2005/08/31

Uma taxa para a CRETINICE!

Vocês desculpem-me, mas esta está-me atravessada na garganta. Tem de ser!
Há dias um responsável da Quercus propunha a criação duma taxa para o lixo (para acabar com o lixo urbano). Depois veio, a mesma organização, propor um agravamento, substancial, de imposto para veículos “poluentes”.
Se eu não conhecesse, de longa data, as ligações e dependências (subserviência?) desta organização em relação e “entidades” e responsáveis que são os principais poluidores deste país, inclusive ao nível das ideias, a ocorrência ter-me-ia escandalizado. Mas já estamos habituados. Quem tem acesso aos OCS só se for para dizer disparates, que é como quem diz, para agravar a poluição.
Ouvindo aquilo (das taxas e impostos), decidi olhar para uma factura da água e verifiquei que, em quotas e taxas, o respectivo valor é agravado em quase 200%. Ou seja: o custo da água representa apenas um teço do valor da factura. O que chateia é que o IVA da água é à taxa reduzida… deve ser apenas por demagogia. Que me interessa a mim que o IVA seja à taxa reduzida, se pago o triplo?
Olhei para a factura da Electricidade e verifiquei que é cobrada outra taxa (audio-visual, para serem censuradas as minhas opiniões e todas as outras iguais às minhas, que são a maioria).
Para além disso ainda pagamos a contribuição autárquica, mais a taxa de esgoto, mais uma série de impostos, mais um balúrdio em IVA, mais o imposto automóvel, mais… mais… mais…
Há algum tempo, um casal que eu conheço, que se dedica à comercialização de produtos de higiene pessoal, comentaram-me, escandalizados, que, dum momento para o outro, se viram confrontados com o pagamento de uma taxa para o Infarmed (de 2% das vendas, equivalente a cerca de 10% da margem bruta), para a eventualidade de alguém se lembrar de beber champô(???); e mais uma taxa de reciclagem, em proporção do peso das embalagens comercializadas.
Como a margem de comercialização dos respectivos produtos era pequena, resultou destes agravamentos de custos, que os preços tiveram que aumentar em cerca de 30%. A taxa indexada ao volume de vendas era retroactiva (aplicada ao trimestre anterior) sem que a respectiva entidade se preocupasse em saber se o valor das vendas tinha sido efectivamente recebido…
Por isso, apetece-me perguntar: Que é feito deste dinheiro todo, destas taxas e impostos e…?
Todos sabemos que é usado para alimentar a chulice dos vencimentos e regalias escandalosas, apropriadas por essa gente, por esses gangsters, sem que revertam para resolver qualquer problema.
Por isso, apetece-me perguntar: quando foi que, neste país, alguma taxa, ou imposto, ou multa, ou roubalheira parecida, contribuiu para resolver algum problema? Qual é a relação causa-efeito, entre as taxas e impostos e multas e a diminuição da poluição, ou do lixo, ou, etc.?
Ou será que a Quercus, para além de ser financiada por entidades com responsabilidades na poluição, ainda recebe em função destas roubalheiras?
O facto é que este tipo de propostas são indignas de qualquer pessoa decente e se inserem na actual “moda” (muito usada pelo Presidente) de, para cada problema, sugerir mais repressão sobre a população, que aumentam os problemas e as dificuldades; sugerir o agravamento das leis do chicote…
Esta poluição (das ideeias cretinas e absurdas e reaccionárias, desta gente) tem de acabar! Não se resolvem os problemas agravando as dificuldades das pessoas, pelo contrário.
Há muitos problemas que podem ser resolvidos (que têm de ser resolvidos urgentemente), nomeadamente no que se refere à poluição e reciclagem, para melhorar a vida dos cidadãos. Os cidadãos já pagam para tudo isso e têm direito a essas soluções que, aliás, podem ser implementadas sem agravamento de custos, pelo contrário: se forem aplicadas poupa-se muito dinheiro e melhora-se, consideravelmente, a estado da economia… Mas lutar por essas soluções é tarefa árdua, como se pode ver pela amostra…
Se os responsáveis da Quercus não sabem como resolver estes e outros problemas, ou não se querem dar à maçada de lutar por soluções dignas, ao menos tenham pudor e não engrossem o coro dos arautos da “lei do chicote”, com que nada se resolve. Não é digno, nem é justo!
Se os responsáveis da Quercus não sabem o que dizem, ao menos estejam calados, porque é melhor ser ignorado pelos OCS, do que aparecer a dizer tamanhas asneiras, a provocar a indignação das pessoas.
Até apetece propor a criação duma taxa de cretinice, para ver se esta gente toda se vê forçada a fechar a boca! Uma taxa bem alta, que é para, quando quiserem aparecer nas notícias, ser à sua própria custa e não à custa da indignação alheia…
Mas porque é que ninguém reproduz as minhas propostas? Porque é que não são notícia, se até digo (e provo-o, quando for necessário) que sei como resolver os nossos problemas?

2005/08/30

A conspiração de 11 de Setembro de 2001!

Antigo conselheiro de George W. Bush denuncia um golpe de estado a 11 de Setembro de 2001!

Publicado por sofocleto em Editorial e em Citadino

Tornando pública uma análise detalhada dos atentados do 11 de Setembro de 2001 em Nova Iorque, Morgan Reynolds declarou a 12 de Junho de 2005:
«Se os três arranha-céus de aço foram abatidos por uma demolição controlada, então a hipótese de uma conspiração interna e de um atentado governamental contra o povo americano seria incontestável.»
M. Reynolds é hoje professor emérito de economia na universidade A&M no Texas. Foi conselheiro económico de George W. Bush, encarregado do departamento do Trabalho desde o primeiro mandato presidencial. Foi o último director do Centro de Justiça penal do Centro Nacional para a Análise Política de Dallas.
«É impossível negar a existência do debate científico acerca das causas reais do desmoronamento das torres gémeas e do edifício nº 7. A tese oficial contradiz-se a si própria. Só uma demolição profissional, controlada, pode explicar todos os elementos averiguados e o abatimento das três torres."
Morgan Reynolds acrescentou ainda que os peritos em explosivos e em construção foram sistematicamente postos de lado e intimidados durante todo o inquérito conduzido pela comissão governamental Kean.
Comentário:
Não há imagens de nenhum avião a bater na torre 7 do World Trade Center. Donde, três hipóteses se perfilam para a demolição do edifício:
a) O embate de um pirotécnico português, em parapente, a caminho de uma festa da nossa comunidade emigrante em New Jersey.
b) O embate de um cidadão alemão, em asa delta, cheio de cerveja e de gases, antecipando animadamente a Oktober Fest de München.
c) A implosão controlada, por técnicos competentes yankees, já tão comprovadamente eficientes nas Twin Towers.
Agora parte do conteúdo dum artigo de Prison Planet

Mysterious 9-11 Breakfast Meeting on Capitol Hill

Perdido na pilha de comunicados à imprensa do “foreknowledge”, está parte de informação crucial do papel do “ISI” nos atentados de 11 de Setembro, que implica os membros chave da administração de Bush, incluindo:
Director George Tenet da CIA, secretário de estado Colin Powell, deputado secretário do estado, Richard Armitage, sub-Secretário Marc Grossman, também o senador Joseph Biden (democrata), o poderoso presidente do comité das relações exteriores do senado (que se encontrou com o general Ahmad em 13 de Setembro). "No âmbito do acordo de cooperação com o Paquistão prometido por Biden, [ Ahmad ]".
A reunião misteriosa do pequeno almoço de 11 de Setembro no Capitólio
Na manhã de 11 de Setembro, o general Mahmoud Ahmad, o alegado "money-man" (homem do dinheiro) que estava por detrás dos terroristas dos atentados de 11 de Setembro, encontrava-se numa reunião, ao pequeno almoço, sobre no Capitólio, como convidado do senador Bob Graham (democrata) e do representante Porter Goss, respectivamente presidentes dos comités de Serviços Secretos do Senado e da Casa Branca. Também estava presente, nesta reunião, o embaixador do Paquistão nos ESTADOS UNIDOS Maleeha Lodhi.
O relatório confirma que outros membros dos comités de Serviços Secretos do Senado e da Casa Branca estavam presentes.

"Quando chegaram as notícia [dos ataques ao World Trade Center], os dois legisladores da Flórida que dirigem comités de Serviços Secretos da Casa Branca e do Senado tomavam o pequeno almoço com o responsável máximo dos serviços Secretos Paquistaneses.

O Representante Porter Goss, R-Sanibel, Sensor Bob Graham e outros membros do comité dos Serviços Secretos falavam sobre episódios do terrorismo com o oficial paquistanês quando um membro da equipa de funcionários de Goss' entregou uma nota a Goss, que a entregou a Graham. "nós estávamos falando sobre o terrorismo, especificamente terrorismo originário do Afeganistão," disse Graham.

No seguimento do excerto, aqui reproduzido, diz-se que o General Mahmoud Ahmad, responsável máximo dos serviços secretos paquistaneses, tem sido identificado, por vários serviços secretos de diversos países, como o "homem do dinheiro", por detrás dos terroristas que executaram o 11 de Setembro.
Nomeadamente os serviços secretos da Índia têm denunciado o "papel" deste general, à CIA, porque terá transferido avultadas somas, em dinheiro, para alguns dos indivíduos identificados como autores dos atentados.
Mas não se fica por aqui a "notícia". No dia 13 desse mesmo mês, o "poderosíssimo" Presidente da Comissão do Senado, dos USA, para as relações exteriores, voltou a encontrar-se com o general, no âmbito da, "prometida cooperação" entre ambos os países...

