2004/12/31

Apelo do Presidente!

O Presidente apela ao entendimento entre partidos, para "resolver" os nossos problemas!
Quanto ao que é necessário, ou qual o caminho, o presidente faz segredo, ou não sabe.
Estamos perdidos! Se a ideia vai por diante, dependente, apenas dos dirigentes partidários, então, é necessário dizê-lo com todas as letras: estamos perdidos!
Só nos faltava isto, para dar uma machadada tremenda, nas nossas esperanças de um Feliz Ano de 2005.
Preparem-se, porque aí é que a luta vai aquecer e tornar-se realmente difícil!

Incêndio em Discoteca!

Na Argentina, um incêndio numa discoteca matou mais de cento e setenta pessoas, na sua maioria jovens... porque as saídas de emergência estavam bloqueadas.
As calamidades naturais fazem parte do nosso "habitat"; quanto a isso, apenas podemos organizar-nos, para minorar as perdas (coisa que cá não existe). Mas estes outrso casos são facilmente evitáveis (para não falar nas guerras e outras atrocidades intencionalmente provocadas).
Até quando a estupidez dos governos e da "economia de mercado" nos vai impor a sua "lógica" à custa de tão elevado número de vítimas mortais?

Atrás da Cortina!

Em "surdez do papel", encontrei um artigo, cujo primeiro parágrafo é:
"Um jacto americano registado em nome de uma companhia-fantasma, a Premier Executive Transport Services, está a levar suspeitos de actos terroristas para países que usam práticas de tortura, notificou «The Washington Post», baseado na sua própria investigação. O aparelho é um turbojacto Guslfstream V, que desde 2001 tem sido visto em aeroportos militares do Afeganistão, Indonésia, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbia, Marrocos, Paquistão, Arábia Saudita e Uzbequistão, por vezes com passageiros encapuzados e algemados." Fim
Vale a pena ler tudo.
Lá deixei este comentário:
"O que ninguém quer perceber é que o principal objectivo desta prática é recrutar "terroristas" a soldo da CIA (e também, obviamente, "controlar" a "concorrência"). Isto para não falar na eliminação física dos opositores, todos os que se destaquem entre os sinceros democraticas e pessoas íntegras e sãs do mundo."
Perante isto, temos que concluir que, se nos distrairmos, lá se vão as poucas hipóteses que temos de "Feliz Ano de 2005"
Agora digam-me que não tenho razão em dizer que se impõe iniciar uma campanha mundial para alterar os mecanismos de legitimação das decisões da ONU, fazendo-as depender do apoio das populações de cada país, obtido através de referendos específicos!
Não é só em Portugal que é necessário "reinventar" a democracia (fazer com que haja, realmente democracia)!
Não basta comentar, emitir opiniões; é necessário passar à acção!

Será?

Esta quadra eu roubei, de "Congeminações"

Será que no próximo ano
Acontecerão tantas desgraças
Por culpa do ser humano
E de outras ameaças

Será? Há coisas que nós não podemos evitar; só podemos minorar as consequências, se conseguirmos fazer com que a sociedade funcione como deve. Mas há algumas coisas que só dependem de nós, de irmos pelo caminho certo, de insistirmos até conseguir!
Bora lá, em frente?

Votos de Bom Ano Novo!

Que em 2005 posssamos ver recuperada a nossa confiança na vida e na sociedade. Que seja um Bom Ano, para todos nós, no País e no Mundo!

2004/12/29

Maria vai com as outras?

Em "Brisa Mínima" encontrei um artigo cujo título começa assim: "Maria vai com as outras". Vale a pena ler.
Ao autor só quero fazer notar que o caminho é em frente. Quero dizer com isto que, para manter a actual situação, são praticados muitos crimes (segundo as próprias regras que "eles" já foram obrigados a reconhecer), cuja denúncia mobiliza, de facto, as pessoas; mesmo aquelas que não ligam à política, nem aos conceitos "teóricos". Por isso, não se justifica "ficar a falar sozinho".
Há sempre uma forma de fazer chegar a mensagem a muita gente! Tanta, que não seja mais possível continuar a actual hipocrisia, que inclui constante manipulação da opinião pública.
Para fazer ouvir uma mensagem também é necessário saber comunicar: falar linguagem que se "perceba"; ir até perto dos ouvintes. Se eles o fazem, com a mentira, porque não poderemos nós aprender a fazê-lo com a verdade?
Por isso, há que perguntar:
- Vamos pelo caminho errado?
- Ou será que nos auto-retraimos, sem motivo; desistimos antes do tempo?

