2006/04/28

Delapidação do Erário Público II

Em, “A Nau Catrineta”, recuperado da caixa de “e-mail”, encontrei esta lista dos aposentados milionários, referente a vários meses do ano passado:

Faço notar que estes são apenas alguns; há muitos mais… para além de uma série de outros factos escandalosos, a contribuir:
- para a delapidação do erário público;
- para o aumento do défice (não há recursos nem riqueza que aguente alimentar tanta chulice);
- para o aumento dos impostos sobre os combustíveis;
- para o aumento da contribuição autárquica que foi superior a 50%, em Lisboa;
- para a roubalheira generalizada, insustentável, que continua a destruir a nossa economia e o país;
- para a insustentabilidade da Segurança Social…
- para a indignação e revolta generalizadas da esmagadora maioria da nossa população…
Eis a lista proveniente de "A Nau Catrineta": Valor MENSAL, em euros, das reformas...

Janeiro - Ministério da Justiça
- 5 380.20€ Juiz Desemb. Conselho Sup. Magistratura
Março - Ministério da Justiça
- 7 148.12€ Procurador-Geral Adjunto da PGR
- 5 380.20€ Juiz Desem. Conselho Sup. Magistratura
- 5 484.41€ Juiz Desemb. Conselho Sup. Magistratura
- 5 498.55€ Juiz Desemb. Conselho Sup. Magistratura
Empresas Públicas e Sociedades Anónimas
- 6 082.48€ Jurista 5 CTT Correios Portugal, SA
Abril - Ministério da Justiça
- 5 498.55€ Juiz Desemb. Conselho Sup. Magistratura
- 5 498.55€ Juiz Desemb. Conselho Sup. Magistratura
- 5 338.40€ Procuradora-Geral Adjunta da PGR
Antigos Subscritores
- 6 193.34€ Professor Auxiliar Convidado
Maio - Ministério da Justiça
- 5 663.51€ Juiz Conselheiro Conselho Sup. Magistratura
- 5 498.55€ Procurador-Geral Adjunto da PGR
- 5 460.37€ Juiz Desemb. Conselho Sup. Magistratura
- 5 663.51€ Juiz Conselheiro Conselho Sup. Magistratura
- 5 338.40€ Procuradora-Geral Adjunta da PGR
- 5 663.51€ Juiz Conselheiro Conselho Sup. Magistratura
Junho - Ministério da Justiça
- 5 663.51€ Juiz Conselheiro STA
- 5 498.55€ Juiz Desembargador Conselho Sup. Magistratura
- 5 498.55€ Juiz Desembargador Conselho Sup. Magistratura
- 5 663.51€ Juiz Conselheiro Conselho Sup. Magistratura
Julho - Ministério da Justiça
- 5 182.91€ Juiz Direito Conselho Superior Magistratura
- 5 182.91€ Procurador República PGR
- 5 307.63€ Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
- 5 498.55€ Procurador-Geral Adjunto da PGR
Agosto - Ministério da Justiça
- 5 173.46€ Conservador Direcção Geral Registos Notariado
- 5 173.46€ Conservadora Direcção Geral Registos Notariado
- 5 173.46€ Conservador Direcção Geral Registos Notariado
- 5 173.46€ Notário Direcção Geral Registos Notariado
- 5 173.46€ Conservador Direcção Geral Registos Notariado
- 5 663.51€ Juiz Conselheiro ConselhoSuperior Magistratura
- 5 663.51€ Juiz Conselheiro Conselho Superior Magistratura
- 5 498.55€ Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
- 5 043.12€ Notária Direcção Geral Registos Notariado
- 5 173.46€ Conservador 1ª Classe Direcção Geral Registos Notariado
- 5 498.55€ Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
- 5 498.55€ Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
- 5 027.65€ Conservador Direcção Geral Registos Notariado
- 5 663.51€ Juiz Conselheiro Conselho Superior Magistratura
- 5 498.55€ Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
- 5 173.46€ Conservador Direcção Geral Registos Notariado
- 5 498.55€ Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
- 5 173.46€ Notário Direcção Geral Registos Notariado
- 5 498.55€ Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
- 5 498.55€ Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
- 5 159.57€ Conservador Direcção Geral Registos Notariado
- 5 173.46€ Notária Direcção Geral Registos Notariado
- 5 173.46€ Ajudante Principal Direcção Geral Registos Notariado
- 5 498.55€ Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
- 5 173.46€ Notário 1ª Classe Direcção Geral Registos Notariado
- 5 173.46€ Notária Direcção Geral Registos Notariado
Setembro - Ministério dos Negócios Estrangeiros
- 7 284.78€ Vice-Cônsul Principal Secretaria-Geral (Quadro Externo)
- 6 758.68€ Vice-Cônsul mdash; Secretaria-Geral (Quadro Externo)
Ministério da Justiça
- 5 663.51€ Juiz Conselheiro mdash; Conselho Superior Magistratura
- 5 498.55€ Juiz Desembargador mdash; Conselho Superior Magistratura
- 5 498.55€ Juiz Desembargador mdash; Conselho Superior Magistratura
Ministério da Educação
- 5 103.95€ Presidente Conselho Nacional Educação
Outubro – Ministério da Justiça
- 5 498.55€ Procurador-Geral Adjunto PGR
Novembro - Ministério Negócios Estrangeiros
- 7 327.27€ Técnica Especialista Secretaria-Geral (Quadro Externo) Tribunal de Contas
- 5 663.51€ PresidenteMinistério da Justiça
- 5 498.55€ Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
- 5 663.51€ Juiz Conselheiro Conselho Superior Magistratura
- 5 498.55€ Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
- 5 498.55€ Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
- 5 498.55€ Juiz Desembargador Conselho Superior Magistratura
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
- 5 015.16€ Professor Coordenador Inst Superior Engenharia Lisboa

Além destes, encontrei isto em “Câmara Corporativa
Eis a lista de aposentados de Maio de 2006:
Estado-Maior do Exército
• 4 558.83 € — Professor Catedrático — Academia Militar
Estado-Maior da Força Aérea
• 4 193.49 € — Tenente-General
Ministério da Justiça
• 4 782.42 € — Procurador-Adjunto — Procuradoria Geral República
• 5 748.46 € — Juiz Conselheiro — Conselho Superior Magistratura
• 4 184.62 € — Procurador-Adjunto — Procuradoria Geral República
Ministério da Saúde
• 4 155.47 € — Assistente Hosp. Grad. Pediatria — Centro H. do Alto Minho, E.P.E.
• 4 422.50 € — Assistente Grad. Neonatologia — Centro Hospitalar Coimbra
• 4 810.14 € — Chefe Serviço Pediatria — Centro Hospitalar Vila Nova Gaia
• 4 183.44 € — Assistente Graduado — Hospital Arcebispo João Crisóstomo
• 4 813.83 € — Chefe Serviço Hospitalar — Hospital Dr José Maria Grande
• 4 214.92 € — Assistente Graduado — Centro Hosp Lisboa Ocidental, E. P. E.
• 4 812.35 € — Chefe Serviço Cardiologia — Hospital N Sra Rosário, E.P.E.
• 4 211.55 € — Assistente Grad. Oftalmologia — Idem
• 4 055.69 € — Director Serviço — Inst Português Sangue
• 4 183.44 € — Assistente Graduado — Hospital Distrital Lamego
• 4 835.79 € — Chefe Serviço — Centro Hospitalar Caldas Rainha
• 4 446.40 € — Chefe Serviço Obstetrícia — Maternidade Júlio Dinis
• 4 622.80 € — Chefe Serviço — Centro Hospitalar Coimbra
• 4 223.26 € — Assistente Grad. Clínica Geral — Adm Reg Saúde Lx Vale Tejo
• 4 519.65 € — Chefe Serviço — Hospital São João, E.P.E.
• 4 781.08 € — Chefe Serviço Hospitalar — Maternidade Dr Alfredo Costa
• 4 064.02 € — Assist. Grad. Anestesiologia Ctro Hosp Lisboa Ocidental, E. P. E.
• 4 661.56 € — Chefe Serviço Medicina Interna — Ctro Hosp Lx Ocid, E. P. E.
• 4 024.47 € — Assistente Hospitalar Graduada — Hospital Santa Maria, E.P.E.
Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
• 4 973.27 € — Vice-Reitor — Universidade Lisboa
• 4 144.16 € — Professor Catedrático — Universidade Aveiro
• 4 282.54 € — Professor Catedrático — Universidade Atlântica
Empresas Públicas e Sociedades Anónimas
• 4 225.07 € — Assessor Conselho Adm — Ana Aeroportos Portugal SA
• 4 829.92 € — Contr. Traf. Aéreo/Assessor Sénior — Nav Aérea Portugal Nav Portugal EPE
• 6 463.40 € — Especialista de Pessoal R — CTT Correios Portugal SA
• 4 829.92 € — Controlador Tráfego Aéreo — Nav Aérea Portugal EPE

A estes números há que juntar os gastos com 87 deputados que não foram eleitos (e não devem estar no parlamento a fazer nada e a chular o país); a ainda os gastos, desnecessários, com o número excessivo de deputados, que devia ser reduzido para, no máximo, 150…
Reformas ou pensões superiores a 1 500 euros são roubalheira, pura e simples; não têm qualquer justificação ou razão de existir.
Em próximo post explicarei, detalhadamente porquê; e farei as contas de quanto o estado pouparia se não alimentasse tanta chulice, criminosamente

2006/04/27

A caminho do Abismo II.

Mais um passo, gigantesco, a caminho do abismo… mais um escândalo protagonizado, “naturalmente”, pela Justiça.

Trata-se do acórdão do STJ, (Supremo Tribunal de Justiça), acerca da condenação da mãe e do tio da pequena Joana, desaparecida duma aldeia do interior do Algarve…

Neste post eu escrevi,
“Contra todas as evidências e sem provas, os investigadores da PJ decidiram acusar a mãe e o tio da criança de a terem assassinado, montando uma monstruosa maquinação, muito semelhante ao Processo Casa Pia”…
E ainda:
“Isto começa a tornar-se assustadoramente “habitual”.
O Julgamento deste caso decorreu e terminou durante a semana passada. Para testar a sua capacidade de manipulação da opinião pública, o Ministério Público “pediu” um Tribunal de Júri.
Nesta bandalheira de País, as sentenças dum “Tribunal de Júri” são decididas por maioria… Como se a “decisão de culpa”, principalmente em casos como este, pudesse admitir DÚVIDAS, alguma dúvida, qualquer dúvida.
Como disse acima, os investigadores e o ministério público sustentaram esta acusação, contra todas as evidências. Um facto destes é duma gravidade inaudita, pelo seu carácter destruidor da dignidade e idoneidade da justiça e da confiança dos cidadãos… pelo seu carácter destruidor, para todos nós, como sociedade e como país.
Não é admissível que pessoas que sejam familiares de crianças desaparecidas possam estar sujeitas a serem acusadas de assassinar as crianças, sem provas concludentes que fundamentem tal acusação.
A maioria das pessoas não dá importância ao assunto e eu volto a sugerir: imaginem que se passa convosco”. É que, as “provas” apresentadas neste caso (inexistentes) fazem de qualquer pessoa um assassino; basta que a polícia assim o queira e decida…
Já escrevi outros post sobre este assunto:
Como este;
ou este...

