2005/10/31

O voto é uma arma! Usemo-la!

Eu não voto em Soares, nem em Cavaco, nem...
Quanto ao Poeta...
Um cargo da envergadura que tem a presidência, num país com os nossos problemas de disfuncionamentos não se pode exercer como se faz poesia. De poesia (da pior que há), em vez de actos eficazes, estamos nós fartos e desgastados.
O poeta perdeu a sua oportunidade, comigo, quando elogiou o desempenho de Sampaio, que eu acho abjecto, nas pequenas e nas grandes coisas. E, desde então até agora, ainda não conseguiu "limpar-se" da borrada, antes pelo contrário: já "meteu a pata na poça" mais algumas vezes… (Como por exemplo em relação ao referendo…).
É certo que também diz umas coisas acertadas… mas isso todos eles dizem… quem os ouve falar não os leva presos. O pior mesmo é fazer… O poeta, a meu ver, “dá umas no cravo e outras na ferradura”.
É para votar? Para escolher a pessoa indicada? O poeta não é essa pessoa e, por isso, não há um único motivo para eu votar nele (ou noutro qualquer).
Fico-me com a maioria: a abstenção.
Um candidato que concorra contra a situação, só pode ter esperanças de vencer se conseguir mobilizar os abstencionistas... Nesse dia, teremos encontrado a pessoa certa para pôr no lugar certo
Também há uma coisa que vos posso garantir: quando eu apoiar um candidato, podem votar nele, à confiança, porque terá todas as condições para "fazer a diferença" como é preciso fazer. Até lá, não contem comigo, porque, para deixar tudo na mesma, fico em casa.
Talvez até nem seja bem por ele, pelo poeta, mas porque fica dependente dos conselhos e pressões e "impedimentos" e desempenhos, à sua volta, sem "argumentos" e "garantias de firmeza", de intransigência, para ultrapassar os bloqueios. Por isso é importante que o Presidente "perceba" de muita coisa; ao menos que saiba distinguir os competentes dos incompetentes, distinguir o certo do errado e ser intransigente quando deve, coisa que não creio que se passe com o poeta, como não se passa com nenhum dos outros, porque todos têm muita experiência política e nenhuma experiência das dificuldades e problemas da vida, de fazerem algo de útil e saberem como se faz e quais as dificuldades e problemas dos cidadãos.
O poeta acha que é capaz de fazer melhor? Também, com a situação que se vive, isso é fácil! Difícil, a meu ver, é fazer pior… Mas fazer melhor não significa, necessariamente, fazer o que tem de ser feito, como tem de ser feito. A fasquia está tão baixa... Acredito que seja uma pessoa cheia de boas intenções, mas isso não chega.
Todos eles "procuram" valorizar a experiência política e o resultado, em matéria de alterações, está à vista. Talvez as coisas mudem quando passar a ser necessário "experiência" de vida e de fazer alguma coisa de útil, com eficiência.
Passem bem e votem em quem quiserem que eu vou me abster, mais uma vez... E todas as vezes que se justificar...

Ainda sobre o referendo...

Resposta a um comentário (de Sem Palavras), no post abaixo.

Não! O Presidente actual foi eleito com, apenas, 26,8% dos votos dos eleitores. Teve 2 401 015 (dois milhões e quatrocentos mil votos) num total de 8 950 000 (oito milhões novecentos e cinquenta mil inscritos)...
Quem foi eleito com 29,3% foi o governo...
Quanto à questão do aborto devo esclarecer que eu sou contra o aborto. Acho que toda a gente é... até mesmo as pessoas que a ele recorrem...
Esta é, aliás, uma situação onde se concretiza, com as devidas adaptações, obviamente, aquela máxima de Bocage: "é castigo do vício o próprio vício", que se aplica a muitas outras situações da vida e que quase levou o autor à fogueira da inquisição...
Conheço um homem, casado, de pouca instrução, que dizia, de forma um tanto alarve, que era bem feito todas as mulheres que fazem abortos, morressem no acto...
Até ao dia em que teve de acompanhar a própria mulher, à parteira, para fazer um aborto.
Aprendeu a lição e esperou todo o tempo, com o coração nas mãos, temendo ser castigado e poder "comer do seu próprio veneno".
Entre pessoas civilizadas e intelectualmente evoluídas, não devia ser necessário provas tão duras para se ter um mínimo de dignidade social e honradez. Só gente muita malvada é que pode pensar que alguém faz aborto por malvadez.
O próprio acto (de fazer um aborto) é extremamente penalizador de quem o pratica. Só quem não entenda nada da condição humana, quem ainda não se libertou de sentimentos primários e bárbaros é que não compreende isso...
Porquê penalizar quem já está penalizado? A penalização é um acto de ignomínia. Até porque a sociedade não resolve, bem, nem os problemas das crianças e das mães que existem (e devia, e podia) porque é que se acha no direito de intervir numa coisa destas? Intervenha no que deve e lhe compete; isto é: nos problemas e respeito pelos direitos das pessoas que existem.
Mas não! Toda essa gente gosta é de coisas com que se possa CONJECTURAR, para usarem como desculpa para não fazerem NADA!
Além disso, isto é um assunto particular, no qual a sociedade não quer emiscuir-se. As leis são para penalizar actos criminosos que afectem a sociedade, não para satisfazer os instintos bárbaros e primários de alguns.
Quanto a crimes graves (e impunidades do sistema) há por aí muita coisa que objectivamente nos destrói, que devia mobilizar a justiça, as leis, e até os cidadãos (porque não referendar as penas a aplicar - e os prazos de prescrição dsos crimes - em casos de droga, de alta criminalidade, de criminalidade institucionalizada, de crimes praticados na exercício de cargos públicos?).
Se se punissem, devidamente, esses crimes não restaria tempo para andar atrás de mulheres que a vida sujeitou à "desgraça" de terem de fazer um aborto. E como a nossa situação política económica e social melhoraria.
Nisto como em tudo, há que ter em conta a opinião da maioria.
E, repito, a esmagadora maioria da população acha que isso é um assunto particular, não é crime que afecte a sociedade.
Isto tudo está bem expresso no resultado do referendo, com apenas 15% dos eleitores a concordarem com a actual lei.
Sem a legitimação da vontade da maioria, o governo e a justiça não têm legitimidade para molestar cidadãos, como o fazem nos casos de aborto, porque prevalecem as garantias dos direitos fundamentais individuais (que só devem ser molestados em nome do superior interesse da sociedade).
Mas neste país, essas garantias só se aplicam para proteger e garantir impunidade aos grandes criminosos, como o Franklin Lobo e todos os que lhe garantem protecção... Quem tiver dúvidas que faça referendos sobre as matérias que indico e verão a diferença...
Por isto tudo acho que se trata dum problema simples e fácil de resolver, que já devia ter sido resolvido, até porque o governo prometeu resolvê-lo. Acho que se devia acabar com esta novela vergonhosa, duma vez por todas, e tratar dos assuntos que são importantes para todos.
Digo que o Presidente está envolvido na conspiração porque foi ele que, logo após a eleição do governo, devolveu a proposta de convocação do referendo à Assembleia, decidindo-se pela sua não realização, com dois argumentos cretinos, como a realidade veio a confirmar. Digo que o P.M. está envolvido, porque me parece simples resolver o problema, mas o P.M. opta por alimentar uma polémica estéril, em vez de tratar dos assuntos sérios e importantes para todos, em vez de cumprir o conteúdo das promessas eleitorais... prende-se à letra dessas promessas...
Finalmente, digo que o T.C. está de conluio com esta conspiração (em tudo semelhante à gripe das aves, porque envolve meios e energias injustificados), porque nenhuma das argumentações com que o referendo foi chumbado tem fundamento:
(1) Não foi convocado qualquer referendo na presente legislatura; foi feita uma proposta ao presidente (o que não é, nem de perto nem de longe, a mesma coisa) tendo este decidido que o momento não era oportuno, pelo que deveria bastar que o Presidente mudasse de opinião acerca da oportunidade, para legitimar o acto; É óbvio que o princípio não se aplica neste caso, nem tem cabimento neste caso, porque se destina a prevenir a obstrução, sendo usado aqui, de forma perversa, para concretizar obstrução... à democracia e ao progresso do país. Como tudo, neste país desgraçado, nas mãos de "forças de bloqueio", que assim se servem das regras para violarem praticarem os desmandos que as regras pretendem prevenir...
É um absurdo que se considere que a duração da legislatura é diferente, apenas porque houve eleições, entretanto. Será que o ano civil também vai terminar apenas em Fevereiro, ou no final do próximo ano, apenas porque houve eleições? Preciso saber caramba! Ninguém percebe um argumento destes. É um sofisma (são dois, aliás) usado, abusivamente, pelo T.C., para imporem a sua própria opinião à sociedade e ao país, para perpetuarem a ignomínia que nos emporcalha a todos...
Até por isso o Presidente apenas consultou ao T.C. acerca da pergunta em si, não acerca da convocação do referendo.
Mas o T.C., cujos membros acham que podem participar na bandalheira de usar as suas funções para cometerem todo o tipo de atropelos à democracia, em nome das suas próprias opiniões e compadrios, cujos interesses assim pretendem impôr, de forma prepotente e abusiva, à população, decidiu emitir uma decisão descabida, despropositada, absurda e perversa.
Nas inúmeras violações, óbvias, evidentes e públicas, feitas à constituição, continuadamente, vitimando os cidadãos, o T.C. não sente necessidade de se manifestar.
É mais um caso do estilo: "branco é galinha o pôs!".
Por isso acho que é um caso que não tem que dividir os cidadãos, porque não se justifica o esforço. Ele (o esforço) é necessário para problemas mais importantes... Basta evoluir um pouco e aprender a respeitar a democracia para o assunto ser fácil e ficar resolvido.
Problemas resolvidos é que são bons e, via de regra, deixam de dividir a população, artificialmente...
Divide os cidadãos? Pois acabe-se com o problema e trate-se de coisas que "unam os cidadãos".

2005/10/30

A novela do Referendo!