Esta história (do 11 de Setembro) é um amontoado de episódios escabrosos e elucidativos, dos quais nós só temos capacidade para denunciar alguns, poucos, dos muitos que existem.
É caso para dizer, como o outro: "a cada cavadela: minhoca".
Até quando irão os rafeiros que infestam os grande meios de comunicação, pelo Mundo inteiro, manter a censura, cerrada, que fazem a estas denúncias, cujo número cresce todos os dias?
Nota:
Este assunto é retomado AQUI - Teorias da Conspiração
«»«»«»«»
APELO!
Atenção às campanhas mais recentes:
-- Petição Para Valoração da Abstenção
-- Assine a petição AQUI, ou AQUI ou AQUI, ou AQUI, ou AQUI
-- Denúncia de Agressão Policial
«»«»«»
-- Petição contra os Crimes no Canil Municipal de Lisboa

2005/08/29

Quem chacinou 32 crianças iraquianas?

A notícia da morte de 32 crianças iraquianas, na explosão dum carro-bomba, ainda está na memória de todos.
Por isso decidi reproduzir um excerto deste artigo.
É que, quando os opositores da guerra falam de chacina, falam de forma fundamentada, pelos casos conhecidos e também por muitos outros que nunca chegam a ser notícia.
Isto é um acto de terrorismo, vil, duma potência militar, nazi, ocupante; é um crime de guerra abominável! Por isso aqui fica a notícia que, como tantas outras, foi silenciada pelos facínoras que controlam os órgãos de comunicação social, que não lhe deram o destaque merecido, e que assim se constituem em cúmplices destas atrocidades.
Tradução:
"- A totalidade dos grupos de Resistência iraquianos, conhecidos, emitiram um comunicado conjunto, declarando que esta operação não foi executada por nenhum destes grupos, nem a nível de execução, nem de planeamento nem de implicação.
- Entrevistados alguns residentes no local [testemunhas da explosão] declararam que as forças norte americanas fizeram perímetro de segurança na rua pretextando que um veículo (um KIA) aparcado ali, estava preparado para explodir.
- Declararam ainda que os soldados americanos começaram a repartir caramelos e mochilas escolares, atraindo as crianças para o local.
- Quando os residentes, temendo pelas suas crianças, preguntaram pelo veículo KIA, os soldados responderam que se tratava dum “falso alarme?” e que não havia bomba (no entanto, alguns soldados continuaram a revistar o veículo).
- Apareceram crianças vindas de todas as ruas adjacentes, atraídas pela notícia de que estavam a distribuir caramelos e mochilas (também corria o rumor de que se distribuíam jugos Pokemón) .
- Passados uns 15 minutos desde que as tropas americanas entraram na referida rua, os soldados deixaram o resto dos jogos/caramelos formando uma pilha, ali mesmo na rua e saíram disparados conduzindo a toda a velocidade. Na precipitação atropelaram 4 crianças com o seu veículo.
- Segundos depois o veículo KIA explodiu matando 32 crianças que estavam agrupados, na rua e ferindo cerca de 10 outras crianças.
- Os residentes informaram também que, contrariamente ao que declarou o exército americano, a explosão não matou nem feriu nenhum soldado americano, visto que as tropas tinham abandonado, precipitadamente, a rua, imediatamente antes de se dar a explosão.
-Segundos informações do serviço de bombeiros iraquianos, a explosão não deixou as marcas características duma explosão provocada por TNT, que é usado pela Resistência (explosivo proveniente de munições russas utilizadas pelo exército iraquiano, no tempo de Saddam). A onda de choque do TNT expande, sempre, para fora, desde o lugar da explosão e não deixa una cratera como a que provocou este carro-bomba."
E é assim... Mais palavras para quê?

2005/08/26

Mensageiros de Deus?

Ou emissários do diabo?
Aqui por esta zona costumam andar umas pessoas, a maioria já bem “maduras”, aos pares, a abordar que passa...
Assim de repente lembro-me de, pelo menos, três pares, sendo dois deles compostos por mulheres e um terceiro misto.
Ás vezes tocam às campainhas, perguntam os nomes, apontam num caderninho, prometem (ou melhor: ameaçam) voltar, se argumentamos não ter tempo para os ouvir. Insistem na superior importância de serem escutados e nas enormes vantagens que resultam, dessa penitência (de os ouvir), para quem os ouve. Dizem eles que trazem “boas notícias”, têm explicações para tudo, querem indicar-nos um “caminho seguro”, salvar-nos da maldade do Mundo.
Coitados! Apetece dizer: “perdoai-lhes Senhor, porque não sabem o que dizem, nem conhecem as pérfidas implicações da sua função”.
Eu acho que nunca fiz mal a ninguém, bem pelo contrário e, por isso, escuso-me a tais penitências. Mas, por uma questão de educação e de civismo, por uma questão de respeito para com as pessoas, abstenho-me, via de regra, de dizer o que realmente penso do conteúdo dessas mensagens.
Como em tudo o resto, posso garantir que já me dispus a ouvir e analisar “a mensagem”, para avaliar se contém alguma coisa válida e útil para o Mundo e para o bem estar da humanidade, para o progresso, ou para que as pessoas contribuam para melhorar a sociedade e resolver os muitos problemas que nos assolam.
Não! Nada disso! Esta gente cretina e má (perversa), vai ao ponto de explorar e acicatar a desconfiança que se instalou (e que é instigada) nas pessoas, acerca dos seus semelhantes e da sociedade. Para eles, “não se pode confiar nos homens”, por isso resta-nos esperar a vinda do salvador…
Como já estão a imaginar, para uma pessoa como eu, que acho que (sei, por saber de experiência feito) nada, na sociedade, se resolve se não forem as pessoas a resolver, este tipo de conversa, só pode ser considerada premeditadamente perniciosa e prejudicial à luta por um mundo melhor.
Como disse, costumo me esquivar a tais conversas, quer por já saber o seu conteúdo (perverso), quer por se tratar de pessoas de baixo nível de instrução, de baixo nível intelectual, com conversa enfadonha e primária, com quem não se pode argumentar, porque é perda de tempo.
Sucede que, um destes dias, me apanharam “à má fila” e, por causa do meu civismo e delicadeza, foi tanta a insistência que me forçou a responder adequadamente. Como seria inevitável, acabou por ser desagradável para ambas as partes… Não foi culpa minha, eu juro! Eu até nem queria! Mas como respondi, delicadamente, que não tinha disponibilidade, a insistência foi no que deu; porque palavra puxa palavra, que é rápido, que não demoram, que são coisas “muito importantes”, que nós temos que parar para pensar (como se gente assim soubesse pensar; só repetem umas quantas ideias estúpidas que lhes impingiram como boas), etc., etc., etc.
Ao intróito inicial de que o Mundo está muito mal e, por isso, não se pode confiar nos homens… respondi que, por isso mesmo, por o mundo estar tão mal, só se pode confiar nos homens, porque se Deus quisesse fazer alguma coisa pelo Mundo já teria feito. Aí a conversa mudou completamente e passaram a me atirar à cara com a enorme quantidade de coisas que “Deus dá”, como por exemplo, entre elas, o ar que respiramos.
Atalhei dizendo que o ar que respiramos está cada vez pior, devido às patifarias de uns quantos que governam o Mundo (coisa que, aliás, Deus nem devia consentir), que é preciso fazer alguma coisa para travar essas pessoas malditas, que só os cidadãos o podem fazer, até porque Deus não se mete nessas coisas, como já está sobejamente demonstrado, até por ser Deus e por respeito para com os homens.
Aí uma das senhoras disse-me que ela tinha pavor de praticar maus actos, por causa do castigo de Deus.
Coitada da senhora, deve ter ficado indignadíssima quando eu lhe respondi, em ar de censura, que isso era um absurdo, que não concebia a ideia de alguém precisar dum prémio ou dum castigo para ser civilizado para com os outros, que devia bastar ser gente, pertencer à raça humana para se proceder de forma digna, em tudo…
Ainda falei da enorme quantidade de patifarias infames cometidas pelos governantes americanos, ao mesmo tempo que invocam Deus e enquanto destroem o mundo. Deus não devia consentir, se se metesse nessas coisas, nas coisas dos homens… Dei como exemplo os atentados terroristas que, ao que tudo indica, são praticados pelos próprios responsáveis americanos, usados como pretexto para impor ao Mundo guerras e perseguições infames. Acrescentei que isso sim, devia ser dito às pessoas, para que ganhem consciência e actuem em conformidade, se indignem, manifestem a sua revolta e isso possa acabar.
Espantou-me a passividade, absurda, com que me ouviram, sobretudo tratando-se de coisas tão alarmantes. Não é comum! Quando falo destas coisas as pessoas costumam se escandalizar e até, às vezes, contra-argumentar.
Mas o mais espantoso foi a resposta, assim mesmo: “O Mundo é governado pelo demónio” e, quanto à minha luta contra todas estas infâmias, “você não se pode imiscuir nessa luta, porque faz parte de ….???? (um palavrão qualquer que eu já ouvi, creio que em filmes sobre fenómenos extra-sensoriais), só Deus tem poder e “legitimidade” para vencer o mal”.
Apenas exclamei: “que ideia absurda!”, enquanto que a senhora mais activa terminava rapidamente a conversa e se despedia, ainda assim reafirmando que “trazem boas notícias”, para quem quer escutar… Assim como um disco rachado…
Fiquei a pensar na anedota da mulherzinha, muito religiosa, que se afogava enquanto suplicava a Deus que a salvasse, mas recusava todas as ajudas das pessoas. Quando chegou ao céu (eu acho que uma pessoa assim devia ir para o inferno) e questionou Deus acerca de porque não a tinha socorrido, recebeu como resposta: “então minha filha, mandei-te um nadador salvador e tu recusaste a ajuda, depois um homem com uma prancha e voltaste a recusar; a seguir mandei-te um barco, também não quiseste… que mais querias?”
Até a minha avozinha dizia, a propósito, que “Deus não é mais obrigado do que a mostrar as coisas”… Só que não há maior cego do que o que não quer ver, por mais que “Deus mostre” e esta gente não quer ver o que seja que contradiga as suas patranhas de gente estúpida, covarde e incapaz.
Mas o que me indignou, com estas “missionárias” e com o próprio Deus, foi o facto de as pessoas (os poderosos) poderem representar o diabo, para governarem o Mundo, fazendo o mal e destruindo-o; mas nós não podemos lutar do lado do bem, (Deus não se fazer representar pelas pessoas)… garantindo, assim, a vitória do mal.
Comigo NUNCA!
Não pudemos negar que, na perpétua luta entre o bem e o mal, se associa (sempre se associou) à ideia de Deus a luta pelo bem, a favor das pessoas, da paz, etc; enquanto que ao mal, ao que é pérfido e provoca sofrimento, se associa a ideia do diabo (obra do diabo, o diabo à solta). Nesse contexto, enquanto pessoas que pregam que se deve deixar o diabo à solta, sem luta e sem oposição, esperando ajuda de Deus (que nunca virá), mas rejeitando tudo o que Deus mostre ou inspire, às pessoas, quanto à sua participação nessa luta, estas pessoas beneficiam, objectivamente, o mal e, por isso, são autênticos acólitos do DIABO; não mensageiros de Deus, que deixam abandonado e sem auxílio, para que o bem possa ser derrotado…
Aliás, se toda esta gente estivesse do lado certo, certamente que o próprio Mundo não estaria tão mal…
Fiquei a pensar se não será também por influência de gente assim que se vê tanta passividade de muitas pessoas, em relação aos problemas da sociedade…
E foi assim que eu compreendi a aversão que todos os democratas, as pessoas que se preocupam com a resolução dos problemas do Mundo têm às religiões e aos que, a coberto de divulgar as suas crenças, são verdadeiros acólitos do diabo.
Até agora eu achava que (superados os problemas do poder inquisitorial da igreja) o facto de as pessoas acreditarem, ou não, num Deus, não devia ser problema. Mas isto? Sem dúvida que é um problema, que só contribui para agravar os problemas da sociedade…