Há outras pessoas, sensatas, idóneas, coerentes e honestas, que fazem avaliação semelhante à minha:
-"As provas conseguidas pela Polícia Judiciária e apresentadas em tribunal suscitaram alguma polémica e levantaram dúvidas quanto à sua validade. Dúvidas que permanecerão, independentemente da sentença
A absolvição dos arguidos poderá ser um dos desfechos deste caso, com contornos judiciais inéditos, baseado na insuficiência de provas, disse um jurista criminal conhecedor do processo que preferiu manter o anonimato. Nesta possível decisão colabora a inexistência do corpo da Joana e o facto da mãe e tio se terem negado a falar em Tribunal (um direito legal).
E ainda
” Para além disso, ainda existem alguns elementos periciais inconclusivos e as dúvidas sobre a eventual coacção durante a realização do filme de reconstituição do crime, apresentado ao colectivo e ao júri, onde o tio admite estar envolvido na morte da criança”
“Os depoimentos das testemunhas, na opinião de juristas que assistiram ao julgamento, não terão sido de grande valor, porque “pouco ou nada trouxeram de prova para o apuramento da verdade””

Ou seja: é um caso, típico, de infâmia degradante só possível nesta bandalheira de País, com esta bandalheira de justiça, criminosa e abjecta.
Só aqui é possível condenar, a penas de prisão, duas pessoas, apesar de:

1. “provas que suscitaram alguma polémica e levantaram dúvidas quanto à sua validade”;
2. “elementos periciais inconclusivos e as dúvidas sobre a eventual coacção”.
3. “Os depoimentos das testemunhas, … não terão sido de grande valor, porque “pouco ou nada trouxeram de prova para o apuramento da verdade””

Portanto, verificada a total ausência de elementos de prova concludentes, resta o resultado da manipulação, infame, da PJ e da acusação, a falta de carácter e de idoneidade de todos os magistrados envolvidos…a cretinice dos sete elementos que integraram o “tribunal de Júri”, (que “não teve dúvidas”, mesmo assim), que não sabem pensar, nem avaliar, de forma lógica e esclarecida, factos, distinguindo-os da sua “opinião”, formada, aliás, pelas falácias, mentiras descaradas e óbvias e conjecturas em que consistiu a campanha dos OCS, sobre este caso. Assim, nós também ficamos sem dúvidas quanto à perfídia de toda essa gente, único elemento que pode “explicar” um tamanho e tão vil absurdo…
Por isso continuamos, todos, reféns da perfídia, a ser arrastados mais um passo, gigantesco, a caminho do abismo…

Quando isto se passa de dentro da justiça e nem nos tribunais superiores podemos confiar, é caso para dizer que estamos completamente perdido, a caminho da destruição total…

Notem que não é por ignorância que esta gente procede assim: é por perfídia mesmo. Vejam o que escreveu (disse?) um dos Juízes do STJ que votou contra o acórdão e que queria declarar inocente a mãe:
1. Entendi que num caso como este, em que não há prova directa e só circunstancial, mesmo no que respeita ao efectivo falecimento da vítima, a justiça tem de se limitar à verdade processual, isto é à que resulta da legalidade e do valor objectivo dos meios de prova
2. É patente, pela leitura da sentença condenatória, que o tribunal de Júri decidiu (...) contra os arguidos e assim violou o princípio da presunção da inocência, que obriga o tribunal a só proferir uma condenação quando não persista qualquer dúvida razoável
3. E a condenação fundada em meras suposições ou no carácter eventualmente perverso e associal dos arguidos é também ilegal e inconstitucional.

Ou seja: Uma cambada de ignorantes, mentecaptos, estúpidos, analfabetos, gente perversa, portanto…

E assim se faz “justiça”, neste país desgraçado…

Mas, cuidado!
Porque:
- com o “ensaio” que tem sido o “Processo Casa Pia”, que tanto êxito tem tido para os conspiradores (com todas as perfídias e infâmias amplamente alardeadas, mas que permanecem impunes);
- com mais este exemplo aberrante;
- e com tantos outros exemplos, de sentido contrário; isto é: em que se garante total impunidade e cumplicidade a grandes criminosos e a facínoras…

Este País está já a viver a mais pérfida e infame ditadura, abjecta, prepotente e vil, que alguma sociedade pode suportar: a da instrumentalização da justiça que pode ser usada para os mais pérfidos fins, sem limites, nem consequências para os criminosos que a instrumentalizam.

Para que precisam de ocupar o poder político, nestas condições, os reaccionários, os neo-cons, os mafiosos do Bilderberg, maçonaria, ou outros e os nazis?
Não precisam! Estes métodos são incomparavelmente mais eficientes, sem o risco do desgaste do exercício de cargos políticos


Quem nos acudirá, meu Deus?!

A semana passada fomos arrastados mais um passo, GIGANTESCO, a caminho do abismo…

2006/04/26

Viva O 25 De Abril!

Viva o 25 de Abril... Aquele que AINDA está por fazer...

Como é costume, sempre que me sento para escrever, também agora tenho um turbilhão de coisas para desabafar, acerca do 25 de Abril; para além de vários outros assuntos para abordar.
Isso é mau porque, via de regra, resulta que acabo por nada escrever...

Por isso decidi recuperar, para aqui, um comentário que deixei no AspirinaB:

"Se me permitem uma "humilde" opinião, "meter o nariz" sem convite, aqui fica:
Para não variar, não concordo, em absoluto, com nada do que aqui foi dito, quer no post quer por parte dos comentadores.
O que faltou, no 25 de Abril, não foi (ou não é) "um ajuste de contas" com o passado e a ditadura, mas uma ruptura, que nunca aconteceu, apesar da enorme pressão popular...
Essa revolução, a da ruptura com o passado, está por fazer e é aí, apenas aí, que residem as causas profundas das nossas desgraças e seu agravamento continuado.
Todas as sociedades sobrevivem às "feridas" do passado... se "o presente" não continuar a agravá-las.
Concretizemos:
Essa gentalha que se pôs em bicos de pés, para se apoderar do poder, após o 25 de Abril, deteve-se à porta dos Tribunais, que continuaram a funcionar da mesma maneira anacrónica, cometendo todo o tipo de crimes e provocando escândalos, até hoje. Ficou tudo na mesma num "poder" de primordial importância para qualquer sociedade.
Agora, para prolongar essa situação absurda e perversa, argumenta-se com as independências respectivas, nas situações mais abjectas e absurdas. A democracia não interessa nada...

Aliás, para além dos conspiradores (dos que conspiraram nessa época e continuam a conspirar hoje, contra a democracia e a civilização), seria interessante (do ponto de vista académico) analisar as razões, profundas; que fizeram com que essa gente (que fez a "revolução") se detivesse à porta dos Tribunais...
Seria bom até para aprendermos, com esse erro crasso e absurdo.

O mesmo aconteceu com o funcionamento dos organismos estatais, onde tudo ficou na mesma, também.
Os torcionários da Pide ficaram impunes e são agora referenciados em "crimes de colarinho branco", altos complõs, vigarices absurdas sancionadas pelos próprios tribunais; ou então ligados à alta criminalidade, por onde é só escolher...
Claro que, para conviver, pacificamente, com tanta perfídia, só mesmo políticos abjectos como os que temos tido e continuamos a ter...

Resultado disto tudo?
A situação que se vive, onde as pessoas não têm motivos para festejar o 25 de Abril porque, no essencial, tudo ficou na mesma

É por isso que eu defendo a valoração da abstenção!
É que "pode-se enganar muita gente, por algum tempo; pode-se enganar algumas pessoas por muito tempo; mas não é possível enganar TODOS por todo o tempo".
Aqui, já existem mais de 35% dos eleitores que não se deixam enganar. Pois que prevaleçam as regras da democracia: um homem um voto (ou não voto), mas sempre uma opinião a ter em conta e a respeitar...
Acabava-se a bandalheira e, ao poder, deixava de ser possível invocar legitimidade que não tem... para continuar a servir mafiosos, bandidos, que só querem nos destruir..."
Viva o 25 de Abril!

2006/04/22

Ser De "Esquerda" Ou De "Direita".

Neste post, de "Um Homem das Cidades", deixei o seguinte comentário, acerca das posições de Freitas do Amaral, actual Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugual, que decidi passar para aqui, devido à "premência" do tema.
O assunto do post merece uma visita...

Independentemente das suas opções políticas e filosóficas, Freitas do Amaral é um homem digno, honesto, íntegro e idóneo... É isso que o distingue dos seus congéneres (em matéria de opções políticas) e é isso que deve ser louvado e valorizado, porque há valores humanos, absolutos, que devem estar acima das opções filosóficas.
Nem Freitas está a virar à esquerda (o que nem sequer é necessário para merecer a minha consideração), nem "os outros" estão a virar à direita!
Digamos que a situação é tão grave e humanamente tão infame que a atitude de Freitas, para além de revelar inteligência, dignidade e idoneidade, é a única adoptável por seres humanos conscientes.
Nestas questões, tal como Freitas, eu acho que, para além das opções filosóficas, particulares, outros valores (humanos) mais altos se levantam (ou se deviam levantar).
Freitas só demonstra que já ascendeu ao nível de desenvolvimento filosófico actual, aquele de cujo a prática social (ainda) está afastada mais de um século.
Freitas é um homem evoluído, só isso!
A subserviência canina, vil e criminosa dos outros é que é incompreensível e inexplicável seja à luz de que opções políticas e filosóficas for...
Este é o meu conceito de democracia e de idoneidade social e humana...
Cada um pensa como entender; as opções sociais e governativas devem ser adoptadas tendo em conta as opiniões de todos (com recurso a consultas populares, se necessário); aos governantes (e outros órgãos de soberania) compete executar essas opções e governar BEM... Inclusive ao nível das políticas internacionais!

Já o disse aqui (mas nunca é demais repeti-lo, até porque parece que ninguém entendeu ou escutou) que considero esta tipificação das coisas (ser de esquerda ou de direita) tão reaccionária, primária, mesquinha, prejudicial e inútil para a humanidade como os de "direita" consideram as "esquerdas" e os de "esquerda" consideram os da "direita". Para mim é folclore, "conversa para boi dormir" que, no essencial, contribui para o mesmo objectivo: deixar tudo na mesma e impedir a resolução dos problemas sociais e humanos...
É por isso que eu defendo a valoração da abstenção, (para se terem em conta as opiniões e opções de todos) e a alteração dos critérios de decisões da ONU.
Mas, nesta questão (também já o disse), os de "esquerda" e os de "direita" (pelo menos ao nível dos partidos), têm o mesmo tipo de comportamento: reaccionário, nazi...
São todos iguais e depois vêm tentar "amandar-nos areia para os olhos" com esta conversa, de merda, das "esquerdas" e das "direitas", reivindicando-se, assim, o direito de serem donos e senhores dos nossos destinos, da nossa vontade, das nossas ideias e da nossa dignidade (que não lhes interessa e continuam a destruir); para além de serem donos da sociedade, impedindo-nos, sequer, de contribuir decisivamente para resolvermos os nossos problemas, porque só eles têm "a competência" e a "legitimidade" para isso, apenas porque são de "esquerda", ou de "direita", respectivamente; são donos da razão... Mesmo que tenham vindo a demonstrar, ao longo das décadas, que são uns inúteis, perniciosos (malvados até)...
Dá-me uma fúria de cada vez que ouço este tipo de conversa, em relação a seja que problemas e questões for, em vez da discussão, adopção e implementação de atitudes concretas e úteis, dignas e idóneas, capazes de, realmente, resolver os problemas...
Aliás, a forma mais eficiente que os da "esquerda" adoptam, para ajudarem a nos "lixar" é considerarem que "tudo isto" é normal, culpa de quem governa e não se pode inverter por causa da "natureza do poder", ignorando e desprezando as maiorias, apenas porque também eles não têm perfil (nem critérios) de líderes, não conseguem convencer e mobilizar as maiorias.
E assim adoptam atitudes nazis, tão reaccionários como as dos de direita, alimentando-nos com utopias patetas, ao invés, mas negando-nos o que nos pertence, por direito, a legitimidade de decidir do nosso destino, de determinar (democraticamente; isto é: com decisões por maioria) as regras e medidas a adoptar na governação. É isso que pode resolver os nossos problemas, mas isso estas "esquerdas" não querem... preferem-nos a dormir e a sonhar, ou então misantropos e divididos, a achar que "a culpa é dos outros" que são tão "outros" como nós próprios.
O diabo que os carregue a todos!

