2005/01/31

"Coisas" que têm de ser divulgadas!

Este texto copiei de "Bio Terra" (que tem link na margem). Tal como eu não sabia, acredito que muitas outras pessoas também não saibam. Por isso, para que todos saibam e possam participar, aqui fica a divulgação.

"Projecto reciclagem AMI
A Fundação AMI - Assistência Médica Internacional, iniciou um projecto,de reciclagem de consumíveis informáticos - tinteiros e toners - e de telemóveis - avariados ou em desuso.
Ainda pouco divulgada em Portugal, a reciclagem de consumíveis informáticos e de telemóveis é, já há muito, praticada noutros países europeus. Este projecto permite defender o ambiente - já que estes materiais contêm resíduos perigosos - ao mesmo tempo que é uma fonte de financiamento para os projectos humanitários e de acção social que a AMI desenvolve dentro e fora de Portugal.
A AMI conta com a parceria de uma empresa especializada na logística de resíduos recicláveis. Esta empresa irá colocar contentores nas empresas, organizações, escolas e estabelecimentos comerciais que estejam interessados em participar. As entidades que se disponibilizem para colaborar com a AMI não terão, assim, de suportar nenhum encargo. A AMI entregará recibos de donativo - de acordo com a valorização dos materiais recolhidos - dedutíveis nos impostose majorados em 40%.
Segue em anexo documento relativo ao âmbito geográfico da recolha de consumíveis informáticos. A recolha de telemóveis poderá ser efectuada em qualquer ponto do território nacional.
Agradecemos a máxima divulgação desta iniciativa. Para participar no projecto, queira preencher o formulário anexo. Para ver esclarecidas quaisquer dúvidas, contacte-nos, por favor, através do número de telefone 218362100 ou do endereço de correio electrónico reciclagem-ami@netcabo.pt.
Obrigado pela disponibilidade,
FUNDAÇÃO AMI"

Não se esqueçam de pôr na agenda a tarefa de dar o devido andamento a este assunto.

Os Números do Desemprego em Portugal.

Aqui está um artigo que eu tenho para escrever, já há algum tempo.
Mas, como em tudo na vida, não gosto de falar sem fundamento. Não imaginam a tortura que é tentar encontrar, neste País, dados fiáveis acerca duma coisa destas.
Vamos aos números:
Segundo os dados oficiais, existem cerca de 470 mil desempregados registados, que representam uma taxa de desemprego de 6,8%. A ser assim, fazendo as contas, o número de trabalhadores por conta doutrem, seria de 6 910 milhares (6 910 000). Ora, segundo as próprias estatísticas oficiais, o número total de “pessoas activas” é de, apenas, 5 127 milhares; o que faz com que a taxa de desemprego suba para 9,1%.
Porém, este valor da população activa, engloba muita gente que não tem direito a subsídio de desemprego, em caso de desocupação e, por isso, não recorre, sistematicamente, aos Centros de Emprego, porque sabe que o esforço é inútil.
Em consequência, a taxa de desemprego, para ser correcta, deve ser calculada com base no número de trabalhadores por conta de outrem que serão cerca de 3 100 milhares, segundo os dados que foi possível recolher, sendo provável que seja inferior.
Logo, a taxa, mais aproximada, de desemprego, usando os próprios dados oficiais, é de cerca de 15% (QUINZE POR CENTO).
Este procedimento é tanto mais justificado quanto, como sabemos, também os resultados eleitorais são calculados tendo por base, apenas os que votam. É uma questão de simples honestidade, coerência, idoneidade.
Mas a aldrabice não fica por aqui.
Todos sabemos que, quando os números oficiais dizem que o total de desempregados é de cerca de 470 mil, isso significa que os casos reais, nas mesmas circunstâncias, deverá ser de, pelo menos, cerca de 600 mil. Ou seja, a taxa de desemprego real rondará os 19%.
Ainda há mais! É facto conhecido de todos (porque referido nas estatísticas do Eurostat) que 20% da população portuguesa vive abaixo do limiar de pobreza. São cerca de 2 milhões de pessoas! Donde vem essa situação? Será que nos querem convencer de que existem, neste país, pessoas bem empregadas, bem ocupadas, que vivem na miséria? Mas que raio de coisa é esta?
Pois é, isto só confirma os meus números, por baixo, porque existem muitos desempregados, que o são, de facto, e que não vivem abaixo do limiar de pobreza. Uns porque (ainda) têm direito a subsídio de desemprego, outros porque têm apoios familiares com alguma estabilidade. Portanto, a taxa real, de desemprego é superior a 20%.
Aqui está uma das limitações da actuação dos nossos governos: não encararem a realidade, não dizerem a verdade, não tomarem medidas para resolver os problemas reais. Em vez disso, mentem, escondem os problemas, sem terem em conta que eles estão aí e se fazem sentir no nosso viver colectivo. Por isso eu não voto neles. Por isso eu me abstenho e apelo à abstenção.
Por isso e também porque, com um mínimo de organização da nossa economia, com um pouco de dignidade e empenho dos responsáveis, é possível reduzir, em poucos meses, o número de desempregados, não em cerca de 150 mil, mas em mais de trezentos mil.
Há pessoas competentes e capazes para fazerem isso, na nossa sociedade. Os nossos problemas só não são resolvidos porque os cargos de responsabilidade estão todos atulhados de lixo, ocupados por incompetentes.
Não é possível votar em gente assim, que apenas promete agravar os nossos problemas.
Apelo, a todos, a que se abstenham, que exijam a valoração da abstenção, fazendo com que os deputados que não são eleitos não tomem posse. Já que não servem para resolver os nossos problemas, como devem, ao menos que não se sintam no direito de chular o país, usurpando representatividade que não têm. Esse dinheiro (o que eles ganham sem merecerem e sem legitimidade) é necessário para coisas bem mais úteis e prementes.
Os cidadãos conscientes têm todo o direito de se recusar a votar em gente assim, visto que os políticos excluem (destroem, ultrajam e difamam) todos os que são válidos, competentes e honestos.

2005/01/30

O Futuro do Iraque. Como é que ela sabe?

Condoleezza Rice diz que as eleições no Iraque correram, "melhor do que se esperava", mas garante que a violência vai continuar.
Como será que ela sabe?
É nestas situações que eu gostaria muito de ser racista. Gente assim merece!
Já todos sabem que eu acho que foram os próprios americanos que "fizeram" o 11 de Setembro; os atentados de 11 de Março em Madrid; o atentado que matou Sérgio Vieira de Melo (por este ter dito que não gostaria de ver tanques estrangeiros em Copacabana) e muitos outros atentados no Iraque, que só matam iraquianos.
Penso isto, não porque tenha alguma mania, ou fixação, mas porque todas as evidências confirmam estas minhas opiniões e nenhuma as desmente.
Igualmente acho que a violência recente, no Iraque, os atentados terroristas indiscriminados, (que, por acaso, só matam iraquianos) são cometidos por provocadores ao serviço da CIA, (recrutados em campos de concentração como Guantanamo) para "justificar" a continuidade da ocupação americana.
Por isso, Condoleezza sabe que a violência vai continuar; pois se foi ela mesma que deu a ordem!
Tenho pena dos iraquianos que foram votar, convencidos de que a situação iria melhorar.
O mundo tem mesmo de acordar.

Por que Lutamos?!

A meu ver, avanço tecnológico, desenvolvimento é para ser usado. E nós, os "pobres sem voz" temos tanto direito, ou ainda mais do que quaisquer outros.
Isto vem a propósito de, graças à NET, a gente encontrar palavras que parecem nossas, até do outro lado do Atlântico.
Ao visitar o blog "Cavaleiros do Jornalismo", encontrei, num post de Yuri Almeida, esta poesia.
Não transcrevo tudo, por isso, aconselho-vos a ir até lá. O Blog tem link na margem; publicou o Apelo para a Humanidade. Para aceder directamente, basta clickar no título deste post, que tem link directo.
Transcrição:

"Por que luto?

Luto porque tenho esperança e sei
que de braços cruzados nada mudará
Luto porque amo meu país e jamais me renderei
a nenhum sistema que queira explorar meu povo
Luto inspirado por grandes revolucionários e como
eles marcho até alcançar o bem-comum
Luto porque dói ouvir gritos de fome
de dor, de medo
Luto pela paz, amor e harmonia
E, luto, porque sou filho da crise e herdeiro do caos
E você, luta?"


Fim de transcrição.

Comigo também é assim, por isso, Yuri, desculpe me ter "apropriado" do seu poema.

2005/01/29

Assistência Jurídica, nas Prisões! E não só...

Recentemente, quando tive acesso à exposição do Dr. L.J.N.S, confirmei uma ocorrência que é referida também no Livro de Carlos Cruz, intitulado: “Preso 374”.
Diz respeito à “angariação” de “clientes”, por parte de certos advogados, dentro das cadeias. Tal como refere este livro, também os casos que vou relatar consubstanciam autêntica vigarice. Parece incrível, mas há gente que tem artes diabólicas para se aproveitar de, e explorar, a desgraça alheia.
Na prisão da Carregueira apareceu um advogado, de nome L. Oom, com escritório num 2º andar, da Av. 5 de Outubro, em Lisboa.
Ao que percebi, foi angariar clientes. Foi fazendo promessas e, com isso, conseguiu extorquir cerca de 2 500 euros a cada um de, pelo menos, 3 dos detidos.
Também se interessou pelo “caso” do Dr. L.J.N.S, tendo pedido para lhe ser apresentado. Note-se que não foi o detido que o contactou; bem ao contrário, foi o advogado que pediu para o conhecer, porque se tinha “interessado” pelo respectivo caso.
Contactado o detido, o advogado pediu-lhe o processo e terá tentado, também, extorquir-lhe algum dinheiro, que o detido recusou, porque não percebeu o que é que o sr. advogado se propunha fazer, realmente.
Ainda assim insistiu em conhecer o processo. O Dr. L.J.N.S. acabou por lho emprestar, para que tirasse fotocópias, que lhe pagaria. Já passaram vários meses e nem o processo foi devolvido, nem os outros detidos obtiveram algum “préstimo”, da parte do sr. ilustre causídico, que deixou de ser contactável, apesar dos inúmeros telefonemas e outras mensagens.
Nem imagino o que seja o carácter (e a moral) duma pessoa que faz uma coisa destas. Claro que “estas práticas” são mais simples na cadeia. Trata-se de pessoas que não têm capacidade de defesa, a quem ninguém ouve; e, se se queixarem, ainda correm o risco de sair prejudicados, com isso, sofrendo retaliações dentro da cadeia.
Porque, não tenhamos ilusões: neste país, os depoimentos dos detidos, só são valorizados (melhor dizendo: sobrevalorizados), se forem feitos a pedido e obedecerem a “condições prévias”, definidas com objectivos perversos, como acontece no caso “Casa Pia”. Todos os detidos sabem isso, o que facilita a vida a advogados destes.

Mas, já que estamos com a mão na massa, convém frisar que o Dr. L.J.N.S. não pagou a este advogado porque, quer ele quer a sua família, estão fartos de ser extorquidos, por advogados e não só, para obterem NADA, em troca. O Dr. L.J.N.S. pagou:

- Ao Dr. M. M. ----- cerca de 2 500 €
- Ao Dr. Vt. -------- cerca de 3 000 €
- Ao Dr. R. F. ------- cerca de 12 500 €
- À Jure Honores --- cerca de 2 500 €
- Consulta ---------- cerca de 85 €
- Ao Dr. A.M.P. --- cerca de 1 500 €
Total ---------------- 22 085 €
É apenas mais um exemplo de serviços que se pagam (muito caros) e não são prestados. Tal como a democracia (que pagamos e não temos) tal como tudo neste país.
Devo acrescentar que, a meu ver, advogado que não tira um inocente da cadeia, não merece o título. Por aqui se vê até que ponto é que a nossa advocacia é conivente com o sistema e o quanto beneficia com estas infâmias. Por isso não podemos contar, nem com juízes, nem com advogados, para alterar o que quer que seja, no sentido positivo, de mais dignidade e democracia, para o povo; pelo simples facto de que isso é contra estes seus “interesses”..