Campanha contra a arbitrariedade!

Esta carta, devidamente assinada, está publicada em "http://esquerdavolver.blogspot.com/". Há um pedido, a circular na blogoesfera, para que se envie a carta, ao sr. presidente da Câmara de Pombal, para o "mail": presidente@cm-pombal.pt. Aqui fica o apelo! E a minha solidariedade.

"Exmo. Sr. ou Sr.ª:
Vem isto a propósito do caso Prof. Marcelo Rebelo de Sousa.
Nasci e tenho vivido num pequeno concelho (Pombal) do Litoral-Centro (Distrito de Leiria). Não milito em nenhum grupo partidário. Sou um simples cidadão nascido seis anos antes do 25 de Abril de 1974.
E como cidadão, ingénuo a pensar que haveria liberdade de expressão e de opinião, criei em Julho passado um "blog" na Internet que pretendia ser um espaço de reflexão e de debate de ideias, com críticas construtivas, sobre o que está a acontecer na minha Terra. Nomeadamente sobre a actividade da respectiva Câmara Municipal e outras instituições. Esse "blog" num espaço de dois meses registou mais de 6.700 visitas, tendo sido comentado em grande número por outros cidadãos/munícipes.
A respectiva autarquia, presidida pelo social-democrata Eng. Narciso Mota, nunca usou o princípio do contraditório. Apesar de reconhecer que alguns dos temas abordados tinham a sua veracidade, alterou alguns procedimentos, dando razão ao que por lá se escrevia.
Reconhecendo que o "blog" era incómodo para o Poder (leia-se, Câmara Municipal), o senhor presidente entendeu que a melhor forma de usar o "contraditório" era acabar com o mesmo. Vai daí, entrou em contacto com a direcção/administração da empresa onde eu trabalhava e denunciou a sua existência, fazendo ver que o "blog" era "gerido" em horas de expediente.
A direcção da empresa de imediato, e justificando que aquela situação lesava a relação institucional com a Câmara Municipal, até porque necessitava desta para legalizar algumas situações pendentes, despediu-me.
Isto, não argumentando com falta de profissionalismo ou de produtividade. Mas sim, porque o senhor presidente da Câmara assim os contactou para o efeito.
Esclareci a situação e comprometi-me a eliminar de imediato o "blog", o que foi feito e aceite. Precisamente um mês depois, e pelo meio alguns encontros realizados entre o presidente da Câmara e a direcção/administração da empresa, fui novamente confrontado com o despedimento. E perante duas opções: instauração de processo disciplinar ou demissão voluntária, optei pela segunda.
Ou seja, a intervenção do senhor presidente da Câmara Municipal de Pombal neste processo é um facto. Tanto o é que um dos seus vereadores afirmou perante algumas pessoas "já acabámos com o blog".
Esta situação é notoriamente idêntica à que aconteceu com o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa. Na sua proporção, obviamente. Mas, com um senão... o meu futuro. Estou desempregado, com duas crianças de 20 meses para criar, casa e carro para pagar. E esposa também desempregada.
E tanto mais que, ainda há dias, ouvi da boca de um eventual empregador: "reconheço que és a pessoa indicada para o meu projecto, mas quando o senhor presidente da Câmara soubesse, caía o Carmo e a Trindade. E eu não quero ter problemas com esse senhor".
É triste que 30 anos depois de uma revolução, ainda haja quem de uma forma nojenta e vergonhosa, censure as vozes discordantes para que estas não expressem livremente as suas opiniões.
Com os melhores cumprimentos
Atentamente
Orlando Manuel S. Cardoso"

E é assim! Quando é que se acaba com estes procedimentos fascistas, com estas "ditaduras de trazer por casa", neste país? Quando é que as nossas instituições vão perceber que é isto que nos mantem no estado de atraso em que estamos?