2006/04/20

Pedradas No Charco, A Caminho Da Verdade!

Pedrada no Charco, A Caminho da Verdade acerca do 11 de Setembro de 2001.
Neste Post voltamos aos atentados TERRORISTAS de 11 de Setembro de 2001, às respectivas notícias, à posição absurda, de censura tendenciosa, exercida pelos órgãos de comunicação social (OCS) em Portugal, relativamente às posições, teses, opiniões e análises que têm sido feitas acerca do tema.
Decididamente, impõe-se romper este cerco absurdo de censura e dar visibilidade às inúmeras notícias que demonstram a falsidade e a perversidade das "versões oficiais" (não confirmadas pelas evidências) que monopolizam as notícias visíveis neste desgraçado país (Portugal).
Nós não somos americanos mas estamos mais subjugados aos respectivos ditames criminosos do que os própriso cidadãos americanos. Quando será que esta gente passa a ter um pouco de vergonha e deixa de "morder a mão" que os alimenta? Falo, nomeadamente, dos serviços públicos de rádio e televisão que são pagos por todos nós, através de taxas, mas que colaboram nesta situação infame e vergonhosa, humilhante e perversa.

Este artigo é copiado, mais uma vez, de "Um Homem das cidades", deste post, que refere uma entrevista publicada pelo C.M. em 10 de Setembro de 2002, mas que, à semelhança de inúmeras outras opiniões e análises no mesmo sentido, tem sido ignorada, censurada, silenciada.
Isto é, afinal, mais uma "pedrada no Charco" da censura, destinada (na nossa intenção) à descoberta da verdade e sua divulgação a todos os cidadãos, porque é direito de todos saber e porque isso é útil, imprescindível mesmo, para garantir a nossa segurança colectiva, para prevenir e evitar novos actos de chacina semelhantes.
Temos de reconhecer que, se os OCS tivessem feita a sua obrigação, desde o início, dando visibilidade a todas as opiniões e análises, ter-se-iam evitado outros atentados (chacinas), como os de Londres, por exemplo. Calar estas denúncias é colaborar com a infâmia, permitir e incentivar a continuação desta barbárie, é ser cúmplice destes facínoras nazis.

Portanto, a bem da democracia, do progresso, da segurança e PAZ mundiais, a bem da liberdade de expressão, contra a censura, aqui fica a transcrição:

"Ninguém percebeu até hoje os atentados de 11 de Setembro de 2001, contra o World Trade Center e o Pentágono, mas é certa a intervenção terrorista nos actos. Pouco depois das explosões, Bin Laden e a al-Qaeda foram responsabilizados pelos Estados Unidos e, mais tarde, pelo Mundo.

Passados 12 meses, há, porém, quem defenda uma tese diferente. O jornalista e investigador francês, Thierry Meyssan, analisou todas as imagens e informações e chegou à conclusão revolucionária de que nenhum avião caiu no Pentágono, mas antes que o ataque foi feito com um míssil norte-americano.

- O que é que despertou a sua teoria?
- Na sequência dos atentados, perguntei-me quem seriam os responsáveis pelos atentados. Como qualquer jornalista coloquei todas as hipóteses. No entanto, o governo americano responsabilizou logo Osama bin Laden pelos atentados, mas foi incapaz de provar a sua culpa. Ainda pensei que fosse por uma questão de segurança. Nunca pensei que fosse algo organizado, como sei hoje. Nenhum avião caiu no Pentágono.
Fui recolhendo elementos que pudessem servir de prova, embora muitos deles tenham desaparecido, como é o caso da torre 7 ou o anexo da Casa Branca, que são dois atentados muito importantes - noticiados na altura -, mas que desapareceram da versão oficial, sendo esquecidos por todos. A verdade é que existiram.
O que fiz foi reconstituir tudo o que se passou. Quem é que viu primeiro que havia um avião desviado, um controlador aéreo. O que é que ele deveria ter feito? Deveria ter avisado o comando militar de Nova Iorque. De seguida, fui ver o que o comando deveria ter feito. E assim sucessivamente. E verifiquei alguns procedimentos pouco habituais.
- Acha, então, que os americanos são os responsáveis pelos atentados?
- Realizar atentados destes é muito complicado. Numa primeira abordagem, diremos: "São dois aviões que penetraram as torres. É simples". Mas estes aviões não são facilmente manobráveis, muito menos com extraordinária precisão.
- E o Pentágono?
- É impossível ter sido um avião. Segundo a versão oficial, o Boeing caiu no relvado, deslizando até chocar com a fachada. Se ele deslizou tinha de haver um traço no chão e não havia. Não há destroços e as caixas negras ficaram inutilizadas. Centenas de toneladas de metal não desaparecem assim. Podem dizer que com a violência do choque o metal pode derreter-se, mas tinha de haver vestígios.
- Então o que é que aconteceu?
- Quando analisamos bem os estragos e os testemunhos, percebemos que os comportamentos descritos são impossíveis num Boeing. Quando vemos algo a voar a mais de 1000 km/h é impossível distinguir o que quer que seja. Por indicação dos controladores aéreos, 40 minutos antes dos atentados, foi emitido um comunicado informando que um avião 757 se despenhara numa reserva natural, em Ohio, no limite da Virgínia Ocidental.
Mais tarde, o vice-presidente Dick Cheney disse na televisão que o avião não caiu em Ohio, mas antes, no Pentágono. O problema é que Ohio fica a mais 2500 km e é impossível um avião percorrer essa distância nos Estados Unidos, sem ser detectado pelos radares ou ser apanhado por aviões caça ou descoberto pelo satélite da NSA (Nacional Securiry Agency).
- Qual é a relação entre Bin Laden e os atentados do 11 de Setembro?
- Osama Bin Laden, como se sabe, trabalhou directamente com os serviços secretos americanos e eu penso que isso ainda hoje acontece e que jamais esses laços foram rompidos. A comunidade internacional pediu provas da culpabilidade de Bin Laden aos Estados Unidos, que disseram que iam fornecê-las rapidamente. Elas, porém, foram só enviadas a Tony Blair (primeiro-ministro inglês) e ao general Mussharaf (presidente do Paquistão). Os dois disseram que estavam convencidos e que se deveria atacar o Afeganistão. Mas com os debates suscitados pelo meu livro, o general Mussharaf mudou de ideias e, numa entrevista, explicou que hoje está certo de que Bin Laden não pode ser o organizador dos atentados.
- Como explica os vídeos de Bin Laden?
- É tudo teatro...
- Mas acha que ele é pago para fazer isso?
- Obviamente que ele é pago para fazer teatro. Os Estados Unidos fabricaram a personagem de Bin Laden. Primeiro, precisaram dele na guerra do Afeganistão contra os soviéticos. Mas ele não é um guerrilheiro, é alguém que geria o financiamento da Arábia Saudita e da CIA e o distribuía pelos 'mujadine'. É um gestor e não um soldado. Depois, se analisarmos o trabalho de Bin Laden constatamos que sempre trabalhou para os americanos e que hoje é um homem doente, que precisa de hemodiálise de mês em mês e meio.
Algum tempo antes dos atentados Bin Laden esteve, até, internado num hospital americano no Dubai (Emirados Árabes Unidos), entre 4 e 14 de Julho de 1991, onde foi visitado pelo responsável da CIA na região. Há testemunhas. (Nota: Este facto é referido nesta conferência de David Griffin)

- Para si tudo é muito claro. A verdade é que o Mundo inteiro pensa o contrário.
- Ninguém contesta os elementos que eu reporto, só as conclusões que eu tiro.
- Qual o interesse dos Estados Unidos?
- Não sou juiz, nem magistrado. Não pretendo julgar os culpados, nem sentenciá-los, isso é trabalho da Justiça. Como jornalista tenho é que analisar o significado político disto tudo. O certo é que o 11 de Setembro foi útil a determinados grupos americanos, que, sem serem culpados, são suspeitos.
- Que grupos são esses?
- O lóbi da indústria de armamento, que após os atentados aumentou a sua actividade. O lóbi do petróleo, que tinha planeado há muito uma expedição ao Afeganistão, mas que teve dificuldade em obter a aprovação da comunidade internacional. Depois, há o lóbi farmacêutico, que devido à psicose do antraz conseguiu assinar bons contratos para a produção de vacinas.
- Isso não lhe parece um exagero?
- O crime actual é algo de incompreensível. Mas há mais. Se procurarmos bem encontramos um terceiro edifício que caiu: a torre 7, que não foi atingida por um avião. Lá estava sedeada uma base secreta da CIA. O que quer dizer que milhares de pessoas serviam de escudo humano sem o saberem. Como vê, há vários aspectos dos ataques ao World Trade Center por esclarecer. Por exemplo, porque é que nos edifícios trabalhavam 30 mil pessoas e só morreram 2807, entre elas muitos visitantes. A diferença é surpreendente, mas explica-se pelo facto de muitos trabalhadores terem sido dissuadidos de ir trabalhar ou levados a sair.
Mais, descobrimos que os dirigentes de grandes empresas do edifício não estão entre as vítimas. E porquê? Porque, nesse dia, estavam numa gala de caridade. É muito estranho que tanta gente tenha ido fazer caridade perto do Nebraska, mais propriamente perto da base militar de Offutt.

- Acredita em novos atentados?
- As pessoas que organizaram os atentados do 11 de Setembro são capazes de tudo. Mas só o farão se precisarem mobilizar a opinião pública internacional, como fizeram com o episódio histérico do antraz. Com as pessoas aterrorizadas, foi simples justificar o ataque ao Afeganistão. Por isso, espero que não haja uma nova vaga de atentados, mas se vierem a acontecer terão relação directa com anunciados ataques ao Iraque.
- O que é estar ligado a uma organização terrorista...
- Mas não é uma organização! Muito menos terrorista. A Al-Qaeda foi a forma encontrada pelos árabes para criar uma base de dados num computador para processar os pagamentos dos que combatiam contra os soviéticos. Bin Laden recebia o dinheiro da Árabia Saudita e dos Estados Unidos para pagar aos mujadines. Nessa base, estavam os nomes de todos os mujadines e os serviços que eles prestavam. Isto é uma organização?! Não passa de uma base de dados. Dizer isso, é como dizer que todos os jornalistas portugueses são uma organização.
- Como é que tem a certeza disso?
- É fácil! A al-Qaeda foi criada pelos serviços oficiais americanos. Dizer que há milhares de mujadines da al-Qaeda por todo o Globo é como dizer que há jornalistas por todo o Mundo. É a propaganda política que alimenta essa ideia de organização.
Sempre foi assim até ao 11 de Setembro. Há inúmeras análises de especialistas, onde o nome al-Qaeda é um meio e não uma organização. É ridículo pensar que al-Qaeda é uma organização. O que se passa é que os Estados Unidos precisaram fabricar um adversário. Podiam dizer “o nosso adversário é um bando de pessoas necessitadas, que sofreram muito na guerra contra os soviéticos”. Mas isso não mete medo. Por isso, dizem que a al-Qaeda “é uma organização secreta, com gente infiltrada por todo o lado, sempre pronta a organizar um atentado”. Isso já assusta.
- E o Mundo inteiro acredita que é assim.
- Entenda! Uma organização não é um desenho! Rumsfeld, em Janeiro de 2001, uma semana antes de assumir as funções de Secretário da Defesa, declarou já que o inimigo dos Estados Unidos era a al-Qaeda. Disse que era 'uma organização muito poderosa, com milhões de soldados' e explicou que a al-Qaeda já tinha fabricado uma bomba atómica, acrescentando que ela ia lançar um satélite e que era por isso - foi ele que o disse - que os Estados Unidos precisavam de um escudo antimíssil para se protegerem.
Agora, diga-me: os jornalistas que estiveram no Afeganistão, se tivessem visto uma base de lançamento de satélites, não o teriam dito!? E se vissem uma central nuclear, não teriam dito!? É um país desolado, com gente que vive como se estivesse na Idade Média. Onde está a organização? Só se for o James Bond a encontrá-la...(risos).