Publicado também em Editorial
O referendo à lei do Aborto está transformado numa novela, com características de conspiração, envolvendo o Presidente da República… e agora também o TC, com a palhaçada que protagonizaram, na respectiva decisão.
"Isto" a que estamos a assistir, só revela o poder descricionário de algumas máfias e a enorme quantidade de "recursos" a que deitam mão para atingirem os seus objectivos. Gente que não percebe que o seu tempo se está a esgotar... Pudera! Controlam as decisões do P.R., do T.C. e até as do P.M., tornando "impraticáveis" quaisquer "promessas"...
Estão todos de conluio, envolvidos na conspiração que persiste em nos impor a infâmia da situação actual, até o Primeiro Ministro, cujo decisão foi ditada pelos interesses e objectivos da conspiração.
Na verdade, não é o rigor de cumprimento das promessas eleitorais que move o Primeiro Ministro… porque as promessas eleitorais essenciais, aquelas que lhe deram a vitória (com 29,3% dos votos dos eleitores, já há muita gente que não se deixa enganar, nem com falsas promessas), como seja o compromisso de não aumentar os impostos, o P.M. não cumpriu.
Mesmo em relação a esta “promessa”, aquilo que se esperava (que era legítimo esperar) era que se acabasse com a infâmia, como “alegou" o P.M. em campanha. Agora, na hora de decidir, “outros valores mais baixos se levantaram”. A decisão não concretiza a promessa eleitoral e seus pressupostos. Ouçam a promessa e verão que sou eu que tenho razão.
Por tudo isto, justifica-se que transcreva um comentário que deixei à consideração do Jumento, acerca deste assunto:

Não somos um País de hipócritas (embora, nestas coisas, cada um só possa falar por si...). Somos um País intelectualmente dependente, de gente que não sabe usar a cabeça, manipulável... como no resto do Mundo (se não, nem a "indústria da manipulação" existiria, porque não teria futuro...). Somos um país onde os líderes (os políticos) não lideram coisa alguma, onde não existem critérios de dignidade, nem vergonha, onde se silenciam (se perseguem e se destroem) todos os que têm ideias próprias e um pouco mais de dignidade. Tudo isto a propósito do Aborto, é claro.
Para aplicar a actual lei é necessário molestar (e muito) direitos fundamentais de alguns cidadãos, que são discriminados: todos são mulheres, sem posses para se deslocarem ao estrangeiro...
Para que o Estado e a Justiça tenham legitimidade para molestar cidadãos, é necessário uma legitimação da sociedade bem expressiva. A actual lei tem a concordância expressa de cerca de 15% do eleitorado... E tem, actualmente, a discordãncia, manifesta de mais de 70% da população...
O que está mal é que o Estado seja um mero executor do arrivismo, absurdo e primário, de alguns grupos sociais, como o demonstra o resultado do referendo, em vez de se conformar com as regras, estritas, da democracia...
Por isso, todos os procedimentos judiciais deveriam ser suspensos, por ausência de legitimidade, até novo referendo... O que daria uma machadada definitiva na manipulação demagógica da igreja e doutros grupos mafiosos, que apenas conseguem gerar confusão e, com isso, inibir as pessoas de se lhes oporem, mas não conseguem "mobilizar" para os seus mórbidos propósitos...
Acabavam-se as novelas como a que assistimos, com características de conspiração, envolvendo o próprio Presidente; e agora com aquela palhaçada protagonizada pelo TC... que até se pronunciou sobre questão que não lhe foi colocada, segundo percebi do que disse o Presidente. É de supor que estejam todos de conluio, contra os princípios básicos da democracia.
Esta lei não está legitimada e a sua aplicação, efectiva, em cada caso concreto, é uma prepotência, arrivista e pérfida, de quem detém o poder e controla a justiça...

que molesta apenas alguns cidadãos (todos mulheres) dos muitos que cometem “o crime”.

2005/10/29

Porquê discutir Iniciativas?

Respondendo a Congeminações
Amigo Raul!
A questão fundamental que nos divide é mesmo o que é possível, ou não...
Para si, apenas é possível aquilo que a lei actual consagra... no que se refere aos nossos direitos e formas de participação. Eu discordo, inteiramente, por vários motivos:
(1) Se é verdade que, quanto à participação dos cidadãos, existe um sistema intrincado de regras e impedimentos, o mesmo não sucede com os arbítrios do governo, de toda a classe política e doutros órgãos de soberania, que alteram as leis e regras, quando querem e lhes apetece; e que até violam, de forma nua e crua, quantas vezes criminosa, as regras existentes, garantindo-se impunidade mercê dos labirintos de impedimentos com que nos amarram e amordaçam... Isto só para lhe explicar que "o jogo" está viciado à partida. Portanto impõe-se perguntar até que ponto estamos dispostos a ceder e a abdicar dos nossos direitos essenciais, que assim nos são negados. Veja, apenas a título de exemplo, o que se passa com a contenção orçamental, em nome de cuja se faz tudo o que é infame, no que se refere ao agravamento das condições de vida dos cidadãos comuns, mas mantendo as actuais mordomias e vencimentos escandalosos, acumulações de vencimentos e de reformas de valores exorbitantes. Portanto, no que se refere aos cidadãos é o "vale tudo"; mas os abusos dos gangsters, que nunca deviam ter existido e que deveriam ser os primeiros "gastos" a ser eliminados, esses mantêm-se, apesar do escândalo de muita gente, incluindo pessoas de áreas políticas mais conotadas com o "liberalismo", cujas opiniões e propostas são ignoradas e silenciadas...
Ou seja: toda a gente minimamente esclarecida reconhece (como decorre das mais modernas técnicas de gestão) que estas desigualdades são uma das principais causas dos nossos problemas económicos e um impedimento, intransponível, a que sejam resolvidos. Daqui se conclui que esta situação, anacrónica, é devida a tráfico de influências de gente que obteve, ou manteve, os cargos desde o antigo regime e/ou dos respectivos "servidores", que se apropriaram, particularmente, dos recursos do país. A nossa situação actual é pior do que antes do 25 de Abril, por causa deste arbítrio. Veja o que se passa com todas as lutas dos trabalhadores e verá como os direitos dos cidadãos não estão garantidos. Como quer me "comover" com as regras que nos manietam e amordaçam?
(2) Toda a sua argumentação tem subjacente uma certa subserviência aos ditames do poder, quando o poder está a ser exercido por gente desta, contra a vontade dos cidadãos, não tem legitimidade (obtida pelos votos), para DESTRUIR o país. Nunca teriam, em qualquer caso, mas isto demonstra que a maioria das pessoas não se engana...
(3) A meu ver (e de muitas outras pessoas) não há, nesta classe política, governativa e de responsáveis (detentores dos diferentes cargos e funções) NINGUÉM que se aproveite, no sentido de poder despoletar as mudanças necessárias... com quem se possa contar, na luta que se impõe para mudar isto. Por isso não voto, nem me parece, pelo menos por agora, que se justifique dirigir-lhes "petições". Também por isso não voto em gente assim, tal como tantos outros cidadãos, porque isso não tem qualquer utilidade para a resolução dos problemas e ninguém nos pode obrigar a fazê-lo, nem nos pode banir, por isso.
(4) Porém (e isso é o mais importante) esta situação só se mantém mercê da manipulação exercida sobre as pessoas que, se não as conserva agarradas a esperanças vãs, ao menos lhes cria inibições que as impedem de agir. Pior! A confusão é tanta que, mais difícil do que agir, é saber fazer o que é necessário. No meio da demagogia dos políticos afloram todas as nossas angústias e motivos, incluindo o descrédito em que caíram, e ainda:
- A necessidade de mudar (apostar na inovação);
- A convicção de que “o progresso se faz com rupturas” (que é como quem diz: com alterações profundas);
- A necessidade de mobilizar todos para que o progresso seja possível; para que seja possível resolver os problemas;
- Acresce ainda a formação e também a instrução, etc. etc.
Porém, não se faz a menor gestão de recursos humanos, existindo uma enorme quantidade de gente muito capaz e instruída que não tem lugar na nossa vida activa e que são perseguidos, sem dó nem piedade…
Mas o cinismo da nossa classe política é tal que, quando abordamos os acontecimentos do dia a dia, o que vemos é que, ou nada se faz, ou se faz tudo ao contrário do que tem de ser feito.
Que mais é necessário para concluir que estamos a ser enganados, uma vez e outra e outra e sempre?
Deixe-me que lhe pergunte, abertamente: Você acredita que algum dos candidatos aà Presidência reúne condições para exercer o cargo de modo a resolver os nossos problemas? É muita ingenuidade sua pensar que sim! Mas é possível fazê-lo; é necessário fazê-lo! Mesmo assim, você pode achar que deve optar por votar; eu não! Tenho o direito de exigir honestidade e idoneidade a quem se candidata a tais cargos.
Isto tudo para concluir duas coisas:
- Não é possível resolver os nossos problemas mantendo a actual situação. Há que romper com este estado de coisas, custe o que custar e doa a quem doer; sejam quais forem as alterações que venham a ser necessárias. Mas isso só se pode e só se deve fazer mobilizando os cidadãos, unindo esforços pelos objectivos essenciais, indicando os caminhos para lá chegar e, sobretudo, dizendo a verdade acerca da situação actual e da fraca representatividade eleitoral dos políticos. É claro que estou a pensar na valoração da abstenção…
- Se o meu amigo se lembra do que se passou antes e depois do 25 de Abril já deveria ter percebido que todas as transformações são possíveis e que algumas acontecem, até, quase de repente.
Na situação que vivemos, as transformações não só são possíveis, como são necessárias e urgentes; são mesmo inevitáveis, por mais que isso possa causar transtornos a algumas pessoas. Por isso se impõe estarmos preparados, intervirmos da forma que achamos mais adequada e eficiente, lutarmos por objectivos dignos… mas contando com todos os outros cidadãos e com as condições para a sua participação nessa luta….
Impõe-se que actuemos de forma consequente e que nos deixemos de lamúrias, de conformismos e de “folclores”, ou acções simbólicos cujo resultado e inutilidade já conhecemos.
Não contesto o seu direito de fazer o que entende; mas compreenda que, se tenho opinião diferente, posso e devo dizê-la, porque só confrontando opiniões e aprendendo com as falhas é que podemos melhorar o suficiente para sermos eficazes…
Não comentei para alimentar polémicas estéreis, mas para tentar que se perceba o que tem de ser feito, como e porquê…
Ninguém me convence que esta situação se prolonga por mérito da estratégias de quem nos domina há séculos. Se eles demonstram ser tão estúpidos em tantas coisas (em quase tudo), essa hipótese nem é possível… Portanto a falha é nossa e há que assumi-la, que compreendê-la, para que as coisas possam avançar.
Se “eles” são capazes de manipular as pessoas, porque é que nós não podemos conseguir esclarecê-las a ponto de haver associação e conjugação de esforços, se ainda por cima a situação o exige e é útil?
Ou o meu amigo não acredita na sua capacidade de melhorar? Melindra-se? Pois não devia…

2005/10/28

Nas garras de NAZIS!