Só mais uma pequena transcrição da exposição do Dr. L.J.N.S.:
“13 – Sublinhe-se que a directora, Eduarda Matos Godinho, tem conhecimento de todas as irregularidades, algumas muito graves, que aqui são cometidas por todos os profissionais. Os infractores são: os guardas prisionais, “educadoras”, “assistentes sociais”, o próprio “inquiridor”, Luís Melo e também o subchefe dos guardas José Manuel Santos Teodoro. A directora, apesar de saber da gravidade dos factos, desvaloriza-os, com argumentos inconsistentes e falaciosos.

14 – Quando as ocorrências o justificam, nalguns casos, os detidos são ouvidos pelo referido inquiridor, Luís Melo, mas, mesmo que tenham toda a razão, este inquiridor propõe, à directora, que esses detidos sejam punidos, com sanções disciplinares, que são, sistematicamente, aplicadas. Basta compulsar as respectivas folhas de serviço, para confirmar esta triste, e abusiva, realidade.

15 – A bem da dignidade, mínima, do sistema prisional, da justiça e da própria sociedade, este E.P. não pode continuar entregue aos funcionários mencionados (no total cerca de 13) e aos respectivos arbítrios, porque se chegou ao extremo de a vida dos detidos ser insuportável, se ter tornado impossível, devido a prepotência, incúria e provocações constantes. Por isso o elevado índice de suicídios.

16 – A directora, Eduarda Matos Godinho, acumula estas funções com as de provedora da Santa Casa da Misericórdia de Oeiras. Talvez o facto de exercer as funções em “part-time” prejudique a sua eficiência, porque ninguém pode estar em dois sítios ao mesmo tempo. Mas a condição de seres humanos dos detidos é que não pode ser aviltada por isso, com as consequências terríveis que se conhecem, que estão à vista. Se a directora não pode acumular duas funções (e está provado que não pode) que opte por um dos cargos, ou que seja obrigada a optar (ou a cumprir).”
Fim de transcrição.
O país, a nossa dignidade, como sociedade, estão a saque. Porque é que os incompetentes não só tem o “direito inalienável” de exercer cargos de tamanha responsabilidade, com as desastrosas consequências que se vêem (e se sabem), como ainda têm o direito de acumular cargos?
Que “bem entregue” que está a Santa Casa da Misericórdia de Oeiras!
Isto tudo para concluir que as alterações que se impõem, no sistema de justiça, só serão eficientes (e as necessárias), quando o estado e as instituições começarem a dar atenção às queixas, exposições, opiniões dos cidadãos, actuando nos casos concretos e resolvendo os casos concretos, punindo quem deve ser punido. Tão simples como isto!
Mais comissões, estudos, instituições a fiscalizar, só vão representar desperdício de dinheiro, sem resolver o que quer que seja. Além disso, esta "solução", que proponho, é muito mais barata, mais eficientes e a única democrática.

Isto é Terrorismo.Isto também é Holocausto!

Neste mundo de mentiras, infâmias e falácias generalizadas, este tipo de documentos, como o que é referidso no texto abaixo (que roubei em "a Grande Fauna"), são minimizados, rapidamente silenciados pela comunicação social e nunca os actos que referem são "classificados" como o que realmente são. Para combater isso, para gritar que não pode continuar a ser assim (não em meu nome!), aqui fica a divulgação. Será pequena contribuição, mas todas não são demais e cada uma tem uma grande importância.
Transcrição:
"GENEBRA, 27 jan (AFP)
A demolição de casas palestinas como medida de castigo constitui um grave crime de guerra, considerou John Dugard, relator especial da ONU para direitos humanos nos territórios palestinos ocupados, em relatório divulgado nesta quinta-feira.

"É difícil resistir à conclusão de que as demolições de casas como castigo são graves crimes de guerra", escreveu.
Este professor de direito sul-africano considera que a destruição de casas nos territórios ocupados por Israel, sobretudo em Rafa, Jabaliya e em outros sectores da Faixa de Gaza, não pode ser justificada com o pretexto de que se trata de operações militares.
"As demolições não se efectuam dentro de um contexto de hostilidades, mas como castigo" e infringem o artigo 53 da IV Convenção de Genebra, que proíbe o Estado ocupante de destruir bens de civis, "salvo se sua destruição for absolutamente necessária para operações militares", afirmou Dugard.
Perante isto, o relator pede que Israel adopte uma política conforme ao direito humanitário.
Também criticou a retirada unilateral de Gaza anunciada pelo primeiro-ministro israelita, Ariel Sharon.
"Na realidade, Israel não tem a intenção de diminuir sua influência na Faixa de Gaza. Em última instância, quer continuar dominando esta região pelo controle de suas fronteiras, das águas territoriais e do espaço aéreo", afirmou o relator.
Neste seu relatório, que será debatido na próxima sessão da Comissão de Direitos Humanos, a partir de 14 de março, Dugard condenou a construção do muro de segurança que, em sua opinião, está destinado a "incorporar as colônias judias a Israel, a confiscar as terras palestinas e a incitar os palestinos a abandonarem seus terrenos e casas, tornando suas vidas insuportáveis."
Fim de transcrição.
Imaginem-se a viver lá, a terem nascido palestinianos (ou judeus com consciência de seres humanos). É que os judeus são tão vítimas desta infâmia, como os palestinianos. Só os facínoras não percebem essa inter-dependência. Por isso não percebem, também, que "embarcam numa viagem sem retorno", quando iniciam estes actos de barbárie. Os povos é que não podem continuar à mercê destes loucos.

2005/01/28

Uma "justiça" de Loucos!

Esta história está, em comentário, no post anterior, da autoria de Uivomania, blog que tem "link" na margem. Publicou o Apelo para a Humanidade.
Uma coisa assim teria de merecer o devido destaque. É que, esta história como milhares de outras que se passam, na nossa justiça, como muitas outras que se vêem, como o caso do Dr. L.J.N.S.; como o caso Casa Pia, como o caso da Joana, como o caso ... onde, sistematicamente, os agentes da justiça tratam como mentirosas as pessoas honestas e dignas, para darem aos criminosos a credibilidade que é devida aos cidadãos íntegros, são o que faz da nossa justiça o descalabro que é. São o que ajuda a nos manter nesta situação infame, com as desastrosas consequências, que todos conhecem (e reconhecem), na situação económica do País. Mas não se espere nada da justiça, como se viu ontem, no debate da RTP. Os agentes da justiça são os que mais mentem, descaradamente, e se defendem, como corporação de malfeitores, afirmando, até, que está tudo bem.
Transcrição
"Eu tenho um amigo, que há coisa de uns dez anos, se viu com umas dezenas de milhar de contos na mão!
Pôs um anúncio no jornal que rezava assim: Precisa de dinheiro e ninguém lho empresta? telefone: Tal e tal.
Como é de imaginar, recebeu montes de telefonemas com as mais variadas historias. Seleccionou algumas pessoas por intuição, marcou entrevistas e, carente de calor humano como é, falou e ouviu o quanto bastou para emprestar, practicamente todo o dinheiro que tinha, a meia dúzia de pessoas que lhe souberam contar as melhores histórias.
Em troca, ficou com cheques com as quantias emprestadas para meter ao banco em datas oportunas combinadas e com a promessa, de ter iniciado uma cadeia de amigos reconhecidos e solidários.
Os cheques, uma vez e outra bateram na trave! Os devedores apresentavam os mais variados problemas e um dia, desiludido, o meu amigo, acabou por meter tudo em tribunal!
Os devedores, todos à uma, acusaram-no de agiota e afirmaram que lhes tinha emprestado uma quantia... e exijido um cheque com o dobro! O meu amigo pediu-me para eu ser sua testemunha, já que um dia tendo eu precisado ele me tinha emprestado dinheiro sem juros, sem provas, sem nada...
Em tribunal, perante o meu discurso de que ele era uma pessoa fora do normal, capaz de emprestar dinheiro, só porque alguém precisava e sem juros... fui, mais que uma vez, admoestado pelo juíz, que óbviamente não acreditou na "história" e me tomou por testemunha profissional paga para actuar! Todos os processos foram arquivados!
O meu amigo é hoje um sem abrigo das ruas de Lisboa e continua a pregar aos peixes com toda a naturalidade! Ensina os "colegas" a respeitarem as regras e serem sem abrigo com um mínimo de dignidade!
Continua a escrever histórias e poemas que guarda no saco de plástico... reabre os processos que o ministério público lhe permite, fala com os arguídos cordialmente como se tudo não passasse de um jogo e acredita que um dia tudo será diferente, que a verdade virá ao de cima.
Os próprios advogados oficiosos, têm dificuldade em entender o caso e acredidar nesta história e eu, já saturado de ser chamado a testemunhar, entro nos tribunais, falo com os advogados nomeados, respondo solícito aos juízes... e de cada vez confirmo, pouco se pode acreditar nesta história porque o sistema em que vivemos é bastante mais louco que o meu amigo!"
Fim de transcrição.
Mas o seu amigo não é louco. Nós, que consentimos num sistema de justiça assim infame, é que somos.
Meu amigo, não quer me dizer o nome dos devedores, para eu publicar aqui a história completa? Eles merecem e eu sou bem capaz disso. Loucura não me falta, graças a Deus!
P.S. Este artigo foi publicado, com atribuição errada, da história a JRD. Os meus agradecimentos ao Armando, que reparou no meu erro, quanto à autoria do comentário, permitindo a correcção.

2005/01/27

Poesia; Coisas sem Nexo ou…

Costumo encontrar, por aí, na rua, uma senhora forte, alta, mestiça, a dizer coisas sem nexo. Bom! Para falar verdade, algumas das coisas que diz, até fazem todo o sentido. Talvez a “falta de sentido” esteja no facto de as dizer na rua, para ninguém!
Hoje ouvi-lhe esta sequência de palavras:

“Quando você agarrou a minha filha,
Lá na estação
E a pôs no comboio,
Estava a cobrar o quê?

E se eu for na estrada,
Na calçada, na rua?
Aonde é que você vai cobrar?
Cobrar o quê?”

Ao ouvir isto,
Fiquei sem saber se era apenas Poesia;
Se seria, tão somente, dizer “coisas sem nexo”;
Ou seriam, outrossim, razões dum desequilíbrio comportamental; vulgo: Loucura.

Lembrei-me de que, há tempos, eu cruzava, frequentemente com uma outra senhora, de raça europeia, pela mesma idade (início da meia idade), que também manifestava desequilíbrio comportamental. Vim a saber que fora professora e que deixou de poder exercer, por causa desses desequilíbrios, quando perdeu o filho, o seu único filho, na guerra colonial.
Mas não falava das suas mágoas ou angústias. Toda a gente a conhecia porque, quando entrava no autocarro (e fazia-o todos os dias para ir almoçar ao Ministério da Educação), dava ordens a toda a gente, como que a vigiar a “segurança colectiva”. Mandava sentar os que iam de pé, as mulheres grávidas e com crianças, mandava chegar para trás, etc. Em tom que, não raro incomodava os que não a conheciam. O que valia é que a maior parte das pessoas já estavam habituadas.