- Se tem provas, nunca pensou em levar o governo norte-americano a tribunal?
- Para quê? Ele não reconhece os tribunais internacionais. Mas também não pode ser um grupo de jornalistas a dizer que os culpados são aquele general ou ministro. Tem de se perceber bem o que é que se passou e colocar os Estados Unidos ao nível dos outros países. Depois, constituir uma comissão de inquérito internacional para investigar quem são os verdadeiros culpados. Se forem estrangeiros, então dar-se-á legitimidade aos Estados Unidos para bombardear esse país. Se os autores estão na América, é que será um sério problema. É obrigatório constituir uma comissão de inquérito, que dê oportunidade para eles provarem a sua versão. Penso que é fundamental saber por que razão eles próprios não propuseram essa ideia, porque não só não formaram uma comissão, como nada fizeram para que a verdade fosse conhecida. Quanto mais não seja para acabar com boatos e rumores, aproveitados para gerar uma enorme especulação bolsista em redor das companhias de seguros e de aviação. Porque é que não desmascaram essa gente?
Não! Preferiram nada fazer para descobrir a verdade e atacar o Afeganistão e mobilizaram-se, logo, para remover os escombros. Ou seja, não só nunca mostraram provas, como impediram uma investigação internacional e destruíram metodicamente as provas.
- Vai publicar mais livros sobre o assunto?
- A minha investigação continua. Se encontrar mais elementos importantes, é lógico que o farei. Mas há outras coisas importantes, além do 11 de Setembro. Neste momento, penso que é prioritário perceber o que se está a passar no Médio Oriente, sobre as suspeitas que recaem sobre o Iraque e a Arábia Saudita."
Já agora deico-vos com os links para alguns dos outros postes publicados neste blog, acerca deste "TEMA"

2006/04/19

Sobre O Acórdão Da Vergonha.

No post abaixo, alguém que não se identificou, deixou um comentário que tinha de ser respondido. Devido à importância do tema, aqui fica a resposta:

Nos nossos dias, as pessoas cretinas e mal formadas (mal educadas) deviam, ao menos, ter um espelho, um mínimo de noção da sua própria falta de idoneidade, ter vergonha, e se coibirem de exibições, tristes e deploráveis, como é o caso do acordão e do seu comentário.
Santo Deus! Você foi educado SÓ com palmadas! Ninguém lhe ensinou nada e, quando adulto, já tinha perdido a capacidade de APRENDER (de tantas palmadas que levou? Ou será que as palmadas são boas é para os outros, esses que a sua misantropia transforma em malvados?).
Que existem pessoas assim, nós sabemos! O que a sociedade não pode tolerar, porque a destrói, é que essas pessoas sejam "desembargadores" (peço desculpa: não se diz "desembargadores", mas sim "conselheiros", segundo informa um "comentador") do STJ e se sirvam da função para imporem, à sociedade, à revelia das leis e do civismo mínimo, os seus conceitos de "maus-caracteres".
Imagino que você não consiga compreender os pais (e os filhos, que também os há) que afirmam e proclamam que nunca bateram nos filhos (não tiveram necessidade), ou os filhos que nunca lhes bateram. Pois eu posso garantir-lhe que essas pessoas existem, e são as que adoptam as atitudes correctas, que sabem educar, cujos exemplos deviam ser seguidos, porque é para aí que toda a sociedade deve caminhar.
Porém, para a sua tacanhez intelectual (e presunção absurda de quem se considera o limite de todas as virtudes - tão poucas que elas são, porque não podem ser mais), essas pessoas são "hipócritas", porque você, na sua pequenez mesquinha, não apenas é o centro do Mundo, como pretende impor, à realidade, os limites do seu baixo nível intelectual e cívico... A ponto de achar que os melhores cidadãos é que deviam ser processados (porque praticam negligência educacional), apenas porque estes, mais dignos, mais esclarecidos, mais civilizados, mais inteligentes, mais íntegros e mais competentes, não necessitam de recorrer à violência, para educar; isto é: não necessitam de recorrer a "métodos" covardes, indignos, prepotentes, primários, bárbaros, próprios de gente sem princípios, ignorante e estúpida.
Todos temos as nossas falhas e defeitos. Para além de que, as condições de vida da maioria dos cidadãos também não ajuda. Acresce o enorme peso, negativo, na educação das crianças, por parte da sociedade a aumentar as nossas frustrações nessa matéria. Por tudo isso, podem acontecer e acontecem, por vezes, situações limite em que as pessoas actuam erradamente e batem nos filhos.
Isso não pode ser considerado "crime", mas é, SEMPRE, um erro a evitar, a corrigir... Que os pais podem e devem corrigir (falo por experiência própria).
Em qualquer caso, temos de reconhecer o óbvio: quem usa as "palmadas", como forma de educação é porque não tem nada para transmitir (não tem outros argumentos), nem ao nível de educação, nem de conhecimentos, nem de exemplos, nem de carácter.
É um conceito absurdo, própria da mentalidade da época da barbárie, pensar que a violência "corrige" o que quer que seja. Estamos a falar de seres humanos, de pessoas inteligentes... E até os animais são ensinados com outros métodos...
A violência só gera (e ensina) violência (ou revolta, indignação e frustrações, tudo coisas que não contribuem, em nada, para melhorar a sociedade e o papel dos seus elementos)! Os ciclos de violência e respectivos conceitos têm de ser quebrados, urgentemente, começando por não os incutir, às crianças, como se fossem normais... através dos maus tratos.
As crianças também são pessoas, com dignidade que deve ser respeitada. O respeito (por nós própriso e pelos outros) aprende-se respeitanto e sendo-se respeitado...
Além disso, já a minha avozinha dizia que "quem dá o pão dá a educação (conceito que, nessa época, significava, de facto, "palmadas")" e, se uma palmada dada por um progenitor pode ser "aceitável" ou tolerável, até porque é um erro que só o progenitor pode corrigir, já uma palmada dada por outrém não tem qualquer cabimento nem legitimidade, é um acto covarde e primário, um acto de violência pura, humilhante e destrutivo para o carácter do menor... O acórdão não só não faz essa distinção, como "mete tudo no mesmo saco", incentivando (e considerando legítimos) os maus tratos para com os menores...
A humanidade pode e deve caminhar para uma sociedade mais digna, mais esclarecida, mais evoluída, mais desenvolvida! O facto de ainda não se ter atingido esse estado não pode significar que se abandone o objectivo e se inverta o caminho.
Os erros servem para aprendermos e para serem corrigidos, não para abandonarmos o caminho certo e nos fazer recuar no tempo (para tempos que já ficaram muito para trás no caminho da evolução humana e das civilizações).
Não sei quem você é e, provavelmente, o facto de dizer, aqui, estes disparates não tem a menor importância para a civilização e para o seu futuro. Apenas revela que você faz parte dos que ainda têm muito que aprender e evoluir para poder ser útil à sociedade (tal como os outros comuns mortais como você). O mesmo não se pode dizer do STJ, cujos membros têm de estar à altura da sua função e respectiva importância na Sociedade.
O acórdão do STJ é uma infâmia que a sociedade não devia tolerar, em circunstância alguma. Tantos mais que o seu "argumento" da "negligência educacional" é colhido do próprio acórdão. E, aí, esta expressão é muito grave, porque instiga à perseguição das pessoas mais dignas e esclarecidas (as que não precisam de bater para educar), que o acórdão acha que deviam ser processadas e condenadas (por negligência), em vez dos maltratantes.
Este acórdão reflecte e enuncia, ilegitimamente, opções políticas e sociais reaccionárias, sobre cujas a sociedade nunca teve oportunidade de se pronunciar, como deve ser em democracia cujas regras devem ser cumpridas, também e sobretudo, pelo STJ e seus membros (Conselheiros).
Não retiro uma palavra do que disse. Os termos do acórdão merecem todo o repúdio. Hipócrita (cretinamente) é quem defende um absurdo destes, ao arrepio das regras da civilização...
O acórdão e o seu comentário são dignos de um qualquer nazi, pessoas atrasadas no tempo, que não conseguem evoluir nem melhorar...
Contudo, impõe-se esclarecer, nada do que eu disse significa permissividade, ou impunidade! Sou absolutamente contra isso, seja em que circunstâncias for! Por isso acho que o acórdão deveria ter consequências, assim como a atitude dos deputados.
Mas aí já estes "intrépidos puritanos, cínicos e hipócritas" não se preocupam com a permissividade, ou com a negligência grosseira... de quem os devia meter na ordem... protegendo a sociedade dos seus malefícios...


APELO!
Atenção às campanhas mais recentes:
-- Petição Para Valoração da Abstenção
-- Assine a petição AQUI, ou AQUI ou AQUI, ou AQUI, ou AQUI
-- Denúncia de Agressão Policial
-- Petição contra os Crimes no Canil Municipal de Lisboa

2006/04/18

A Caminho Do Abismo.

Publicado também em Editorial
Fomos arrastados, mais alguns passos, a caminho do abismo.

Para quem tenha um mínimo de objectividade, de noção das coisas e suas consequências, a nossa realidade social (reflectida nas notícias) é um constante sobressalto.
Comecemos pelas notícias, relativas a este acórdão.
A notícia é referida assim: “Supremo iliba mulher acusada de maus tratos”.
Todos os órgãos de comunicação social falaram no assunto, acentuando que: “Supremo diz que são lícitos "correctivos" corporais dados a crianças deficientes”;
ou: “O Supremo Tribunal de Justiça considerou como "lícito" e "aceitável" o comportamento da responsável de um lar de crianças com deficiências mentais, acusada de maus tratos a vários menores”;
Ou ainda: “O Supremo disse, aliás, que fechar crianças em quartos é um castigo normal de um "bom pai de família". E que as estaladas e as palmadas, se não forem dadas, até podem configurar "negligência educacional".

Levantou-se, e bem, um coro de protestos contra esta fundamentação absurda.
Por exemplo: “A CONFAP (Confederação Nacional das Associações de Pais) considera totalmente desajustada a análise exposta no acórdão do STJ ao justificar como lícitas determinadas acções violentas praticadas sobre menores as quais são atentatórias da integridade física e psíquica das crianças envolvidas;
Ou: “A Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados classificou hoje como «impróprio» e «muito perigoso» o acórdão do Supremo Tribunal de Justiça que considerou lícitos os castigos corporais aplicados pela responsável de um lar a crianças deficientes”.