Publicado também em Editorial
O documento, de António Ferreira de Jesus, recebido na ACED em Setembro de 2005, e referido com o título de "Providência Cautelar" merece ser lido e “meditado”.
Casos como este vêm mesmo a propósito das greves no sector da justiça e desmascaram bem o falaciosismo dos “argumentos” dos juízes e magistrados judiciais, quando fingem que estão preocupados com o descrédito da Justiça.
O descrédito da Justiça é merecido por casos semelhantes a este (em matéria de injustiça, de tendenciosismo, de nepotismo, de arbítrio, de arrivismo das decisões judiciais e sua manutenção).
Este tipo de casos só é explicável pelo mau carácter dos intervenientes e pela impunidade corporativista e criminosa que lhes é assegurada, pelo poder, e principalmente pelos seus pares.
Este tipo de casos, que são o que compromete o prestígio dos juízes e magistrados (e outros órgãos de soberania), não são explicáveis pela falta de meios, nem pela falta de condições, nem por nada dessas tretas com que os senhores juízes e magistrados nos querem “amandar areia para os olhos” evidenciando bem, mais uma vez, a sua falta de carácter e de idoneidade.
A única explicação para este e outros casos semelhantes é o facto de o autor do texto ter caído nas garras de mafiosos NAZIS, que assim aplicam, no maior arbítrio e perversidade, os seus “princípios”, (ou ausência deles…) vingando, num indivíduo, (em cada um que caia nas suas garras) o desprezo, inteiramente merecido, a que são votados por toda a sociedade.

Deixem-me transcrever estes excertos, apenas para ilustrar:
…/…
Dentro da prisão defendo ideias e convicções, por isso sou perseguido. Defendo a minha dignidade, por isso sou perseguido.
Escrevo para a imprensa desde 1974, por isso sou perseguido.
Tornei-me sócio e correspondente de organizações de Defesa dos Directos Humanos e dos Reclusos, por isso sou perseguido. Professo ideias libertárias, por isso sou perseguido.
Chamo a atenção em relação ao incumprimento das suas próprias regras, a sistemática violação da Reforma Prisional (Dec. Lei 265/79), por isso sou perseguido.
Combato a corrupção, o abuso de poder, a violência gratuita, a incompetência, a sujeição dos presos a trabalhos com salários de escravatura, por isso sou barbaramente perseguido.
Finalmente (não tão finalmente como isso…) sou testemunha de acusação (aqui entramos na parte mais delicada para eles, e a mais perigosa para mim!) em vários processos que correm nos tribunais contra funcionários desta prisão (Vale de Judeus) que ali são arguidos na qualidade de presumíveis implicados em crimes de corrupção, abuso de poder e morte de reclusos. Por isso sou odiado, perseguido, reprimido e ameaçado de morte!

Será necessário melhor esclarecimento?
Infelizmente, é. E é também chegada a hora de eu não adiar por mais tempo uma informação à opinião pública e aos meus amigos e companheiros libertários, de que para além de todas as perseguições e ameaças de morte, dentro das prisões, sou também vítima de uma vingança pessoal do próprio director geral dos serviços prisionais.
É verdade! Estas pessoas geralmente não esquecem… Sobretudo quando, politicamente, são de extrema-direita e enfrentam um indivíduo com a minha lucidez, como é o meu caso.
Por crimes anteriores ao 25 de Abril de 1974, e que tiveram fortes motivações políticas contra o antigo regime, ainda na qualidade de preso preventivo, estive na prisão de Paços de Ferreira em 1975. O pai do actual director geral dos serviços prisionais era ali secretário. Era considerado, pelos presos, um salazarista fiel e convicto, especialmente pela forma carrancuda e super autoritária como os tratava.
…/…
Assim fica tudo bem mais claro.
Já o disse, várias vezes e justifica-se repeti-lo aqui:
Mercê do compadrio e tráfico de influências; e também de chantagens e protecções mafiosas, da alta criminalidade, que se infiltram em todos os partidos, que controlam as cúpulas partidárias, são colocados, em cargos de responsabilidade, toda a espécie de gente sem dignidade e sem escrúpulos, como a nossa desastrosa realidade demonstra.
Infiltrados entre essa gente, como é natural e normal, existem neo-nazis, gente da mais inveterada extrema direita, ligados ao antigo regime, de cujo herdaram os cargos e os compadrios, que não tem lugar no espectro partidário sujeito a veredicto eleitoral.
Usando a impunidade corporativa existente, (e a maquiavélica interpretação de independência dos poderes, que só serve para proteger estes crimes e estes criminosos) essa gente comete todo o tipo de crimes, como os que aqui se relatam, e como o que é materializado pela manutenção deste homem na prisão
Usando a impunidade corporativa existente e promovendo a inoperância das instituições e entidades públicas, em cujas boicotam todas as medidas válidas e ignoram todas as instruções dignas, aactuando como "forças de bloqueio", essa gente comete todo o tipo de actos terroristas contra a democracia, de que são exemplo os incêndios florestais e também o Processo Casa Pia… Com isso pretendem atingir um nível e destruição que lhes permita reconquistar o poder, nem que seja pelo desinteresse e saturação dos cidadãos. Não o podem fazer sem o apoio e cumplicidade dos governos, dos deputados e de todos os políticos no activo, eleitos pelos cidadãos. Mas essa “colaboração” está, como sempre esteve, garantida, até pela impunidade de que gozam estes crimes públicos.
É apenas mais um exemplo a justificar que nos alarmemos… E que temamos pelo futuro, que os políticos e governantes estão a “construir” (leia-se: destruir).
Só mais uma coisinha, para finalizar:
Ninguém pense (juiz, magistrado, advogado, governante, político, ou instituição) que pode ter conhecimento deste tipo de coisas, calar (consentir) e manter imaculado o seu prestígio e idoneidade.
Quando estas coisas são divulgadas, quem, de dentro das respectivas instituições, tem conhecimento e ignora, deve ter a noção de que está a contribuir para comprometer o seu prestígio e idoneidade, também.
Qualquer classe ou instituição que se queira prestigiar, individual ou colectivamente, não pode consentir na prática de tais actos pelos seus iguais, porque isso é garantir-lhes a impunidade de que abusam. É dentro da justiça e das instituições que estes problemas devem ser resolvidos, que estes crimes devem ser banidos e isso compete a todos e a cada um…
Não são os cidadãos que podem ou devem fazê-lo, até porque não têm meios nem “legitimidade”.
Essa chantagem estúpida, aliás muito frequente, é típica das estratégias nazis de que falo acima… mas é uma falácia, para esconder cumplicidade e envolvimento nos crimes.
Depois não se queixem, cinicamente, do descrédito dos cidadãos… porque bem o promovem…

2005/10/26

Uniformizar os Sistemas de Protecção na Doença…

e o quarto poder.

Hoje, relativamente às greves no sector da Justiça, O PM disse:

“O Governo está a introduzir mudanças para uniformizar o sistema de protecção na doença em defesa do próprio Estado social", disse José Sócrates. Na opinião do primeiro-ministro, "os portugueses julgarão quem tem razão".
Claro que não se pode confiar no que diz o PM, um mentiroso compulsivo... Mas assim também não... A demagogia falaciosa deste PM já começa a tornar-se irritante...

Para avaliarmos melhor o significado e o alcance das palavras do PM, aqui fica a transcrição do comentário deixado pela Helena:

É mais um escândalo....
Agora com os JORNALISTAS!!!
Porque é preciso ter os jornalistas na mão......
O subsistema de saúde destes "pardais" é INTOCÁVEL!!!
A caixa de previdência e abono de família dos jornalistas é dirigida por uma comissão administrativa cuja presidente é a mãe do ministro António Costa e do Director-Adjunto da Informação da Sic, Ricardo Costa (Maria Antónia Palla Assis Santos - como não tem o "Costa", passa despercebida... ).
O inefável Ministro José António Vieira da Silva declarou, em Maio último, que esta caixa manteria o mesmo estatuto!
Isso inclui regalias e compensações muito superiores às vigentes na função pública (ADSE), no SNS e nos outros subsistemas de saúde.
É só consultar a respectiva tabela de reembolsos...
Mas este escândalo não será divulgado pela comunicação social, porque é parte interessada (interessadíssima!!!)Pelo há que o divulgar, ao máximo, por esta via!!!

Conclusão: Uniformizar sim… Mas sem "exagerar"... Há que manter intocáveis as regalias de alguns, como forma de comprar as suas consciências… E adquirir "impunidade" quanto a denúncias... Ou quanto à divulgação das opiniões (públicas) existentes entre os cidadãos, mas que não convêm à manutenção do poder por parte destes malandros...

2005/10/24

A propósito de Pandemias!

Os três artigos abaixo referidos não são recentes… Mas vêm a propósito da paranóia à volta da “gripe das aves”. Por isso se impõe que deixemos de ser patos.

Kenyan Nobel peace laureate claims AIDS virus deliberately created
Kenyan ecologist Wangari Maathai, the first African woman to win the Nobel Peace Prize, reiterated her claim that the AIDS virus was a deliberately created biological agent.
In fact it (the HIV virus) is created by a scientist for biological warfare," she added.
"Why has there been so much secrecy about AIDS? When you ask where did the virus come from, it raises a lot of flags. That makes me suspicious," Maathai added.
Resumindo: A Keniana, nobel da paz, Wangari Maathai, diz que existem evidencias de que o vírus da SIDA foi desenvolvido em laboratório, para ser usado em “guerra biológica”

The Latest: Mercury in Vaccines
Mercury in Flu Vaccinations five times the CDC's safe level reccomendation
There is continued concern in the general population about mercury-containing flu vaccines, and there is new research in the scientific community indicating that mercury in these vaccines may not be as benign as many have assumed,” said Weldon.
We know that mercury is toxic. We even know that thimerosal at some level is toxic. Common sense says we should completely remove this neurotoxin from childhood vaccines during the first few years of their life,” Weldon added.
Resumindo: Vacinas contra a gripe com conteúdos em Mercúrio cinco vezes superiores aos níveis considerados aceitáveis.
Nota: O excesso de Mercúrio no organismo provoca, entre outros problemas, distúrbios emocionais graves, com características muito semelhantes à esquisofrenia. O problema existia, também com as amálgamas usadas para chumbar os dentes

Some of the polio vaccine given to millions of American children from 1962 until 2000 could have been contaminated with a monkey virus that shows up in some cancers, according to documents and testimony to be delivered to a House committee Wednesday.
Resumo: Vacinas da poliomielite (dadas a crianças, na América, entre 1962 e 2000) podem ter sido contaminadas com um vírus, proveniente de macacos, que favorece o desenvolvimento de alguns tipos de cancro, segundo testemunhos e documentos…
...
Pode ler aqui o texto integral

Como é que querem que se leve a sério a paranóia à volta da gripe das aves?
(Isto para não admitir a hipótese de ser, também uma “epidemia” fabricada).
O facto é que, no mesmo site se diz que a paranóia da “gripe das aves” e respectiva prevenção têm como objectivo tornar “aceitáveis” as privações de direitos liberdades e garantias que se planeiam, desde já há algum tempo, quer na América quer no resto do Mundo…
Como se vê, em matéria de pandemias, há de tudo, para todos os gostos: desde as que são, criminosamente, criadas em laboratório, até àquelas em que, se não se morre da doença morre-se da cura… ou da vacina. Pior! É mais provável morrer por acção da vacina do que por acção da doença.