Alterações na política!

O texto que se segue é adaptado doutro comentário que deixei em "Alternativa"
Biranta é pseudónimo!
Oh João, quando "a gente" discute um tema, em comum, é bom que consigamos nos entender, isto é: "falar a mesma língua". Por isso vou tentar precisar alguns conceitos que estão subjacentes aos meus comentários e que me parecem abordados duma perspectiva completamente diferente (mais teórica), por si.
(1) A abstenção é negativa? Sou capaz de concordar. Mas negativa, ou não, ela existe; envolve uma enorme quantidade de cidadãos e, a forma como estas pessoas ficam, assim, arredadas da vida política tem uma série de consequências, objectivas, perniciosas, que não vou enumerar, por agora. Uma delas, talvez a mais importante, é a distorsão que provoca no regime democrático.
(2) Ora, se eu também não consigo, nem à lupa, encontrar alguém em quem possa confiar o meu voto e, ainda por cima, sei que a maioria das pessoas que votam nos partidos, o fazem escolhendo "do mal o menos" e depois discordam, abertamente, da prática desse mesmo partido em que votaram, sem que ninguém os ouça (a uns e a outros), o que é que quer que eu proponha? Baixar os braços (não faz o meu género); entrar na onda (muito menos); digerir, em silêncio, indignação e revolta (tão pouco). Portanto, só me resta tentar encontrar soluções eficazes, com aquilo que temos.
(3) Mas, o mais importante de tudo isto é contrariar uma certa mistificação, que "pega" com muitas pessoas das que "entram na onda" que é: não é a política que torna pérfidos os políticos, é o contrário. A política é uma função; é "gerir a coisa pública", não tem "capacidade" para exercer qualquer efeito sobre as pessoas. O contrário sim!
Digamos que a nossa diferença de posições objectivas terá que ver com uma minha característica que é: sou muito mais de resolver problemas do que de os lamentar. E, perante um problema, a primeira coisa que penso é numa solução eficiente.
E aqui chegamos a uma outra encruzilhada: Não creio, tal como a maioria dos cidadãos deste país, que, de dentro dos partidos, nos possa vir alguma "ajuda". Se isso fosse possível, já teria vindo, porque a situação justifica-o, há muito tempo.
Por outro lado, repito, acho que os partidos devem poder organizar-se como entenderem e que a lei não deve interferir nisso. Porque é essa a essência da democracia e também porque se perderia uma parte do que faz a importância dos partidos. Até porque: uma medida que hoje pode parecer, circunstancialmente, positiva, amanhã pode revelar-se perversa. Além de que nada, nessa medida, nos garante que os partidos passariam a ter um comportamento diferente, relativamente à maneira de fazer política. Ou seja: não vejo como isso poderia garantir a responsabilização dos políticos pelos seus actos (e olhe que são muitos) que prejudicam a sociedade e nos prejudicam a todos; até porque são praticados contra a vontade (e opinião) da maioria dos cidadãos.
Também não ando à procura doutro partido. Talvez isso se justifique, não sei nem me interessa, para já. O que me interessa é que os políticos não possam continuar a nos enganar, descaradamente, como têm feito até agora, estes ou outros que venham (outros partidos).
Mas a "minha" principal razão está na constatação de que todos os nossos problemas têm soluções óptimas; que existem, na sociedade, todos os meios para as implementar (as soluções); que não são implementadas porque os políticos não se preocupam com isso (não precisam) só se preocupam com coisas que não nos interessam; que tem de ser o poder (os políticos eleitos, portanto) a promover a implemenntação dessas soluções (que é para isso que são eleitos); que não o farão, a não ser que sejam obrigados, pela força das circunstâncias, por não terem outra alternativa. Caso contrário já teriam implementado essas soluções.
Isto tudo para concluir que quem falhou foram os partidos, que são os únicos responsáveis pela situação actual, por isso é justo que sejam punidos adequadamente. Até porque as competências para sair deste atoleiro (objectivo que deveria ser a prioridade máxima deles, se fossem honestos e dignos), não se confinam, certamente, a um dado espectro partidário, filosofia, ou crença. Vê alguma forma de sairmos disto, em tempo útil, sem que as ideias bacocas dos políticos e dos partidos tenham que ser profundamente abaladas? Eu não!
Só mais uma coisa: os cidadãos são suficientemente dignos e civilizados (no conjunto, claro está) para reconhecerem (e premiarem) o valor de quem o tem. Por isso, está nas mãos dos partidos, e só deles, reconquistar a confiança dos cidadãos e merecer o seu apoio. É tão simples quanto isto. Além de que não pretendo "impor" nada que não seja aceite pela maioria da população, pelo contrário: acho que o caminho é aumentar a participação e envolvimento dos cidadãos e não o oposto; os cidadãos poderem participar, espontaneamente, com cada um a poder expressar o que pensa e não sob a chantagem habitual (e actual) de que temos que votar num certo partido, porque senão é pior.
Nenhum deles presta! Que culpa é que eu tenho?