Repondo a verdade dos factos (percebida da leitura do acórdão):
1 – A empregada acusada de maus-tratos NÃO foi “ilibada”, como se depreende, mal, das notícias. Tinha sido condenada a 18 meses de cadeia, com pena suspensa por um ano. Ambas as partes recorreram (M.P. e Defesa), para o STJ, que indeferiu ambos os recursos, mantendo a sentença.
2 – Segundo a sentença: A arguida é de modesta condição social. Actualmente exerce funções de empregada de limpeza no Centro de Actividades Ocupacionais. Tem como habilitações literárias a 4ª classe. No entanto: A arguida residia no Lar, passando aí todo o dia e aí pernoitando, trabalhando das 7h às 23h e às vezes durante a noite, quando era necessário ajudar a colega que fazia o horário nocturno, nomeadamente por algum utente estar doente. Só a partir de Novembro de 1991 a arguida passou a ter uma folga às 3ªs feiras, pernoitando uma noite fora do Lar. Tinha a seu cargo cerca de 15 utentes.

Donde devemos concluir que a acusada de maus tratos é tão vítima como as suas vítimas… Ou seja: Os responsáveis pela situação criada, quem lhe atribuiu funções para cujas não tinha preparação, nem capacidade, que eram exercidas em condições desumanas é que devia ter sido julgado… e condenado. Mas, neste país é assim: quem se lixa é o mexilhão, sempre.
Este tipo de situações não podem continuar, mas não será, certamente, crucificando injustamente a mulher que a situação se resolve ou melhora. Portanto, e para que conste, concordo com a decisão do Supremo em não agravar a pena…
Até porque já foi afastada da função… Estou a pensar no caso do Bibi (Casa Pia), que foi reconduzido pelo STA, quando a instituição tentou afastá-lo das crianças que molestava…

Mas eu disse, acima, que “Levantou-se, e bem, um coro de protestos contra esta fundamentação absurda”.
Porque a acusada é pessoa sem formação, sem instrução, mas o mesmo não se pode dizer dos juízes do STJ.
Concordo que não tenha sido agravada a condenação, mas DISCORDO, em absoluto, dos termos do acórdão, das justificações, absurdas e reaccionárias que, como tem sido referido e muito bem, se destinam a fazer “jurisprudência”, que é como quem diz, servir de referência para julgamento de casos semelhantes, de violência sobre crianças ou pessoas diminuídas e dependentes.
Aliás, no mesmo dia da publicação destas notícias sobre o acórdão, o assunto foi discutido na “Antena Aberta” do programa da manhã RDP1, onde um ilustre causídico esclareceu que esta é a regra, nas decisões dos nossos tribunais, sobretudo em casos que envolvam professores… de cujos tinha experiência…
Esta é uma situação aberrante que justifica, plenamente, o alarme social que causou. Evidencia, mais uma vez que, neste país, as decisões da justiça estão entregues ao pior tipo de pessoas. Isto é intolerável, a todos os títulos, este tipo de coisas não podem continuar perante a passividade de todos.

Os nossos juízes têm a mania de fazer, de cada decisão judicial, uma peça de retórica, de literatura (neste caso de péssima literatura), aproveitando para se exibirem e, ao mesmo tempo, para propagandearem as suas ideias e conceitos, sociais e filosóficos, quando podiam e deviam se cingir ao essencial, poupando o seu tempo e o dos outros. As decisões judiciais têm, via de regra, mais do dobro da extensão que se justificaria… Ao menos (e já que se dão ao trabalho de tanto escrever) é legítimo exigir que se abstenham de vincular (fazendo jurisprudência) ideias e ideais absurdos, reaccionários, retrógrados, primários, imbecis e incultos, como se faz neste acórdão. Podem aproveitar para fazer pedagogia positiva... Ou então podiam limitar-se a dizer: nas circunstâncias actuais não se provou que os actos, condenáveis, tenham sido praticados com premeditação ou malvadez... devendo ainda ter-se em conta as condições de trabalho e a ausência de conhecimentos e formação adequados... e pronto, estava tudo bem!

Mas não! Os senhores juízes dizem:
“Os actos imputados à arguida devem, a nosso ver, ser tidos como lícitos”.
E aqui “a coisa” muda de figura…
O tribunal pode atentar às circunstâncias específicas e não criminalizar (por ausência de malvadez) os actos; o que não pode, EM CIRCUNSTÂNCIA ALGUMA, é considerá-los “lícitos”, generalizadamene adoptáveis, ao arrepio da lei, abrindo um precedente grave de impunidade e anulando, assim, as garantias das vítimas, expressas na lei.
Vão mais longe os senhores juízes: “Na educação do ser humano justifica-se uma correcção moderada que pode incluir alguns castigos corporais ou outros. Será utópico pensar o contrário e cremos bem que estão postas de parte, no plano científico, as teorias que defendem a abstenção total deste tipo de castigos moderados”.
Aqui existem duas questões GRAVES a analisar:
1- Em primeiro lugar, e impõe-se dizê-lo com todas as letras, educar, desde há muito que não é (nem nunca foi) reprimir ou maltratar, bater. Esta é uma das questões em que existe, nitidamente, um abismo de mais de um século entre o estado de desenvolvimento filosófico e científico (do conhecimento, dos conceitos) e a prática social. Temos de reconhecer isso e também temos de reconhecer que SÓ POR ISSO, subsistem os castigos corporais correctivos (que tão prejudiciais são à sociedade); por ignorância e outros constrangimentos criados pela vivência em sociedade, pelo não funcionamento das instituições, etc.
2- Ou seja, os senhores juízes impõem à sociedade os critérios da sua própria ignorância (a que, presunçosamente chamam "ciência"), ao arrepio da lei, ao invés de actuarem e decidirem a favor do progresso, do desenvolvimento, da actuação esclarecida de todos os agentes da sociedade... É lícito perguntarmo-nos: que tipo de pais serão (ou terão sido) estes indivíduos?

Há ainda um outro aspecto que importa escalpelizar!
Voltando ao acórdão; dizem os senhores juízes: “Qual é o bom pai de família que, por uma ou duas vezes, não dá palmadas no rabo dum filho que se recusa ir para a escola, que não dá uma bofetada a um filho que lhe atira com uma faca ou que não manda um filho de castigo para o quarto quando ele não quer comer?”
São tão bárbaros e primários os conceitos aqui subjacentes e são usados de forma tão absurdamente demagógica e falaciosa que nem sei por onde começar!

Comecemos pelo absurdo! Já disse acima que “educar não é maltratar”; educar é, acima de tudo ensinar, mas principalmente dar bons exemplos e incentivar à assumpção de responsabilidades. Por isso não imagino que os filhos normais, dos pais (educadores) normais, andem por aí, a torto e a direito a “atirar facas aos pais”, pelo que a inclusão deste exemplo num parágrafo que pretende “colher legitimidade da experiência generalizada” é absurda demagógica e falaciosa, pelo que deve o conteúdo, genérico, do parágrafo, ser analisado sem ele (exemplo), porque este não é generalizável.
Atenhamo-nos, então, à figura do “bom pai de família”:
- "Dá palmadas no rabo dum filho que se recusa a ir para a escola"? É o pior que um pai de família pode fazer para a educação do seu filho e o melhor contributo que dá para que esse filho se transforme em mais um “caso crónico e inexplicável de insucesso escolar”. Isto é educar? Ir para a escola pode e deve (tem de) ter outro tipo de “motivações”… Talvez a escola possa ajudar muito?! O que é que acham?!
- Pode-se tolerar aos pais que, em algumas ocasiões e circunstâncias excepcionais, apliquem castigos corporais, pensando no bem (no melhor) para os seus filhos? Não adianta negá-lo, porque o facto existe. E por isso não se pode criticar a constatação do facto, feita pelo acórdão.
A melhor educação provém do exemplo, mas todas as pessoas têm defeitos e, na convivência familiar, íntima, é impossível aos adultos esconderem os seus defeitos às crianças (que são bem capazes de abusar), justificando que os pais “percam a cabeça”. Ainda assim (e mesmo não querendo ser mais papista do que o papa, nem imitar os senhores juízes, em matéria de “dar lições”) eu aconselharia os pais a, sempre que isso acontece, optarem por ter uma conversa séria com os filhos, se desculparem (assumirem os seus erros) e fazerem ver o quanto foi errada (e oportunista, má, socialmente recriminável) a atitude do menor. Mas sempre conversando… Quem nunca experimentou não percebe o quanto uma atitude dessas pode ser benéfica para ambos (mantendo abertas as portas do diálogo e preservando a boa relação familiar) e a influência extraordinária que tem na boa educação e crescimento intelectual das crianças
Concluindo: não se podendo “criticar a constatação do facto, feito pelo acórdão”, deve-se denunciar como falacioso o exemplo, porque a questão em apreço não se insere nas relações familiares; não se trata dum pai de família. É que o “bom pai de família”, dá, em primeiro lugar, alimentos, cuidados de saúde, carinho… o que for necessário; portanto podem e devem se reservar o direito de aplicar castigos se e quando entender necessário. Até porque, do “bom pai de família” espera-se e compreende-se que actue sempre pensando no bem dos filhos, mesmo que o faça inadequadamente, desajeitadamente, erradamente, por ignorância ou obscurantismo… Às restantes pessoas, mormente funcionários de instituições (quaisquer que elas sejam) não é exigível que provenham as necessidades básicas dos menores, nem que lhes dêem carinho, pelo que também não lhes pode ser outorgado o “direito” de castigar, ainda por cima ao arrepio da lei (já bastam os abusos – e são muitos – que a lei permite).
Mas é assim, com este tipo de falácias absurdas, com estas inversões de critérios ou generalizações cretinas que, na nossa sociedade, nos vendem, continuamente, “gato por lebre”, tentando arrastar-nos para trás, para a legitimação de atitudes retrógradas e incultas, primárias, reaccionárias. A lógica desta gente é, toda ela, um perfeito absurdo. Acho que são pessoas que nem sequer sabem pensar (nunca devem ter experimentado), mas são “incontestáveis” e querem-se incontestados…
Ou seja: o que se pode depreender disto tudo é que os senhores juízes aproveitam os acórdãos para nos intoxicarem com o pior tipo de literatura, para divulgarem (e imporem) os seus conceitos e critérios absurdos, reaccionários, retrógrados, fascistas, ignorantes. No essencial, este acórdão é uma peça de propaganda reaccionária (abusivamente a fazer jurisprudência) e merece todo o repúdio. Os senhores juízes devem compreender (e aceitar) que vivemos em democracia e que, em democracia, os conceitos e critérios políticos adoptados pela sociedade, (que podem fazer jurisprudência e devem ser respeitados também pelos juízes), têm de ser sancionados pela escolha dos cidadãos, pelo voto.

Este comportamento abusivo e prepotente, ditatorial, é o mesmo que vemos ser adoptado pelos, auto-intitulados, partidos do poder, cuja expressão eleitoral é insignificante, mas que se servem dos cargos a que lhes dão acesso para imporem à sociedade os seus desmandos, os seus “critérios”, sem que estes tenham sido, alguma vez, aceites em escrutínio…

Perante um caso tão grave esperar-se-ia que “os representantes do povo”, os Deputados, eleitos para garantirem a democracia e nos representar, erguessem um clamor de protestos e não deixassem prevalecer este tipo de abusos de poder, de infâmias que nos fazem retroceder muitas décadas; deviam fazê-lo, se não, por indignação própria, ao menos em nosso nome, em nome da sociedade e da democracia ultrajadas e violentadas.