2005/08/25

Uma história de ficção!

Esta história é pura ficção (elaborada a partir de muitas experiências e factos constatados). Qualquer semelhança com factos reais não é pura coincidência. É que, apesar de ser ficção, tem muitos traços comuns com muitas histórias bem reais, que se vivem no dia a dia.
O Alípio conseguiu um dinheirito, à custa de muito poupar, e decidiu “montar o seu negócio”. Estava cansado de trabalhar a mando dos outros, gente que até nem sabe mandar. Estava cansado de aturar tudo, ser tratado abaixo de cão, não poder ter opinião, não ver reconhecido o seu valor, para receber uma miséria de ordenado. O pior era a falta de gosto que se ia acumulando por nunca poder fazer as coisas a seu jeito, como ele achava que era bem. Agora ia ser diferente.
Dizia-se que a situação económica não ia muito bem, mas ele não haveria de ter problemas. Ia estabelecer-se na indústria da restauração, onde sempre tinha trabalhado. Mesmo quando a situação não é boa, as pessoas sempre têm de comer… por isso haveria de “dar certo”, tinha que “dar certo”.
Começou por procurar um estabelecimento. Tudo com rendas caríssimas! E quando não era a renda era o trespasse.
Depois de muito procurar lá conseguiu o seu pequeno restaurante. Não era bem um restaurante; não tinha dimensão para isso; também não era “tasca”, porque isso “já não se usa”. A renda não era barata, mas foi a mais baixa que conseguiu encontrar. Também teve de pagar um trespasse… mas como lhe disseram que as licenças estavam em dia, tudo em ordem, que a casa era boa, com clientela fiel, valia a pena, até porque essa coisa das licenças é, sempre, uma chatice, uma carga de trabalhos...
Lá contratou os equipamentos; uns comprados, outros cedidos, fornecidos pelas marcas; e a loja, finalmente, ficou pronta e foi inaugurada.
O seu pecúlio levou um grande rombo. No final, feitas as contas, gastou muito mais do que imaginava. Mas certamente que, começando a trabalhar, as coisas se haviam de compor, novamente, que é para isso, para ganhar dinheiro, que as pessoas trabalham e montam os seus negócios. Ele não tinha medo do trabalho, gostava de fazer as coisas bem feitas, de tratar bem as pessoas, sempre se dera bem com isso, portanto haveria de correr tudo bem… Tinha todas as condições para correr bem…
Tinha razão o Alípio em pensar que “tinha todas as condições para correr bem”, não fosse esta “história”, (milhares de histórias destas) acontecer em Portugal…
Passados uns meses vieram-lhe dizer que, afinal, não podia ter esplanada, porque as licenças não estavam em dia. Depois veio outro fiscal, para o informar de que: tinha de ter uma balança, mesmo não precisando dela, que tinha de ser “aferida” periodicamente, a seu pedido e a suas expensas.
Depois veio outro fiscal, para lhe dizer que, afinal o alvará, pedido há vários anos, ainda não tinha sido concedido (nem negado), pelo que a casa estava ilegal, teria que pagar uma multa… mas o alvará continuaria pedido sem que a entidade respectiva tivesse que decidir sobre ele, em tempo útil, ou inútil, ou em qualquer tempo que fosse… podia estar pedido, como veio a saber de outros casos, durante 5, ou 6, ou 8, ou mais anos…
Depois vieram dizer-lhe que não podia fazer e servir sopa, porque o alvará (o tal que não existia) não deixava. Para servir sopa, ou qualquer outra alimentação, teria que comprá-la a um restaurante e ter a respectiva factura… Logo ele, que tinha uma mulher que era uma cozinheira esmerada, de “mão cheia”, criteriosa, teria que ir comprar comida para vender, sem saber com que critérios, ou higiene, era feita.
Depois vieram-lhe impor uns “boletins de saúde” que custavam “os olhos da cara”! Depois vieram-lhe dizer que as caixas com as bebidas não podiam estar poisadas no chão, teriam de ter uma grade, porque as bebidas podiam constipar-se, através do vasilhame e das respectivas caixas.
Depois vieram-lhe dizer que teria que instalar um termómetro, e mais não sei quantos outros “aparelhos” de igual utilidade, que também teriam que ser inspeccionados”, periodicamente, a seu pedido e pagando… Depois veio o contabilista dizer que tinha de pagar os impostos e as contribuições e ainda os “pagamentos por conta”, para além da avença do próprio contabilista. Quando respondeu que não tinha dinheiro para tudo, que
a receita não chegava nem para metade, o contabilista disse-lhe que teria que o arranjar, porque senão era um grande sarilho. Ainda o aconselhou a não dizer isso a ninguém, porque pareceria que ele não sabia gerir. Além disso, se quisesse trespassar, a casa teria que ter boa fama, de ser rentável, se não era impossível fazer negócio… e aproveitou para sacar, em primeiro lugar, a sua “avença”.
A situação foi-se arrastando (e degradando), até que o Alípio deixou de ter como suprir os encargos que as receitas não cobriam. Começou por atrasar os pagamentos aos fornecedores e estes, em contrapartida, começaram a “atrasar” as entregas. De modo que, estas falhas e o acumular de preocupações (que dificultavam a sua natural simpatia para com os clientes), fizeram com que a situação se agravasse, ainda mais.
Mas, de cada vez que pensava em acabar com a situação, em fechar, compreendia a dimensão do prejuízo, que ficaria sem nada, nem sequer possibilidade de arranjar trabalho, porque a idade já não ajudava e o desemprego se tornou numa praga.
Acresciam as ameaças de perseguição, eterna, do fisco e doutras instituições, que lhe haveriam de tirar tudo o que tinha e até o que não tinha, porque tivera a veleidade de se aventurar a arranjar maneira de trabalhar a seu modo, de ter um meio de vida honesto. E dizia ele, com razão, que é crime trabalhar, neste país. O estado não deixa. Não deixa nem respirar…
Acrescia que, mesmo que fechasse a porta, nem sequer tinha direito a subsídio de desemprego, porque era sócio gerente…
A mulher acabou por arranjar emprego e, por pouco, não se lhe acabou até o casamento…
A casa fechou, é claro. Do Alípio não soube mais nada! Podem imaginar, à vontade, o resto da história.
No meio duma destas histórias há um episódio que não resisto a contar:
A casa fechou e foi pedido ao representante da marca de cafés que fosse retirar a máquina e o moinho. A máquina e o moinho foram entregues, em dia e hora combinados, mas nunca chegaram à firma (não deram entrada em armazém). Não houve participação de roubo, nem nada… Ninguém foi atrás da questão, esclarecer o assunto, indagar o que se passara com os equipamentos, apenas porque um dos sócios era avalista e a referida empresa achou mais cómodo comunicar-lhe, muito mais tarde, o desaparecimento, obrigando-o a pagar, através de execução judicial… E os tribunais aceitam estas execuções e concretizam-nas… Concretizam qualquer burla.
O facto é que conheço muitas situações assim. Umas que já fecharam, outras que se preparam para fechar… e muitas que nunca abrirão, porque, para se iniciar um negócio, “criação do próprio emprego” neste país, é preciso ser-se muito ingénuo e ignorante. Por isso o baixo nível de formação da nossa classe empresarial…
Assim vai a recuperação económica do país…

2005/08/22

Incêndios, Destruição Terrorista!