2004/12/28

A "Discussão" em "Alternativa"

Hoje, ainda estou com preguiça! Por isso vou transcrever, para aqui, dois comentários que deixei, no "blog Alternativa", que tem link na margem.
Transcrição:
Comentários em “Alternativa”
Retomo o comentário de "congeminações" só para acrescentar o seguinte:
Não só não se pode confiar na "gratidão" dos partidos, para com quem, eventualmente, os ajudasse a resolver os problemas do país; como é sabido (é facto já amplamente comprovado) que são capazes de ser traiçoeiros a ponto de "crucificarem" esses "ingénuos", se for necessário, para se apropriarem dos resultados do seu esforço.
Mas eu volto à mesma questão, à questão essencial: os problemas do país, são de todos nós; por isso a eficiência da governação não pode ficar condicionada pela perfídia das "elites" partidárias. Não se lhes pode continuar a permitir que não prestem contas; não se lhes pode consentir que continuem a reproduzir argumentos falaciosos e "vigaristas", para "justificarem" a sua incompetência, a sua ausência de vontade de consentir que os problemas sejam resolvidos, se isso colocar em causa os seus tachos! Para isso, há que dizer, divulgar e repetir, enquanto for necessário, três coisas:
(1) que todos os problemas têm solução;
(2) que existem, em todos os tempos e lugares, as pessoas adequadas para cada cargo e função;
(3) que é obrigação estrita dos governantes criar as condições para mobilizar as competências que permitam resolver os problemas do país; implementar as medidas e verificar que são as adequadas, sempre com escrupuloso respeito pela democracia; isto é: tendo em conta a opinião e a vontade da maioria dos cidadãos.
É simples fazer isto. Quem não quer são as pessoas que ganham mais do que o que valem; que se apropriam de vencimentos e regalias que não lhes são devidas e não os querem perder.
Se conseguirmos fazer com que todas as pessoas que pensam assim sejam ouvidas, se conseguirmos que os políticos sejam avaliados (e punidos) a partir destes factos, tudo tem de começar a mudar, de facto.
A valoração da abstenção é apenas um meio para fazer reflectir, nos eleitos, a "punição" merecida pelos actos ou omissões.