Por isto tudo me ficaram na memória, estas palavras, ouvidas hoje.
Acredito que um poeta consiga fazer, com elas, um lindo e profundo poema. Ou talvez não… o que sei eu disso? Se até nem tenho jeito para essas coisas!

2005/01/26

Vitorino e a sua "Conversa Enganadora"!

António Vitorino, em entrevista ao “El País” reconhece que “o modelo económico e social português está esgotado”.
E ainda: “o país vive uma situação muito difícil, com uma crise de auto-confiança e um enorme desânimo”
Mas quando seria legítimo esperar que extraísse, das suas próprias palavras, as conclusões que se impõem, aquelas que permitiriam mobilizar a população, reconquistar a sua confiança; a desilusão é total, para não variar.
A única conclusão que este mistificador, (mais este) consegue “atingir” é esta “grande novidade”: “Portugal deve apostar na investigação e na tecnologia”. E também que é necessário: “reduzir o número de funcionários públicos em 75 mil nos próximos quatro anos”.
Como se vê, é um rumo político, são objectivos bem diferentes dos do PSD ou do CDS. São políticas totalmente opostas, bem “socialistas”. Nós nunca ouvimos isto antes!
Tudo para concluir que o PS tem de ter maioria absoluta!
Quantos desiludidos ficam excluídos das contas, para fabricar essa maioria, não importa. Esses, não são gente e se são, não deviam ser, no entender destes palhaços. Falo da abstenção, obviamente.
O mais curioso, desta conversa da treta, é o facto de António Vitorino reconhecer, também, o óbvio: “o país necessita de medidas muito difíceis, que vão contra costumes enraizados, interesses instalados e estratégias de corporações fortes."
Cá para mim, só se combatem, eficazmente os “costumes enraizados, interesses instalados e estratégias de corporações fortes", contando com o apoio e a colaboração da maioria da população. Isso implicaria, para qualquer político honesto, exigir a devida valoração da abstenção, até como forma de refrear a prepotência gratuita e os arbítrios dessa gente.
Isso implicaria, que se enumerassem, como primeiras prioridades, a eliminação de todos os gastos supérfluos, nomeadamente em estudos e pareceres inúteis, que só servem para sustentar quem os elabora, a supressão da acumulação de cargos, prejudiciais e injustificadas, a eliminação das prepotências e arbítrios, a eliminação do compadrio e do tráfico de influências, a eliminação da corrupção, a exigência dum rigoroso e digno funcionamento da justiça, etc.
Mas não! António Vitorino, como todos os outros políticos que temos, só diz generalidades! E, como medida de redução de custos, não eleva as exigências de eficiência, não preconiza a rigorosa aplicação de critérios de gestão dignos. Não! Ele acha que isso tudo é culpa do excesso de funcionários públicos.
Conclusão: O PS quer maioria absoluta, não para resolver, com dignidade, os problemas do País, mas para manter, no poder, os seus próprios “costumes enraizados, interesses instalados e estratégias de corporações fortes”, vulgo: as suas máfias!
É por isso, e só por isso, que todos os notáveis, economistas do PS, vêm criticar as promessas do PSD, argumentando que o país teria que crescer cerca de 6% ao ano. Até chegam ao ponto de aduzir como prova o facto de o país não ter crescido, nos últimos 3 anos.
Mas então as pessoas não optam pelo PS, para mudar de política?
É o que vos digo: durante os últimos 3 anos ouvimos dizer, para desculpar toda a espécie de crimes do governo, que a situação era má por culpa dos governos do PS. Agora vamos passar 4 anos (não acredito que eles se aguentem lá tanto tempo) a ouvir dizer que a culpa é dos governos do PSD.
Irra! Que com gente tão pérfida, nunca mais saímos disto.

O que se passa é que, como o PS está em melhores condições para ser o partido mais votado, passou a ser a opção de toda a espécie de oportunistas, cujo clientelismo tem de satisfazer. Por isso o PSD está livre para fazer promessas e o PS não as pode fazer. Por isso o PS assegura, desde já, que vai fazer pior do que o actual governo.
Então isto não é cinismo puro e criminoso!
É necessário dizer, bem alto e claramente, que o País pode crescer mais do que 6% ao ano; que é possível resolver os nossos problemas mais prementes, em pouco tempo; é possível reduzir muito o desemprego e o défice, no prazo de cerca de um ano, desde que se tomem as medidas adequadas, firmes!
Mas o PS não quer ver isso, porque prejudicaria os interesses dos seus “compadres”. O quanto as suas "garantias" de que vai fazer pior, vão contribuir para agravar todos os nossos problemas e nos lançar, ainda mais, no descrédito e na crise, isso não interessa a quem só vê os seus próprios interesses e se utiliza da verdade, para tentar enganar toda a gente.
O PS vai ter uma grande surpresa, no dia das eleições; vai, vai…

Somos todos iguais... De novo!

Meus caros,
Este "furor" e outros piores, vão "atingir", nestas eleições próximas, cerca de 40% da população, enquanto que a votação, em qualquer partido, não deve ultrapassar os 27%. Portanto, este "furor" (e outros desesperos bem piores), vão ser a opção maioritária da população portuguesa.
Quanto ao voto em branco, terá muita sorte se, feitas as contas como deve ser, ultrapassar os 1,5%.
Mas, nisto como em tudo, devemos pôr as coisas no seu lugar. A abstenção não é culpa nem mérito meu. Eu apenas participo, estou de acordo. A abstenção é a reacção espontânea de milhões de cidadãos. E "voz do povo é voz de Deus" tem uma razão profunda (de descontentamento) que é necessário erradicar, sob pena de não irmos a lado nenhum. É culpa directa e exclusiva dos políticos e das suas mentiras.
Para resolver os nossos problemas comuns, é necessário, é imperioso, mobilizar a maioria dos cidadãos. Isso não será possível, enquanto, espontaneamente, 40% da população se sentir excluída, não for mobilizável.
Por isso, Neuroglider, cuidado com o sectarismo, com a presunção; porque, entre os que se abstêm, apenas porque sim, existe muita gente válida, honesta, íntegra e até cheia de boa vontade para participar, se tiver oportunidade.
Que bom seria que, entre os nossos políticos e notáveis, existissem verdadeiros lideres, pessoas de bem e clarividentes, que soubessem mobilizar a população, pela positiva. Que dessem garantias de idoneidade. Os nossos problemas resolviam-se em poucos meses.
É a maior das cretinices pensar que as pessoas se abstêm e estão contra, por vontade própria, ou por desinteresse. Como eu (e muitos outros que se abstêm) gostaria de poder votar (e até de participar na resolução dos nossos problemas colectivos).
Tantas competências, tanto saber e tanta capacidade genuína que assim se desperdiça, apenas porque este sistema, tal como foi idealizado, destroi tudo o que de melhor existe, porque garante protecção e impunidade aos criminosos que se apoderaram do nosso país.
Ou será que vocês acham que estamos nesta situação porque somos todos estúpidos, porque somos pobre por opção, porque não podemos ser outra coisa?
Tenho andado a "falar para o boneco". Achava que já tinha esclarecido os fundamentos teóricos disso, aqui, várias vezes.
Só que, ao contrário dos oportunistas da treta, promovidos a políticos, neste país, eu sei como passar da teoria à prática. Por isso eles não me enganam. A sua pretensa boa vontade é falsa, porque eles acham que somos uma população de analfabetos estúpidos (estúpidos são eles), enganáveis com qualquer patranha, com qualquer falácia, que lhes venha à cabeça.

2005/01/25

Somos todos iguais, mas… uns são “papistas”!

No artigo “Eleições. O papel do marketing”, encontrei este comentário de “Zero”
Transcrição:
“pois ... eu cá respeito a opção. faça lá o que quiser com o seu voto. mas olhe uma coisa ... o argumento parece pouco consistente ... eles e "nós" ?! mas então em democracia não somos sempre "nós" ?
"eles" são maus e "nós" somos bons !
"eles" são "sempre" maus e "nós" somos "sempre" bons ... por ser assim e não lhe encontrarmos alternativa então amuamos e para fazer crescer o amuo fazemos propaganda a favor da abstenção. claro que esta "nossa" propaganda não é "enganosa" como a dos hipermercados e a "deles", não ... a "nossa" propaganda é pura, linda, luminosa, inteligente, honesta, produz riqueza, felicidade e ... sobretudo ... lava mais branco.é claro que não votar é um direito ... vivam os direitos !!
fujam contudo dos deveres, sobretudo do dever democrático de participar (não confundir com votar) arregaçando a manga, no quadro legal constituído e expresso na constituição.
não façam isso, cansa, não adianta de nada porque "eles" no fim só farão o que muito bem entenderem.
"eles andem por aí"
"... e exija os seus direitos integrais, de cidadão, inclusive o de ser consultado sobre as decisões quanto à matérias mais importantes da vida política e económica do país."
claro que quando lhe derem esses direitos, não os use ... fique em casa, mas exija ... exija sempre ... se não for exigente ainda vão pensar que afinal VOCÊ É COMO ELES”
Fim de transcrição

Não sei o que é que o sr. Zero tem contra a abstenção e contra o respeito pelos direitos democráticos de todos os cidadãos; contra o facto de exigirmos o que nos devia caber, por imposição da democracia, se ela fosse a sério.
O abismo que me separa do sr. Zero é mesmo esse: para ele isto é democracia; para mim (e também para a maioria dos cidadãos portugueses, pelo menos para os que se abstêm) não é. Mas a opinião da maioria dos cidadãos não lhe interessa. Para ele, só devem ser considerados cidadãos os que têm direito a tudo, sem nada merecerem, juntamente com os que se subjugam a patranhas como estas que aqui “botou”, que se submetem a toda a demagogia deste tipo de “argumentação”. Os outros são os “proscritos”, os que pensam pela sua cabeça e vêem as pérfidas intenções destas patranhas, que são denunciadas, pela nossa realidade do dia-a-dia, de forma cada vez mais gritante.
Mas isso, a realidade, aos sr. Zeros, não interessa. Estes acham que têm o direito de colonizar até a nossa maneira de pensar, a nossa inteligência, de decidirem e imporem os argumentos e a lógica que podemos (e devemos) utilizar, o que podemos perceber, ou não. Portanto, a minha maneira de pensar e agir (sobretudo o facto de o dizer), deve estar numa espécie de Índex dos sr. Zeros, deste país (deste mundo).

Não sei o que é que o sr. Zero tem contra a abstenção e contra a forma como entendo exercer os meus direitos; o que sei é que toda a sua argumentação, para além de falaciosa e tacanha, parte do princípio de que os seus motivos para pensar e agir como entende são legítimos, mas os meus motivos (décadas de desenganos e de sofrer perfídias infames, tipificadas na lei e na constituição como crimes, apenas por ser competente), não são válidos; apenas porque os dele são dele e os meus não são dele, são meus. As pessoas devem ser lixadas (por este sistema infame) a vida toda e, mesmo assim, permanecer estúpidos para não tirar as devidas conclusões. Quando se trata de pensar, isso é com os srs. Zeros; nós não temos direito de pensar (e muito menos de o dizer).
Mas isso não interessa nada. Há pessoas que “nasceram” para terem direito a cometer toda a espécie de crimes (eu disse crimes!) e, não só ficarem impunes, como continuarem a ser prestigiados, inocentados, eu sei lá. Porque, se as coisas correm mal é porque nós, os pacatos cidadãos, a quem ninguém ouve, ou dá importância, é que temos a culpa.