Mas… O que fazem os deputados?
Isto: “119 deputados faltaram às votações na sessão do Parlamento de quarta-feira, dia 12 de Abril” sendo 50 do PSD, 49 do PS, 5 do CDS, 4 do PCP e 1 do BE. A maioria destes deputados, todavia, assinou o livro de presenças, fraudulentamente… Portanto não se pode esperar que se indignem com atentados contra a democracia e violações das regras da democracia, quando fazem exactamente o mesmo ou pior.
Quem nos acode? Quem nos salva? A nós que nem sequer podemos dizer livremente o que pensamos, nem podemos (não estamos autorizados) contribuir decisivamente para resolver os nossos magnos problemas sociais; nem voz temos…

Não é possível resolver os problemas deste país enquanto duas das mais importantes e influentes instituições são e continuarem a ser protagonistas de escândalos permanentes e persistentes… Todos somos capazes de lembrar, de memória, uma infinidade de casos ilustrativos, para ambas as “instituições”.
Mas parece que, mais uma vez, ambos os crimes, ambos os abusos irão ficar impunes, a evidenciar bem que o mal é generalizado, ao nível dos políticos e restantes responsáveis deste país…

Quanto aos deputados temos ainda de ter em conta que há 87, entre eles, que nem sequer foram eleitos, não estão lá a fazer nada. Para além de eu achar (muita gente acha) que o número máximo de deputados é excessivo, devia ser reduzido e devia ser valorada a abstenção.
O parlamento (que assim se percebe inútil e depravado, pernicioso) gasta, ao erário público: “A Assembleia da República prevê gastar, em 2006, 13,3 milhões de euros com os salários, subsídios de Férias e de Natal e ajudas de custo aos 230 deputados, verba que representa cerca de 10 por cento da despesa corrente total de quase 141 milhões de euros”.
Se já tivesse sido valorada a abstenção, se só fossem eleitos os deputados realmente votados, poupar-se-iam cerca de 5 milhões de euros, este ano, com a ausência dos 87 deputados que não foram eleitos.
Mas se, além disso, o número máximo de deputados fosse reduzido para 150, poupar-se-iam 7 633 mil euros… E, afinal, ficavam menos protagonistas para os escândalos, eram menos uns quantos inúteis a viver à conta do orçamento.
Já imaginaram a enorme quantidade de problemas cuja resolução poderia ser despoletada com o uso adequado dessa verba (e doutras igualmente malbaratadas, indevidamente apropriadas por essa gente)?
Mas, ao invés disso: de vermos a resolução dos nossos problemas aproximar-se, continuamos reféns de toda esta perfídia, a ser arrastados, passo a passo, para o precipício. A semana passada foram mais dois passos nesse perverso caminho…

2006/04/11

França. CPE foi alterado!

Vive La France!
Em França. Após a contestação à Lei do Primeiro Emprego (CPE), que durou várias semanas, começada pelos estudantes e depois assumida também pelos sindicatos, o Presidente Jacques Chirac e o Primeiro Ministro, Dominique de Villepin decidiram revogar o polémico artigo 8 da lei.
É nestas ocasiões que lamento não ter nascido em França…
Cá, nem os estudantes se empenham neste tipo de lutas, nem o movimento sindical se uniria aos estudantes (nunca o fez! Nem se unem entre eles) mesmo que por um objectivo comum, superior, do interesse de todos… Porque esta gente não sabe lutar por objectivos comuns. Cada um tem o seu quintalzinho (e as suas “competências”) de cujos limites não se pode sair nem entrar. A cidadania é coisa que desconhecem. Eles não têm “obrigações” de cidadania, gerais, só particulares… Cada um preocupa-se, APENAS, com as lutas e os interesses particulares do seu grupo ideológico… Essa tacanhez tem um efeito pernicioso nas perspectivas de resolução dos nossos problemas (que deviam estar para além das ideologias de cada indivíduo ou grupo).
Mesmo em relação à luta, em França, os sindicatos portugueses ensaiaram umas tímidas manifestações, mas desistiram depressa, como sempre. A liderança dos Sindicatos está tão desacreditada que já ninguém lhes liga, ninguém acredita neles. É o preço que se paga por sucessivos desenganos, para não dizer coisa pior. É o preço que se paga por “se ser sapateiro” e tentar “tocar rabecão”. Tal como acontece com os políticos, a culpa é deles, exclusivamente deles… mas eles desculpam-se dizendo que a culpa “é dos outros” (reforçando as ideias, cretinas, de que falei recentemente, e as mensagens subliminares, perversas, que mantêm a maioria dos cidadãos afastados, descrentes, não mobilizáveis e sem esperança)… E o descalabro da nossa situação permanece… como convém aos objectivos dos “neo-cons”!

Mas há pontos de coincidência entre o que se passa cá e se tem passado lá (em França). Ora vejam

Le Figaro (20 de Março): PAS QUESTION de céder à l'ultimatum lancé par les anti-CPE! Jacques Chirac et Dominique de Villepin sont, plus que jamais, décidés à ne pas retirer le CPE et à mettre ainsi fin à cette malédiction qui veut que, depuis 1986, la droite plie systématiquement devant les manifestations de jeunes.
Samedi, la mobilisation contre le contrat première embauche s'est renforcée par rapport aux précédentes manifestations. Entre 503 600 manifestants, selon le ministère de l'Intérieur, et 1 500 000 pour la CGT ont participé à plus de 160 défilés dans toute la France

Tradução (livre) : Está fora de questão ceder ao ultimato lançado pelos anti-CPE! Chirac e Villepin estão, mais do que nunca, decididos a não retirar o CPE e a acabar, também, com esta maldição que determina que, desde 1986, a direita vergue, sistematicamente, perante as manifestações dos jovens (comentário: está certo! Assim é que deve ser! Afinal os jovens é que são o futuro.)
No Sábado, a mobilização contra o CPE reforçou-se em relação às manifestações precedentes. Manifestaram-se 503 600 pessoas, segundo o Ministério do Interior e 1 500 mil pessoas, segundo a CGT, em 160 concentrações realizadas em toda a França.

Blog 20 Minutes : Ces derniers jours dans le milieu médiatique et politique, j'ai entendu un argument assez souvent : "Ce n'est pas la rue qui gouverne". Un ministre m'a expliqué au téléphone que ceux qui ne veulent pas du CPE sont des "conservateurs" et qu'en aucun cas il ne fallait céder devant la rue, "sinon on ne pourrait plus jamais rien faire dans ce pays". Hervé Mariton (député villepiniste - si si ça existe) m'a tenu les mêmes propos sur le plateau de "Piques et polémiques" (émission diffusée dimanche sur France 3 Ile-de-France). Anyhow explique la même chose sur son blog: Ce qui me choque profondément dans cette histoire, c'est de voir tout à l'heure, en tête d'un cortège de lycéens, une banderole qui proclame: "C'est la rue qui décide". Non, en France, ce n'est pas la rue qui décide, désolé! Nous avons des institutions. Les Français sont régulièrement consultés dans des élections. La prochaine échéance, c'est dans un an tout juste.

Tradução : Nestes últimos dias escutei, com muita frequência, nos meios mediáticos e políticos, este argumento: “Não é a Rua que governa” (Salazar também não queria “que o governo caísse nas ruas)
Um ministro explicou-me, ao telefone, que os que não querem o CPE são “conservadores” e que, em qualquer caso, não se deve ceder perante a pressão das ruas, “se não nunca mais se poderá fazer o que quer que seja neste País”.
Hervé Mariton (deputado Villepinista – se é que isso existe) defendeu os mesmos argumentos no painel “Piques et polémiques” (emitido aos domingos pela “France 3”)
“Anyhow” explica estes mesmos “argumentos” no seu blog: O que me choca profundamente, nesta história, é ver, a toda a hora, à cabeça duma marcha de estudantes, uma bandeira que proclama: “É a vontade da rua que decide”. Não! Em França não é a vontade da rua que decide! Nós temos instituições. Os franceses são regularmente consultados, aquando das eleições. A próxima oportunidade é, precisamente, daqui a um ano.

Comentário: Já me pronunciei, aqui, em várias outras ocasiões e a propósito doutros “acontecimentos” alguns internos, acerca destas concepções que considero absolutamente reaccionárias, oportunistas e, em todo o caso, criminosas em relação aos interesses dos povos. Estamos fartos de ouvir argumentos destes ou semelhantes, cá também. Até há aquela “tema de pregação” constante, por parte dos “fazedores de opinião” louvaminhando o P.M. e o governo “pela coragem em tomar medidas impopulares”; ou aquela outro “tema de pregação” que consiste nas acusações de populismo, sempre que alguém defende objectivos ou medidas que melhoram e facilitam a vida dos cidadãos.
Pois eu quero dizer, aqui, alto e bom som, que: ESTES ARGUMENTOS SÃO REACCIONÁRIOS, NAZIS, NEO-CONS, ANTI-DEMOCRÁTICOS E ABSURDOS, nas sociedades dos nossos dias. Os políticos são eleitos para governar, para resolver os problemas da população; devem conformar-se com a vontade e a opinião da população DE TODA A POPULAÇÃO, porque toda a população é afectada e tem o direito de ser escutada e considerada.
Portanto, naquela questão concreta, eu arriscaria dizer que “a Rua” tem mais legitimidade para se pronunciar do que o próprio governo (porque este não considera nem quer saber da opinião dos abstencionistas, que só podem manifestar-se nas ruas).
Mas os “nossos” sistemas eleitorais são vigaristas por isso mesmo e para isso mesmo: para fornecer suporte a estes argumentos e procedimentos nazis e permitir a sua continuidade durante toda uma legislatura, independentemente da opinião e vontade da maioria dos cidadãos, que se vêem afectados e a sociedade a ser destruída, em nome de interesses inconfessáveis e abjectos que logram controlar os ocupantes do poder.

Apesar da referência ao conteúdo do blog “20 Minutes”, não concordo com o autor, na análise que faz desta questão. Eu também acho que a governação não se pode decidir nas ruas e que as instituições têm de funcionar de forma democrática, ao contrário do que acontece agora. Também acho que o descontentamento manifestado nas ruas é legítimo e os políticos são os únicos culpados de ele acontecer, até pelas “patifarias” que cometem, como é referido lá, mas…
No que concerne às decisões governativas, elas têm de passar a ter em conta TODOS os cidadãos; isto é: deve ser valorada a abstenção, com todas as consequências, e as decisões devem ser referendadas sempre que necessário… Tratar os cidadãos como gente esclarecida e culta é a melhor forma de ascendermos a esse estado e de se resolverem os problemas das sociedades (porque as soluções existem nas próprias sociedades). Este é também o único meio de acabar com os perigos do aparecimento dos salvadores “nazis” (e de acabar com o actual oportunismo e bandalheira que nos vão degradando e saturando)

Porque é que eu lamento não ter nascido em França?
Porque, cá, a rafeirice é a regra predominante e os conluios conduzem, sistematicamente, estas lutas ao fracasso (de que os cidadãos já se cansaram e por isso não ligam às centrais sindicais).
Mas, lá, a determinação “da Rua” não se deixou vencer por argumentos falaciosos nem pelas inúmeras provocações (dos neo-cons e da polícia) e respectivos distúrbios e violências. A democracia obteve mais uma vitória (ainda que incipiente) e conseguiu travar, pelo menos por esta vez, a sanha destruidora da lógica da barbárie, que se instalou nas classes dirigentes.
E aconteceu isto:

Le Fígaro (10 de Abril): Jacques Chirac a «décidé de remplacer l'article 8 (CPE) de la loi sur l'égalité des chances par un dispositif en faveur de l'insertion professionnelle des jeunes en difficulté». Le texte, d’ores et déjà déposé par les parlementaires UMP, «pourraient être adopté dans les tous prochains jours».
Tradução : Jacques Chirac «decidiu substituir o artigo 8 do CPE, sobre a igualdade de oportunidades por um dispositivo a favor da inserção profissional dos jovens em dificuldades”. O texto, já depositado pelos parlamentares UMP, “pode ser adoptado nos próximos dias”.