Publicado também em Editorial
Mais uma vez (e quantas mais se justificarem), repito que os principais responsáveis deste flagelo, desta situação infame e vergonhosa, deste autêntico terrorismo, são o governo, os deputados, todos os políticos e também os responsáveis dos meios de coordenação dos bombeiros, para além das instituições da justiça que não actuam como devem.
Todos falham, propositadamente!
A situação atingiu características de calamidade (promovida, provocada, induzida, incentivada por todos os responsáveis deste país) neste fim-de-semana.
Lembro que, há dias, o ministro da administração interna, reuniu com a coordenação nacional do combate aos incêndios, elogiou a “eficiência”, e disse que não lhe foram pedidos mais meios, que os meios chegavam… Isto enquanto o país continuava a arder… sem que alguém apague o que quer que seja, com todos a assistir, a “deixar arder” como sempre acontece.
Depois veio o Primeiro ministro, com o mesmo tipo de conversa.
Relembro que, desde o início; ou melhor: desde há muitos meses (mais de um ano) tenho vindo a dizer e a escrever, que este é um problema simples de resolver, com organização, com coordenação adequada, sem que isso custe um tostão, sequer…
Relembro que, desde Maio, venho a dizer que o governo (e particularmente o primeiro ministro) nos andam a enganar, a dizer que tudo está a correr bem, que estão a fazer o que é possível, MENTINDO. Mas este primeiro ministro é mesmo assim: um mentiroso!
Muitas coisas se têm dito acerca da origem criminosa dos incêndios (de que eu não tenho a menor dúvida) e motivações que armam a mão dos incendiários. A propósito, não posso deixar de referir que, logo após o regresso do primeiro ministro, o governo “abriu os cordões à bolsa” e anunciou uma série de medidas de apoio e financiamento das pessoas e zonas atingidas pelos incêndios… E, logo a seguir, acontece este agravar inexplicável da situação… Coisa estranha, não é? Será por mero acaso?
Seja como for, nada justifica isto, a não ser o carácter de criminosos dos próprios membros do governo e não só, que acham que podem impor, à população, os seus "critérios" aberrantes e indignos.
Já aqui falei do número, sempre ridículo, de “meios” humanos, envolvidos no combate aos incêndios. Este número sempre foi inexplicavelmente reduzido, com as consequências desastrosas que se repetem todos os anos… Mas, há dois anos, lembro-me de ter sido anunciado que estavam mais de cinco mil bombeiros envolvidos no combate aos incêndios. Mesmo este número é estupidamente ridículo, mas agora são apenas cerca de dois mil…. Porquê?
Agora, neste fim-de-semana, a situação atingiu o estado de autêntica calamidade internacional(que todavia não incomoda o primeiro ministro nem os outros governantes, que aparecem sorridentes, a gozar com a nossa cara). Neste fim-de-semana, o governo pediu ajuda internacional, apenas porque se recusa a ver o óbvio, a ouvir quem sabe, a tomar as medidas adequadas. Em vez de resolver o problema, mobilizando os meios nacionais e contribuindo para resolver os nossos problemas internos, o governo pediu (e vai pagar caro) apoio internacional…. Ou seja, o próprio governo é o nosso pior inimigo, fazendo tudo para impedir a resolução dos nossos problemas.
Neste fim de semana perderam-se vidas e muito floresta, para além de casas (e do terror sentido pelas pessoas…) mas as notícias preocupam-se é com a “possibilidade” de accionar o fundo de apoio comunitário, em vez de se accionarem os meios existentes para resolver o problema, para poupar as populações a mais sofrimento e sobressaltos, para garantir a segurança das pessoas e dos seus bens.
As notícias estão preocupadas com o "apoio psicológico a bombeiros e população, como se houvesse "apoio psicológico" que possa ser eficiente, nestas circunstâncias...
Pela parte do primeiro ministro, está preocupado com “dar uma palavra de solidariedade” (às vítimas dos crimes que ele próprio protege e a quem garante impunidade) e em anunciar medidas simbólicas, que não passam disso mesmo, de simbólicas, para socorro às pessoas afectadas. Socorro que nunca chega a quem deve chegar. Ainda falta a pedinchisse, à população, que é para alguns encherem os bolsos e o governo cobrar mais impostos...
Sr. primeiro ministro, não seja cínico e criminoso! Aquilo que a população quer é que você e o seu governo façam a vossa obrigação e acabem com esse flagelo! Como podem e devem!
Hoje, em Coimbra, os incêndios atingiram mata municipal e casas dentro do perímetro urbano, tendo os bombeiros sido chamados, sem aparecerem, durante toda a noite e todo o dia… Mas o primeiro ministro continua a “elogiar a eficiência dos bombeiros” e está preocupado em apresentar justificações e “desculpas”.
Soluções é que: NADA!
Porra! Estamos fartos de desculpas de gente cretina e pérfida. O primeiro ministro insiste que, a sua obrigação é confiar em… E a população? O que pensa disso tudo? Gente maldita esta que não se cansa de ser nazi!
Agora mesmo, um elemento da população enunciava todas as nossas desgraças nacionais, as nossas "doenças" crónicas, de estimação (desemprego, seca, crise económica, etc.), juntava-lhes os incêndios e concluía: “não sei que mal fizemos a Deus, para estarmos a aturar o diabo!
Ouviu bem sr. primeiro ministro? O DIABO é o que você é (e o seu governo), para a população!
Porque os nossos problemas são fáceis de resolver, se você não fosse um mero “moço de recados” da pior cáfila de mafiosos que existe ao cimo da terra…

Alteração do Sistema Eleitoral!

Publicado também em Editorial
No artigo “Acerca do problema do desemprego”, tentando responder a TNT, escrevi:
"Amigo TNT! Nas várias propostas de alteração do sistema eleitoral que já publiquei incluem-se, para além da valoração da abstenção, a redução do número máximo de deputados para não mais do que 150, a criação dos ciclos uninominais e de um ciclo nacional alargado, de modo a que a percentagem de deputados de cada força política seja rigorosamente igual à sua percentagem de votos e ainda uma medida que implica a renovação da classe política: que a permanência no respectivo mandato (dos presidentes, do governo e AR, dos autarcas) seja igual à percentagem de votos obtida.
Os lugares não preenchidos, da abstenção, seriam considerados "opiniões desconhecidas", devendo as decisões mais importantes e estruturantes ser referendadas, idem para todas as decisões em que a o conteúdo das "opiniões desconhecidas" pudesse ser decisivo. Como a abstenção detém a esmagadora maioria, muitas decisões teriam que ser referendadas, o que reduziria a eficiência da mentira.
Ah! Governo que mentisse, deixava de poder governar sem que se repetissem as eleições.
Também proponho que o Primeiro Ministro seja eleito directamente, assim como os governadores dos distritos e o Procurador Geral da República, devendo os candidatos, para se puderem candidatar, declarar solenemente que não pertencem a algum partido, ou a qualquer outra organização com filosofia específica e disciplina de grupo, submetida aos respectivos interesses, como é o caso da maçonaria.
Isto quer dizer que se um governo é eleito com apenas 29,3% dos votos dos eleitores, como este foi, também deve permanecer apenas durante 29,3% do tempo do respectivo mandato; ou seja: o actual governo teria de ser referendado ao fim de 15 meses, para se poder manter no cargo. E, para isso, para se manter no cargo, teria que obter a concordância de mais de 50% da população.
Se não obtivesse mais de 50%, os respectivos membros nem sequer se poderiam candidatar a qualquer cargo político, nas respectivas eleições intercalares.
Idem para os autarcas, para os deputados (totalidade da AR) para o Presidente da República...
O que já nos teria permitido resolver um problema chamado "Jorge Sampaio" e talvez nos tivesse permitido resolver a renovação dum problema chamado "Mário Soares"...
Fiz-me entender?”

Tentei escrever isto tudo, mas acontece que os comentários saem cortados. Por isso pareceu-me oportuno copiar, para aqui, um artigo que escrevi, sobre este tema, em Março deste ano; artigo a que dei alguns retoques, para o tornar mais claro e compreensível:

“Em "a Mesa do Costume", no Tema: "Que sistema Eleitoral queremos", deixei uma proposta de alteração do sistema eleitoral. Como se fala em alterar a lei, justifica-se que retome, aqui, a discussão deste tema, refazendo e aperfeiçoando a proposta:
Proposta de Sistema Eleitoral!
Propõe-se que o número máximo de Deputados seja reduzido para 150, correspondentes a 100% dos votos, no território nacional;
Propõe-se a alteração dos métodos de eleição (contas), de modo a que a percentagem de deputados de cada força política seja rigorosamente igual à respectiva percentagem de votos obtidos nas urnas;
Propõe-se a criação de um círculo uninominal por cada distrito, mais um círculo nacional, onde o número de deputados eleitos por cada força política, adicionados aos deputados eleitos por cada distrito, completaria o número correspondente à respectiva percentagem global de eleitores. As forças políticas que não elejam deputados distritais, mas que consigam uma percentagem de votos que resulte em um ou mais deputados, elegem o respectivo número de deputados pelo círculo nacional.
A eleição dos lugares de deputados correspondentes à emigração deve ser tratada separadamente, desprezando-se a influência da respectiva percentagem de abstenção, visto que estes deputados representam uma percentagem diminuta (que não deve ser alterada).
Que os deputados de cada formação política, sejam eleitos na correspondência exacta da percentagem real de votos obtidos; ou seja, a cada um por cento de votos deve corresponder um por cento de deputados, até um máximo de 150 lugares, para cem por cento dos votos, ficando vagos os lugares relativos à abstenção votos brancos, votos nulos e atribuídos aos pequenos partidos que não consigam eleger deputados, se estes não se manifestarem em contrário.
Que os lugares não ocupados, no parlamento, sejam considerados como "opiniões desconhecidas", devendo as matérias mais controversas ser decididas por referendo (que deve ser convocado sempre que as "opiniões desconhecidas" possam ser determinantes para a respectiva decisão).
Que a adequação do desempenho governativo e do parlamento sejam referendadas em cada dezoito meses de vigência dum mesmo mandato, devendo o parlamento e/ou o governo, serem destituídos se não obtiverem mais de 50% de votos positivos.
Que estas propostas de alteração sejam referendadas e decididas por toda a população."
A meu ver, alterações desta natureza só são legítimas se decididas, directamente, pelos cidadãos. Os políticos e deputados são parte interessada, pelo que não têm legitimidade democrática para decidir acerca de temas destes.
Esta proposta tem tanto direito a ser discutida publicamente e submetida a referendo como qualquer outra, visto que é diferente de todas as outras conhecidas. É uma questão de elementar (e honesta) democracia…

Portanto, amigo TNT, as minhas propostas “CONCRETAS” consistem na luta por mais e melhor democracia, que é o único sistema que nos pode salvar; que pode permitir resolver todos os nossos problemas, porque permite colocar a pessoas certas no lugar certo, ao passo que o meu amigo me parece um pouco “perdido” ideologicamente falando, em matéria de concretização de propostas.
Repare que isto é fazível, traduz-se em acções concretas, colectivas, (em que as decisões não dependem das opções políticas ou filosóficas de cada um) como devem ser as "soluções dos problemas colectivos".
Não se esqueça que as soluções existem mas, para poderem ser implementadas, os governantes e deputados é que têm de ser obrigados a "correr atrás delas" (das soluções), porque eles é que detêm o poder. Se não sabem, ou não querem, terão eles que ser corridos... Doutro modo não haverá soluções!
É claro que, quanto à criação dos mais de 300 mil postos de trabalho, em poucos meses, também tenho ideias claras de como é que isso se pode concretizar, de quais os procedimentos e medidas a adoptar para tal. Mas isso só será possível e eficiente; isto é: profícuo, havendo democracia, havendo as condições básicas para adoptar essas medidas, porque as casas não se constroem a começar pelo telhado, mas pelos alicerces, com bons alicerces…
É uma luta dura, eu sei, mas não vou desistir. A questão é saber quem quer ajudar…

2005/08/19

Terrorismo! Reflexões que se impõem!