Além disso, o sr. Zero demonstra que começou, só agora, a ler-me. Tenha paciência e vá lendo, por aí fora, os artigos já arquivados e verá que, ao contrário de si, eu sei do que estou a falar; falo de cátedra! Falo porque sei que a nossa situação não tem de ser assim, que os nossos problemas têm solução. Falo porque sei que os nossos problemas só não são resolvidos por incompetência dos governantes e seus “afilhados”; por causa do compadrio, do tráfico de influências e da corrupção (que são tudo coisas que eu odeio, com uma montanha de motivos para o fazer); porque, por isso, não são colocadas as pessoas certas nos lugares certos, numa palavra: não há democracia! Falo porque sei que as eleições (ou as formas de participação previstas) nada adiantam quanto à resolução destes problemas que são o essencial! Os políticos, depois de eleitos, só pensam neles.
Mais grave do que isso: você nunca me vai fazer calar, porque eu sei quais são as alternativas. Por mais que tacanhos não percebam, nem acreditem, eu sei como é que se podem resolver os nossos problemas mais graves, em pouco tempo. Mas disso, os nossos políticos nem querem ouvir falar; porque está provado que as soluções excluem, em absoluto, as suas traficâncias, os seus tráficos de influências, a sua impunidade (e até a sua incompetência). Tudo tem regras e isto também tem. Aí é que está o problema (deles). Eles não são sempre maus? Provem que não são. Têm tudo para o fazer, até as oportunidades.

Tudo isto é assim, porque não há democracia.
Mas isso o sr. Zero não sabe o que seja: na sua cabeça as pessoas dividem-se em dois grupos: os que têm direito a tudo, sem necessitarem merecer, fazer algo por isso (não têm obrigação de “arregaçar as mangas”, nem de nada) ; e os que não têm direito a nada, a não ser arcar com as culpas de tudo o que está mal, para desculpar os verdadeiros culpados: os governantes. Os segundos devem “arregaçar as mangas” (será que também devemos trabalhar de borla?); os primeiros só têm de usurpar os chorudos vencimentos e toda a espécie de regalias, para fazer todo o tipo de disparates, para serem arrogantes e estúpidos, impondo, a todo o país, os limites da sua estupidez e incompetência. Mas isso não tem importância, desde que alguém convencione que se chama “democracia”.
Noutros tempos, quem definia as regras da sociedade, dividia as pessoas em senhores e escravos. Isto, que o sr. Zero escreveu aqui é a forma actualizada de fazer a mesma coisa.
Pois fique sabendo sr. Zero, que vou continuar a exigir autêntica democracia, vou continuar a exigir (juntamente com os vários milhões que são ultrajados, todos os dias, por este sistema vil e que se abstêm) tudo a que temos direito. Tudo!
E vou-me abster, vou-me abster, vou-me abster. Vou continuar a apelar à abstenção. A continuação desta patifaria, NÃO EM MEU NOME (não em nosso nome).

Até me apetece dizer: faça a sua obrigação e não se desculpe, covardemente, com os outros que não têm culpa nenhuma e que nada podem fazer pelo país; inclusive porque os cargos (os tachos) estão todos atulhados de lixo, não há lugar para gente honesta e decente e é por isso que estamos neste descalabro. Por mim, estou sempre disponível para responder pelas minhas culpas (e também pelas minhas competências, como sempre fiz). Já os nossos políticos não fazem o mesmo. Mas atenção: nisto como em tudo, competência que esteja na minha mão, que seja minha, ninguém mais exerce; isso posso garantir. E, quanto a fugir, não fujo de nada, nunca. Portanto desiluda-se... Ou insita. Eu gosto destas discussões!

As Prisões. Notícias do Inferno (II)!

No dia 17-11-2004, o, já nosso conhecido, Dr. L.J.N.S., foi vítima, mais uma vez, de prepotência gratuita, por parte dos guardas prisionais. Por isso fez uma exposição (mais uma) que já enviou para algumas entidades e que só agora me chegou às mãos.

O que mais aprecio neste cidadão, é o facto de não desistir.

Abrindo a pasta de (2004-10-31 a 2004-11-06), deste blog, encontram-se mais informações sobre este caso.
Vou transcrever toda a exposição e publicá-la num blog que irei criar para o efeito (para publicasr só este tipo de coisas). Por agora (para “abrir o apetite”) aqui fica um excerto.

21 – É exemplo do que se disse, o caso do detido João Pedro Morais, nº 162, que aqui sofreu sequelas de AVC, durante mais de 6 meses consecutivos, evidenciando todos os sintomas (com sinais focais já instalados), como parestesias dos membros, confusão mental, etc. O seu estado de saúde foi agravado, pelo facto de ter sido posto a trabalhar (acarretando pesadas pedras, ao sol), por pressão do subchefe José Manuel Teodoro e da directora Eduarda Godinho. O detido começou por recusar, mas foi aliciado com saída precária e transferência para a Ala A. A trabalhar e sem tratamento, entrou em estado de coma e só depois foi transportado para o Hospital Amadora-Sintra, onde ficou ligado a um ventilador durante 3 semanas. Culpado é também o médico, Dr. Manuel Correia, Director Clínico, que não lhe prestou assistência, apesar da evidência dos sintomas. Perante as queixas do detido, este foi levado ao posto médico, onde o enfermeiro lhe mediu a tensão e nada mais.

22 – O detido é um jovem com apenas 27 anos de idade. Foi internado (no Hospital Amadora-Sintra) em 09-06-2004. Encontra-se, actualmente, no Hospital Prisional S. João de Deus, com acentuado défice motor e comprometimento de funções cognitivas, de linguagem, etc.

23 – A “lista negra” desta prisão continua. No dia 30-10-2004, o detido, Manuel Ferreira, nº 405, apareceu enforcado na sua cela, B-520, na Ala B, 4º piso, Quadrado. Dias antes, havia manifestado, a responsáveis deste E.P., nomeadamente a um dos chefes desta Ala, chamado Paulo Marto, que não queria estar naquela cela. Todos negligenciaram a situação. No próprio dia 30-10, à hora do almoço, teve um atrito com um dos guardas, chamado Rebelo, que também não soube, nem quis, entender o seu desespero. Depois apareceu enforcado. Em suma, não teve apoio médico, nem social, ou humano sequer.

24 – Impõe-se dizer que aqui pratica-se a “tortura do sono”. Pela noite dentro, os guardas prisionais (alguns embriagados, cheiram a vinho que tresandam), percorrem os corredores, gritando, batendo nos gradões, batendo, repetidamente, com as coberturas metálicas dos visores das portas das celas e camaratas, fazem enorme alarido, apontam os feixes de luz das lanternas aos olhos dos detidos, não deixam dormir ninguém. O “requinte” vai ao ponto de, quando os detidos começam a adormecer (pegar no sono), depois das 22 ou 23 horas, conforme o horário de silêncio de Inverno ou Verão, os guardas prisionais batem com as chaves nos visores das portas, para os acordarem e obrigá-los a dizer: “Boa Noite”. Incrível!

25 – Os horários de abertura e encerramento das celas e camaratas, bem como do recreio, não são cumpridos. A abertura é retardada e o encerramento antecipado, prejudicando, sempre (como é costume) os detidos. Quando chove, ou está nevoeiro, por mínimo que seja, os detidos são impedidos de ir ao recreio. Fecham, à chave, a casa-de-banho ali existente, impedindo-os de satisfazerem as suas necessidades fisiológicas. Dizem (os guardas) que recebem ordens nesse sentido, da directora Eduarda Godinho e do subchefe, José Manuel Teodoro.

26 – A directora, tem sido alertada, inúmeras vezes, de que é necessário colocar, nos pátios dos recreios das Alas A e B, as necessárias protecções, relativamente às condições climatéricas (que aqui são muito adversas: porque quando não é a chuva é o sol muito intenso), conforme determina o artº 106, nº 4, do Decreto-Lei 265/79, de 01 de Agosto. A solicitação é, sistematicamente rejeitada. A directora usa argumentos como: falta de verba; questões de segurança; e até que o “projecto” deste E.P. não implica estas coberturas, entre outras falácias.

27 – As queixas dos detidos (sobre estas e outras questões) apresentadas à Direcção Geral dos Serviços Prisionais, são sistematicamente, abafadas pelos “inspectores”. Consta que isso se deve ao facto de o marido da directora, sr. Godinho, já ter estado lá colocado. Não há dinheiro para suprir estas necessidades, mas gasta-se dinheiro a colocar, à volta desta prisão, que é um autêntico “Campo de Concentração”, cada vez mais arame farpado, completamente inútil. Existem outros exemplos de gastos supérfluos, que não se mencionam, para não alongar demais estes relatos.

28 – Os detidos ficam fechados nas celas quase todo o dia, situação que se agrava nos feriados, “pontes” e fins-de-semana; só têm recreio de manhã, ou à tarde, conforme sejam considerados “activos” ou “inactivos”. Também estão proibidos de se contactarem entre si, quer seja nos diferentes pisos, ou entre as Alas A e B.
Com este “argumento”, os guardas prisionais impedem as passagens através da multiplicidade de gradões aqui existentes, mesmo em circunstâncias justificadas, como para ir ao recreio, ou ao posto médico, etc. Isto apesar do seu elevado número e de possuírem detectores de metais; apesar de existirem câmaras de vigilância instaladas por todo o lado (que só “filmam” o que lhes convém, inutilizando-se as gravações dos inúmeros espancamentos cometidos sobre os detidos).

29 – Existem, aqui, “ângulos mortos”, onde as câmaras de vigilância não filmam, que são bem conhecidos de todos os guardas, como, por exemplo, na reentrância do corredor do 3º piso da Ala A; junto às celas de admissão; nos corredores das celas disciplinares, etc.
Inúmeros detidos deste E.P. têm sido espancados pelos guardas prisionais, com requintes de inultrapassável barbárie. Com bastões, a soco, a pontapé, com gases lacrimogéneos. Os guardas actuam em magote, protegidos com escudos, capacetes e viseiras. Os guardas envolvidos nos espancamentos (e um subchefe) são todos bem conhecidos, devidos aos seus antecedentes de violência sobre os detidos, noutros estabelecimentos prisionais. Devem ter escolhido o pior que havia, para “agruparem” aqui.
Em consequência destes espancamentos, que chegam a pôr em risco a vida dos agredidos, alguns detidos ficaram com marcas (incluindo cicatrizes) para o resto da vida. Só depois deste tratamento bárbaro é que esses detidos são transferidos para outras prisões, pela directora, sobretudo quando ficam com marcas muito visíveis, que possam causar revolta nos restantes. Isto evidencia conivência e encobrimento de muita gente, nomeadamente doutras prisões.

Mais palavras para quê?
Mas afinal, qual é a vantagem, económica, de manter na cadeia cidadãos inocentes, indefinidamente, alguém me pode explicar.
Quando se fala de melhorar as nossas condições de vida, os políticcos resumem os impedimentos às questões económicas. Mas para manter a prepotência gratuíta e o domínio de uns quantos bandidos, não falta dinheiro.
Também é por isso que eu não vou votar.

O Traçado da CRIL (Lisboa)

Tenho, na minha mão, um comunicado da Junta de Freguesia de Benfica, em Lisboa, datado de 20 de Janeiro, acerca do traçado da CRIL.
A Junta pretende mobilizar os moradores para “abaixo-assinarem” a sua contestação às “novas alterações realizadas pelo IEP”.