O que a gente quer, mesmo, é poder confiar nas instituições o nos governos, vê-los respeitar a democracia, vê-los resolver, bem, os problemas actuais, vê-los serem eficientes, para acreditarmos que serão tomadas as melhores medidas, em qualquer caso de qualquer calamidade; de entre as quais, como sabem, eu nem sequer considero que a gripe das aves seja a mais provável, ou a mais ameaçadora, de imediato…
Tem de haver uma forma de isto mudar, definitivamente…
ESte assunto está actualizado AQUI, num artigo intitulado: Pandemia ou paranóia (Gripe das Aves)

2005/10/21

O governo a incentivar a corrupção…

…e a fuga ao fisco
Publicado também em Editorial
No post “Delapidação do erário público” um dos exemplos referidos era este:
“Doravante, o salário dos directores-gerais da Administração Pública não pode ultrapassar o vencimento base do primeiro-ministro, de 5 287,27 euros.
Mas o diploma exclui os dirigentes já nomeados, como é o caso do director-geral dos Impostos, Paulo Macedo, cuja retribuição mensal continuará a situar-se acima de 23 mil euros.”
...
Em entrevista à SIC, o Ministro das Finanças informou, com todo o descaramento e desplante, num insulto à nossa inteligência e numa afronta aos sentimentos de justiça e de dignidade dos cidadãos, que vai manter esta chulice, porque o DGI “justifica” plenamente o vencimento, pela eficiência com que desempenha as funções…
No “Jumento” têm sido publicados, com conhecimento de causa, vários comentários onde se desmascaram, se denunciam, as formas “desonestas”, como são obtidos os números desta “eficiência”, frequentemente publicados na Imprensa. Refiro-me aos números do combate à fraude e evasão fiscais, da recuperação das dívidas ao fisco, etc.
Também aqui se deu conta do mesmo tipo de procedimento, por parte do fisco, neste artigo e neste, e por parte da Segurança Social, que noticiou ter enviado mais de 200 mil cartas a contribuintes, a reclamar dívidas. Tive conhecimento directo de que algumas dessas cartas se deveram ao próprio desleixo da instituição, tal e qual como o caso que aqui foi descrito, sendo, portanto, relativas a contribuições que apenas estavam em falta devido a omissão (e procedimentos anacrónicos) dos próprios serviços. Aliás, todas as cartas de que tive conhecimento directo se referiam a situações destas (de pessoas que aguardavam informação da S.S., para procederem aos respectivos pagamento). Isto não é recuperação de dívidas; é, isso sim, manipulação mentirosa, de dados, para justificar o injustificável. Parece que no caso da DGCI, a coisa ainda é pior (mais escandalosamente falaciosa).
Porém, independentemente desta propaganda enganosa, promovida pelos beneficiários da chulice, não há eficiência pessoal que possa justificar vencimentos desta natureza. Só interesses obscuros de gente sem pudor podem explicar este tipo de escândalos.
Não é crível que o Ministro desconheça a manipulação e a propaganda enganosas com que se pretende justificar estes “injustificáveis”, até porque o próprio ministro a utiliza. Portanto, a utilização de argumento tão falacioso e perverso, por parte do ministro, para além de evidenciar a sua incompetência, revela também o seu conluio com as máfias que controlam o governo.
Os problemas da sociedade e do País só se podem resolver com idoneidade, rigor e competência de quem exerce os cargos, mas sobretudo com a mobilização, POSITIVA, com a colaboração da sociedade. Trata-se de regras básicas de democracia (para já não falar de socialismo, que implica um nível moral, e de dignidade, superiores).
A mais simples definição de democracia pode traduzir-se por: respeito pela vontade da maioria, como condição para obter a colaboração e o empenho de todos…
Não há, nestas actuações de puro gangterismo do governo, nada de democrático. Isto é primariamente reaccionário e, como tal, vai contribuir para agravar os problemas do País. São estes factos, assim impostos, de forma prepotente e reaccionário, à sociedade, que destroem a economia do País e comprometem o nosso futuro, que impedem a resolução dos nossos problemas. Criminosos não podem ser governantes e governantes não podem ser criminosos. Acho que nem mesmo se a situação económica do país fosse boa se podiam tolerar tais abusos. Devia-se, isso sim, reduzir os impostos. Andamos a pagar impostos astronómicos, para sustentar chulos…
Que tipo de colaboração se espera que haja, da parte dos cidadãos e da parte dos outros funcionários das Finanças, no combate á fraude e evasão fiscais, quando se sabe que o dinheiro se destina a ser assim malbaratado, apropriado por gente assim tão vil?
Os recursos do Estado e o dinheiro dos Impostos são para serem usados para benefício de toda a sociedade. Este desvio dos dinheiros públicos para apropriação particular é CRIME. É crime contra a segurança do estado, contra a democracia, de sabotagem.
E a democracia, como é que fica? Qual é a opinião (a vontade) da maioria dos cidadãos acerca disto? Os impostos não são dos cidadãos? O que se faz com os impostos, com o dinheiro dos cidadãos, não deve ter em conta a opinião dos cidadãos?
Mas o governo actua de forma premeditadamente criminosa e reaccionária, nestes casos. Para o compreender melhor basta comparar este argumento com os argumentos usados para roubar garantias e direitos adquiridos a alguns sectores da sociedade, nivelando pelo pior (para que não haja privilégios).
O problema é que esses direitos que designados como “privilégios” que o governo rouba, pioram as condições de vida dos cidadãos e são comportáveis… Estes actos de apropriação privada, de enriquecimento absurdo e injustificado de alguns, à custa dos impostos de todos nós são crime. Mas aqui o governo já não está preocupado com “privilégios” absurdos e indignos. A única coisa que fica provada é a incompetência (e a perversidade prepotente) destes espécimes e do próprio governo, que até desconhecem (ou ignoram, premeditadamente, o que ainda é pior) as condições básicas, essências, de resolução dos nossos problemas e de desenvolvimento, a que estas situações são obstáculo.
Num país como o nosso, situações destas só são comparáveis a uma casa de família onde houvesse uma ou duas pessoas muito ricas, à custa do esforço e património de todos, enquanto que uma parte da família morria de fome e de todo o tipo de carências. Como é que vocês classificariam uma situação destas? Até a justiça podia e devia intervir… O que eu quero dizer é que, dêem-lhe as voltas que derem, avaliem da forma que avaliarem, ISTO É CRIME! Somos governados por criminosos!
E não me venham com cantigas e falaciosices de argumentações, estúpidas, de “competência e de eficiência”, porque o que fica, cabalmente, provado é a incompetência e a perversidade destruidora e criminosa desta gente e do próprio governo. Gente competente tem outra dignidade, não são usurpadores dos recursos que são de todos nós, não são criminosos. Até porque isso é um obstáculo intransponível à eficiência da resolução dos problemas da sociedade e ao seu progresso.
Há pessoas verdadeiramente competentes (e dignas), neste país, capazes de ocupar estes cargos, de contribuírem para resolver os nossos problemas, mas não são estes mafiosos, com certeza, nem precisam de armar em gangsters, exigindo este tipo de vencimentos absurdos. Eu faria muito melhor, por muito menos dinheiro.
Reparem que, com o dinheiro indevidamente apropriado por este indivíduo, (que ele recebe a mais) seria possível remunerar mais 18 trabalhadores (estou a pensar em vencimentos da ordem dos mil euros mensais, 200 contos), para responder a necessidades e carências existentes. Vocês acham mesmo que o homem vale por vinte? Será ele capaz de suprir todas essas carências? É só para OBJECTIVAR, um pouco a questão.
Gente competente não actua assim…
Tudo o que disse se pode repetir, por analogia, para o caso (ainda mais grave) de Vítor Constâncio…
Muito eu gostaria de saber a opinião dos nossos candidatos a Presidentes acerca destes assuntos e de como pensam actuar em relação e esta criminalidade institucionalizada, que impede o regular e adequado funcionamento das instituições

2005/10/18

A fome é uma arma!

Publicado também em Editorial.
Post publicado por Marujo, em "Um homem das cidades"
Chama-se Jean Ziegler e é funcionário das Nações Unidas.
Não tem nacionalidade americana, ao que julgo. Pelo nome, pode ser suíço… ou por lá perto.
O importante é que acaba de denunciar os EUA como autores de crimes de guerra contra populações civis.
Onde? No Iraque…
As palavras de mister Ziegler: “a drama is taking place in total silence in Iraq, where the coalition`s occupying forces are using hunger and deprivation of water as a weapon of war against civilian population”.
Palavras ditas em público, numa conferência de imprensa.
A tradução: “no Iraque, vive-se um drama em completo silêncio, as forças de ocupação usam a fome e a falta de água como arma de guerra contra as populações civis”.
Esta é uma acusação grave, com sanções previstas pela Convenção de Genebra.
Mas quem irá aplicar justiça contra o Império? Ok, a pergunta é estúpida…Os responsáveis militares norte-americanos no Iraque negaram todas as acusações.O relatório de Jean Ziegler será apresentado na Assembleia Geral da ONU no próximo dia 27 de Outubro. Aposto que não será notícia em lado algum…

Esta é apenas um das facetas dos crimes americanos no Iraque… Mas, mesmo assim, vale a pena dar o devido relevo.
Pela parte que me toca, acho que os atentados terroristas e os actos de guerra (de potência ocupante) e a própria invasão são crimes muito mais infames. Tolerados esses crimes, estes outros passam a ser naturais… guerra é mesmo assim…
Mas, mesmo assim, vale a pena dar o devido relevo…

Terrorismo como arma, de manipulação, política…

…Uma tradição antiga
…de consequências cada vez mais graves e devastadoras.
Este texto que se segue é extraído dum post de “o fim da democracia”, onde se fazem referências à implicação de Mário Soares no tráfico de armas…
A parte transcrita, abaixo, ilustra o tipo de métodos usados nos USA (pela CIA), como forma de manipulação da opinião pública, com a finalidade de condicionar as opções e resultados eleitorais. Todos os crimes se justificam…
Dá a sensação de que o autor da denúncia e do blog, adopta a denúncia pela denúncia (não deu nem parece querer dar "o passo em frente") e como "mercadoria"; até pelo nome do seu outro blog: "Para mim tanto faz". Não é essa a minha postura perante factos de tamanha gravidade e respectivas consequências; e também não é por isso, ou para isso, que publico o excerto. Todos sabem, mas convém sempre "assumir"...
Como vêem por esta descrição destes factos, aquilo que se denuncia, por aí, abundantemente, acerca das conspirações e motivações tenebrosas por detrás dos actos terroristas e dos "reais objectivos" da “luta contra o terrorismo”, não trata de algo de novo ou surpreendente. A situação actual é apenas a continuação, lógica e actualizada, duma “estratégia criminosa” antiga, de que aqui se relata um exemplo…

