2013/06/28

MANIFESTANTES ENCURRALADOS NO BAIRRO DA BELA FLOR DURANTE MAIS DE 4 HORAS, ACUSADOS

COMUNICADO À IMPRENSA DOS MANIFESTANTES DETIDOS NO BAIRRO DA BELA FLOR
(copiado de PROL)
«Nós, os manifestantes detidos hoje, 27 de Junho de 2013, no bairro da Bela Flor, saímos em manifestação espontânea a partir de S. Bento, com a polícia constantemente a acompanhar-nos sem nos nos dar qualquer tipo de indicações.

Durante todo o percurso, os manifestantes foram pacíficos e não causaram qualquer tipo de danos.

Após a passagem pelo Centro Comercial das Amoreiras, quando nos aproximámos do acesso para a Ponte 25 de Abril, pela primeira vez, as autoridades comunicaram connosco para nos indicar que enveredássemos para o acesso à Ponte 25 de Abril.

Fomos encurralados por dezenas de membros e carrinhas do corpo de intervenção que esperavam fora de vista, e então dirigidos para o bairro da Bela Flor, sempre rodeados pelo corpo de intervenção.

Ficámos detidos na rua desde as 19 horas (passa já das 23 horas e só agora estamos aos poucos a ser libertados), sem acesso a água ou sanitários.

Após identificação e revista um a um dos cerca de 200 manifestantes, foram-nos apresentados, documentos para assinar ao mesmo tempo que se dificultava o acesso a advogados.

Acabámos por saber que teremos que comparecer todos amanhã, 28 de Junho, às 10 da manhã no Campus da Justiça no Parque das Nações.

Pedimos a presença e solidariedade de todos para os procedimentos.

Já na anterior Greve Geral aconteceram inúmeras irregularidades nas detenções que foram efectuadas e, mais uma vez, o governo procura formar um escândalo para tentar abafar o impacto da Greve Geral.

Aqui não há criminosos mas há arguidos; no governo não há arguidos, há criminosos.»

Os Manifestantes Detidos no Bairro da Bela Flor
Bairro da Bela Flor, 27 de Junho de 2013

manifestantes.da.bela.flor@gmail.com
 
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A policia convocou os 200 detidos para estarem hoje (dia 28 de Junho de 2013) no Campus de Justiça (juízo de pequena instância criminal)
 
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«Testemunho da mãe de uma jovem envolvida nos incidentes da ponte, ontem, na sequência da manifestação da Inter, em Lisboa:

Conversation started today

11:08
(nome da pessoa e de sua filha eliminado))

Bom dia,

Venho dar a mão à palmatória, passo a explicar, quando no face tu e outros afirmavam que, a carga policial, da manifestação de Novembro junto à assembleia, tinha sido instigada por elementos da polícia à paisana, eu fiquei incrédula, pensei que vivia numa democracia, já não estávamos no antes do 25 de Abril, isso não podia estar a acontecer... Afinal ontem a minha filha mais nova participou na manifestação e foi uma das detidas daquelas 2 centenas. Ela diz que desde o início foram guiados por 3 polícias com coletes laranja e óculos de sol, ela não os conseguirá identificar, até porque quase só os viu de costa, sentiu-se segura por irem acompanhados pela polícia…
A dada altura, já depois das amoreiras, os polícias dirigem-se aos manifestantes e dizem-lhes para seguir para o acesso à ponte. Os ingénuos seguiram-nos, afinal eles são a autoridade!
A minha filha já não se sentiu tão segura quando os encurralaram numa rua secundária, longe da vista dos transeuntes.
De facto tinhas razão, isto já não é uma democracia. Nitidamente o governo anda a querer desviar as atenções daquilo que é importante e não está preocupado com as vítimas que causa.
Felizmente os de ontem eram pacíficos!
Hoje a minha filha foi apresentar-se a tribunal, aguardo ansiosamente pelo desfecho. E sabendo , agora, o país em que vivo até tenho receio do que digo publicamente. Se quiseres usa esta informação, tu que és tão seguido, mas sem revelar os intervenientes, pois ainda estou em fase de assimilar isto…»
 «Manifestantes identificados pela PSP serão ouvidos no dia 12 de julho"

JN. Ordem dos Advogados vai apoiar manifestantes detidos no bairro Bela Flor (ATUALIZADA)


DN - Garcia Pereira diz que detenção de manifestantes visa obter ficheiros


Acham que se justifica algum comentário?