Este comunicado tem duas coisas curiosas:
(1) A “discussão pública” (prazo para manifestar oposição) termina no dia 26 de Janeiro, ou seja, amanhã; pelo que a Junta só pode disponibilizar o documento para assinatura durante dois dias, a acabar hoje.
(2) As alterações não contemplam as questões essenciais que já tinham sido contestadas e, pior do que isso, mantêm a “demolição de 180 metros do Aqueduto das Águas Livres”. Ora isto, a demolição do Aqueduto, não é um problema dos moradores da zona, é um problema nacional, porque o monumento é classificado.

São assim os responsáveis pelas entidades nacionais (colocados, mantidos e promovidos pelos políticos). Nem em tempo de campanha eleitoral eles se inibem.
E agora digam-me que não tenho razão em dizer que eles nos ignoram, no que é essencial?
Então porque é que eu hei-de ouvir os seus apelos ao voto?
Porquê ir votar?
Ai não vou não!

2005/01/24

Eleições. O Papel do “Marketing”!

Todos conhecemos aquela estratégia de Vendas que faz com que, nas grandes superfícies (e não só) sejam colocados produtos que se pretende vender, ou promover, ou divulgar, ou aumentar as vendas, em locais estratégicos, onde as pessoas tropeçam, literalmente, neles. Dizem os entendidos que essa estratégia resulta. E dizem também que, muitas vezes, as pessoas compram coisas destas ou em promoção, de que não tinham necessidade, apenas porque, ante a “solicitação” se esqueceram de que tinham comprado há pouco tempo.
É assim que eu vejo os apelos ao voto. Todos os políticos, de qualquer partido; todos os responsáveis da sociedade querem que se vá votar, “não importa em quem”.
Este apelo patético, de quem usa o “marketing” enganoso, ardiloso, em vez da mobilização, porque sabe que nada tem para mobilizar os cidadãos, tem os mesmos objectivos que a estratégia de vendas, descrita acima:
Importante é que as pessoas sejam levadas a ir às mesas de voto. Porque lá, numa boa parte dos casos, à última da hora, alguma das patranhas que ouviram, quer nas campanhas, quer na conversa “de café” dos ecléticos da treta, corre o risco de fazer efeito e a pessoa ser levada a achar que talvez se justifique “dar utilidade ao seu tempo” e votar num qualquer.
Por isso, o meu apelo é:
- Se você tem a certeza de que quer votar e em quem, pois então vote! Não se esqueça de ser suficientemente democrata e honesto, para reconhecer que, quem não vota, tem igual direito de opção, que o país é de todos e que todas essas pessoas também são necessárias (e por isso devem ser respeitadas) para fazer progredir o país.
- Se você não tem motivo para votar, então abstenha-se, não vá lá, porque não adianta ir, posso garantir-lhe, é perda de tempo. O voto em branco até pode ser usado para passar a ser voto expresso. Fique em casa, como eu fico, e exija os seus direitos integrais, de cidadão, inclusive o de ser consultado sobre as decisões quanto à matérias mais importantes da vida política e económica do país.
A valoração da abstenção é o único caminho para começarmos a obrigar os nossos políticos a serem mais honestos, para termos alguma esperança de que os nossos problemas comecem a ser resolvidos, como podem e devem ser.
Se ainda tem dúvidas pense nas coisas que estão mal, neste país, relacionadas com os outros ou que lhe dizem respeito directamente. Alguém lhe dá ouvidos? A mim não! Se eles não nos ouvem, porque haveremos nós de os ouvir, de ser subservientes, mais uma vez, quanto aos seus arbítrios?
Não vote! Exija a valoração da abstenção.

2005/01/22

"Fast Food" Pode matar (mais depressa)?

De "Publicus Sociale", que tem link na margem, recebi o texto abaixo, com referência ao seguinte endereço, donde foi obtido:
http://www.uai.com.br/uai/noticias/agora/internacional/
Para aceder directamente, ao texto, basta "clickar" no título deste "post"

Aqui fica a transcrição, para ver, aprender, meditar (e precaver):

"As mortes dos dois últimos presidentes da rede de restaurantes fast food americana McDonald´s, Jim Cantalupo e Charlie Bell, podem estar relacionadas ao consumo excessivo de hamburgueres, segundo reportagem publicada pela agência de notícias estatal chinesa Xinhua.
A agência não apresenta nenhum laudo ou documento que ateste a suposta ligação entre o consumo dos produtos da rede e a morte por câncer de Bell ou pelos problemas cardíacos de Cantalupo.
A Xinhua diz apenas que o McDonald´s não negou nem confirmou que os dois ex-presidentes da empresa poderiam ter comido as refeições da própria rede em excesso.
Charlie Bell, de 44 anos, morreu na madrugada de segunda-feira (no horário de Brasília) em razão de um câncer colon-retal diagnosticado em maio do ano passado. Começou a trabalhar na rede de restaurantes aos 15 anos. O câncer foi diagnosticado logo após Bell ter substituído, em abril de 2004, Jim Cantalupo, de 60 anos, que morreu de um, aparente, ataque cardíaco, durante um evento da empresa, na Flórida (EUA).
A Xinhua afirma que Bell era um entusiasta dos produtos da rede e que podia comer hamburgueres até no café da manhã. A agência sugere, com a matéria, que pode haver uma ligação entre o tipo de câncer que o matou e sua alimentação.
O câncer de colon-retal é o segundo que mais mata nos EUA, atrás apenas do câncer de pulmão, e o risco de contrair a doença está diretamente ligado ao consumo de carnes e gorduras, diz a agência chinesa, citando dados do site www.colorectal-cancer.net.
A rede McDonald´s tem cerca de 600 lojas na China e planeja uma expansão de cerca de 120 unidades a cada ano. (Com agências internacionais) ."
Fim de transcrição.
A isto chama-se "liberdade de imprensa"; coisa que não há cá.

2005/01/21

Esta "parcela do Terceiro Mundo"!

Como eu não tenho jeito para fazer poesia, aqui fica um poema, bem a propósito, do, já nosso conhecido, Dr. L.J.N.S., preso nº 4 da Carregueira.
Para quando, meu Deus, um minímo de dignidade e de vergonha, na justiça deste país, na nossa sociedade?

POEMA

O TERCEIRO MUNDO

Nesta avara parcela do Terceiro Mundo
Fronteira do oceano e isolada,
Com o seu sacrifício árduo e fecundo,
Trabalhando para os que não prestam para nada,
Há gentre que ainda vive amordaçada
Para não se ouvir um só queixume mais profundo
Desta pungente e imerecida desventura
Que desde há longos anos que perdura.

E o seu dia-a-dia atormentado
Torna-se num exasperante declínio
Atroz, irracional e prolongado
Em campos de concentração e de extermínio
Para quem soltar a voz para dizer “BASTA”,
Não mais se sujeitando a tão vil casta,
Fazendo vacilar o seu domínio.

- Valor e honra aos que contestam este Estado
Anacrónico, prepotente e depravado!...

E mesmo assim este fascismo implacável,
Sem nenhuma coerência que o suporte,
Diz que “a vida humana é inviolável”
E que, em caso algum, haverá pena de morte;
Que se garante a integridade das pessoas,
Tanto física como moral e outras loas,
Não há tortura, penas cruéis de qualquer sorte,
Que a discriminação pessoal é reprovável…
Mas que justiça esta tão abominável!

Para descrédito, muitos deles que ali jazem
São os “pobres diabos” que menos mal fazem.
E também quantos outros inocentes
Pronunciados pelos “legais” delinquentes
Que travestindo arcaicas becas se comprazem
Com aberrantes condenações improcedentes.

- Mais cego ainda que um cego pode ser
Todo aquele que realmente não quer ver…

É preciso alguém decente que varra e meta
Toda esta “escória preta” na valeta,
Juntando ao lixo polícias seus sequazes,
- Associações criminosas de incapazes!

Imputem-se os crimes a quem os cometa,
Corrija-se a justiça com medidas de fundo,
Que ninguém confie em quem só prometa
Nesta avara parcela do Terceiro Mundo…

Onde grassa a infâmia e a vendeta.


De: Dr. L.J.N.S.
Preso nº 4 da Carregueira, INOCENTE,
Em Janeiro de 2005,

2005/01/20

Uma certa campanha NAZI!

Ontem (ou não sei já quando) estive aqui “a malhar” no Sócrates; e com razão. Hoje venho aqui, por dever de honorabilidade (minha claro) defender o Sócrates com “unhas e dentes”. É que eu sou assim mesmo: “baixezas destas, não!”
Num blog que não vou identificar, por motivos óbvios, vi publicado o seguinte pedaço de texto:
““Rico, mora num dos bons edifícios de Lisboa, tem um Mercedes último tipo e mantém um amizade íntima pra lá de estável e coloridíssima com o jovem e belo actor Diogo Infante, um ídolo da TV local." (E esta heim!)”.
Pois este “naco de prosa” refere-se a José Sócrates. Está inserido num texto em que Santana Lopes é caracterizado como mulherengo, boémio… divorciado três vezes.
A prosa terá sido publicada num site brasileiro, referida numa rádio nacional, tarde da noite, apareceu no blog a que me refiro, em comentário (de alguém que não publicou no seu próprio blog) e passou, daí a “post”, no tal blog.
Fui até ao tal site e constatei que publicou, no dia seguinte, uma outra “caixa” em que afirma que não se pretende insinuar o que, claramente se insinua, quase se afirma. Este (falso) desmentido, contudo, não é referido nos locais onde a calúnia, a insinuação insidiosa, foi reproduzida. Mas, não sejamos ingénuos! Isto funciona assim mesmo, é para ser assim e foi para isso que a insinuação foi feita.
Não sei (mas consigo imaginar) o tipo de “informadores” usados como fonte do tal site e também o tipo de site. Por isso quero dizer, aqui, claramente, que, para mim, o pior defeito de Santana Lopes é ser amigo de Paulo Portas; quantas vezes se divorciou, não interessa. O pior defeito de José Sócrates é não ser diferente de Santana Lopes e de Paulo Portas (é ser tão capaz de se coligar com Paulo Portas como Santana Lopes).
Alguém vai ter de informar melhor, o tal site, sobre as figuras “pitorescas” da nossa política. Alguém os devia esclarecer que o facto político mais “curioso” (sic) desta bandalheira de democracia é termos um ministro, presidente dum partido, claramente envolvido em escândalos como os processos Casa Pia e o caso Moderna, que controla as notícias a publicar e que, por isso, não é referido como tal nos “media”. Que é responsável por uma série de disparates absurdos e de nomeações abusivas e injustificadas de “boys/girls” do respectivo partido, para cargos que estes não desempenham com competência.
Mas que, apesar de tudo isto, se mantém na crista duma campanha mentirosa e mistificadora, que pretende fazer passar a ideia de competência, para o respectivo partido, de modo a facilitar a sua manutenção no poder, qualquer que seja o partido mais votado nas eleições.
Pois eu quero afirmar aqui, bem alto, que esta ideia, não apenas é falsa, como faz parte duma campanha NAZI, que nos pretende impor Paulo Portas como imprescindível no poder, para que a cambada de criminosos que o controla possa, mais facilmente, ter acesso ao poder e respectivas decisões, como até agora têm tido.
Para isso, este tipo de calúnias, de insinuações, como esta que aqui refiro, são muito importantes, porque fragilizam os políticos visados, que ficam mais vulneráveis às pressões das máfias, para a inclusão de Paulo Portas no governo.
Isto permite-nos concluir que a notícia é uma insinuação insidiosa e tendenciosa, porque, na nossa política existem coisas bem mais “curiosas” (ou devemos dizer escabrosas?) que não são referidas.
Perante mais esta evidência, somos forçados a concluir que os meandros do Processo Casa Pia, com a mistificação de notícias, a ocultação de notícias, a publicação de notícias falsas e caluniosas, em forma de campanha continuada, que ainda não acabou; com os resultados que se conhecem, foi apenas UM ENSAIO. Um ensaio para “calibrar” este tipo de campanhas NAZIS.
Se tivermos em conta as atitudes de Sócrates, quanto a esta matéria, até apetece dizer: O PS (Sócrates) merece! Nós é que não!
Só para perceber até que ponto são corrosivas estas calúnias, quero esclarecer que já tinha ouvido esta insinuação, numa de “diz que disse”, entre cidadãos particulares.
O blog a que me refiro insinua (até no nome) ter conotações com a esquerda. O facto não me espanta, porque até “cheira” “a déjà vu” muitas vezes (vezes demais) nesta democracia da treta, onde as pessoas (sobretudo as ligadas aos partidos) não cultivam, nem conhecem o valor, da honestidade e da dignidade, do respeito pela verdade e pelos outros, fundamentais para que haja democracia. A tal ponto vai a sua “ausência” de cultura de valores (desde que os respectivos partidos não sejam prejudicados, ou possam parecer beneficiar), que até servem de meio de divulgação de coisas destas, servindo os objectivos de gente da pior espécie.
Não se conclua daqui que vou deixar de atacar Sócrates e as suas opções políticas. Mas ninguém me vai ver a colaborar com NAZIS, por isso. Nisto, como em tudo, “o seu a seu dono”!