“Na sua obra, Barbara Honegger aborda uma polémica questão relacionada com aquilo que ficou conhecido como "A crise dos reféns do Irão". A 4 de Novembro de 1979, exactamente um ano antes das eleições presidenciais nos EUA, a embaixada dos EUA em Teerão foi tomada de assalto por jovens estudantes que fizeram 52 reféns norte-americanos
O presidente dos EUA, Jimmy Carter, tinha uma missão a cumprir até ao dia das eleições onde iria lutar pela sua reeleição: libertar os reféns no Irão. Contudo, uma operação militar, em Abril de 1980, fracassou de uma forma humilhante para os EUA. Foi a operação "Desert One"... A imagem de Jimmy Carter estava cada vez mais fragilizada à medida que se aproximava o dia das eleições.Carter conseguiu que fosse decretado um embargo internacional de venda de armas ao Irão e, em Setembro de 1980, teve início a guerra Irão-Iraque.
Os dias de cativeiro dos reféns prolongavam-se e o moral do povo norte-americano andava em baixo. Toda a nação se sentia cativa do Irão... No dia das eleições presidenciais, 365 dias após o início do cativeiro, Jimmy Carter não resistiu e perdeu as eleições para os republicanos.
Os reféns foram libertados poucos minutos após o juramento presidencial de Ronald Reagan, a 20 de Janeiro de 1981...
Desde essa altura que se lançou uma dúvida entre a classe política de Washington: será que a campanha de Reagan e Bush negociou secretamente com o Irão a NÃO libertação dos reféns de modo a enfraquecer as hipóteses de vitória de Jimmy Carter?
Uma resposta afirmativa a esta pergunta colocaria em causa o sistema democrático norte-americano...”

2005/10/17

Continuamos “reféns da perfídia”!

O julgamento do "Caso Joana" terminou!
Recordando, (para os que me lêem de paragens mais longínquas) o “Caso da Joana” refere-se ao desaparecimento duma menina de 9 anos, numa aldeia do Interior do Algarve, aldeia da Figueira.
Contra todas as evidências e sem provas, os investigadores da PJ decidiram acusar a mãe e o tio da criança de a terem assassinado, montando uma monstruosa maquinação, muito semelhante ao Processo Casa Pia.
Até por isso, por ser muito semelhante ao Processo Casa Pia, (e ao processo do Dr. L.J.N.S. já aqui relatado) este processo é tão monstruoso. Isto começa a tornar-se assustadoramente “habitual”.
O Julgamento deste caso decorreu e terminou durante a semana passada. Para testar a sua capacidade de manipulação da opinião pública, o Ministério Público “pediu” um Tribunal de Júri.
Nesta bandalheira de País, as sentenças dum “Tribunal de Júri” são decididas por maioria… Como se a “decisão de culpa”, principalmente em casos como este, pudesse admitir DÚVIDAS, alguma dúvida, qualquer dúvida.
Como disse acima, os investigadores e o ministério público sustentaram esta acusação, contra todas as evidências. Um facto destes é duma gravidade inaudita, pelo seu carácter destruidor da dignidade e idoneidade da justiça e da confiança dos cidadãos… pelo seu carácter destruidor, para todos nós, como sociedade e como país.
Não é admissível que pessoas que sejam familiares de crianças desaparecidas possam estar sujeitas a serem acusadas de assassinar as crianças, sem provas concludentes que fundamentem tal acusação. A maioria das pessoas não dá importância ao assunto e eu volto a sugerir: imaginem que se passa convosco. Imaginem que é uma criança da vossa família que desaparece e que a Polícia, em vez de localizar a criança, vos acusa de a terem assassinado, sem provas.
Foi o que aconteceu no Caso da Joana.
Durante o Julgamento, desfilaram as testemunhas, a repetirem trivialidades e maledicências, incentivadas e convencidas pela própria polícia e pelos “media” da culpa dos acusados. Provaram que a criança era negligenciada, como acontece com muitos outros milhares de crianças pobres, neste país. (Eu sei, por experiência própria, o que isso é e quem são os culpados)
O cúmulo da pouca vergonha foi a utilização, ilegítima, dum filme feito pela PJ, como forma, baixa e soez, de influenciar a decisão do Tribunal.
O filme, de reconstituição, foi obtido pela Polícia, certamente sob coacção e com utilização doutros estratagemas, numa altura em que se dizia que um dos acusados, o tio da criança, estava a colaborar com a Polícia. Nele, segundo os “media” o tio relata “os supostos acontecimentos”, na primeira pessoa (seguindo as instruções que recebeu?), donde os imbecis dos nossos jornalistas concluem haver uma confissão…
Onde é que esta gente aprendeu lógica? Quanta cretinice é necessária para dizer semelhante coisa?
Se a reconstituição fosse espontânea e as “falas” do “protagonista” verdadeiras, sem dúvida que teriam levado à localização do corpo, a comprová-lo...
De facto, a localização, ou não, do corpo é a prova concludente que, por não corroborar as teses, vis, da acusação (falsa), provam a inocência destes dois desgraçados, em cujos a polícia descarregou toda a sua perfídia, inclusive com espancamentos.
Descarregou a sua perfídia… Sim porque só gente muito pérfida pode engendrar, com base em conjecturas, em delírios, explicações e motivações e contextos tão baixos e soezes como os que integram a tese dos “investigadores”. Se, sem provas concludentes e inequívocas, foi possível “construir” tão vis “motivos”, só pode ser porque eles parecem plausíveis ao vil carácter de quem os engendrou.
Resta-nos agora esperar que 7 imbecis, mentecaptos (3 juízes e 4 jurados), confirmem a acusação para desesperarmos um pouco mais quanto à ausência de futuro, para este país.
Tenho dito, com escândalo de alguns, que sei como se resolvem os problemas mais prementes do país, como se pode relançar a economia e tirar-nos desta situação desesperante. É verdade! Só que, para que isso seja possível, é necessário erradicar, de vez, a possibilidade de actos de tamanha infâmia, cometidos pela “Justiça”.
As medidas para resolver a crise, são medidas simples… como terá que ser simples acabar com estas monstruosidades…

Quem nos protege, a nós cidadãos, dos crimes da justiça?
Disto tudo fica-nos uma hipótese optimista: a criança pode estar viva…Mas submetida a que tipo de abusos e horrores?
E os verdadeiros criminosos? Porque é que têm direito a tão acérrima protecção da polícia? São da mesma casta do traficante Franklim Lobo, que a PJ foi buscar a Espanha, para o pôr em Liberdade e o defender de ser preso pela Polícia Espanhola? Que o Tribunal devolveu à liberdade, com uma desculpa esfarrapada, apesar de ele ter pendente uma condenação a 20 anos de cadeia, para cumprir?
Ou serão da mesma casta que os assassinos dum elemento da PJ, libertados por “omissão”, premeditada, da justiça?
Será que só eu é que vejo a gravidade de tais factos e o quanto eles destroem a nossa sociedade? E entre os jornalistas? Ninguém vê um boi, ou é tudo cobardia e ausência de dignidade?
Os inocentes vão para a cadeia, os grandes criminosos são protegidos e postos em liberdade, mesmo quando cheguem a ser presos…
Os políticos são os únicos culpados de se ter chegado a este descalabro!

2005/10/14

Pandemia de gripe das Aves!

A hipotética pandemia de "gripe das aves" é a nova forma de terrorismo psicológico, sobre todas as populações do Mundo! Aterrorizar com a hipotética "gripe das Aves" é a nova forma de apavorar as pessoas, espalhar o medo, porque, como dizia o Augusto, uma vez instalado o medo "o Mundo é deles"!
Quando será que esta gente tem vergonha? A gripe das aves matou (dizem, será verdade?) cerca de sessenta pessoas no sudeste asiático.
Como se vê, é uma "ameaça" muito perigosa... com cerca de 60 vítimas em todo o Mundo... Quantas doenças e problemas, incluindo a pobreza e a sub-nutrição, matam muito mais, em todo o Mundo e também neste país?
Para além do terrorismo psicológico, estas notícias destinam-se a desviar recursos para favorecer empresas detentoras dos respectivos medicamentos.
É típico desta gente que nos governa: resolver "bem" os problemas hipotéticos (que não exietem nem se sabe se alguma vez existirão); e deixar sem resolução e sem recursos os problemas graves que existem realmente...
Morrer? Quanto a estes animais, pode-se morrer, à vontade e aos milhares, de todo o tipo de carências ou de doenças existentes, sem assistência adequada, etc. Só não se pode morrer duma hipotética, gripe das aves, para cuja se desviam recursos que tanta falta fazem para outras carências graves e, objectivamente, destruidoras...

Este assunto está actualizado AQUI

2005/10/12

Delapidação do Erário Público…

…Uma lista que nunca mais acaba!
Paulo de Macedo
Doravante, o salário dos directores-gerais da Administração Pública não pode ultrapassar o vencimento base do primeiro-ministro, de 5287,27 euros.
Mas o diploma exclui os dirigentes já nomeados, como é o caso do director-geral dos Impostos, Paulo Macedo, cuja retribuição mensal continuará a situar-se acima de 23 mil euros.
(in: “Sem palavras”, via?)
Luís Braamcamp Sobral, da Refer e Rave
Luís Braamcamp Sobral era, até ontem, presidente da Refer, empresa pública criada para gerir a infra-estrutura da rede ferroviária nacional, e era ainda presidente da Rave, responsável pela futura rede de alta velocidade.
Braamcamp Sobral deixa uma herança pesada. No ano passado, apesar de a Refer ter apresentado prejuízos da ordem dos 150 milhões de euros (tendo a Rave também resultados negativos), pagou prémios de “produtividade” a 540 dos mais de 5 mil trabalhadores, no valor de 600 mil euros. Qualquer cidadão se escandalizaria com o pagamento de prémios de “produtividade” nas actuais circunstâncias. Mas ainda mais escandalizado ficaria se soubesse que Braamcamp Sobral teve o cuidado prévio de revogar o sistema de avaliação de desempenho que vigorava na Refer até então — em consequência do que só o ex-presidente conhece os critérios que presidiram à atribuição dos prémios. Para os colaboradores próximos, o prémio de “produtividade” foi superior a 5 mil euros.
(In: Jumento, via “Câmara Corporativa”)
Em Comentários:
Não é por acaso que Braamcamp Sobral pediu ao Ministério Público inquérito à gestão da REFER, desde 1997.
Vai-se descobrir que os CA's socialistas fizeram igual e pior.
Lembram-se que Carlos Nunes foi admitido na REFER quando era administrador da mesma? Terá saído da sala, quando a decisão foi tomada? Lembram-se da gestão ruinosa da RAVE, em que durante meses só se tratou dos vencimentos dos administradores, carros e mordomias? A RAVE sempre serviu só para isso.