Voltei aqui, para deixar um tema de reflexão. Não tenho dúvida em reconhecer que todos andamos à procura de vias de solução para os nossos problemas comuns, em que os nossos actuais políticos falharam redondamente. O objectivo do artigo que motivou este "post" também parece ser encontrar meios de provocar a renovação da classe política e dirigente; do que eu discordo é da eficiência das "soluções" apontadas.
A minha proposta de valoração da abstenção, como forma de responsabilização dos políticos, materializa-se de duas formas:
(1) Só tomam posse os deputados realmente eleitos; os lugares que correspondem à abstenção ficam vazios;
(2)O tempo de permanência nos cargos, em cada mandatos deve ter duração proporcional à respectiva representatividade, calculada em relação ao total de eleitores (total da população adulta). Significa que, num mandato de 5 anos, se o(s) eleito(s) obtiver(em) apenas 30% dos votos, só permanece(m) no cargo durante um ano e meio. Findo este periodo, a sua permanência terá de ser referendada, não podendo voltar a candidatar-se se não obtiver(em) a maioria das opiniões positivas. Querem forma melhor (e mais eficiente) para obrigar os partidos a se renovarem? Seria uma "caça" à eficiência que nunca mais acabava.
No "post" anterior encontrei um comentário de alguém que se recusa a "entrar" pela atribuição das culpas à incompetência dos políticos. Que me perdoe o autor, mas isso é opinião de quem não compreende que existem soluções para todos os nossos problemas e as pessoas adequadas para cada cargo; de quem não compreende que os nossos piores problemas provêm da forma como os políticos se comportam, isto é: da forma de fazer política, onde as pessoas acham normal, justificado e "benéfico" recorrerem a todo o tipo de mentiras e desonestidade; de quem não percebe, nem aceita, o valor da democracia. Não sabe que a superioridade da democracia reside precisamente no facto de permitir encontrar as boas soluções para todos os nossos problemas.
De facto, assim, ficamos num beco sem saída! Porque surgem as propostas que só são boas porque são de quem as formula; que consistem, apenas, em "mudar alguma coisa para que tudo fique na mesma"; as propostas de quem nem na sua própria capacidadeas acredita; propostas que ninguém ouve, em que ninguém acredita.
É preciso, é urgente, recuperar a confiança da maioria das pessoas, para que o país possa progredir! Não há soluções milagrosas, de nenhuma "ilustre cabeça", por maior que seja a sua "fama". Famas fazem-se e desfazem-se; os nossos problemas comuns têm de ser resolvidos, apesar disso!

2004/12/26

Para que servem os políticos?