Mesmo assim, os sindicatos e os estudantes prometem não desmobilizar enquanto a lei não for promulgada…
Será que as centrais sindicais portuguesas não querem fazer uma reciclagem da mentalidade, tacanha, dos seus dirigentes, em França?
Em todo o caso…
Vive La France!

Viva Itália!

Apesar de todas as vigarices e de todo o arrivismo, prepotente e reaccionário, mafioso, Berlusconi perdeu as eleições! Já é um avanço...
Na verdade, se houvesse, lá como cá, democracia a sério; isto é: se fosse valorada a abstenção, duvido que Berlusconi alguma vez tenha ganho alguma eleição… Mas isso são as minhas dúvidas existenciais…

Segundo as notícias:

“Romano Prodi venceu as eleições legislativas e será o novo primeiro-ministro italiano. O ministério do Interior anunciou esta madrugada que a coligação centro-esquerda venceu com 49,8 por cento dos votos, contra 49,7 por cento conseguidos pela coligação liderada por Sílvio Berlusconi”

Ou será que vamos assistir, novamente, a uma palhaçada semelhante à que ocorreu com a primeira eleição de Bush, que lhe deu a vitória apesar das fraudes e das violações, claras e amplamente denunciadas, das regras da democracia?

É que: “Berlusconi rejeita resultados oficiais e exige recontagem dos votos nas legislativas italianas”.

Portanto, teremos de esperar para ver, apesar de ter sido: “detido «número um» da máfia, Bernardo Provenzano”... É que "eles" são muitos.

2006/04/06

Pandemia ou Paranóia (Gripe das Aves)!

O Negócio do Medo!

O texto que se segue foi-me enviado por "email", embora eu já o conhecesse de "Um Homem das Cidades"

"Será que estamos todos loucos, ou somos completamente idiotas??

Leiam, informem-se mais e melhor e passem a informação!

Tamiflu, Donald Rumsfeld (Secretário da Defesa Norte-Americano) e o negócio do medo
(Extracto do editorial do nº 18 (Abril 2006) da revista Discovery DSALUD (http://www.dsalud.com/ ) o editorial pode ser lido aqui, ou, traduzido, em "Para Consumo da Causa", com o título: O negócio do Medo)

* Sabia que o vírus da gripe das aves foi descoberto há 9 anos no Vietnam?
* Sabia que desde então morreram apenas 100 pessoas em todo o mundo durante estes 9 anos?
* Sabia que os americanos foram quem informou da eficácia do TAMIFLU (antiviral humano) como preventivo?
* Sabia que o TAMIFLU apenas alivia alguns sintomas da gripe comum?
* Sabia que a sua eficácia no tratamento da gripe comum está sendo questionada por grande parte da comunidade científica?
* Sabia que, perante um SUPOSTO vírus mutante como o H5N1, o TAMIFLU apenas aliviará alguns sintomas?
* Sabia que a gripe das aves até ao momento apenas afecta as aves?
* Sabia quem comercializa o TAMIFLU? Laboratórios ROCHE.
* Sabia a quem comprou a ROCHE a patente do TAMIFLU em 1996? À GILEAD SCIENCES INC.
* Sabia quem era o presidente da GILEAD SCIENCES INC. E seu principal accionista? DONALD RUMSFELD, actual Secretário da Defesa norte americana.
* Sabia que a principal base do TAMIFLU é o anis estrelado?
* Sabia quem é que detém 90% da produção desta árvore? São os Laboratórios ROCHE.
* Sabia que as vendas do TAMIFLU passaram de 254 milhões em 2004 para mais de 1.000 milhões em 2005?
· Sabe quantos milhões mais pode ganhar a ROCHE (e Rumsfeld e os outros) nos próximos meses se continuar este negócio do medo? Muuuuitos milhões!

Ou seja, o resumo do negócio é o seguinte: os amigos do sr. Bush decidem que um fármaco como o TAMIFLU é a solução para uma pandemia que ainda não ocorreu e que causou 100 mortos no mundo inteiro desde há 9 anos.
Este fármaco não cura nem sequer a gripe comum.
O vírus não afecta o ser humano em condições normais.
Rumsfeld vende a patente do TAMIFLU à ROCHE e esta paga-lhe uma verdadeira fortuna.
A ROCHE adquire 90% da produção do anis estrelado que é a base do antiviral.
Os governos de todo o mundo ameaçados com uma pandemia, compram à ROCHE quantidades industriais desse produto (Portugal comprou, segundo disse o Ministro, 2 milhões de doses e o Brasil comprou 9 (ou 90?) milhões de doses).
Nós acabamos por pagar o medicamento e Rumsfeld, Cheney e Bush fazem um belo negócio...
Mas tudo fica mais claro se soubermos que "homens como Donald Rumsfeld, George Schultz e Etienne Davignon (Secretário Honorário do grupo Bilderberg) são accionistas e membros da direcção da Gilead".

Apesar disto, a doença dum pato, na Turquia, é notícia de destaque, nos OCS… Assim como a morte dum gato, na Alemanha… em detrimento de problemas e carências que matam, a sério

Mas há mais coisas que você tem o direito de saber (todos têm o direito de saber)…

Como por exemplo o conteúdo deste post publicado em 2005/30/06, com o título: Vacina para a Gripe das Aves
Ou este, publicado em 2005/10/14, intitulado: Pandemia de Gripe das Aves
Ou mais este, publicado em 2005/10/24, intitulado: A Propósito De Pandemias

Como por exemplo que os “efeitos secundários” do Tamiflu não são para brincadeira
Como se refere neste post, publicado em 2005/11/21, intitulado: Tamiflu Mata, Aspartame Envenena
Que cita uma notícia, da imprensa, nomeadamente do jornal “Metro”, relatando casos de morte, estados de alucinação e loucura, provocados pelo Tamiflu,
por exemplo: “a morte de 12 crianças no Japão que estavam a ser medicadas com Tamiflu e ainda o suicídio de dois jovens norte-americanos que apresentaram alterações do comportamento”

Ou ainda: “a morte, no Japão, de 12 crianças que tomaram Tamiflu foi anunciada nos Estados Unidos. De Março a Abril de 2005, foram comunicadas as mortes de oito crianças. Mais quatro óbitos foram depois identificados durante outras investigações, elevando o seu total a 12", lê-se no relatório da FDA a ser apresentado hoje.
Também a Agência Europeia do medicamento (EMEA) declarou ontem que estava a vigiar os eventuais efeitos secundários do Tamiflu, depois de ter sido alertada para casos de suicídio de adolescentes... Uma actualização do relatório, pelo pessoal da FDA, inclui também a notícia de 32 "casos neuropsiquiátricos" associados ao Tamiflu, em que quase todos, à excepção de um, são pacientes japoneses. Esses casos incluem delírio, convulsões, alucinações e encefalite.”

ESTAMOS LOUCOS, OU SOMOS TODOS IDIOTAS?
(Ou já tomamos Tamiflu sem saber?)

Agora, para aqueles que gostam de "teorias da conspiração", a sério, atentem nesta notícia, onde se afirma que nos US, foi proibido o uso de Tamiflu em aves de capoeira, juntem-lhe outros relatos de mortes causadas pelo Tamiflu e digam-me se não fica uma linda teoria da conspiração, com todos os ingredientes e plausível, admitir que o próprio Tamiflu possa ter sido "adulterado" para haver mortes que justifiquem o pânico... e aumentem as vendas.

Isto para não falar nos que sugerem, como única explicação plausível para esta situação absurda, que tenham sido os US a desenvolver e espalhar o virus, como por exemplo: "acho que foram eles mesmo que criaram o vírus, só pra vender remédio". Para essa teoria os factos descritos neste post podem fornecer uma pista...

Ou ainda esta coisa bizarra: "Relatos exclusivos de colaboradores e membros da WMBI no Velho Continente e no Extremo Oriente informam que os gansos e cisnes selvagens que tem sido encontrados mortos e portando o letal vírus H5N1 têm um traço em comum: deformações no bico indicando a formação de estrutura dentária."

O que indicaria, segundo o texto, que se trata de animais submetidos a experiências científicas...

Qual é o espanto, o cepticismo? "Eles" não executaram os atentados terroristas de 11 de Setembro, com toda a frieza, crueldade e premeditação? Não demoliram as torres gémeas, aumentando, muito, o número de mortos, entre a sua própria população? Sacrificando a vida de 300 bombeiros?

Ah!!! E Bush quer poder usar os militares para impor "quarentenas" em caso de Gripe das Aves. Já imaginaram onde isso nos leva? É que, com esta admministração americana (e os governos actuais, no resto do Mundo), se for útil para os seus intentos, até se inventa um surto de gripe das aves, onde for mais conveniente... É por estas e por outras que eu defendo o reforço da democracia e a valoração da abstenção

Esta notícia (do editorial do Dsalud) já anda a circular e a ser publicada há mais de 8 dias... mas é mais um tema censurado, que também não passa nos Órgãos de Comunicação Social, onde a campanha do Medo continua "de vento em popa".

Por isso decidi coligir alguns dos Artigos que referem este assunto (para demonstrar que há muita gente a ser "agredida", intelectualmente, pela campanha de medo e desinformação):

La Rel-UITA.org
Praça da República
Realidade Oculta
Portugal no seu melhor
Centro de “media” independente
João Tilly
Blog das Aves Gripadas
Sagitarius-57
Um Homem das Cidades (1)
Aguamole
Médico Explica Medicina
Fruto Xocolaty
UBlog
Teoria da Conspiração
Bodegas
O Insurgente
A Sombra do Convento
À Vista Desarmada
Associação Universitária
Azul Fogo
Casa de Estudos
Microsiervos
In Mente
Diário de Um Professor
Estrelinhas de Mim
O Insubmisso

Congeminações

Gaia org Pt

Blog ZeCompadre

Vida de Cão

Lua de Lobos

Mulheres e Deusas

Ideia para um conto

A Sombra do Convento

Espreitando

O Voceiro

CoeXisT

Ai O Camandro

Baixa Autoridade

Caixa de Pregos (Comentário: já abordei este tema com pequenas referências e, conhecendo a indústria farmacêutica como conheço bem de perto... nada me espanta. São capazes de vender a mãe , o pai e os filhos... e mentem logo a seguir. A grande qualidade desta indústria é a "negação"...). Para que conste!

Desambientado

O Blog do jNeo & Friends

Esperando o tal Godot

Ciao Gorrión.es

Ondas 3

Nau Catrineta

RandomBlog 02
...

Ao menos passem este documento, para que mais gente saiba!