Publicado também em Editorial
Acerca do assassinato de Jean Charles de Menezes, pela Polícia, em Londres!
Aconteceram atentados terroristas em Londres e as polícias apressaram-se a perseguir "suspeitos". Prenderam uns e até assassinaram outro. Para ter sido assassinado, tinha que ser um “grande suspeito”. Ou será que as polícias, agora, podem assassinar assim uma pessoa qualquer, apenas porque lhes apetece? Sem qualquer espécie de motivo?
Quem é o suspeito assassinado? Um simples e pacato cidadão brasileiro, que se fartava de trabalhar para sustentar a família. Quem nos garante que os "suspeitos" presos são mais culpados ou estão mais implicados?
Será que as pessoas não vêem que, se os suspeitos que a gente acaba por conhecer são pessoas simples assim, é porque os autores são agentes da CIA e de outros serviços secretos, que não podem ser presos, nem perseguidos e muito menos assassinados?
Se as polícias andassem, de facto, atrás de terroristas, seria de esperar que, quando matam, matassem algum perigoso terrorista… Mas estas acções de “vigilâncias de suspeitos”, que não são suspeitos de coisa nenhuma, são encenações montadas, para compor a cena, e para disfarçar e encobrir os verdadeiros terroristas.
Na América, uma bebé de apenas um ano de idade é impedida de voar, de regressar a casa com a mãe, porque o seu nome consta duma lista do governo, com os nomes de pessoas impedidas de voar, no âmbito da “luta contra o terrorismo”. Isto porque o governo fornece uma lista de nomes, apenas de nomes sem quaisquer outras informações ou dados das respectivas pessoas, que permitam identificar, claramente, os respectivos suspeitos. Porquê?
Porque não existem quaisquer suspeitos! Os atentados são praticados pela CIA e os seus autores não podem ser incomodados… Por isso “o governo” americano fornece uma lista de nomes, apenas nomes, escolhidos ao acaso, para mascarar a realidade, para manter as aparências (pode-se imaginar os perigos a que estão sujeitos os "proprietários" dos nomes, quando não são apenas crianças; pode-se perceber como é que os suspeitos da "operação Rendition", "ascendem" à condição de "suspeitos".
Quanto aos detidos de Guantanamo e os alvos da “operação Rendition”, da CIA, em todos os casos que se conhecem, de que se têm notícias fiáveis (não filtradas nem manipuladas pelos responsáveis da CIA) os alvos das torturas são simples e pacatos cidadãos, apanhados aleatoriamente, com o objectivo de serem transformados, à força, através da tortura, em “terroristas” ao serviço da CIA. Por isso alguns deles voltam a aparecer, depois, no Iraque, a preparar atentados terroristas. Pudera! Foi esse o compromisso que tiveram de assumir para serem libertados das garras da CIA.
Quando será que as pessoas começam a acordar para a realidade e a perceber que, no mínimo, se tem de exigir rigor e eficiência a esta gente, para acabar com a sua, actual, margem de manobra, que usam para cometerem os mais abomináveis crimes (os atentados terroristas) e os agravarem perseguindo e matando inocentes?
E porque será que continuamos a ser tão poucos os que têm a coragem de analisar, com objectividade, as coisas, de concluir como se impõe e de o afirmar com clareza?

2005/08/17

"Imagens" e Disparates!

Ainda os Incêndios Florestais e a "opinião" de António Vitorino.
Acerca deste post e do comentário de Congeminações.
O meu comentário (que não correu lá muito bem):
Amigo Raul, acredita que os pirómanos dizem o que realmente os motiva? Acredita que, se eles o disserem, isso vai aparecer publicado nos OCS?
Eu não acho que o meu amigo defenda a censura mas, neste tipo de coisas, as nossas boas intenções contam muito pouco; porque quem decide são eles; e não tenho dúvida em dizer que o que move António Vitorino é a procura duma desculpa, dum pretexto, para calar as denúncias, para piorar as nossas condições de luta.
Se a gente concordar com o pretexto eles agradecem, porque isso lhes facilita a missão. Depois do mal consumado, de pouco serve barafustar.
É como nas eleições! Esta escumalha foi eleita com apenbas 29,3% dos votos, mas não hesitam em invocar que têm maioria, como pretexto para se arvorarem o direito de praticar os piores crimes contra o país.
Além disso foram eleitos com recurso a uma série de mentiras, o que torna ilegítima a representatividade, por violação dos respectivos compromissos. Mas eles decidem, na mesma, da pior forma possível. Vale-lhe de alguma coisa, a si (ou a nós), dizer que não concorda?
Por isso há que ter cuidado quando se “concorda” com eles.
Eu também não concordo com a forma como as televisões tratam este e outros assuntos, mas por motivos opostos aos de António Vitorino. Porque as "peças noticiosas" são tão vazias de conteúdo e contêm tanta demagogia que não podem contribuir para resolver os problemas, como se impõe.
As notícias televisivas não contribuem para resolver o problema? Talvez não! Mas a ausência delas, a lei da rolha, o silenciamento da indignação das pessoas é que não contribui, de forma nenhuma, pelo contrário...
O que não posso deixar de fazer notar, como significativo é o facto de uma pessoa com as responsabilidades de António Vitorino, perante um problema tão grave, que urge resolver, se preocupar com questões marginais e insignificantes. É bem o estilo desta gente e é por isso que os nossos problemas não se resolvem.
Eu, se tivesse um microfone à frente, teria tanta coisa para dizer sobre o assunto, para tentar fazer com que o problema se resolva, que não me passaria pela cabeça, nem tinha tempo de, pensar em "imagens televisivas", que não passam disso mesmo: de imagens… imagens duma realidade que urge alterar, no terreno! Ou seja: no lugar de António Vitorino, eu optaria por "dar conteúdo" à peça televisiva, em vez de tentar justificar a "lei da rolha", que só vai piorar a situação.
É uma questão de idoneidade, de boa-fé, de integridade de carácter, de se ser, ou não, coerente. Mas eu faço parte doutro Mundo, graças a Deus!
Agora, o que não posso deixar de fazer notar é que, neste como noutros aspectos com situações igualmente desastrosas, não teria sido possível a situação chegar a um tal descalabro sem a conivência, o envolvimento, a cumplicidade (e garantia de impunidade aos terroristas pirómanos), de todas as pessoas que têm algum poder, incluindo António Vitorino. Qual é o papel das imagens televisivas (ou ausência delas) nessa realidade?
Sabe? Perante situações tão graves, também nós temos que aprender a nos atermos ao essencial, insistir nas denúncias que se impõem e justificam, sem nos desviarmos um milímetro, para não corrermos o risco de ser coniventes com tudo isto.
É preciso que nos superemos e consigamos ir além das "boas intenções". Peço desculpa de qualquer coisinha...
Um abraço!

2005/08/16

Bebés "suspeitos" de terrorismo!

Leia neste artigo, de Prison Planet, como uma bebé, de Um ano, foi impedida de regressar a casa, de avião, apenas porque o seu nome consta duma lista do governo, entre pessoas que estão impedidas de voar, no âmbito da luta contra o terrorismo.
Aqui fica um excerto do artigo:
"WASHINGTON (AP) - Infants have been stopped from boarding planes at airports throughout the U.S. because their names are the same as or similar to those of possible terrorists on the government's "no-fly list."
It sounds like a joke, but it's not funny to parents who miss flights while scrambling to have babies' passports and other documents faxed.
Ingrid Sanden's 1-year-old daughter was stopped in Phoenix before boarding a flight home to Washington at Thanksgiving.
"I completely understand the war on terrorism, and I completely understand people wanting to be safe when they fly," Sanden said. "But focusing the target a little bit is probably a better use of resources."
E é assim... Estes americanos ainda hão-de conseguir regressar à barbárie, por esta via...

O cúmulo dos disparates!