2005/01/19

Eleições! Qual vai ser o partido mais votado?


Há dias, num comentário aí noutro blog, apareceu o seguinte:
(Nas paredes da PSP de Coimbra “"Votar não serve para deixar de ser escravo... apenas para mudar de amo...")
O autor do comentário extraiu uma conclusão com que discordo, em absoluto. Contudo, convém sublinhar que, nunca como agora, nas actuais eleições, essa frase (entre aspas) fez tanto sentido.
Vem isto a propósito de “qual será o partido com maior número de votos”. Reparem que não digo: quem vai ganhar as eleições, porque quem vai ganhar somos nós: a abstenção!
O PS assume esse papel (de partido mais votado) como sendo “favas contadas” e, por isso, até se dá ao luxo de garantir, à partida, que vai fazer pior do que o actual governo; faz questão de garantir que, com eles a governar, vai continuar a não haver espaço para a competência, para a honestidade, para a eficiência, para a justiça, para a democracia, para a dignidade. Que vão seguir o mesmo caminho, pela pior opção, apenas porque servem os mesmos amos e não querem deixar de os servir.
O PS promete ser pior a até se dá ao luxo de “criticar” o seu oponente, porque faz promessas irrealistas. Para fazer passar esta mensagem a exigir o conformismo dos cidadãos ao estado de descalabro a que chegámos, o PS conta com todo o tipo de “homens providenciais”, tais como António Vitorino e até Manuel Alegre.
Não acredito nas promessas do PSD, porque não serão cumpridas. Mas, mais uma vez, é necessário dizê-lo com todas as letras: é possível baixar os impostos, reduzir o défice, reduzir o desemprego, baixar a inflação e relançar a economia, fazendo-nos crescer muito acima da média europeia. Basta que exista democracia; que sejam tomadas as medidas necessárias, aquelas de que o PS, à semelhança dos outros partidos, nem quer ouvir falar.
O PS corre o risco de ter uma grande surpresa, no dia das eleições.
Na América, foi Kerry quem ganhou as eleições, para Bush; porque nunca tomou posições claras contra a guerra, rejeitando, assim, os votos de muitos americanos democratas e esclarecidos. Kerry apenas pretendia transferir uma parte dos custos da guerra para outros países, o que não é aceitável para o mundo nem para os americanos honestos e evoluídos.
Cá, vai ser Sócrates que vai dar um excelente resultado a Santana Lopes, se não lhe der a vitória, pelos mesmos motivos. Sócrates não apenas atraiçoa a democracia e o socialismo, como atraiçoa o país e a esperança de muitos portugueses, afastando assim, da votação, a esmagadora maioria dos cidadãos, que já não acreditam em políticos e têm, agora, ainda menos motivos para acreditar, já que Sócrates faz questão de garantir que vai ser pior do que os actuais, que não vai tomar uma única medida, das imprescindíveis, para melhorar a nossa situação económica e social.
Por mim, fico ao lado dos abstencionistas, porque são eles que têm razão, porque não há motivos para votar.
O que é urgente é exigir que a nossa opinião seja respeitada, que a abstenção seja valorada; que só tomem posse os deputados efectivamente eleitos. Temos esse direito, é a democracia que o exige, é a única forma de os políticos perceberem que têm que ganhar vergonha. Que têm que merecer o nosso voto, que a traição não compensa, porque agrada aos grupos de tráfico de influências (a quem eles prestam vassalagem), mas afasta os votos da maioria dos cidadãos; e esses é que contam, em democracia.
Lutemos, pois, pela DEMOCRACIA!
O PS promete fazer pior e nós prometemos ao PS (ou a quem ganhar as eleições), que não lhes vamos dar sossego. Que não vamos baixar os braços, enquanto os nossos direitos não forem respeitados, enquanto os nossos políticos não nos respeitarem!
Não vote nas eleições legislativas, exija a inclusão da abstenção na contabilização das percentagens eleitorais!

Sedes = Exclusão absoluta da Competência!

Os nossos notáveis produzem e reproduzem cretinices, disparates, a um ritmo alucinante. A uma velocidade muito superior à nossa disponibilidade para "exercer o contraditório". Se fossem competentes, honestos e eficientes assim ao mesmo ritmo, este país seria um paraíso, porque tem todas as condições para sê-lo, excepto qualidade, entre os notáveis.
A julgar pelo teor das suas intervenções públicas, podemos traduzir SEDES como: Associação da Exclusão Absoluta da Competência, da Honestidade, da Eficiência e da Democracia. Não liga, mas a culpa não é minha, porque não fui eu que lhe dei o nome. Uma cambada de cretinos (mais uma) isso sim.
Antes deste eu tinha 3 ou 4 assuntos em mente, para comentar. Mas não posso deixar passar em claro esta “cilada”, consubstanciada nas mais recentes aparições públicas da Sedes.
Para que raio é que a nossa sociedade necessita de mais Associações para repetirem as mesmas cretinices de todos os outros notáveis e dos políticos com acesso ao poder? As cretinices que têm sido aplicadas, no exercício do poder, com os desastrosos resultados que todos conhecemos e vivemos?
Só pode ter uma explicação: eles apressam-se a ocupar todo o tipo de lugares, entulham tudo de lixo, para não deixar espaço para quem tenha, realmente, alguma coisa de diferente e útil para dizer; para quem saiba como fazer alguma coisa válida por este país.; para quem seja mais clarividente, mais evoluído, mais esclarecido, mais digno. Ora vão plantar batatas, já que não sabem fazer mais nada e não chateiem, porque para chatear já cá há muito.
O que eu quero dizer aqui, com todas as letras é que:
É possível baixar os impostos, aumentar os vencimentos dos trabalhadores; relançar a economia (CRESCER BEM ACIMA DA MÉDIA EUROPEIA, muito acima), reduzir muito o desemprego e reduzir, substancialmente, o défice real. É possível, é necessário, é urgente! Só não é feito por ausência completa de democracia, porque as nossas instituições fundamentais não funcionam, por incompetência dos políticos e notáveis, que só se "preocupam" com "cumprir os formalismos" quando convém: quando impedem a resolução dos nossos problemas; que não têm clarividência nem coragem para fazer o que é correcto!
Pelos vistos temos que colocar a Sedes do lado daqueles que obstruem as soluções, porque defendem os interesses dos criminosos que controlam a nossa vida pública e que impedem o nosso progresso e a nossa democracia.
Já o disse, mas vou repetir, porque se justifica:
Existem, em todos os tempos e lugares, as pessoas certas para cada cargo e função; e nisso, Portugal não é excepção.
É objectivo e função da democracia colocar as pessoas certas no lugar certo, para que a sociedade possa funcionar. Se não chegamos às soluções é porque não há democracia; porque, neste país só se faz aquilo que convém a grupos criminosos de compadrio e tráfico de influências e não aquilo que convém ao país e à população;
Este estado de coisas é incompatível com o progresso e tem de acabar, sob pena de acabarmos nós.
Os nossos antepassados acabaram com o regime feudal, para acabar com o absurdo que era a herança de cargos. Não venham agora estes “aprendizes de feiticeiros” impor-nos o mesmo sistema, ou pior (porque controlado por criminosos), usando e abusando das instituições da democracia, que deviam servir para a democracia.
É bom que os imbecis saibam o seu lugar e que quem nada tem a dizer não se esganice a dizer enormidades, fazendo barulho para que não se possa ouvir o que é importante.
É, também, por isto que eu não vou votar, porque não se pode ter confiança nas nossas instituições, nem nos titulares dos respectivos cargos.

2005/01/18

Comentários!

Há pecados que nós devemos confessar, mesmo que comprometam a nossa imagem.
De vez em quando visito o "blog Muimentiroso", para ver se há novidades e também para reler os textos ali publicados. Até porque contêm informação que não é possível fixar duma vez só, mas que convém não esquecer.
Foi assim que percebi que o programa "Prós e Contras" "promoveu" um indivíduo, ex inspector da judiciária, referenciado como alto responsável pelo tráfico de droga naquela polícia. Foi apresentado ao lado de Moita Flores e aproveitou para fazer propaganda gratuíta aos seus (dois) livros.
Mas o que me leva a escrever este texto é o facto de ter encontrado lá um comentário (com que já todos "tropeçámos"), acerca de RIAPA.
Do que eu gostei mesmo foi da resposta, do comentário de NoSilence. Vale a pena ir até lá espreitar.
"Clikando" no título deste post obtém-se "link" directo.
Assim percebe-se melhor porque é que esta situação é uma das razões porque não vou votar.

2005/01/17

Discurso do Ministro da Educação, do Brasil, nos USA!

Em "Publicus Sociale", que tem "link" na margem, encontrei este excelente texto, que urge divulgar!
Transcrição:
"Este discurso merece ser lido, afinal não é todos os dias que umBrasileiro dá um "baile" educadíssimo aos Americanos...
Durante um debate numa universidade nos Estados Unidos actual Ministro da Educação CRISTOVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazónia (ideia que surge com alguma insistência nalguns sectores da sociedade americana e que muito incomoda os brasileiros).
Um jovem americano fez a pergunta dizendo que esperava a resposta dum Humanista e não de um Brasileiro. Esta foi a resposta do Sr.Cristovam Buarque:
"De facto, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazónia. Por mais que o devido cuidado com esse património, ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazónia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.
Se a Amazónia, sob uma ética humanista, deve serinternacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro... O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazónia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extracção de petróleo e subir ou não o seu preço.
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazónia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazónia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazónia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo génio humano. Não se pode deixar esse património cultural, como o património natural Amazónico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito tempo, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido…
Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milénio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
Se os EUA querem internacionalizar a Amazónia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos também todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
Nos seus debates, os actuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como património que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazónia.
Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como património da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver.
Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazónia seja nossa. Só nossa!
"ESTE DISCURSO NÃO FOI PUBLICADO. AJUDE-NOS ADIVULGÁ-LO"
Porque acho é muito importante...mais ainda, porque foi Censurado.
Fim de transcrição.
O meu aplauso Sr. Ministro. Aqui está o meu tributo para a, justificadíssima, divulgação do que foi silenciado pelos "novos déspotas" do mundo e seus lacaios. Decididamente, é preciso romper esta censura, este "cerco" que impõe ao mundo a iniquidade!