António Vitorino e José Lamego...
“O começo desta história remonta a 1973 quando o governo desafecta ao dominio público marítimo uma parcela de sapais para o ceder à multinacional Eurominas por uma valor simbólico de 6900 contos, para aí instalar uma unidade metalúrgica de ligas de manganês. Este acordo ficou fixado em DL que dizia expressamente que "revertia ao dominio público os terrenos e as beneficiações, sem direito indemnização, nem à restituição do preço pago, desde que aos terrenos fosse dado um destino diferente".
A fábrica e as instalações portuárias adjacentes, laborou durante uma década e beneficiou de outros apoios do estado, nomeadamente em baixas tarifas eléctricas, num acordo que durou dez anos e que não foi renovado pela EDP ao fim desse tempo. Na falha dos pagamentos de electricidade a EDP cortou o fornecimento e a Eurominas suspendeu a actividade em 1986.
O Governo de Cavaco Silva, dez anos depois, considerando que as condições de cedência não estavam a ser cumpridas, fez cumprir o DL e ordenou o retorno ao Estado dos terrenos, situação que foi recusada pela empresa e desencadeou vários acções judiciais para suspender a execução, que perdeu sempre. A execução nunca chegou a ser feita, porque entretanto o governo de Cavaco perdeu as eleições e o novo governo de Guterres, aceitou negociar uma solução para o conflito.
Nessas negociações, por parte do governo estiveram José Lamego, António Vitorino, e outros governantes como Vitalino Canas, Narciso Miranda entre outros, não tendo havido acordo nem tão pouco dada execução à decisão de Cavaco Silva.
Surpreendentemente, ou não, menos de um ano depois de sairem do governo, José Lamego, Alberto Costa e António Vitorino, do escritório de advogados, Alberto Costa, José Lamego, Rui Afonso e Associados (António Vitorino, saiu meses antes para Comissário Europeu), são contratados para representar a Eurominas e chegam a um acordo com o governo que dá uma indemnização de 12 milhões de euros à Eurominas.
Via “À Esquerda”
Comentário: Segundo reportagem da SIC, a actuação dos políticos aqui referidos viola a lei, que proíbe a ex-governantes a intervenção em diferendos, com o próprio estado, durante um período de tempo após cessarem funções, período que ainda decorria, na altura do “acordo”.

Vitor Constâncio…
“O vencimento anual de Vítor Constâncio é de 272.628 euros (14 meses/ano) e o de Alan Greenspan, seu homólogo, presidente da Reserva Federal dos EUA, é de 120 mil dólares (cerca de 100 mil euros). Ou seja, uma diferença de 172.628 euros, mais do dobro! E a América é a grande superpotência do Mundo e Portugal o candidato ao País mais atrasado da Europa.
Em comparação, nos EUA, o salário do presidente da Reserva Federal é público e está disponível no ‘site’ da instituição, ao alcance de qualquer internauta. Basta um click. Em Portugal, os vencimentos dos dirigentes do Banco de Portugal não são públicos. Por essa razão, há mesmo abusos escandalosos e uma total falta de transparência
(In: Vermelho Faial)

Gastos na campanha autárquica
A Despesa total ultrapassa os 100 milhões de euros
Em tempos de crise, os partidos e candidatos não olharam a despesas para conquistar a simpatia dos eleitores. Só em brindes, foram gastos mais de 11 milhões de euros
(In: Caixa de Pregos)

Mira Amaral, Campos e Cunha e outros...
Mira Amaral reformou-se, com a módica quantia de 18 156 euros mensais…
O ex Ministros das Finanças (Campos e Cunha) e o da Agricultura, acumulam várias pensões de reforma com os salários de governantes...
Vasco Franco, vereador da Câmara de Lisboa, reformou-se com 53 anos, sendo-lhe atribuida uma categoria a que não tem direito e com "tempo de serviço" que não cumpriu, acumulando as várias reformas com benefícios como se estivesse no activo e com vencimento de administrador duma empresa municipal...
(In: Vários)

Provedor de Justiça: Nascimento Rodrigues acumula pensões e vencimento
Provedor de Justiça acumula cerca de 150 mil euros (30 mil contos) por ano. Ex-ministro aufere uma reforma do Banco de Portugal, outra da Caixa Geral de Aposentações e o salário como provedor
Em 2004, o salário foi a principal fonte de receita, valendo 109 814 euros (quase 22 mil contos). Os restantes 47 273 (perto de 9500 contos) resultaram das pensões que o provedor tem direito. No entanto, foi só a partir de Agosto de 2005 que a Caixa Geral de Aposentações começou a pagar uma pensão de 4529 euros a Nascimento Rodrigues.
Isto é, em 2004 as pensões que constam da declaração do provedor, depositada no Tribunal Constitucional, teriam necessariamente outra origem. O jornal tentou contactar Nascimento Rodrigues para comentar a origem das suas pensões de reforma, mas não foi possível devido ao facto de o mesmo estar no Brasil. Porém, o gabinete de imprensa informou que «antes mesmo da nova legislação que impede a acumulação de salários e reformas o provedor de Justiça ordenou que fosse processado apenas um terço do seu vencimento».
O salário anual de Nascimento Rodrigues, reduzido a um terço vale 36 406 euros.
À pensão anterior (ou pensões), no valor de 47 273 (incluída a reforma do Banco de Portugal), há que acrescentar agora mais 63 406 euros: o valor anual da pensão da Caixa Geral de Aposentações. O somatório destes valores corresponde 150 283 euros (30 mil contos) por ano. Ou seja, o provedor perde assim mais de mil contos nos seus rendimentos face a 2004.
O Independente dá como seguro que o provedor se reformou com 84 por cento do nível 18 de consultor técnico do Banco de Portugal e que lhe foram contados 30 anos de serviço.
Comentário: Para sustentar um "Provedor de Justiça", que é um mero cargo simbólico e inútil, na nossa sociedade, como o prova a situação que vivemos... sem justiça, sem dignidade, sem vergonmha dos políticos

Isto a juntar a todas as outras denúncias já aqui referidas…
Agora imaginem os meus amigos que, para além de acabar com toda esta chulice, com todos estes roubos, ainda se reduzia o número máximo de deputados para 150 e se valorava a abstenção, excluindo, do parlamento, todos os deputados que NÃO FORAM ELEITOS.
Imaginem a enorme economia de meios que resultaria destas medidas! Façam as contas e digam-me quantos salários médios (de trabalhadores comuns) seria possível pagar com todo este dinheiro de cujo o erário público tem sido delapidado. Façam as contas e digam-me quantas necessidades sociais poderiam ser “suprimidas”. Façam as contas e digam-me qual a influência que isto teria no debelar da crise… tendo em conta o Keines, se preferirem. Eu garanto que o efeito seria muito mais espectacular…
Depois faço os links que faltam, porque, por agora, já não dá….

2005/10/10

Autárquicas 2005 (de 09/10). Resultados!

Publicado também em Editorial
É incrível como todos nós nos tornamos previsíveis! Este era, certamente, o artigo que todos esperavam encontrar aqui, hoje. Esteve quase a não ser possível, por falta de tempo.
Sim porque vocês compreendem: refazer as contas todas, distrito a distrito, e depois, especificamente para alguns Concelhos, não é tarefa fácil. Gosto de fundamentar o que digo e, por isso, com o esforço de toda a manhã, aí têm os resultados.
Os dados foram recolhidos no site da RTP e os valores verificados já depois das 15 horas de hoje.
Vejamos, então, o que nos dizem os resultados eleitorais, expurgados da vigarice!
Umas coisas interessantes:
No conjunto do distritos do Continente (excluindo as Ilhas),
o PS (partido mais votado), obtém 21,85% dos votos;
o PSD obtém 16,53% (mais 4,32% em coligações com outros partidos). Total: 20,85%
a CDU obtém 6,9%
o BE obtém 1,83% (com uma excelente ajuda de Sá Fernandes, em Lisboa, onde obteve a sua segunda melhor percentagem. A melhor foi em Setúbal).
O CDS obtém 1,85%
A abstenção (incluindo nulos e brancos: votos não expressos) situa-se nos 44,84%. Continua a ser, de longe, a opção maioritária, ultrapassando a soma das percentagens dos chamados “partidos de governo”: PS+PSD+CDS que, em conjunto, obtêm 44,55% dos votos.
Se os partidos tivessem um pingo de vergonha, tivessem noção de limite, ou percebessem que, a continuar assim, “um dia a casa cai” (em cima deles), teriam aqui um sério motivo para se preocuparem e inverterem o caminho que têm escolhido. Infelizmente a soberba e a cegueira é tanta (juntamente com a cretinice e a presunção) que só quando ficarem debaixo dos seus próprios escombros é que acordarão. Esta gente perdeu toda a noção de limite.

Se já tivesse sido valorada a abstenção (E tivesse sido eleito um governador para cada distrito), o que se manteria por mais tempo, seria o de Bragança, do PSD, com 33,68% dos votos, seguido do da Guarda, do PS, com 32,13% dos votos. Mesmos estes, permaneceriam nos lugares cerca de 15 meses, até terem que ser ratificados, pela população, com a obrigatoriedade de obterem mais de 50% dos votos positivos, porque é para isso que servem os cargos do poder.