O artigo: “O resultado das Europeias e a Democracia” mereceu, até agora, os seguintes comentários (que vou comentar):
Rajodoas: Li atentamente o seu post porque aprecio o seu ponto de vista que aliás também tem defendido no “Alternativa” e com o qual também estou de acordo. No entanto julgo que o amigo faz a sua análise com base no número de eleitores inscritos, face às votações obtidas. Mas eu julgo que a CNE não utiliza esse critério; limita-se a apresentar os resultados com base apenas e só nos votos entradas nas urnas. Daí o facto de resultar, tal como muito bem analisa, que, independentemente da abstenção ser significativa ou não, os deputados das listas são sempre eleitos pelos partidos que disputam a governação.
Kuanto Baste: Não fiz as contas, mas deixo aqui este comentário:
«Luís Machado – Dos muitos conceitos que tem proferido, houve um que retive na memória: “Cada povo é o que é, mesmo antes de o ser.” Sempre achei esta frase extraordinária. Quer acrescentar algo...»
«Agostinho da Silva – Não, mas é evidente que os Portugueses só vão ser o que quiserem ser! No fundo, é simples, depende apenas de encararmos o futuro como o passado ou o passado como o futuro...»
hamy-pros-friends: parece que o voto dos portugueses não conta muito...
Para Rajodoas (Congeminações).
É isso mesmo. Apenas os votos entrados nas urnas é que são contados para calcular as percentagens atribuídas a cada partido. Mas é pior do que isso: Aplicando o método d´Hont (de ontem, diria eu... na verdade escreve-se: método d'Hondt), resulta esta coisa fantástica: um partido que tenha 30% dos votos, pode ter muito maior percentagem de deputados, e também pode acontecer o contrário: ter muito menor percentagem de deputados que de votos. Embora este "fenómeno não se possa atribuir, exactamente, ao método d'Hondt, mas mais à distribuição de mandatos pelos círculos eleitorais, sem ter em conta o respectivo número de eleitores. Mas há que corrigir estas distorções, a bem do rigor...
Talvez isto não tivesse a menor importância, se os eleitos se empenhassem, de facto, em representar “todos” os eleitores. Mas o facto é que eles, depois de eleitos, invocam ser maioria, não para respeitarem a vontade da maioria (que nem sabem o que seja), mas para imporem, arbitraria e prepotentemente, os seus desmandos, como se fossem legítimos.
Por isso há que alterar este estado de coisas, de modo a que eles não possam continuar a ignorar a vontade e os anseios da maioria; a falar em nosso nome, como se tivessem legitimidade para tal; a ignorar o agravamento da nossa situação económica e social, apenas porque o “tacho” deles continua garantido, em qualquer circunstância.
A Abstenção é a forma como os cidadãos os “punem”, pelo seu comportamento. Portanto, tem de ser devidamente valorizada, por todos os motivos e mais um: porque basta eles serem honestos e íntegros; serem competentes e eficientes; cumprirem, de facto, as suas obrigações, para que as pessoas votem neles.
Recordo que nas primeiras eleições após o 25 de Abril votaram mais de 90% da população; apenas porque (ainda) acreditavam neles; muito mais votarão, se eles “cumprirem”! Há ainda o facto de eles levarem o seu desplante ao ponto de se arvorarem o direito de “serem juízes em causa própria”, decidindo sobre os seus vencimentos e regalias; coisas que deviam ser decididas, directamente, pela população. Mas pode ser que haja aí alguém que me (nos) queira calar. Acho que este é o caminho para alterar, no melhor sentido, a nossa situação (que só pode ser resolvida pelos políticos, com o empenhamento, positivo dos políticos, ou seja: de quem detenha o poder), mas talvez me queiram provar o contrário, perguntando à população, se é verdade que estes deputados e estes políticos nos representam, como invocam e como deviam. Muito eu gostava de ver os resultados duma tal pergunta!