2006/04/05

As Nossas Doenças!

A Sociedade está doente, o País está doente. Todos o dizem, todos o constatam, todos o sabem.
A característica fundamental das pessoas, da humanidade, é a sua capacidade para resolver problemas. Sempre foi assim; foi por isso que evoluímos, que nos diferenciámos dos outros animais.
Essa característica dos seres humanos não se esgotou, pelo contrário.
Porém, à medida que as sociedades foram evoluído e criando condições e regras que nos regessem e preservassem, alguns se foram apropriando, indevidamente, das estruturas de controlo, não para que cumprissem a sua função, mas, ao contrário, para que não a cumprissem, podendo ser usadas em benefício próprio, contra-natura.

A sociedade está doente! O diagnóstico está feito!
Então porque é que não se tratam as doenças das sociedades actuais?
Por duas ordens de motivos:
Por um lado porque uns padecem e outros lucram. Embora tenhamos que reconhecer que “estes outros” padecem muito mais do que as suas vítimas: são misantropos viciados, dependentes dos seus próprios crimes. No tempo da escravatura, era facto que os “senhores de escravos” eram mais escravos da escravatura do que os próprios escravos. Estes, actualmente, também são escravos da sua própria perfídia, da ganância, da sua infâmia, da prepotência, do arrivismo, do reaccionarismo, da cegueira, da estupidez.
Por outro lado por falta de lucidez das “vítimas”…
A máquina poderosa de “controlo da mente” que usa a propaganda e a manipulação, para baralhar e confundir as pessoas, as impedir de “encontrar o caminho”, é muito eficiente: a maioria das pessoas pensa e fala sobre estas coisas como quem mastiga pastilha elástica… repetem, repetem e repetem… mas sem alguma saída praticável, objectiva, digna, democrática… a não ser alguma em que os próprios substituam os actuais “donos” do nosso destino colectivo. Ou seja, uma qualquer tão má ou pior do que as actuais. E assim, a culpa de todos os males passa a ser “dos outros”…. Poderíamos dizer que, à semelhança dos que lucram, também uma parte destes está viciada na “contestação”, na maledicência… nem que seja dizer mal da maledicência.

Depois há uma larga maioria, perdida, tresmalhada, convencida da sua insignificância individual, por um lado, e eivada de individualismo cretino, por outro, que não se apercebe do seu enorme poder colectivo, nem do que é necessário fazer, quais as atitudes eficientes, a adoptar, para que esse poder se concretize. Num caso como no outro, o problema é de incapacidade de concretização, de falta de objectividade. A esperança reside no facto de ser possível “acordar” estes. Mas para isso é necessário furar a censura e acabar com o monopólio da manipulação… porque têm um ENORME papel, desmesurado mesmo, no comportamento da maioria das pessoas…

Isto tudo para repetir, mais uma vez, que os nossos piores problemas provêm do défice de democracia, não apenas na prática, mas também e sobretudo ao nível das ideias, da generalidade dos teóricos, intelectuais, políticos, notáveis (e candidatos a… ou com pretensões de…)
Estes são alguns dos motivos por que eu defendo a valoração da abstenção, como forma de iniciar uma nova era onde a democracia possa crescer até ao ponto de nos poder salvar… porque só a democracia nos pode salvar.

Mas, vocês sabem; eu sou contra as dissertações teóricas, metafísicas, existencialistas, que, nas actuais circunstâncias, mais se assemelham a “ver as desgraças que nos rodeiam e assobiar para o lado”.
Este estado de coisas, este recalcar e reprimir (terroristicamente se necessário) as características básicas da nossa condição humana, só é possível com uso e abuso (com a imposição prepotente, mesmo) da mentira, da perfídia, do embuste, da falácia…
A tal ponto que a generalidade das pessoas já não acredita em nada… sobretudo na comunicação social e nos políticos… mas também não acredita na justiça, nas instituições, etc.
Isso é terrível, é contraproducente, é destrutivo, impede as “competências e aptidões das pessoas” e vai “produzir os seus efeitos” cedo ou tarde.
Na cegueira da sua própria ganância, confiantes na sua impunidade, prepotentes e arrivistas, cegos, loucos e criminosos, os que nos governam vão destruindo a sua própria “galinha dos ovos de ouro” sem darem por isso…
Alheados da realidade a habituados à mentira, à manipulação e à mistificação, ultrapassam todos os limites sobrevalorizando o efeito, no comportamento das pessoas, das suas mentiras fantasiosas, que colocam no lugar da realidade.
A actuação da generalidade das nossas instituições baseia-se na mentira e na prepotência. A meu ver, é o facto de tolerarmos um sistema eleitoral vigarista e nazi, que está na origem de tudo isto. É aí que nascem e se “legitimam” todas as outras mentiras, falácias e vigarices.

Veja-se, por exemplo, o recente caso do tráfico de armas. Pelo meio foi-se sabendo de ocorrências escandalosas, prepotentes e ilegítimas, de actos repugnantes e criminosos, praticados por polícias, usando as suas funções e competências, que se consumaram com a complacência e cumplicidade dos responsáveis, apesar das denúncias dos lesados (levados à falência), situação que se arrasta há mais duma década.
Alguém minimamente lúcido acredito que este processo venha a produzir efeitos diferentes dos do “Apito Dourado”, da “corrupção na GNR”, da “Casa Pia”, etc., etc., etc.?
Estes processos vão e vêm, mas a realidade objectiva que permitiu os abusos, os crimes, a utilização de cargos por elementos da alta criminalidade, para cometerem os seus crimes impunemente, essa mantém-se e até se intensifica… Donde podemos concluir que estas investigações não passam de “show off”, de espectáculo (mais um) destinado a convencer-nos de que a justiça funciona… (e não tem tempo para actuar no tráfico de droga, poe exemplo, porque está assoberbada com estas “investigações”).

No entanto, no caso do envelope 9, a justiça actuou exactamente da mesma forma que actuaram estes policiais agora acusados, confiscando, abusiva e prepotentemente, os computadores dos jornalistas; isto é: os seus equipamentos de trabalho… Agora, consumada a retaliação e o abuso, nem querem que se fale nisso, como se uma sociedade civilizada o pudesse tolerar… Mas “toda a gente” tolera, a começar pelos deputados e restantes políticos, mercê daquela estranha e absurda protecção que todos os partidos garantem ao PGR… Que meios de chantagem, tenebrosos, terá o PGR, para “domesticar” toda essa gente?

Veja-se, também a actual azáfama, cretina, do governo, que se desdobra em espectáculos, em anúncio de medidas inócuas e inúteis, de leis patetas, em lugar de resolverem os problemas reais, de actuar, com rigor e isenção, nos acontecimentos reais. Alguém, minimamente lúcido e informado, acredita nas boas intenções do governo, ou na eficiência das medidas anunciadas (a não ser para gastar mais dinheiro inutilmente)?

Todos temos experiências e conhecimento de situações que negam em absoluto e contradizem os propósitos e os objectivos propagandeados por essa gente.

Podia apontar como exemplo a ausência de resposta ou resolução deste caso, ou deste, relatando o acontecido.
Podia dizer-vos que, relativamente a este caso, foi recebida, muitos meses depois, uma resposta absurda, cretina, mas que omitia o essencial: a informação de como pagar através do Multibanco. Para “descobrir” foi preciso usar de engenho e “imaginação”, de grande capacidade de dedução, e também de persistência, já que aconteceram algumas tentativas frustradas…
Constatou-se, por mero acaso, que a generalidade das pessoas aguarda que lhe seja enviada informação concreta e objectiva de quanto pagar, como pagar e quando, tal como aconteceu no caso relatado, mas isso não parece ser motivo suficiente para os serviços actuarem adequadamente, mantendo estes os seus procedimentos cretinos e anacrónicos.

Para aqueles que estejam interessados na informação, descreve-se, aqui, como podem os trabalhadores independentes pagar a Segurança Social através do Multibanco: seleccionar “Pagamentos” -> “Estado e Sector Público” -> “Segurança Social” -> “Trab. Independentes” -> “inserir o número de beneficiário (atenção: insere-se o número sem o primeiro e o último algarismos)” -> digitar o mês a pagar na forma AAAAMM (exemplo: 200604, para Abril de 2006) -> seleccionar 1 (um) para “mês completo”, ou 2 (dois) para “diária”. No caso de ter sido feita opção por um escalão, aparece no écran o talão de pagamento com o valor respectivo. Basta confirmar na respectiva tecla.

Alguém me pode explicar porque é que os serviços não fornecem esta informação, nas cartas que enviam aos “contribuintes”? Porque é que foi necessário tanto trabalho e esforço para o descobrir? Só pode ser porque os próprios serviços estão interessados em boicotar o procedimento. E a melhor forma de boicotarem é transformarem-no em inútil, porque não informam os interessados de como usá-lo.
É assim, tal e qual, que vão ser aplicadas as medidas do “Simplex”, anunciadas pelo governo, em mais um “show”, como se fossem um grande feito….
Podia falar-vos disto tudo e de muitas outras coisas… mas prefiro deixar-vos com o comentário de “É curioso” que, como o próprio reconhece, é apenas mais um exemplo dos muitos que obstruem o nosso desenvolvimento e contribuem para transformar a nossa vida num inferno…

Neste momento o que me preocupa é isto. E esta é uma gota no oceano das medidas de redução do deficet.Redução qual redução? Um organismo público ali para os lados de Algés tem nos seus quadros seis (6) funcionárias com atribuições de limpeza e esse mesmo organismo foi (OBRIGADO) a contratar uma empresa de limpezas, (imposição da centrar de compras) para efectuar a limpeza numa área do edifício que representa perto de 40% da área. As funcionárias continuam por lá com a área a seu cargo reduzida em 40%. Mas o organismo vê todos os meses sair do seu orçamento atribuído 1116 contos. Onde esta a redução de despesas e de pessoal? Não será isto uma acto de corrupção?”
Prefiro deixar-vos com esse comentário, ou com este outro post, publicado neste blog e reproduzido noutros blogues e em vários jornais, onde se comprova que o vice-Presidente do S.T.A, nomeou, para secretário pessoal, um seu sobrinho:

“SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO
Despacho n.º 3849/2006
Nos termos do disposto no artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 354/97, de 16 de Dezembro, e nos artigos 1.º, 6.º e 7.º do Decreto-Lei n.º 188/2000, de 12 de Agosto (com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 74/2002, de 26 de Março), nomeio secretário pessoal do vice-presidente conselheiro Domingos Brandão de Pinho, e por indicação deste, o licenciado Tiago Filipe Pereira Brandão de Pinho, com efeitos a partir de 1 de Fevereiro de 2006.
1 de Fevereiro de 2006. - O Presidente, Manuel Fernando dos Santos Serra.
in DR 2.ª série - p. 2378 na edição em papel e p. 42 na edição electrónica


Mas também poderia deixar-vos com estas reflexões, ou estas, ou estas, ou com muitas outras...
Isto é a nossa NEGRA realidade, que permanece imutável, a destruir-nos a impedir-nos de ser felizes, de progredir, a transformar a nossa vida num inferno, sem esperança, sem saída…

Enquanto os governantes se entretêm a dar espectáculos tristes, que já ninguém quer ver, o governo continua, assim, a destruir este país e esta sociedade, por acção e omissão. Eles têm esse direito?
Se houvesse democracia, se a abstenção fosse valorada, não teriam o direito nem poderiam fazê-lo, que é o que realmente interessa…