Vejamos o que se passa com os Independentes.
Foi grande surpresa, para mim, verificar que concorreram independentes em 25 Concelhos do País. Conquistando, ou reconquistando algumas Câmaras. Surpreendente é o facto de, nestas 25 candidaturas, a 14 delas terem sido atribuídas percentagens de votos oficiais acima dos 20%. A dispersão das percentagens vão desde pouco mais de 1,5% em 3 Concelhos, até 36% (percentagens reais, não as oficiais) em Gondomar e Felgueiras.
Mas há outras Câmaras que estão nas mãos de Independentes já há algum tempo, que foram reconquistadas por independentes.
Merecem particular destaque, pela expressividade das respectivas votações, os casos de:
Alvito, com 25,52%; Campo Maior, com 27,19%; Alcanena, com 26,35%; Belmonte, com 28,25%; Sabrosa, com 24,47%; Penedono, com 22,31%, Arouca, com 16,65%; Alter do Chão, com 14,88%; Nazaré, com 13,88% e Tomar, com 12,69%.
Omiti, de propósito, todos os casos badalados, porque acho que estes também merecem destaque e nunca o tiveram. Até porque, estas percentagens de apoios fazem inveja à generalidade das forças políticas.
Em média, o conjunto dos independentes obtém um apoio da ordem dos 17%, só ultrapassado pelos dois maiores partidos…
Sendo certo que este apoio é conseguido à custa dos partidos, visto que a abstenção continua a ser, de longe, a opção maioritária…

É nas causas, profundas, deste comportamento do eleitorado; é no descontentamento para com a acção dos partidos e dos políticos assim evidenciada; é na ausência de credibilidade e de idoneidade dos políticos que está a explicação para as vitórias de alguns candidatos, que muitos consideram inexplicável (porque pretendem apagar, pela vigarice, a verdade dos números que os condenam; são cegos, por opção), atribuindo estas vitórias à falta de honestidade dos próprios eleitores, quando afinal isto evidencia a ausência de alternativas credíveis, de lideres reconhecidos pelas populações…

Ah! Isaltino ganhou com 19,18% dos votos…
Só Valentim (mercê do apoio e cumplicidade do próprio governo, que lhe mantém todos os tachos); e Fátima Felgueiras (mercê do ódio conquistado pelos partidos, e do descrédito do sistema judicial, envolvido em todo o tipo de conspirações e cumplicidades com a alta criminalidade), obtiveram votações expressivas, acima dos 36%, mas muito semelhantes em ambos os casos: Valentim teve 36,73% dos votos e Fátima Felgueiras teve 36,19%.
Isto porque a abstenção, em Gondomar, foi superior a 36%, enquanto que, em Felgueiras, foi inferior a 23%.
Feitas estas considerações, reposta a verdade dos factos e dos números, impõe-se reafirmar a absoluta necessidade e oportunidade de lutar pela valoração da abstenção, com todas as suas consequências, como forma de obstar à continuação da impunidade dos crimes praticados pelos políticos, como forma de cercar e responsabilizar as falhas dos políticos (que não merecem os votos dos populares); como forma de obrigar os políticos (estes ou outros quaisquer) a irem atrás das soluções, a implementarem as soluções para os nossos problemas, porque as soluções existem, mas quem detém o poder é que tem de as procurar e de as implementar. Estes políticos (e, se não nos precavermos, outros quaisquer que lhes sucedam) nunca se darão à maçada de fazerem o que devem fazer, se não forem obrigados pela pressão, intransigente, dos cidadãos, pela exigência de respeito para com todos e cada um dos cidadãos.

Estes direitos, que têm sido espezinhados e ignorados pelos políticos, são nossos. Se não lutarmos por eles, se não os exigirmos intransigentemente, nunca os veremos reconhecidos. Porque haveriam os políticos de se preocupar com isso, se até é prejudicial para eles? Se ganham tão bem e têm tantas mordomias sem se esforçarem nada, com a actual situação, mesmo que as pessoas não votem? Se votarem, submetendo-se à manipulação e abdicando da opinião própria, ainda é pior…

2005/10/08

O Segredo mais mal guardado!

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O amigo Sofocleto teve a amabilidade de me enviar um “e-mail”, com um artigo de José Cutileiro, publicado no Público. Este artigo de Cutileiro é um chorrilho de banalidades, de conjecturas subjectivas, sem qualquer interesse para a resolução, ou compreensão, dos nossos problemas.
Resumindo: Cutileiro procura justificar (e clamar) por medidas mais draconianos, contra os cidadãos, sob pena de a sociedade se desmoronar. Uma conversa reaccionária, bem típica de quem “fala de barriga cheia” e se acha acima da sociedade, para cuja reclama mais repressão e mais miséria. Justificando com os superiores interesses da sociedade e do futuro do Mundo…

Porém, esta parte do tal artigo merece todo o destaque:
“Harold Macmillan, primeiro-ministro britânico de 1956 a 1963, ligado por família a J.F. Kennedy, dizia que os europeus eram os gregos desses novos romanos, os ensinavam a pensar e a sentir. De outras vezes, houve mais raiva do que estima - por exemplo, nas manifestações contra a guerra do Iraque (a propósito: um terço dos alemães com menos de 30 anos acredita que Washington preparou os ataques de 11 de Setembro de 2001...). Mas todos achavam sempre que americanos e europeus estavam no cimo do mundo”
Cutileiro não esclarece o que pensa sobre "o tema", nem sobre o facto desta “opinião ser tão generalizadamente adoptada”. Certamente acha que não deve ter uma, basta-lhe conformar-se com a convencionada para o país, pelos próprios USA, como analista isento...

Já foram referidos aqui vários textos, estudos, entrevistas e artigos onde se denunciam as mentiras descaradas e contradições insanáveis das “teorias” norte-americanas, acerca da autoria dos atentados terroristas.
A Wikipedia, nos seus documentos sobre o 11 de Setembro, incluia, até há pouco, link para este vídeo, onde se demonstra que o atentado ao Pentágono não existiu.
Seguindo os diferentes links deste site, encontra-se documentação abundante e resultados de pesquisas que põem em evidência todas as mentiras montadas à volta do 11 de Setembro.
Por exemplo os terroristas que teriam sequestrado os aviões nunca embarcaram, não estão incluídos em nenhuma das listas de passageiros dos diferentes voos. Alguns até estão vivos e reclamam... Imaginem-se na pele destas pessoas...
São tantas as mentiras que se torna fastidioso enumerá-las.
Existem muitos sítios, na NET, onde esta assunto é tratado com idoneidade e se “chamam os bois pelo nome”.
Por isso acredito que não sejam apenas os 30% dos Alemães com menos de 30 anos a perceber o que realmente se passou e se passa.

Por cá, apesar de todas evidências e do facto de a SIC ter entrevistado o Professor Chossudovsky, que, como todos sabem, escreveu um livro sobre o assunto, a desmascarar toda a conspiração, o máximo que a pequenez dos nossos intelectuais e jornalistas consegue fazer são leves sugestões de “factos envoltos em mistério”, como neste excerto das palavras de Miguel Urbano Rodrigues:
“De repente, o sistema de poder da primeira potência do mundo fez de um fanático islamita o cérebro e o responsável por um atentado de extraordinária complexidade, sobre cuja montagem e densa rede de cumplicidades no interior dos EUA quase tudo permanece envolvido em mistério."
Podemos dizer, em conclusão, que este é o segredo de estado mais mal guardado que alguma vez existiu na história.

No entanto, apesar desta consciência e conhecimento, generalizados, no mundo e nos cidadãos, do que realmente se passou e continua a passar-se, quanto à guerra no Iraque, quanto aos atentados terroristas e respectiva autoria, da CIA e cia, e quanto aos procedimentos da CIA para fabricar terroristas, temos que reconhecer o êxito da estratégia de manipulação, da CIA e cia, assim descrita:
“Um certo número de agências governamentais de informação - com ligações ao Pentágono - estão envolvidas em várias componentes da campanha de medo e desinformação, de propaganda destinada a espalhar histórias falsas em países estrangeiros — num esforço para influenciar a opinião pública por todo o mundo. A realidade é apresentada de pernas para o ar. Actos de guerra são anunciados como "intervenções humanitárias" destinados a uma "mudança de regime" e à "restauração da democracia". A ocupação militar e o massacre de civis são apresentados como "manutenção da paz". A abolição de liberdades civis - no contexto da assim chamada "legislação anti-terrorista" - é retratada como um meio para proporcionar "segurança interna" e promover liberdades civis. E subjacentes a estas realidades manipuladas, as declarações sobre "Osama bin Laden" e sobre "armas de destruição em massa", que circulam abundantemente nas cadeias noticiosas, são apresentadas como a base para um entendimento dos acontecimentos mundiais. A distorção grosseira da verdade e a manipulação sistemática de todas as fontes de informação constituem uma parte integral da estratégia de guerra.”…
Tudo isto continua a ter êxito, mercê da subserviência canina dos OCS de todo o Mundo e principalmente dos nacionais.
Chegámos a uma situação em que factos do conhecimento geral são silenciados e deturpados, substituídos por mentiras descaradas, numa agressão cruel, indigna e desumana, à consciência e a dignidade dos cidadãos. Qual o resultado disto para o futuro da humanidade? Não há humanidade nisto! Isto são actos de prepotência gratuita e de arbítrio completamente intoleráveis.
Hitler não faria (não fez) melhor e os seus rafeiros também não.
Como é que esta gente maldita (refiro-me aos OCS) têm coragem de compactuar com todas estas infâmias, ajudando a arrastar o Mundo para o abismo, de novo? Que raio de gente é esta? São gente?
Nesta situação, com tantos e tamanhos cúmplices, não admira que os USA insistam em passar à fase seguinte e utilizar armas nucleares.
É por isso que eu odeio a refeirice!

2005/10/07

Os Discursos de Sampaio e a Corrupção!

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Comentário, neste post, de Congeminações:
Concordso com mfc. Os discursos do Presidente são "fogo de vista"; o que o Presidente devia fazer não faz, ou então faz ao contrário.
Ele é um dos principais responsáveis pelo descalabro a que isto chegou.
Além disso, estes discursos do Presidente, a impingir, com desculpas demagógicas, mais repressão e roubalheira arbitrárias, só têm servido para isso mesmo: para serem usados como fundamento a legitimar a tomada de mais medidas nazis, como é o caso das da BT.
A roubalheira necessária para sustentar tanta chulice já chegou ao ponto de ser necessário "ir ao bolso" de todos, Por isso os que têm alguma coisa de seu "que se cuidem". Acabar com a chulice é que eles não querem nem por nada.
E ninguém espere, deste tipo de medidas, isenção e rigor.
Serão os mesmos arbítrios que todos conhecemos, com a prática dos mais abomináveis crimes contra os cidadãos, a contribuir para destruir, ainda mais, a economia.
A solução dos nossos problemas não passa por aí. Aliás é absolutamente incompatível com a manutenção do actual estado de chulice, que se pretende continuar a alimentar com estes roubos...
Decididamente o Presidente devia estar calado, porque quando fala é só para dizer asneiras, manifestando a sua atracção fatal pelo nepotismo criminoso e pelos arbítrios ditatoriais.
Comentário, neste post, de Congeminações:
Oh amigo João Norte, não confunda caciquismo com zé povinho.
As percentagens de votos, nessa gente são sempre diminutas.
O que o Zé povinho não tem culpa é de não existirem alternativas reais e credíveis, de "eles" serem todos iguais.
Quanto a jgonçalves: e a alta criminalidade?
Para que este estado de coisas, este regabofe, acabasse, bastaria que se desse o devido tratamento (feitas as necessárias investigações) a todas as denúncias e queixas que chegan às instituições. Mas posso garantir-vos, por experiência própria, que as pessoas que denunciam é que são molestadas.
Isto porque a corrupção e as cumplicidades são generalizadas, se estendem à justiça e a todos os órgãos do poder.
Idem para todos os casos que são tornados públicos...
Na verdade, o que eu acho da actual leva de denúncias públicas é que elas são manipuladas e doseadas, quer para encobrir e disfarçar a alta criminalidade, quer para desviar as atenções doutros problemas. Ou então partem de gente como nós e não podem ser silenciadas.
Mas trata-se de bodes expiatórios, ou são tratadas de modo a sacrificar alguns "bodes expiatórios" para proteger e ajudar a manter o essencial.
Alguém me pode explicar porque é que Valentim Loureiro mantém todos os cargos para que foi indevidamente nomeado?
Certamente é para ter meios bastantes para comprar os votos de que necessita para ser reeleito.
Os incêndios são actos de sabotagem, devidos à impunidade garantida à alta criminalidade e a "provocadores" da extrema direita, apostados em destruir o país, como via para reconquistarem o poder.
As situações reais continuam impunes, bem como os diferentes implicados, até porque os deputados nada têm a ver com isso (nem com nada).
E as coisas mais escabrosas têm cumplicidades infiltradas nas mais altas instâncias de todos os "poderes".
Alguém me pode explicar porque é que a maioria dos delfins do CDS mantém os tachos? Como, por exemplo: Catalina Pestana, Celeste Cardona, etc.?
Quando se iniciar um combate sério, a tudo isso, os efeitos fazem-se sentir, logo, até na melhoria da situação económica.