Publicado também em Editorial.
Acerca do terrorismo dos incêndios florestais e da "conversa" de António Vitorino, a pretexto deste post, em Congeminações.
O meu comentário:
Pois eu acho que isso é tudo "conversa fiada".
António Vitorino é um cretino que, como todos os outros que nos governam, acha que os assuntos se resolvem com a lei da rolha, com a implementação de censura férrea... ele não acha, apenas lhe convém (e à escumalha a que pertence) a censura, para se garantirem impunidade.
Era só que nos faltava, agora, para além da "lei da rolha", para todas as opiniões que não sejam as autorizadas, promovidas e incentivadas pelas máfias e mafiosos, ainda por cima deixarmos de saber o que se passa no país, porque estes bandidos se sentem incomodados com a indignação e revolta (e desespero) que os factos provocam na maioria da população. Não se sentem incomodados com os factos ocorridos, mas com a visibilidade da indignação.
Alguém, no seu juízo perfeito, acredita que as imagens televisivas têm alguma influência na ocorrência e propagação dos incêndios? Que disparate!
O que tem influência é a actuação dos coordenadores dos meios de combate, a "política" do deixa arder, os interesses que obrigam a deixar arder, o facto de gente como Armando Vara ter proibido os pilotos da força aérea de colaborarem na combate aos incêndios (e o facto de esta decisão se manter, mantendo o seu autor, todo o "prestígio", quando já devia ter sido corrido, investigado e punido pelos "interesses" mafiosos que pretendeu, e conseguiu, impor ao país); numa palavra: todos os procedimentos absurdos e premeditados que são decididos por quem detém os cargos e os usa, não para fazer, de forma eficiente, o que deve, mas para boicotar tudo e colaborar neste terrorismo absurdo a que o país está sujeito.
Ainda ontem, numa das reportagens sobre os incêndios, até uma criança dizia que veio um helicóptero, mas não voltou, não apagou nada, porque o que eles fazem é "atear os incêndios". É caso para dizer: "o rei vai nu" e até as crianças vêem...
É isso que António Vitorino quer impedir de aparecer na televisão. É que, a coisa é tão grave e tão clara, tanta gente sabe, que já não há forma de fazer reportagem sem que isso seja aflorado, continuadamente, pelos populares. Por isso há que lhes colocar uma rolha; ou seja, calá-los!
É assim em tudo, neste país; por isso estamos tão mal...
António Vitorino é apenas mais um terrorista, a colaborar para a destruição deste país, não tem razão nenhuma, nem o que ele diz contribui, em nada, para resolver o problema, pelo contrário. Para resolver os problemas é necessário dizer a verdade, sempre. E ouvir as pessoas, visto que toda essa escumalha demonstra que não sabe o que anda a fazer, ao menos ouçam quem sabe, porque existe quem saiba!!!!
Mas desafio-vos a descriminarem, objectivamente, planeadamente, como é que a ausência de imagens televisivas vai contribuir para resolver o problema. É que eu sou capaz de descriminar, objectivamente, planeadamente, as formas e os procedimentos e as medidas e as acções CONCRETAS, que permitem resolver o problema, com ou sem imagens televisivas.
Aprendam a pensar as coisas com objectividade, porra! Porque conjecturas, falácias, nunca contribuiram para resolver o que quer que seja!

2005/08/15

Experiências Surreais!

Esta história passa-se com uma das empresas fornecedora de serviços de telecomunicações móveis, vulgo: telemóveis.
O último episódio foi motivado pela necessidade de alterar o nome do titular da conta, o que, aliás, era uma mera formalidade, para repor a verdade dos factos, para registar a situação real.
A cena trouxe à memória dois outros momentos, passados com a mesma empresa. No conjunto reflectem bem as situações absurdas com que os cidadãos se vêem confrontados e que ilustram a ausência de consideração que merecemos, a entidades públicas ou privadas.
Um dos telemóveis incluídos nesta conta foi comprado numa promoção, numa bomba de gasolina.
Ao fim de pouco mais de um mês de uso, a empresa decidiu, assim de repente, sem qualquer explicação prévia, suspender o serviço, que é como quem diz: desligar o telefone.
Perante a reclamação, foi respondido que não tinha sido recebido o respectivo contrato, que teria que ser apresentado urgentemente, para que o telefone voltasse a ser ligado.
Por estas bandas, se há coisas que não se toleram são estas atitudes prepotentes e injustificadas. O Contrato tinha sido assinado e enviado, no acto da compra do telemóvel e, por isso, não foi assinado outro contrato, não foi entregue outro contrato e o telefone ficou desligado durante mais de um mês.
Entretanto, ao mesmo tempo que o telefone era desligado, enviaram um telefone para a residência, porque o contrato fora interpretado como um pedido de telefone… Mas como ninguém se deu à maçada de verificar a veracidade do que o cliente alegava, o telefone ficou desligado durante um mês, que foi o tempo que levaram a descobrir o engano…
Daí resultou que o telefone só ficou ligado, depois, por puro comodismo…
A seguir foi a necessidade de pedir a portabilidade dum número, pertencente a outra empresa concorrente. O “evento” obrigou a duas deslocações, a uma loja, porque da primeira vez não tinham sido assinados todos os documentos. Mas tinham sido assinados todos os documentos que a funcionária achou necessários... Novamente se barafustou com o facto de estas coisas serem próprias de pessoas que acham que têm o direito de complicar a vida dos outros, como se achassem que os clientes não têm (ou não devem ter) nada de mais importante para fazer… Pois, mesmo assim, depois da segunda deslocação, ao fim de um mês foi recebida uma mensagem a dizer que a portabilidade não tinha sido feita, por ausência de indicação da opção de tarifário… Dá para acreditar? É claro que o assunto morreu aí, porque obrigarem a três deslocações por uma coisa tão simples já é abuso…
Agora, por causa da alteração de titular da conta, a funcionária decidiu inventar que os créditos dos minutos de conversação, incluídos na facturação e não utilizados, se perdiam; isto é: não transitavam para o novo titular. Bem se esforçou a ler as regras e os contratos, mas não havia nada escrito sobre o assunto. Perguntou a outra e as duas ligaram para o serviço de apoio, mantendo todos as mesma afirmação absurda. Ou seja, se muda o titular e há créditos pendentes, eles revertem a favor da empresa… mas por alma de quem? Que bela forma de ladroagem. A gente é que paga mas os créditos são deles; eles é que decidem sobre o assunto!
A questão deu uma enorme “peixeirada” e até deu origem a rescisão… Mas, afinal, não era nada assim. Foi engano dos funcionários, segundo informação da Empresa em telefonema do serviço de apoio…
Resultou, deste disparate, que foram necessárias quatro deslocações, umas quantas arrelias e alguns telefonemas (ou seja: uma enorme perda de tempo) para resolver um problemas tão simples.
Há pessoas que só sabem criar problemas para atrapalhar a vida dos outros. O pior é a quantidade de coisas absurdas que se ouvem nestas circunstâncias, quando acontecem estes ataques de estupidez colectivos e os respectivos actores decidem argumentar em defesa dos disparates. Já diziam, os funcionários, que os tempos não utilizados não são pertença do cliente, porque são “oferta” da empresa e outros disparates quejandos. Ou seja: a gente paga, mas depois, eles “oferecem” (ou não) os tempos que pagámos.
No final fica a sensação de que a empresa tem um problema, sério, de funcionamento, que não consegue resolver, apesar dos sucessivos contratempos e das respectivas reclamações. Nem sequer se pode assacar a responsabilidade aos funcionários que atendem, porque cada um dos episódios teve diferentes intervenientes…
Mas depois a gente olha à nossa volta e verifica que tudo funciona assim mesmo, quer nos organismos públicos, quer nos privados… E ficamos a pensar que, se calhar, nós é que temos um grave problema, que não conseguimos resolver… Será “epidemia”? Doença contagiosa, esta forma de funcionar de todas as instituições neste país?
O pior é a gente começar a reparar em coisas que nunca tinha notado como: Que passam, de factura para factura, tempos como não utilizados (incluídos na verba da assinatura mensal), ao mesmo tempo que se apresentam facturas de mais de cem euros, por tempos utilizados para além da assinatura, na mesma factura, apenas porque se usa mais o telefone que está à mão. Sim porque é muito prático, para as pessoas, estarem a contabilizar os tempos utilizados em cada telefone, de cada vez que precisam de falar, se não quiserem pagar duas vezes a mesma coisa, os mesmos tempos de conversação…
Que os tempos não utilizados expiram; isto é: vão sendo deduzidos, mensalmente, ao mesmo tempo que, com estes malabarismos, pagamos mais de 66$00 (mais de 33 cêntimos), por chamada telefónica. Chamadas que, na maior parte dos casos, não demoram mais de 20 segundos (mas é sempre debitado um minuto). Como é fácil enganarem o cidadão, sem que ele dê por nada, mesmo que não se seja analfabeto.
O que me chateia é quando “cá os indígenas” reclamam e nos respondem: “são os critérios da empresa!”
Não importa se é roubalheira, nem a natureza fraudulenta do acto, se houver um “critério”, definido. Mas definido por quem? Com que legitimidade? Com que idoneidade, rigor e justiça?
Ainda me lembro do arrepio que eram os preços das chamadas antes de o Belmiro decidir se dedicar também aos telemóveis. Nessa altura os custos das chamadas de telemóvel baixaram muito, mas afinal a roubalheira continua…
Muitos dos que me lêem estarão a pensar que isto se resolve facilmente, quer mudando de telemóvel, quer através das entidades oficiais.
Será? Afinal eles funcionam todos da mesma maneira! Têm todos os mesmos critérios. Mesmo que seja, que se possa resolver reclamando, fazendo exposições, ou mesmo processando-os! E a capacidade do cidadão aguenta? E a produtividade, comporta? E… numa sociedade que se preze, organizada e digna, não devia ser necessário o cidadão passar a vida a reclamar, a fazer exposições... Porque isto é generalizado! Não é um episódio isolado.
Desculpem o desabafo, mas foi apenas para ilustrar a “bondade” da economia de mercado, da “liberdade”, da livre iniciativa (como estes a entendem), da globalização da perfídia. Para ilustrar o quanto (e com que facilidade) somos transformados em escravos, em cidadãos sem direitos, condenados a trabalhar para esta roubalheira, por parte destas grandes empresas, que assim se julgam donas do mundo, com “legitimidade” para tudo o que lhes apeteça…
Foi só para ilustrar os absurdos (e os argumentos disparatados) que temos que ouvir, quando acontecem ataques de estupidez colectiva, à nossa volta, quando as pessoas decidem “argumentar” para justificar estes absurdos. É assim em toda a nossa vida colectiva, actualmente, nomeadamente quanto à conversa dos políticos e responsáveis pelos diferentes sectores da vida nacional; é por isto que nada funciona, neste país, como deve; é por isto que a nossa situação é tão má e com tendência a piorar…

2005/08/13

Uma história de “Skin heads”!

