além de beneficiarem, INDEVIDAMENTE, do facto de AINDA não terem sido avaliadas segundo o CIMI, como deviam e podiam, facto que, por si só, já implicaria que pagariam muito menos contribuições do que as fracções mais pequenas que já foram avaliadas em conformidade com as regras do CIMI.



Segundo me tem sido dado constatar, a generalidade dos funcionários das Finanças não concordam com os critérios e valores das avaliações segundo o CIMI. Evidentemente que não querem, nem por sombras, que sejam aplicados ao seu próprio património... e se for inevitável querem ter possibilidade de “fugir ao fisco”, vigarizando as áreas. Por isso “os procedimentos” que determinam que “as fracções constituídas ou transaccionadas têm de ser avaliadas segundo o CIMI” são aplicados ciosamente e “escrupolosamente”, EXCLUINDO todas as outras fracções... e também por isso se benficia e fecha os olhos quando o contribuinte declara áreas inferiores às reais, APESAR de as áreas poderem ser verificadas nos documentos que o contribuinte é obrigado a entregar.

Todo o Processo (e os procedimentos) é absurdo, está viciado, e está viciado DE PROPÓSITO, para manter e ALIMENTAR estes circuitos, obscuros, de compadrio, tráfico de influências, de corrupção
É verdade que os critérios de avaliação segundo o CIMI são absurdos; que os valores são muito elevados e resultam, frequentemente, em avaliações especulativos que, a curto prazo, terão valores superiores aos valores de mercado...

Mas também é evidente que isto não pode ser. Esta situação de descriminação, ABSURDA, entre os contribuintes, em que uns pagam valores exorbitantes e outros estão amplamente beneficiados pelos “desajustamentos” referidos na portaria mencionada acima não podem continuar...

Até porque, segundo um comunicado do PCP, distribuído em fase de campanha eleitoral, vêm aí agravamentos neste e noutros impostos, por imposição da “Troika”. Evidentemente que esses agravamentos serão mais gravosos para os que já estão prejudicados, se estas VIGARICES não forem corrigidas.



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2011/06/10

O PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA E OS JORNALISTAS (III)

Continuando a responder à apologia da censura do cacete (para protecção de criminosos) feita no discurso trazido a esta página. "NOTÍCIAS SEM CENSURA" pelo Carlos Tomás em texto com o mesmo título publicado mais abaixo, "roubei" esta Nota do mural de Guilherme Pereira designado "Portugal é fixe". Leia a Nota com atenção que eu já explico o motivo do "roubo":

"Soube, ontem, por duas FONTES INSUSPEITAS do Tribunal da Relação de Lisboa, que o chamado “Processo Casa Pia” tem fortes possibilidades de voltar à estaca zero.
Ou seja: já foram detectadas “nulidades insanáveis” na produção da prova, na primeira instância. Não é previsível um acórdão antes do final do ano ( civil) e, segundo as mesmas fontes, há recursos para outras instâncias que poderão, uma vez divulgados os respectivos acórdãos, precipitar a anulação do julgamento.
O Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha do Nascimento, vá lá saber-se porquê, disse publicamente, antes de ser conhecida a decisão do colectivo da primeira instância, que este processo iria limpar ( suponho que foi este o verbo) a cara da Justiça.
Parece que sim, Ilustre Magistrado, mas pelas piores razões.
São públicas as minhas posições sobre este processo vergonhoso que, aliás, me custou duas acusações ( ambas arquivadas) de dois investigadores ( da treta) que estiveram na base desta monstruosidade jurídica, que enlameou o nome de vários cidadãos, destruíu a vida de outros, em nome de um suposto combate à pedofilia que é cada vez mais visível, pujante e impune.
Há mais pedofilia além do Parque Eduardo VII, no interior do país inclusivamente.
Este processo visou decapitar a direcção do Partido Socialista, com sucesso, e de permeio lançar nas ventoinhas da lama as chamadas figuras mediáticas, para isso recorrendo aos petiscos Herman José, Paulo Pedroso ou Carlos Cruz.
Os dois primeiros acabariam por ser inocentados.
Carlos Cruz, que está nossa lista de Amigos, com muita Honra, tal como a filha, a Marta, e a Raquel, mãe da sua filhota Mariana, carrega ainda a cruz de uma condenação iníqua e selvagem aos ombros.
Cedo ou tarde, far-se-à justiça.