2005/01/16

APELO PARA A HUMANIDADE!


Tivemos a tristeza de ver recentemente o Tsunami, causando uma grande destruição e vitimando um número inconcebível de pessoas em vários países do Índico. Sabemos que são acontecimentos naturais, mas preocupa-nos a possibilidade, enunciada por vários estudiosos, de a intensidade do tsunami estar relacionada com o desequilíbrio ambiental que é, incontestavelmente, potencializador de forças naturais deste porte. Cabe a nós, definitivamente, como espécie constituída por seres racionais, uma reflexão séria sobre o assunto e buscarmos maneiras mais correctas de lidarmos com o espaço em que vivemos, para que não sejamos responsáveis por catástrofes desta natureza.

Nós blogueiros, propomos desde já, nos unirmos num alerta para a humanidade, e implantarmos cada um de nós, a nosso modo e em nosso ambiente, medidas práticas de mudanças!

Deixando, por agora, a discussão da questão de saber qual a percentagem de vítimas devidas ao tsunami, e as que são das responsabilidade dos respectivos governos, porque foram provocadas por ignorância, incompetência, ausência de organização social, numa palavra: ausência de democracia, que tiveram influência antes, no reconhecimento dos sinais e aviso atempado às populações (e resposta esclarecida destas); e depois, na organização da auto ajuda e do auxílio exterior recebido, achamos que é tempo de se falar abertamente.

É tempo de se abordarem as questões em profundidade e não de forma restritiva. É tempo enfim, de se falar a sério sobre a questão ambiental e ecológica. Sobre a humanidade! E com razão. É que cada vez mais se toma consciência de que o combate pela preservação, não tem fronteiras, não é regionalizável e de que a resposta ou é global ou não será resposta.

As chuvas ácidas, o efeito de estufa, a poluição dos rios e dos mares, a destruição das florestas, não têm azimute nem pátria, nem região. Ou se combatem a nível global ou ninguém se exime dos seus efeitos.

As pessoas ainda respiram. Mas por quanto tempo?

Os desertos ainda deixam que reverdeçam alguns espaços estuantes de vida. Mas vão avançando sempre.

Ainda há manchas florestais não decepadas nem ardidas. Mas é cada vez mais grave o défice florestal.

Ainda há saldos de crude por extrair, de urânio e cobre por desenterrar, de carvão e ferro para alimentar as grandes metalurgias do mundo. Mas à custa de sucessivas reduções de reservas naturais não renováveis.


Na sua singeleza, o caso é este:

Até agora temos assistido a um modelo de desenvolvimento que resolve as suas crises crescendo cada vez mais. Só que quanto mais se consome, mais apelo se faz à delapidação de recursos naturais finitos e não renováveis, o que vale por dizer que não é essa uma solução durável, mas ela mesma finita em si e no tempo que dura. Por outras palavras: é ela mesmo uma solução a prazo.

Significa isto que, ou arrepiamos caminho, ou a vida sobre a terra está condenada a durar apenas o que durar o consumo dos recursos naturais de que depende.

Não nos iludamos. A ciência não contém todas as respostas. Antes é portadora das mais dramáticas apreensões.

O que há de novo e preocupante nos dias de hoje, é um modelo de desenvolvimento meramente crescimentista – pior do que isso, cegamente crescimentista – que gasta o capital finito de preciosos recursos naturais não renováveis, que de relativamente escassos tendem a sê-lo absolutamente. E se podemos continuar a viver sem urânio, sem ferro, sem carvão e sem petróleo, não subsistiremos sem ar e sem água, para não ir além dos exemplos mais frisantes.

Daí a necessidade absoluta de uma resposta global. Tão só esta necessidade de globalização das respostas, dá-nos a real dimensão do problema e a medida das dificuldades das soluções. Lêem-se o Tratado de Roma, O Acto Único Europeu e mais recentemente as conclusões da Conferência de Quioto, do Rio de Janeiro e Joanesburgo, onde ficou bem patente a relutância dos países mais industrializados, particularmente dos Estados Unidos, em aceitar a redução do nível de emissões. Regista-se a falta de empenhamento ecológico e ambiental das comunidades internacionais e dos respectivos governos, que persistem nas teses neoliberais onde uma economia cega desumanizada e sem rosto acabará por nos conduzir para um beco sem saída.

Por outro lado todos temos sido incapazes de uma visão mais ampla e intemporal. Se houver ar puro até ao fim dos nossos dias, quem vier depois que se cuide!... e continuamos alegremente a esbanjar a água do cantil.

Será que o empresário que projectou a fábrica está psicológica ou culturalmente preparado para aceitar, sem sofismas nem reservas, as conclusões de uma avaliação séria do respectivo impacto ambiental?
Mesmo sem sacrificar os padrões de crescimento perverso a que temos ligados os nossos hábitos, há medidas a tomar que não se tomam, como por exemplo:

- Levar até ao limite do seu relativo potencial o uso das energias renováveis, como a energia solar e a energia eólica.
- Levar até ao limite a preferência da energia hidráulica sobre a energia térmica.
- Regressar à preferência dos adubos orgânicos sobre os adubos químicos.
- Corrigir e reverter o excessivo uso dos pesticidas.
- Travar, enquanto é tempo, a fúria do descartável, da embalagem de plástico, dos artigos de intencional duração limitada.
- Regressar ao domínio do transporte ferroviário sobre o rodoviário, privilegiar os meios de transportes não poluentes.
- Repensar, redimensionar, gerir e corrigir a dimensão irracional do transporte urbano em geral e do automóvel em particular.
- Repensar, aliás, a loucura em que se está tornando o próprio fenómeno do urbanismo.
- Reformular a concepção das cidades e das orlas costeiras.
- Levar a reciclagem a sério, em todos os países, fixando quotas superiores a 90%.
- Suprimir os desperdícios, sobretudo os de alimentos, enquanto houver pessoas com fome, no planeta.

Dito de outro modo: a moda política tende a ser, um constante apelo às terapêuticas de crescimento pelo crescimento. È tarde demais para desconhecermos que, quando a produção cresce, as reservas naturais diminuem.

Se é de um homem mais sensato e responsável que se precisa, um homem que olhe amorosamente para este belo planeta que recebeu em excelentes condições de conservação e está metodicamente destruindo; de um homem que jure a si mesmo em cadeia com os seus semelhantes, fazer o que for preciso para que o ar permaneça respirável, que a água seja instrumento de vida e dela portadora, e os equilíbrios naturais retomem o ciclo da auto sustentação, empenhemo-nos desde já nessa tarefa, com persistência e determinação.

Se é a continuação da vida sobre a terra que está em causa, e em segunda linha a qualidade de vida, para quê perder mais tempo?...

Nós, todos os que os subscreverem, fazemos o apelo! Mas é necessário deixar bem claro que são os governos e as organizações internacionais que têm obrigação de actuar, que é para isso que existem os respectivos cargos. Temos que dizê-lo com todas as letras: quanto maior é o poder, real ou formal, duma dada organização ou governo, tanto maior é a sua responsabilidade, nesta como em outras matérias. Todas as medidas aqui enunciadas têm de ser estruturadas, promovidas e implementadas de forma organizada e metódica. Só os governos têm legitimidade e capacidade (os meios) para o fazer. Não adianta descartar a “culpa” para o cidadão anónimo, que nada pode fazer, e que nunca é ouvido nestas questões.

Aos cidadãos de todo o mundo, o apelo que fazemos é de que avaliem e prestigiem os responsáveis, locais ou mundiais, em função do seu empenhamento, honestidade e eficiência, na resolução destes problemas. Basta de guerras absurdas e infames, de conflitos armados prepotentes, que só contribuem para provocar mais poluição e destruir ainda mais o planeta. O que é urgente é cuidar da vida. Se isso for feito, não restará tempo, nem meios materiais para armas e para guerras. O mundo tem, actualmente, meios pacíficos eficientes para resolver as questões e diferendos internacionais. A ecologia começa aí: na democracia, no esclarecimento, na evolução das ideias de quem detém o poder.

Por isso apelamos a todos quantos se queiram associar a este movimento pela preservação da Natureza, pela Paz e pelo desenvolvimento harmonioso da Humanidade, para subscreverem este Apelo.

Ao fazê-lo estamos a afirmar a nossa cidadania, enquanto pessoas livres, que olham com preocupação o futuro da Humanidade, o futuro dos nossos filhos!

P.S. = “Mais e Pior do Mesmo”!