Esta história que vou contar é verídica e “está conforme o original”.
Ilustra a “qualidade” dos “nossos” juízes e um dos principais motivos a que se deve o péssimo funcionamento da justiça.
Todos se lembram de, há uns anos, um grupo de “skin heads” ter assassinado um jovem de cor, durante uma briga, no Bairro Alto. Eis aqui a história, contada por um deles, no Hospital Prisão de Caxias.
Segundo esta versão, a briga terá envolvido vários “skin heads” e também vários jovens de cor. Enquanto que o grosso do grupo dos “skin heads” “jogava à estalada” com o grosso do grupo dos indivíduos de cor, dois dos “skin heads” isolaram um jovem de cor, arrancaram um poste da calçada e assassinaram-no, fugindo, de seguida. Como o “arraial” continuava, a polícia chegou e prendeu os que brigavam, acusando-os de crime.
Sucede porém que um dos assassinos é filho dum juiz, que o mandou para o Brasil, no dia seguinte, juntamente com o “amigo” e co-autor do crime, enquanto que os restantes eram presos e enfrentavam a acusação…
Será que “skin head” tem capacidade para “aprender” a lição?
Isto ilustra bem porque é que a nossa justiça funciona tão mal… Nem pode funcionar melhor, enquanto houver, ex “skin heads” e pais de “skin heads” a exercer as funções de juízes e a usarem os seus cargos para protegerem crimes desta natureza, e para cometerem outros crimes, mais graves porque cometidos em nome da justiça.

2005/08/11

Ataque nuclear nos EUA feito por Cheney e CIA !

Por amável cedência de Sofocleto, que traduziu do original. Também publicado em Editorial.
Um ataque nuclear nos EUA levado a cabo por Cheney e CIA. Ver Prison Planet
10 de Agosto de 2005

"O comandante do Centro de Treino e Doutrina de Fort Monroe, o general de quatro estrelas P. Byrnes, foi despedido na Terça-Feira aparentemente por má conduta sexual segundo fontes oficiais.
Outras fontes, contudo, dão uma explicação diferente para a demissão de Byrnes, que estaria ligada ao impopular plano de ataque ao Irão e a encenação de um ataque nuclear em solo americano que serviria de pretexto para aquele.
Segundo o jornalista Greg Szymanski, fontes militares anónimas afirmaram que Byrnes era o líder de uma facção que estava a preparar um golpe de estado contra os falcões neoconservadores num esforço para prevenir mais conflitos globais.
Mais revelações foram divulgadas pelo jornalista Leland Lehrman que apareceu hoje no «The Alex Jones Show».
As fontes militares de Lehrman, incluindo um ex-capitão de uma agência de informações, ficaram horrorizados quando souberam que a história oficial por trás do 11 de Setembro era impossível.
Disseram a Lehrman que o iminente exercício terrorista nuclear sobre a Northcom (U.S. Northern Command) baseada em Charleston, S.C, onde uma ogiva nuclear seria levada secretamente de um navio e detonada, um exercício que serviria para encobrir um ataque verdadeiro.
"Existem especulações sobre se Byrne terá descoberto o facto de que o exercício iria ser um ataque real e que iria tentar impedi-lo, ou então, que Byrne faria parte de um golpe de estado militar que tentaria evitar uma guerra nuclear com o Irão", disse Lehrman.
Lehrman afirmou que outras fontes lhe disseram que todas as licenças do exército foram canceladas a partir de 7 de Setembro, abrindo a possibilidade de uma guerra, em qualquer altura, depois dessa data.
Funcionários do Northcom admitiram a Lehman que a CNN tem vindo a utilizar a sua sala de reuniões como um estúdio de televisão.
No princípio desta semana o Washington Post relatou que o Pentágono desenvolveu pela primeira vez planos de guerra para operações no solo norte-americano, nos quais ataques terroristas seriam usados como justificação para a imposição da lei marcial em cidades, regiões e em todo o país.
A «American Conservative Magazine» reportou recentemente que Dick Cheney tinha dado ordens para invadir imediatamente o Irão a seguir ao próximo ataque terrorista nos Estados Unidos, mesmo que não houvesse provas de que o Irão estivesse envolvido.
Porta-vozes do governo e dos media têm vindo, há semanas, a instigar o medo na população americana acerca de um iminente ataque nuclear aos Estados Unidos."
O meu comentário:
É preciso reproduzir isto em toda a parte, para que a escumalha vil que fecha os olhos até às coisas mais abomináveis, não possa ignorar, para que toda a gente saiba..
O mal destes actos infames é que são engendrados por cabeças de loucos, que não conhecem limites para a sua perfídia. O mal destes actos infames é que, uma vez começados e bem sucedidos, não param mais e se vão agravando, até que os cidadãos acordem e os façam parar.
O mal dos lacaios abjectos é que são muito úteis para todo esse horror; é que, sem eles, estas infâmias não teriam hipóteses de existir...

2005/08/10

Fogos Florestais, novamente!

Segundo um relatório europeu, Portugal continua a ser o país campeão dos fogos florestais, tendo mesmo vindo a baixar a eficiência no combate aos incêndios.

É preciso um “relatório europeu” para dizer o que é óbvio?
A propósito, vou recuperar, para aqui, alguns comentários que fui “produzindo, sobre o assunto, nestes dias:
Em Hammer:
“E porque é que ninguém fala da verdadeira questão?
Enquanto se tolerarem as incompetências e se permitirem as desculpas em vez de exigir eficiência e assacar responsabilidades a quem falha, não se vai lá. Cá para mim, já o disse várias vezes e repito, estão todos de conluio, porque só assim é possível se ter chegado a este descalabro. Mas os principais responsáveis são os coordenadores dos meios de combate, que não fazem o que devem. Além disso, aonde é que está, neste artigo, a identificação clara de pessoas ou procedimentos, que se possam responsabilizar, a quem se possa exigir eficiência?
Conversa da treta que, no essencial, embarcando na confusão que a situação gera na cabeça de algumas pessoas, se limita a "combater moinhos de vento", lançar para o ar atoardas, em vez de abordar as questões essenciais com objectividade, de forma consequente. O estratagema é o mesmo: lançar a confusão, generalizar, repetir teorias da treta, para desculpar quem tem os cargos e falha, quem assume tarefas que não quer cumprir... Há que perguntar porque é que não querem cumprir.
Alguém ignora que a acção dos bombeiros é descoordenada, mal preparada, dirigida de forma primária e improvisada, portanto ineficiente? Porque é que é assim? Porque é que uma questão tão importante continua nas mãos de amadores ignorantes?
Porque é que, para combater os incêndios, prevenir os incêndios, só existem cerca de 2000 bombeiros, quando seria possível e é muito fácil mobilizar cerca de 20 mil pessoas, pelo menos, com capacidade e disponibilidade para a função? De facto há por aí uns incendiários que têm de ser presos e "crucificados" urgentemente. Estão no comando e coordenação do combate aos incêndios, a "fabricar" desculpas para o consumo dos cretinos que nos julgam e a prosseguir a sua acção criminosa. Entre as desculpas, a mais querida, é a "falta de meios". Mentira! Que raio de interesses tenebrosos é que essa gente promove, de forma tão vil e terrorista? Como é que se pode "dar mais meios" a quem nem os que tem sabe gerir, coordenar e organizar?
Os verdadeiros culpados deste flagelo, os verdadeiros terroristas, estão na coordenação e no comando das organizações de combate aos incêndios. Sem correr com esses criminosos não é possível resolver o problema. Tudo o mais são desculpas mentirosas e falaciosas, para ilibá-los. É como a questão do terrorismo. Os autores dos atentados são a CIA e cia.
Em congeminações:
Em Portugal, muito provavelmente, com grande margem de certeza, tal como acontece com a saúde e a justiça o custo do combate aos incêndios excede o dos países em que a sua aplicação é muito mais eficaz...
Ora aí está o cerne da questão, de todas as nossas questões, de todos os nossos problemas.
Aliás, há poucos dias, o ministro António Costa fez questão de, no seu estilo bajulador, dizer que, no que se refere ao combate aos incêndios, tudo corre bem, tem sido eficiente, nem sequer há falta de meios; não lhe foram solicitados mais meios.
Será preciso mais evidências, ou declarações mais claras, para se perceber o verdadeiro cerne da questão?
Sabe? A gente, por aqui, nem nos apercebemos do impacto que conseguimos ter, quando colocamos "o dedo na ferida" de forma certeira. É o que tem acontecido em relação aos incêndios e isso faz-se sentir nas declarações e atitudes, (e reivindicações) dos coordenadores do combate aos incêndios. É preciso passar à fase seguinte! É preciso insistir! É preciso encurralá-los, para se poder resolver o problema.
Para já há que chamar cretino e falacioso ao ministro que nos pretende fazer aceitar uma realidade absurda, como sendo normal e justificável. Não devia ser necessário um relatório europeu para dizer o óbvio, aquilo que nós andamos a dizer há muito tempo. Mas ao menos pudemos chamar cretino e mentiroso, falacioso e cúmplice ao ministro, que assim mente, descaradamente, negando as evidências, impondo-nos uma “avaliação” falsa e cretina, com toda a presunção.
Em congeminações:
Há uns meses escrevi um artigo intitulado: "O País nas mãos de criminosos". O que se passa com o problema dos incêndios é apenas mais uma "ilustração" do que disse. Há medidas, simples, que podem ser tomadas para acabar com isto, de vez. Medidas que podem não custar um cêntimo e permitir poupar todas as verbas exorbitantes gastas, agora. Verbas exorbitantes que estão a ser gastas para haver uns quantos a atear fogos e outros, da mesma laia ou pior, a "deixar arder"...
Porque é que as medidas não são tomadas? Porque, neste país, tudo quanto é mafioso, tem protecção dos políticos e governantes. Em boa verdade, são eles, os mafiosos, que mandam no governo e não o contrário. São eles que mandam em nós e nos palhaços que a população elege.
Por isso todos resistem a "pôr as coisas no lugar" e valorar a abstenção; todos resistem a adoptar procedimentos de controlo do desempenho dos políticos por parte da população. Tem sido essa a minha luta, mas parece que continuo a falar para a parede. Todos falam muito, mas para dizer generalidades, evitando o essencial...
Nos comentários aparecem algumas interrogações que colocam "o dedo na ferida", que têm que ver com a utilização de todos os meios existentes, utilização que tem sido sabotada e bloqueada pelos mafiosos, integrantes das forças de bloqueio, que controlam a coordenação e as chefias de quem está envolvido no combate aos incêndios.
Sem responsabilização, severa dessa gente e das suas "falhas" premeditadas, não é possível resolver o problema. Enquanto estes tiverem protecção e impunidade e "espaço" para as suas desculpas criminosas, não é possível resolver o problema.
Mais! É necessário que, numa questão destas, que já se transformou numa forma de terrorismo, absurda, sobre o país e a sua população, os respectivos intervenientes passem a estar sob disciplina militar, sendo levados a tribunais marciais, acusados de sabotagem e julgados por todas as falhas e boicotes que agora praticam, impunemente, com todo o à vontade.”