Para Kuanto Baste:
Neste assunto, o maior “defeito”, do povo português, é o seu civismo. O que se impõe escalpelizar é porque é que uma qualidade se transforma, assim, em defeito.
O que quero dizer é que o facto de as pessoas serem pacatas, pacíficas, cordatas, não “legitima” todo este tipo de abusos a que estamos habituados a assistir. As pessoas (uma população inteira, neste caso particular) não podem ser obrigadas a recorrer à violência, para verem respeitados os seus direitos e opiniões. Porque, com o descaramento desta gente, não vejo outra possibilidade de pôr cobro a este descalabro (ou melhor: vejo; estou a lutar por isso, porque odeio violências), que não seja muita contestação de rua, agitação, violência, no limite.
No século XXI isto não devia ser necessário; devia bastar que se levantassem dúvidas acerca do funcionamento do sistema político, para que as pessoas fossem chamadas a pronunciar-se sobre esse mesmo funcionamento (se é adequado, ou não), com as correspondentes consequências objectivas. Mas, no essencial, a generalidade dos nossos políticos (presidente incluído) têm concepções muito reaccionárias acerca da "capacidade de participação" da população, que querem manter num baixo nível de instrução e esclarecimento, para conseguirem "justificar" a sua reaccionarice.
Isto tudo para concluir que o que as pessoas são, ou querem ser, não tem tido a menor influência na “gestão” do País. As razões que levam a que os cidadãos não consigam responder eficientemente à situação, pondo-lhe cobro, tem que ver com várias coisas:
- As pessoas “respondem” não votando neles. Os políticos ignoram o respectivo significado, (culpa e desplante dos políticos).
- As pessoas denunciam e reclamam de todos as situações concretas (porque isto traduz-se em casos concretos, que afectam a nossa vida diária), mas são ignorados por todas as instituições, os seus direitos são-lhes negados (todos respondem, sistematicamente, “não”!), são silenciados, inclusive pela comunicação social. Acreditem que sei, com muitos exemplos, de que é que estou a falar!
- As pessoas não conseguem passar a uma nova fase (mais avançada), desta “luta”, porque têm sido, sistematicamente, enganadas e traídas, não confiam em ninguém (e é necessário alguma cooperação e associação de esforços). A falsidade e as mentiras dos políticos são os principais responsáveis por isto. Mas também é verdade que, alguém que consiga ser diferente, é bloqueado e silenciado pela comunicação social.
- Ninguém, do espectro político, nos ajuda, porque eles “estão noutra”. Isto prejudica-lhes os “tachos” e, além disso, a sua lógica não permite soluções democráticas que possibilitem a resolução dos nossos problemas, com a colaboração de todas as pessoas válidas e competentes, independentemente das respectivas opções políticas e filosóficas, como se impõe.
Mas isto tudo são condicionalismos, constatações de facto, com que temos, apenas, que contar. Na sociedade, nada é imutável. Os portugueses serão o que quiserem ser? Concordo inteiramente! Há alguma coisa que diga que nós não podemos, ou não devemos, participar nessa luta, da forma que acharmos mais conveniente? Não creio que haja, mas mesmo que houvesse, eu estou contra. É nessas coisas que gosto de “ser do contra”! Os portugueses serão aquilo que quiserem ser, se cada um “der o que tem” nessa luta.
O que quero mesmo é que os portugueses possam ser o que querem ser, esclarecidamente, com todos os dados. É esse o objectivo desta luta. Quem quer colaborar, participar, ajudar (para que sejamos todos ajudados)?
Para Hamy-pros-friends: O que se pretende é que passe a contar; não apenas os votos, mas principalmente a opinião e os desejos legítimos dos portugueses.