Se sim, bastaria copiar algumas coisas que escrevi (que escrevemos), há 4, 5, 6, 7 anos... Já não há pachorra!

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 APELO!
 Participação Cívica e Direitos Fundamentais:
-- Petição Para Valoração da Abstenção
--- Assine a petição AQUI ou AQUI, ou AQUI, ou AQUI
(Nota: Alguns dos sites "linkados" começaram por boicotar a petição impedindo as pessoas de assinar e, mais recentemente, suprimiram a página com as assinaturas. Apenas "Gopetition" se mantém acessível sempre)
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 -- Denúncia de Agressão Policial
--- Com actualizações AQUI e AQUI
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-- Petição contra os Crimes no Canil Municipal de Lisboa
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2013/06/26

Os Erros Criminosos da Justiça, a Pedofilia, o Caso Júlio Olivares

Os Erros Criminosos da Justiça, a Pedofilia, o Caso Júlio Olivares



Para abstrair de tanta ignomínia, nada como observar a beleza e apreciar a generosidade duma planta com características excepcionais: o "Dente-de-Leão, ou Taraxacum"


Júlio Olivares foi acusado, no Processo 1527/05.3TASNT, de ter abusado do sobrinho (Sílvio?) então com 3 anos de idade.

O artigo do Expresso de 23 de Outubro de 2010, quase 3 meses depois do suicídio de Júlio (01 de Agosto de 2010), exibe o seguinte titulo:

Um miúdo acusa, a Justiça acredita(???), um homem mata-se.

(retirado do referido artigo)

Júlio matou-se há dois meses após ser condenado por abuso sexual do sobrinho. Conversa de Messenger, entre o sobrinho e o pai deste, irmão de Júlio, levanta dúvidas sobre a veracidade da acusação.

Júlio preparou minuciosamente o suicídio, perante a indiferença e o cinismo da “justiça”:
Desfez-se dos seus bens e compromissos e escreveu um livro auto-biográfico, intitulado “Sem Culpa”.
No livro conta a vida de David, um homem de 38 anos, engenheiro informático, homossexual, filho de uma família desestruturada do Cacém (Sintra), condenado em 2008,  pelo abuso sexual do sobrinho que teria três anos à data dos supostos abusos e tinha 12 anos quando depôs em tribunal . David (no livro, Júlio na vida real) foi condenado a seis anos de prisão e ao pagamento de uma indemnização de 25 mil euros. Júlio é inocente, mas a Justiça afirma-lhe a culpa, da primeira instância até ao Tribunal da Relação. E, no fim, extintos os recursos, o acusado opta pelo suicídio.

O sobrinho, agora com 14 anos, terá assumido, numa conversa de Messenger, mantida com o pai (irmão de Júlio), que mentiu. “Menti pk meus tios precisavam do € e pk vocês me abandonaram”.

O “crime” como é apresentado no Expresso:

1. A queixa de abusos sexuais foi apresentada em 2005 pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Sintra, por intermédio da família de acolhimento com quem os gémeos (Sílvio e a irmã) viviam na altura e a quem o menor terá confidenciado o abuso.

2. O crime teria ocorrido em 1998, quando o rapaz vivia com o tio Júlio a pedido do pai, que era então maquinista da CP e sujeito a turnos.

3. Sílvio (nome fictício do miúdo) diz ter sido abusado por três tios, incluindo Júlio, numa casa onde via filmes ‘porno’ e onde estava um casal a ter relações sexuais. “Entre silêncios, gestos contidos, respostas afirmativas com a cabeça, olhares tristes e pudores pressentidos, ‘Sílvio’ aludiu aos abusos sexuais”, lê-se na sentença. (tanto indício de mentira e ninguém percebe...)

4. Sílvio descreve os actos com tal pormenor que Júlio acredita que o sobrinho terá sido
realmente abusado. A sua suspeita recai sobre os seus dois irmãos deficientes mentais, um deles com antecedentes de agressão sexual.