Espero ainda estar cá para ver.

2.

Nos anos noventa, malhei com os ossos na cadeia por conta de um processo igualmente monstruoso, fruto de uma mera vingança. Eu tinha denunciado, no então “Semanário”, uma rede de tráfico de droga, de que faziam parte Inspectores da PJ de Faro. Não descansaram enquanto não me montaram uma armadilha. Com sucesso e muita ingenuidade minha. Os meus advogados recorreram sucessivamente.
O Supremo Tribunal de Justiça acabaria por anular o julgamento e mandar repeti-lo.
Assim foi. Fui absolvido em 3 dias.
Depois, os meus advogados queixaram-se ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, que demorou a decisão visto que era um ex-arguido em liberdade.
Recebi ontem a notícia.
O Estado Português foi condenado a pagar-me 597 mil euros.
Espero que a crise não seja motivo para se atrasarem a pagar-me os carcanhóis.
Por falar neles, os carcanhóis.
Foi justamente na cadeia que escrevi o livro, editado pela PRESENÇA, de seu nome PRISÃO MAIOR, hoje livro oficial em sete faculdades deste país.

(...)
Guilherme Pereira"

Portanto, temos que um Processo que custou milhões ao estado, o "Processo Casa Pia", está de tal maneira minado de "nulidades insanáveis"... que nem o Tribunal da Relação consegue ignorar. Nós já sabíamos há muito tempo, mas daí a ver o facro reconhecido pela "Relação"...
Mas o sr. presidente do supremo continua na sua saga de "caça às bruxas" dirigida a tudo quanto é jornalista que ousou dizer o óbvio, ou ousou, de algum modo, "por em causa" aquela monstruosa conspiração: O "Processo Casa Pia", conspiração em que o sr. presidente vem agora confessar o que já sabíamos também: que está implicado até ao pescoço.
Este proccesso vai estoirar, cedo ou tarde (quanto mais tarde pior). Quem vai devolver ao Estado a delapidação do erário público usada para custear esta monstruosidade? Nós, como de costume? E aos conspiradores, aos investigaddores, aos magistrados, aos juízes? Não acontece nada como de costume?
Isso tem de acabar, não acha sr. presidente do supremo?
Quem vai indemnizar as vítimas; as pessoas acusadas e persseguidas injustamente? Nós, como de costume? e aos conspiradores, investigadores, juízes, magistrados implicados na conspiração, não acontece nada? São todos inimputáveis?


Acresce que, mais uma vez, o Estado Português voltou a ser condenado a indemnizar um injustiçado (Guilherme Pereira), que foi vítima duma cilada montada por inspectores da PJ TRAFICANTES DE DROGA. Quem vai pagar a indemnização? Nós, como de costume? E aos inspectores traficantes de droga, não acontece nada? E aos juízes e magistrados que, SABENDO o que estavam a fazer, ainda assim prenderam e condenaram em primeira instância e... Não acontece nada? Esses criminosos malditos podem cometer os seus crimes livremente, com a conivência dos juízes e quejandos e a gente é que paga? Quando é que "isto" passa a ser um País a sério, ACABANDO-SE com essa impunidade garantida a tudo quanto é criminoso a usar as nossas instituições para cometerem os seus crimes e retaliarem sobre quem os denuncie?
Eu ainda tenho mais resposta para si, sr, presidente do supremo. "Me aguarde"...





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2011/06/04

A Dívida! Exijamos o Fim do FMI.

A Dívida!. NÃO PAGAMOS! Exijamos o Fim do FMI... Por nós e por todos os outros povos do Mundo.

O que vão ver, a seguir, é um documentário dum ex "ASSASSINO ECONÓMICO" a explicar como OS MONSTROS destroem o Mundo.




Brevemente escreverei aqui a tradução do que se diz no documentário.



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