Já noutras ocasiões falei também deste problema. Como por exemplo neste artigo, e neste,
e neste.
Como a questão permanece sem alteração, justifica-se que relembre o que já disse inúmeras vezes.
Aliás, os vários artigos publicados nos diferentes blogues reflectem bem os sentimentos e o desespero dos cidadãos sobre esta matéria... Os políticos e os responsáveis é que insistem nos seus procedimentos nazis e bloqueiam a resolução dos problemas, de forma criminosa.

Mas não desesperemos! Porque “A Direcção Geral dos Recursos Florestais” lançou uma campanha de prevenção…
Garanto que fui ver, correndo, ao mesmo tempo que alimentava alguma esperança de que, finalmente, alguém começasse a fazer ou a dizer o que é necessário fazer e dizer. Puro engano! Grande desilusão!
A campanha resume-se a: colocação de cartazes e distribuição de folhetos. Ou seja: gastar dinheiro inutilmente, porque esta gente estúpida não tem nada na cabeça, a não ser porcaria e só sabem desperdiçar dinheiro e recursos. Mereciam era ir para a cadeia, todos. Porque é óbvio que isto é uma campanha de cretinice, que não resolve nada, apenas serve para gastar dinheiro inutilmente.
Para resolver problemas é necessário ter capacidade para FAZER alguma coisa, tomar medidas. Perante um fogo, qual é a utilidade dum cartaz ou duns folhetos? É isso mesmo que estão a pensar! Um cartaz ou um folheto apenas servem para alimentar o fogo.
Mas é assim com todos os nossos problemas e é por isso que o país não progride. Quantas vezes será necessário dizer que não é possível resolver os nossos problemas com gente cretina a comandar os destinos do país?
Quantas vezes será necessário dizer que quem precisa de “lavagens ao cérebro”, para ver se aprendem a pensar, são os responsáveis e não os cidadãos? Quantas vezes será necessário dizer que as medidas, as acções, têm de ser tomadas, executadas por quem tem capacidade e competências para decidir; isto é: por quem detém os cargos e o poder? Quantas vezes será necessário dizer que estas campanhas de merda, onde se pretende descarregar as responsabilidades para os particulares (porque os nossos notáveis são todos inimputáveis) são mistificações, campanhas falaciosas, primárias, que deviam envergonhar quem a promove? Porque é que esta escumalha acha que tem o direito de ganhar vencimentos absurdos? Para serem irresponsáveis? Se não sabem exercer as suas competências, de maneira eficiente, não se apropriem de dinheiro que não “ganham”.
Quantas vezes será necessário dizer que a culpa desta e doutras situações igualmente calamitosas é de todos os políticos e do todos os responsáveis, a todos os níveis, e também dos seus lacaios que controlam a comunicação social e mistificam tudo, mentem e enganam toda a gente, dando espaço apenas e sempre aos mesmos criminosos, e silenciando os sentimentos e as denúncias da generalidade da população, para além de silenciarem quem sabe como resolver os problemas?
É claro que, se continuarmos por estes caminho, se não conseguirmos inverter esta situação e escorraçar estes criminosos, no próximo ano, estaremos todos aqui a discutir o mesmo assunto, com os mesmos parâmetros, porque somos governados por terroristas nazis que acham que têm o direito de proteger criminosos, que actuam de dentro das instituições, fazendo estas campanhas para enganar os patetas, enquanto continuam os seus actos terroristas, de incendiários.

2005/08/08

Actos de Vassalagem Feudais!

Por causa da “conversa da tanga” do Durão, uma pessoa da minha família perdeu o emprego, juntamente com a maioria dos colegas, “por extinção do posto de trabalho”. Depois disso só conseguiu arranjar trabalho a recibos verdes.
Para obter os recibos verdes é necessário fazer uma inscrição nas Finanças. Como as pessoas que trabalham a recibos verdes só recebem as horas que trabalham, todas estas questões burocráticas foram tratadas pela mãe.
Feita a inscrição nas Finanças, era necessário ir à Segurança Social. Aí informaram que dispunha dum período de isenção de um ano, pelo que devia inscrever-se ao fim desse tempo. Assim foi feito, em Outubro de 2004. No acto da entrega da inscrição não foi possível fazer qualquer pagamento, tendo sido informado que o processo seguia e depois os serviços diriam alguma coisa.
Cumpridas as formalidades, aguardou-se que chegasse a informação de como, quando, quanto e onde pagar as respectivas contribuições.
Até à presente data, nenhuma dessas informações, essenciais para se poder pagar, foi recebida. Em vez disso, foram recebidas duas cartas. Na primeira, expedida no dia 28 de Outubro de 2004, diz-se, numa única linha: “que se procedeu ao enquadramento…”.
Na segunda carta, datada de 29 de Julho de 2005, informa-se que …. Se verifica o não pagamento das contribuições devidas à segurança social…. Solicita-se o pagamento, no prazo de 10 dias, sob pena de “cobrança coerciva”.
No entanto, acerca do essencial; isto é: informar como, quando, onde, e quanto pagar, nem uma palavra, nem o mais pequeno indício, ou alguma coisa que o permita vislumbrar.
Com as cartas na mão e uma carrada de indignação, compareceu-se no centro de atendimento mais próximo da residência. Tal como os restantes, este centro também tem um sistema de senhas de espera. O atendimento ia na senha nº 36 e a senha de vez, respectiva, era o 81. Com muito menos números de intervalo, já eu esperei, num desses centros, perto de duas horas. Aliás, 2 horas é o tempo médio de espera (segundo os dados de que disponho) para as pessoas que se deslocam ao edifício do Areeiro, em Lisboa.
A pessoa em questão decidiu não esperar e, em vez disso, escrever uma reclamação que ninguém vai gostar de ler.
Termina a reclamação com estas palavras: “Por isso, nos termos da lei, não é o contribuinte que está em falta, mas os serviços da segurança social, que só sabem fazer coisas inúteis, como as cartas referidas. Solicita-se, portanto, o essencial para proceder aos pagamentos; isto é: o envio das respectivas guias, de preferência pagáveis através do Multibanco, se não for pedir demais e se não der muita maçada…”
A questão que aqui se coloca é o facto de estas instituições se acharem no direito de exigir, aos cidadãos, não apenas os pagamentos, mas também repetidos “actos de vassalagem”, como estas deslocações e tempos de espera. Não basta o cidadão pagar, também tem de ser humilhado e molestado com estas deslocações inúteis e tempos de espera.
Como é óbvio, estas deslocações e tempos de espera, absurdos, são muito úteis e benéficos para o aumento da produtividade do país… Aliás, quem quiser, de facto, saber os motivos da nossa fraca produtividade, que observe estes tempos de espera inúteis e absurdos e a enorme quantidade de entidades e instituições que assim funcionam e logo fica a conhecer um dos principais motivos. Isto para um cidadão que só ganha as horas que trabalha, como é o caso das pessoas dos recibos verdes, é excelente.
Por acaso, pela minha parte, até acho que a questão não começa aqui; que este episódio é apenas o cúmulo do absurdo, que começa com a deslocação para inscrição.
Todos já ouvimos falar da “sublime” inovação do “cruzamento de dados” entre as finanças e a segurança social, como forma de combater a fuga ao fisco. A fuga ao fisco não se combate assim, pelo contrário. No entanto não posso deixar de realçar que o mesmo empenho seria muito mais útil a todos, e também muito mais digno, se fosse usado nestes casos, para facilitar a vida dos cidadãos. De facto, uma vez feita a inscrição nas Finanças, a inscrição na segurança social deveria ser automática, no devido tempo, sem mais sobrecargas e contratempos para os cidadãos. Só que, esta gente vil que governa este país só sabe ser prepotente e autocrata, repressiva e coerciva, mesmo quando tal não se justifica. Isto diz bem não apenas do seu baixo carácter, mas também da sua ausência de honestidade.
Para exercer cargos com possibilidade de definir este tipo de “procedimentos” deveria ser condição essencial ser-se muito honesto, muito digno e muito idóneo. Para além de eficiente, é claro. Como a nossa vida sairia mais facilitada e como o país se desenvolveria.
É apenas um elementar exemplo (mais um) de como o estado e outras instituições se constituem em entraves à produtividade, à actividade económica e ao desenvolvimento, quando devia ser exactamente o contrário. Tudo isto tem que ver com a “qualidade” das pessoas que nos governam e dos “nossos” políticos.

2005/08/06

Intervalo Conjuntural!

Peço desculpa a todos os que me costumam visitar, porque o tempo não me tem chegado para escrever... apesar de não faltarem motivos.
Espero conseguir, em breve...
Um abraço a todos e bom fim-de-semana!