2005/10/06

O Despudor dos Políticos!

O compadrio e o tráfico de influências, por um lado; os arbítrios e as prepotências, por outro, são tão normais e frequentes entre os políticos que até já se usam como "argumentos" de campanha eleitoral.
Em Lisboa, Manuel Maria Carrilho, candidato do PS à presidência da Câmara, "apela" ao "voto útil", argumentando que o facto de o governo e a presidência da Câmara serem da "mesma cor"; que é como quem diz: do mesmo partido, facilita a resolução dos problemas da cidade...
No "meu tempo" isto chamava-se favorecimento, compadrio e tráfico de influências... crimes previstos e punidos por lei. É o cúmulo da pouca vergonha!
No Porto, Rui Rio, candidato do PSD à Presidência da Câmara, diz que a edilidade não pode, (não quer, diria eu) consertar todos os telhados das casas da autarquia, que metem água. Por isso não vê mal nenhum em arranjar o telhado duma aniversariante de cem anos, como "argumento emocional" para "comprar votos". Na minha terra isto chama-se critérios arbitrários, usados para influenciar o voto, como meio de compra de votos... com o dinheiro da Câmara.
Por outro lado, assume que, despejou, sem realojamento, casas onde se praticavam actividades ilegais, de tráfico de droga. Eu pensava que as actividades ilegais de tráfico de droga eram puníveis criminalmente, dando direito a cadeia. Afinal, os traficantes podem "ir em paz", vender droga para outro lado qualquer, desde que a Câmara possa usar o facto como argumento para praticar despejos violentos. No "meu tempo" isto só podia ser entendido de duas formas: cumplicidade com o tráfico de droga e com a respectiva protecção policial; ou argumento falacioso e falso para justificar o injustificável. Agora estes critérios aberrantes são "argumento" de campanha eleitoral.
Quando os que se propõem a eleições se acham no direito de cometer todos estes atropelos, assumindo-os abertamente, como argumento eleitoral, e as restantes instituições e responsáveis "acham" normal, só podemos concluir que este país está perdido e continuará a piorar, porque não é possível recuperar a credibilidade das instituições, assim. Consequentemente também não será possível recuperar a economia.
Mas o Presidente finge estar preocupado com a corrupção???

2005/10/05

As limitações de Sofocleto!

Publicado também em Editorial
Resposta (em cima do joelho) a este post de Sofocleto!
Bom! a partir deste momento sinto-me com legitimidade para dizer o que penso sem peias...
Eu, por acaso acho o "meu discurso" sem brilho de forma e cheio de conteúdo. É tudo uma questão de perspectiva, ou de motivação e capacidade, de visão.
Meu caro amigo Sofocleto!
Do que é a realidade, ou do que eu digo, aquilo que você consegue ver e perceber é um problema seu, decorrente das suas capacidades/motivações, da "educação" que você fez (ou lhe fizeram), da sua maneira de pensar. Não me envolva nas suas dificuldades e problemas de lógica e conhecimento, porque isso não é justo.
Resumindo, (porque o meu amigo já disse tudo e, portanto, pode-se resumir):
Acusa o meu discurso de "Ausência de conteúdo", porque eu "não esclareci, infelizmente, que alterações são essas"...
Aí está uma prova de que o meu amigo me leu com ideias pré-concebidas e não percebeu nada, ou finge não perceber, porque convém às suas concepções e opções políticas. Perdi eu tanto latim para tentar explicar que as transformações são as que forem, não podem nem devem ser impostas, à priori, por ninguém; que detesto os teóricos da treta que vivem agarrados a "ideais" que pretendem impor à realidade, quando os processos evolutivos devem ser ao contrário: devem partir da realidade, para receber uma resposta destas...
É frustrante, confesso!
Aliás, deixe-me que lhe diga que aquela frase de que eu tanto gosto: "as gerações futuras não darão um chavo pelo que nós dizemos acerca do que deve, ou não ser feito", eu aprendi-a lendo Engels... Sabe quem é?
Ou seja: essa vossa mania de impor modelos prontinhos, como bons e únicos adoptáveis, mas de cujos se arvoram em proprietários, já se transformou num dos principais entraves à vossa contribuição positiva para a resolução dos nossos problemas reais. Vocês preferem viver no mundo das ideias! É mais cómodo! Dá menos maçadas e fica-se sempre com a razão... Quanto a soluções? Basta papaguear umas quantas generalidades e optar por um modelo prontinho a usar, mesmo que isso nada tenha a ver com a realidade nem com a opinião da generalidade da população.
Opinião da generalidade da população?
O que é isso? Existe?
Deve existir? Deve-se ter em conta?
O meu outro grande defeito é imodéstia!
Ahah! Com essa o meu amigo vem de carrinho e vai de carroça. Porque eu não sei para o que é que isso serve, qual a sua utilidade para a resolução dos problemas, mas sei que é muito útil para manter o status actual dos que o têm e o não merecem e também que é muito útil para que não haja soluções para os problemas da sociedade, para empurrar as pessoas para soluções que o não são... Também já sabemos no que isso dá.
Meu caro, meta na sua cabeça o seguinte: Eu sei como resolver os problemas mais prementes da nossa sociedade e não vou deixar de saber ou de o dizer, apenas por deferência para com as suas concepções burguesas, parvas, úteis apenas para os patifes (para a maçonaria, etc), nem por deferência para com as suas próprias dificuldades intelectuais.
Boa tentativa, mas não resultou! Só fico com curiosidade de saber a que interesses instalados se deveu o esforço!
Eu sofro de imodéstia. E o meu amigo sofre de quê, ao dizer tantas atoardas, sem qualquer base de conhecimento, objectivo? Por acaso sabe qual a adesão das pessoas às minhas ideias, ou às suas? Por acaso pode garantir, ou afirmar, que eu não sei o que digo que sei? Com que fundamento? Ah! Pois é! Os seus conceitos e "princípios" absurdos que ficam feridos.
Parece que também aí, ao nível desses conceitos, muita coisa tem de mudar...
Essa mudança? O que é que acha? Ou as ideias absurdas e disparatadas têm de ser imutáveis, porque o meu amigo se dá muito bem com elas? Os seus novos paradigmas não as contemplam? Pois deviam!
Mas deixe-me que lhe pergunte: Eu cometo o grande pecado da imodéstia por assumir que sei como resolver os problemas e que há mais quem saiba, o que, aliás, é uma questão de deformação académica, porque o facto de existirem soluções e pessoas capazes de as formularem e idealizarem é "UMA LEI DA VIDA". É um FACTO só desmentido por ignorantes. Mas claro! Se cada um se inibir de dizer o que sabe e o que sente acerca do assunto, tudo fica na mesma, porque haverá soluções, mas ninguém o pode assumir, sob pena de ser acusado de imodéstia. Portanto, o meu amigo, pretende defender o actual estado de coisas e legitimar, por falta de alternativas, os actuais "notáveis"?
Arrume as suas ideias, que bem precisa!

2005/10/03

Mobilizar para...

Acerca do post "o fim do emprego" publicado no Editorial
A questão que coloco é: qual deve ser, na actual conjuntura, o papel dos intelectuais e (analistas): se o de mobilizar para o desespero, se o de mobilizar para as soluções.

"De facto, começo a sentir "complexos" de "desmancha prazeres"!
Vocês louvaminham um artigo destes, como se os nossos problemas adviessem de défice de análises, objectivas e coerentes, da realidade actual.
Meus amigos!
As análises da realidade abundam; e não "pecam" por ausência ou deficiência de objectividade. O que escassei (e também não se vê neste artigo) é o assumir de soluções, ou vias de resolução dos nossos problemas colectivos.
É falso que "o problema não tenha, mesmo no sistema vigente, solução visível". O que é verdade é que o autor do artigo não vê a solução, ou soluções. Agora, a partir daí (das suas próprias limitações), concluir que "não tem soluções", já é presunção (ou elitismo destrutivo) a mais...
Entre os piores entraves às soluções dos nossos problemas estão, não as regras do sistema vigente, mas as suas violações (das regras). Isso é o primeiro factor que, alguém de bom senso e de boa-fé, terá de assumir. Logo, há que assumir as próprias omissões...
Depois, se as pessoas avançarem um passo, nas suas concepções ideológicas e nível de esclarecimento intelectual, para perceberem que TUDO tem solução, na sociedade, entre as pessoas (que é para isso mesmo e por isso mesmo que somos PESSOAS e não um outro bicho qualquer), as coisas tornam-se mais simples. Porque, para cada problema (ou para o conjunto dos problemas) basta procurar as soluções entre as pessoas.
Lá porque a casta de intelectualoides existentes, exclui, como convém à perpetuação da actual situação (por via da inexistência de soluções) todas as pessoas com alguma maior e melhor (mais esclarecida) visão das coisas, isso não pode significar que essa ausência de soluções, aliás falsa, possa ou deva ser eregida como lei, de cuja não há escapatória.
Isso também convém aos que controlam a sociedade, porque cerca, intelectualmente, os influenciáveis, deixando-os sem saída, bloqueando os caminhos a seguir.
De facto, não há como me reconciliar com estes "teorizadores e analistas de meia tigela".
Dizer (ou repetir, o que dá no mesmo) umas quantas evidências, para depois conduzir as pessoas para "becos sem saída", não faz o meu género, nem é coisa que eu possa deixar passar em claro.
Se Dacosta tem alguma proposta de "sistema alternativo", então que a enuncie, para que possamos avaliá-la. Se não, que não contribua para engrossar e piorar a "poluição ideológica", que sofoca e desespera a sociedade."