Depois do suicídio de Júlio, o miúdo assume que mentiu, pressionado pelo pai, em conversa no “messenger”:

- “Pq mentiste em tribunal miúdo?” “Contaram não é igual a lembrares-te. Tu não te lembras do que falaste”. “Falaste de pessoas e sítios que o teu tio nunca conheceu”
Na resposta o miúdo ameaça o próprio pai:
- “Ouve s eu souber k tu andas atrás de mim por causa dos 25000 euros k tanto kustaram a konseguir, daki a 4 anos tas feito ao bife”
- “Ainda não me respondeste! pq mentiste em tribunal?”
- “PORRA JÁ TOU FARTO DE DIZER K SO DISSE O K A MINHA TIA MANDOU DIZER E N SABIAMOS K DAVA CANA, SO KERIAMOS DINHEIRO!!!” e ainda: ““O Júlio é k suicidou pk quis. já disse k menti pk meus tios precisavam do €...”

Os fundamentos das decisões judiciais:


Relatório da peritagem psicológica feita ao miúdo:

“O modo vago e pouco pormenorizado como o menor nos descreveu os acontecimentos não nos permite dizer que são credíveis as informações. Por outro lado, possui suficiente maturidade para avaliar factos, pelo que não podemos dizer que não são credíveis”.

O que é que raio uma coisa terá que ver com a outra? Sabe avaliar factos mas, como todos os mentirosos, não sabe mentir tão bem que não se dê por isso...

Tribunal da Relação, Fundamento da decisão do Recurso:


“O que foi alegado pelo recorrente não traduz mais do que outra leitura da prova produzida. As mesmas provas admitem uma solução diversa daquela a que chegou o tribunal? É possível. Mas impõem a solução propugnada pelo recorrente? De maneira nenhuma”

Esta "peça" é o máximo!
No “meu tempo” a prova era constituída, apenas, pelos factos ou conjunto de indícios que não podiam ter outra leitura, não podiam ter outra explicação. Se “as provas” “admitem uma solução diversa” não são provas e não podem servir para condenar.
Isto é escrito no recurso do Tribunal da Relação...

A História que se depreende deste artigo conta-se em poucas linhas:


O pai de Júlio Olivares, alcoólico, batia-lhe. Aos 18 anos Júlio sai de casa, vai trabalhar em contabilidade mas logo cria uma empresa e volta a estudar, até à licenciatura em engenharia informática. Lança vários sites de compras e fóruns (ligados à comunidade gay), tornando-se um webmaster reconhecido.
As suas capacidades excepcionais e o sucesso tornam-no numa “presa” apetecível dos tios maternos do miúdo que engendram uma forma de lhe extorquir dinheiro, talvez sugestionados pelo “Processo Casa Pia”. Hoje sobrevivem sem culpa... Não sabiam que “dava cana”... Ou sabiam e não se importaram cegos pela ganância do dinheiro... Note-se que foi a estes tios que a justiça entregou a guarda do miúdo...

As “esperanças”, vãs, de quem não conhece o sistema judicial português, a sua imensa e imutável perfídia e o seu cinismo...

(continuando a reproduzir o citado artigo do Expresso de 23 de Outubro de 2010)

Júlio é condenado em Outubro de 2008, e recorre. Escolhe esperar o resultado nos
EUA, em São Francisco, onde viverá longos meses com curtos regressos a casa.
Decidido que estava a suicidar-se caso a pena se mantivesse, não queria morrer
em Portugal. Escreveu então a todos os intervenientes do processo e ao Presidente da Republica, primeiro-ministro, presidente do Supremo Tribunal, director da
PJ, PGR...
A 6 de outubro de 2009, a Relação de Lisboa dá como improcedente o recurso. Nesse mesmo dia, Júlio senta-se a escrever o livro, 123 páginas “non stop”

Um ano antes do suicídio, Júlio começou a corresponder-se com o gabinete da procuradora Maria José Morgado — a Unidade Especial de Investigação da PGR.
As respostas que recebe não passam de “conversa fiada”. Quanto a soluções (investigações ou outras diligências) para corrigir o acto infame de condenar um inocente, nada.
Em  consequência, Júlio suicida-se porque, segundo ele próprio:
““Eles no MP hoje acreditam que algo está errado mas não há saídas legais
possíveis. Acham que devo voltar para Portugal, ir preso e esperar novos elementos que conduzam à reabertura do processo. Colocaram-se à disposição para me ajudar, mas a prisão não é, como nunca foi, opção para mim”.


Coitado! Se se tivesse deixado iludir pela “conversa fiada” nem imagina o que o esperava.

Tomou a decisão certa, a menos dolorosa, a menos degradante, a mais digna: suicidar-se!

Nota: o citado artigo foi obtido na página de Carlos Cruz, através de busca no "google"






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