Esta história da alternância sempre me “cheirou a vigarice”.
Os dois partidos que, tradicionalmente, ocupam o poder (e se acham com direito exclusivo a ocupar e abusar do poder) assumem a alternância da forma mais perversa (e destrutiva) que é possível imaginar.
O pior é que estes “malabarismos” teóricos, que tanto contribuem para a falta de esperança dos cidadãos e de credibilidade da política, é aceite, como “lei” ou fatalidade inelutável, por uma parte considerável dos cidadãos e, desde logo, por todos os que adoptam uma filiação ou simpatia partidária, que não conseguem ver o carácter destrutivo “da coisa”. Quanto a esses, não há nada a fazer, por enquanto. Ainda terão que “padecer muito” até abrirem os olhos e perceberem o seu papel de bobos, nesta pretensa “luta política”.
Logo após as últimas eleições, foi o PS (uns “teóricos” do PS) que reagiu à proposta de pacto de regime, para recuperar a economia do país, dizendo que isso seria uma coisa “contra natura”, por causa da “lei e tradição” da alternância e da superior importância de a salvaguardar. Agora é o PSD que reage, quase com os mesmos argumentos (com a mesma lógica, sem dúvida) a essa mesma perspectiva (do pacto de regime).
Nesta lógica infame, os dois principais partidos iludem os cidadãos, aparentando divergências que não existem entre eles, para que, quando as pessoas se cansam das patifarias dum deles, que estaja no poder, o outro possa “colher os frutos”, passar a, por sua vez, ocupar o poder, para fazer exactamente as mesmas patifarias ou pior.
É exactamente o que acontece, agora. A tal ponto que o PS nem sente ter necessidade de disfarçar; devido ao facto de acharem que têm garantida a eleição, por via do descontentamento em relação aos actuais partidos no poder, os dirigentes do PS até se “dão ao luxo” de garantir (a quem os saiba ouvir e interpretar) que vão fazer muito pior do que o actual governo.
Primeiro foi um “notável” do PS, que se diz perceber de economia, de quem nem me dei ao trabalho de fixar o nome, a dizer que são necessários 6 anos para recuperar a economia do País. É falso! É possível relançar a economia do País em poucos meses, crescermos muito mais do que a média europeia, reduzir muito o desemprego, e até reduzir também o défice. Isto, se se tomarem as medidas correctas, coisa que o PS não está disposto a fazer. Com o PS é “mais e pior do mesmo”!
Depois vem o Governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, dizer que o crescimento em 2005 vai ser mais baixo do que o previsto, porque não pode ser doutro modo; que não é possível baixar os impostos, sob pena de o país se afundar… É falso! Só é assim, porque o PS não está disposto a alterar nada do essencial, relativamente à prática política, ou à prática das instituições; relativamente aos motivos profundos que nos mantêm neste “limbo de indignidade” que impede o nosso progresso, que a nossa vida possa melhorar. O PS não quer pôr cobro ao compadrio, ao tráfico de influências, aos grupos de interesses obscuros, que impedem o país de progredir, porque impedem as transformações e a mobilização das pessoas para resolver os problemas, porque esses grupos dominam, na direcção do PS.
Talvez o Dr. Vítor Constâncio queira passar a ganhar um vencimento coerente com o estado de miséria que prognostica para o país, (que quer ver perpetuado no país) em vez do vencimento escandaloso que tem.
Entretanto Sócrates foi “prometendo” que iria voltar à coincineração; foi prometendo que vai manter o código do trabalho; que vai manter a lei do aborto; que vai manter a redução dos benefícios fiscais; que talvez até vá aumentar os impostos. Ainda mais? É possível baixar os impostos e relançar a economia, se se tomarem as medidas adequadas.
E agora até António Vitorino, o tal que era apresentado como “a salvação do País” vinda de Bruxelas (logo de Bruxelas), vem dizer que é preciso falar verdade aos portugueses, para dizer que vão ser tomadas medidas ainda mais gravosas da nossa situação social.
Eu também acho que é preciso falar verdade! É preciso dizer claramente que a única coisa que impede o PS de tomar as medidas necessárias que permitam melhorar a situação do País é o facto de ser dominado pelos mesmos “barões” e grupos de interesses que sempre estiveram no poder, com PS ou sem PS.
Se o PS não fosse igual ao PSD, dominado pelos mesmos “grupos de interesses” de “compadrio e tráfico de influências”, teria (ou podia promover) as condições necessárias para fazer com que a Justiça passasse a funcionar; com que se combatesse de facto, a criminalidade, (agora não se combate a criminalidade, brinca-se “às escondidas”, com isso); para fazer com que a administração pública e a máquina fiscal passassem a funcionar, sendo iguais para todos os cidadãos; para fazer com que a educação passasse a funcionar, bem como a saúde, etc.
Mas nisso, neste tipo de coisas que são o que faz a diferença entre os países desenvolvidos e os que não o são (nem podem ser), o PS não tenciona mexer. Se tencionasse, poderia facilmente perspectivar as melhorias necessárias, que permitem baixar os impostos, reduzir o desemprego, relançar a economia, reduzir o défice.
Os dirigentes do PS são tão maus (ou piores) do que os do PSD e CDS-PP (até me pergunto se Sócrates alguma vez deixou de ser da JSD). São piores, porque acham que usando a demagogia de se intitularem “socialistas” passam a ter legitimidade democrática para cometer toda a espécie de crimes. É isso mesmo: crimes! O que os políticos e os partidos têm feito, relativamente aos problemas importantes do País são crimes, que nos mantêm nesta situação calamitosa; e não deixam de ser crimes, apenas porque são praticados pelos “socialistas”.
Por isso eu insisto que é necessário e imperioso valorar a abstenção. É importante que os políticos entendam que todos os cidadãos têm os mesmos direitos de verem as suas opiniões respeitadas; que percebam que só os votos expressos os legitimam (não os de quem não vota); que isso é usurpação. É necessário que percebam a influência perversa que isso tem no comportamento e na auto estima dos cidadãos, Como aliás, também tem no comportamento despudorado e ilegítimo deles.
Infelizmente, com a falta de carácter e de idoneidade dos políticos que temos, não há outra forma (pacífica) de termos alguma esperança de ver a nossa situação melhorar, como é imperioso, como é urgente; e como é possível!

2005/01/15

A Verdade Nua e Crua!

Neste momento (11H29), do dia 15 de Janeiro de 2005.
72% (Setenta e dois por cento) dos utilizadores do "Sapo" dizem, em sondagem "on-line" que nenhum dos candidatos às eleições legislativas dará um bom primeiro ministro!
Como é que alguém pode pensar que é possível sair desta crise absurda assim?
Ninguém me compreende, ninguém me (nos) dá ouvidos... É no que dá!

A "Brigada do Reumático"!

Ou: A necessidade de garantir o controlo do Estado por parte duma certa "casta", grupo de interesses; o que se lhe quiser chamar.

Em "O Jumento", que tem "Link" na margem, encontrei este "escrito":
Transcrição:

"TADINHO DO SENHOR SECRETÁRIO DE ESTADO
(no DR, III Série de 2005:01:13)

Seis meses depois de o governo tomar posse o primeiro-ministro reparou que o secretário de estado da Ciência e Inovação morava longe do emprego e, não sendo um dos que foram deslocalizados, vai receber um subsídio (com retroactivos à data da tomada de posse: 2004:07:17) que corresponde a 75% do valor da ajuda de custo correspondente ao índice 405.

Quem é Pedro Miguel Santos de Sampaio Nunes?

o actual secretário de estado "subiu na vida" quando partiu para Bruxelas onde integrou o gabinete do Comissário Cardoso e Cunha. Era nos bons tempos em que os colaboradores dos comissário facilmente transitavam para bons lugares de chefia quando concluía o mandato de comissário. Sampaio Nunes passou do gabinete do comissário para director de serviços, Director para a Internet, Segurança das redes e Assuntos Gerais na Direcção-Geral da Sociedade da Informação, na Comissão Europeia, tendo exercido vários cargos naquela categoria até que se reformou na Comissão.

E já que estamos a falar de secretários de estado apetece-me contar-vos algo divertido que ouvi a propósito de uma destas personagens, deixando-vos a tarefa de tentar adivinhar a qual me refiro. Contava esse secretário de estado aos amigos que como estava reformado os dinheiros que ganha como secretário de estado dão para pagar as horas de voo necessárias para não perder o brevet. Não sei se o secretário de estado em causa é o nosso Sampaio Nunes, mas se for é caso para dizer que vai receber uma ajuda para o brevet, já que o voo que vai dar no próximo dia 20 de Fevereiro não conta para esse efeito." Fim de Transcrição!

Aconselho uma visita ao Jumento, porque o meu "copy/paste", não copiou a foto do dito, nem a do Despacho no DR, referido no início da transcrição. E também porque podem aceder ao "link" do Perfil do dito.

Afinal não é só o Sr. Juiz. Mas que raio de competências especiais é que estas múmias têm, para terem o direito de continuar a destruir o país, mesmo depois de terem "passado de prazo"?
Alguém me pode responder?
É que até podia ser que estes fossem mantidos em funções e isso se traduzisse em benefício para o País. Mas onde é que está esse benefício? Para os próprios, certamente, porque para o País não é. O País continua a piorar de dia para dia, mercê de toda esta incompetência.
Até quando, meu Deus!
E, já agora, não querem os meus amigos trazer aqui, aos comentários, exemplos de casos semelhantes que envolvam "os barões do PS"? Ou outros? É só para podermos começar a "arrumar a casa".

2005/01/14

A verdadeira história do Juiz!

Ontem copiei para este “blog” um texto que publiquei com o título “Juízes vigaristas”.
Hoje, foi publicado no “Público” um artigo que me impõe fazer aqui duas correcção:

(1) O Sr. Juiz, afinal, não ganha o vencimento das suas actuais funções; ganha apenas um terço (ou não sabe bem quanto). Mas a questão não é essa: é que ele obteve direito à choruda reforma porque foi dado como incapacitado. Não foi incapacidade temporária, nem incapacidade parcial, nem nada daquelas tretas com que eles costumam martirizar os desgraçados dos cidadãos que têm o azar de ser vítimas dum qualquer contratempo da vida.
(2) Afinal não foi Santana Lopes quem nomeou o Juiz. Apenas lhe mudou o cargo (certamente por indicação do CDS-PP). O Sr. Juiz já estava em funções na Inspecção da Segurança Social, desde 2003, onde foi colocado por Bagão Félix (esse “falsa donzela” da honestidade e da competência).

Venho aqui fazer estas correcções, porque o facto foi apresentado como “mais um exemplo da governação de Santana” e a mim começa a chatear-me esta “ideia fixa” generalizada de fazer de Santana o “bode expiatório” de todos os nossos males, ilibando Durão e os outros todos. Mas o que mais me chateia é as pessoas não verem que, enquanto se acirram contra Santana, o CDS-PP faz passar a ideia de “competência” (competência da vigarice, diria eu) e aproveita para avançar, sorrateiramente, enquanto todos “se atiram a Santana”.
Mas aqui é assim: o seu a seu dono! Só por distracção, ou por desconhecimento é que me apanham a “participar” dessa “armadilha”.

Publicar Apelo à Humanidade!

Este "pedido" está publicado em "Fraternidade".
"Pedimos a todos os responsáveis dos Blogs que subscreveram o Apelo à Humanidade, o favor de o colocarem on-line, tal como combinámos, em simultâneo, no proximo Domingo dia 16 de Janeiro. "

Pela minha parte, e na sequência de contactos anteriores, peço a todos os que não têm "blog", que enviem o texto, por "e-mail", para todos os seus contactos, com pedido de reenvio.

2005/01/13

Juízes vigaristas!

Encontrei este texto no “blog” do Faísca, mas não consegui copiar… Mas, em “Congeminações” havia uma referência ao “blog” (http://rprecision.blogspot.com/). Fui espreitar e lá estava esta mesma história.
Num país onde cerca de dois milhões de cidadãos (20% da população) vivem abaixo do limiar de pobreza, onde se apregoa, aos quatro ventos, como forma de terrorismo psicológico sobre as pessoas, que o sistema de segurança social está em progressiva falência, não havendo garantia de que possa sobreviver por muito tempo, consentir vigarices destas não é grave; é crime!
Clickando neste título obtem-se "link" directo para "rprecision".
Transcrição:
"Em Setembro de 2002 foi publicada na II Série do Diário da República a aposentação do Exmº. Senhor Juiz Desembargador Dr. José Manuel Branquinho de Oliveira Lobo, a quem foi atribuído o número de pensionista 438.881.
De facto, no dia 1 de Abril de 2002 o Dr. Branquinho Lobo havia sido sujeito a uma “Junta Médica” que, por força de uma doença do foro psiquiátrico, considerou a sua incapacidade para estar ao serviço do Estado, o que foi determinante para a sua passagem à aposentação.
De acordo com o disposto na alínea a) do nº 2 do artigo 37º do decreto-lei nº 498/72 de 9 de Dezembro, em caso de aposentação motivada por incapacidade ou doença, constitui regalia dos magistrados judiciais auferirem a sua pensão de aposentação por inteiro, como se tivessem todo o tempo de serviço para tal necessário. Por esse motivo, o Dr. Branquinho Lobo passou a auferir uma pensão de aposentação no montante de € 5.320,00.
Contudo, por resolução proferida no dia 30 de Julho de 2004, o Conselho de Ministros do Governo do Dr. Pedro Santana Lopes nomeou o Dr. Branquinho Lobo como Director Nacional da Polícia de Segurança Pública.
Desde então, o Dr. Branquinho Lobo acumula a sua pensão de aposentação por incapacidade com o vencimento de Director Nacional da P.S.P.
Moral da história: Para ser Director Nacional da P.S.P. não é preciso ser doido.

Mas, pelos vistos, ajuda muito... "
Fim de transcrição.

Mais palavras para quê? O homem é/era louco? Então como é que pode ser nomeado Director Nacional da P.S.P.?
É louco? Loucos somos nós, que continuamos a conviver com isto como se nada fosse. Quem é que deve ir para a cadeia? O Juiz, ou quem o nomeou? Ou quem o declarou incapacitado? Ou todos eles?
Isto é roubo, puro e simples, sentido, desde já, pelos muitos cidadãos que vêem os seus direitos legais negados; roubo que compromete a resposta aos direitos, futuros, dos actuais contribuintes.