Catástrofe no Sudeste Asiático!

Não sou fã da depressão mas, neste momento, não consigo evitar, perante a notícia de um marmoto no sudeste asiático, com milhares de mortos, milhões de desalojados e não se sabe ainda quantas mais desgraças.
Falei disso, aqui, há pouco tempo. Sei que o facto de o ter referido, ou não, é perfeitamente indiferente, para o caso; mas nem por saber, devido à experiência, que, nesta época, sucedem coisas destas (que doem mais, por todos querermos ser felizes e alguns ficarem, assim, privados da alegria, talvez também para os futuros Natais), me alivia. Dizer o quê? Fazer o quê?

2004/12/25

Os Resultados das Europeias e a Democracia!

Como é Natal e não me apetece fazer mais nada, decidi recuperar um artigo, antigo, deste mesmo "blog". Aqui fica.
Ah! O gato saiu! A noite de Natal foi sossegada.
Aviso!
O assunto, neste “Blog” é sempre o mesmo. Os factos a que se referem os diferentes artigos são apenas “facetas” da mesma questão. Por isso qualquer comentário tem cabimento em qualquer altura.
As “lições” que nos dão os resultados das Eleições Europeias!
Este texto, que se segue, faz parte dos meus “apontamentos” de que já falei!“
2004-06-14
"Ontem foi dia de eleições, para o Parlamento Europeu. Hoje, logo de manhã, fui comprar o jornal e fiz uma coisa que nunca tinha feito antes: refiz as contas e as percentagens, como eu acho que os resultados deveriam ser calculados e publicados. Tive uma grande surpresa!Comecei por calcular as percentagens de eleitores que votaram em cada partido, que se abstiveram, etc., dividindo o número de votos indicado, pelo total de eleitores inscritos (como se faz qualquer percentagem!). No final, somei as percentagens, assim calculadas, e esperei que a soma desse cem. Não deu! Voltei a fazer as contas todas, para ver se me tinha enganado e voltei a obter o mesmo resultado. O total dava 100,50%. Perante tal absurdo, decidi somar o número de eleitores que votaram em cada partido, os que se abstiveram, etc. e, qual não é o meu espanto quando verifico que esta soma tinha 43 862 eleitores a mais do que o total de eleitores inscritos. Voltei a ver, com atenção, as percentagens indicadas pelas televisões, mas todos os valores coincidiam. Liguei para um dos jornais (D.N.), que guardei, por via das dúvidas, e disseram-me que eles lá não inventavam números; se os tinham publicado é porque eram os valores oficiais. Mas que grande vigarice!
O mais interessante deste meu esforço (recalcular a distribuição percentual dos eleitores) foi constatar a enorme diferença entre estes valores (os correctos) e os valores das percentagens atribuídas a cada partido, pelos resultados oficiais. Aquilo a que eu chamo a vigarice deste sistema! Ora vejamos:
Nº de eleitores ------- Destinatário ------- Percentagem real
--1 510 926 ------------- P.S. ----- -----------17,34%
--1 128 660 ---------Part.Governo ------------12,95%
--- 308 831 ------------ C.D.U. ---------------- 3,54%
--- 167 026 ----------Bl. Esquerda ------------- 1,92%
--- 143 725 ------------ Outros ---------------- 1,65%
--5 498 919 -------- Abst.+Br.+Nl. ------------63,10%
--8 758 082 -----------TOTAL -------------- 100,50%
O total de eleitores inscritos era de (apenas) 8 714 220, enquanto que a soma dos votos contados foi 8 758 082, como se pode verificar acima, donde resulta a diferença, já referida, de 43 862 votos, a mais.
É interessante comparar estas percentagens (as reais), com as percentagens atribuídas a cada partido, pelos resultados oficiais (de hoje), que são:
(P.S. – 44,52%); (Part.Governo – 33,26%); (C.D.U. – 9,1%); (B.E. – 4,92%).
Convenhamos que tem um significado completamente diferente ter 12,95% dos votos, ou ter 33,26%; tal como ter 17,34% ou ter 44,52%.
Curiosamente, o número de eleitores a mais (que votaram duas vezes? Que foram contados duas vezes?) é muito próximo do número de eleitores que votaram branco. Eu sempre disse que, neste país, é um perigo votar branco, porque já fui presidente duma assembleia de voto e sei do que estou a falar; mas nunca me passou pela cabeça que esta gente fosse capaz de tal coisa, assim tão descaradamente. Será que estes indivíduos não percebem que, quando se faz uma coisa destas, numa função de tamanha responsabilidade, o mundo (o país) nunca mais é o mesmo? Não! Eles não percebem nada! Não têm noção de limite! São gente sem pudor, sem referências, sem dignidade, desonestos e sem princípios! Em suma, são criminosos (porque sabem que ficam sempre impunes).
Na minha cabeça surgiu a necessidade, premente, de fazer com que as pessoas soubessem disto. Através da Comunicação Social nem vale a pena tentar. Contactei, telefonicamente, o dito jornal e nada aconteceu. Se isto fosse, de facto, um país, onde se dão notícias, seria um escândalo! Mas não! Não se dão as notícias; “fabricam-se”, “inventam-se” notícias! Se “isto fosse um país onde as notícias fossem tratadas com seriedade, esta minha constatação teria sido, certamente, motivo de escândalo e notícia várias vezes repetidas, como “eles” fazem com as notícias, mesmo as inventadas, que querem tornar importantes e decisivas. Nada aconteceu!"
Perante estes resultados há dois factos que, para mim, não fazem sentido:
O primeiro é a nomeação de Santana Lopes, como primeiro ministro. Este governo tem menos legitimidade democrática do que os nazis. O facto, por si só, evidencia bem os conceitos, obtusos e reaccionários, dos nossos políticos, incluindo o Presidente. Até porque a superioridade da democracia reside, precisamente, no facto de permitir resolver todos os problemas, sem excepção, por permitir mobilizar todos os cidadãos e competências, sem excepção. É por isso, por causa destes conceitos obtusos, dos nossos políticos, que a nossa situação é tão má e tão sem esperança. É a mais elementar e cabal demonstração do nosso défice democrático. Mas o que a situação e a atitude dos responsáveis políticos pronunciam de tenebroso, é o mais assustador.
O segundo facto é o sinal, pérfido, que os responsáveis europeus deram aos respectivos povos, ao manterem a nomeação do cherne, para a Comissão Europeia, depois de ter recebido um tal "veredito" da população portuguesa. Para eles quanto mais odiado pelo povo, melhor!

2004/12/23

Disse o quê? Feliz Natal!?

São 13H05, do dia 23 de Dezembro de 2004.
O gato, lembram-se, o do artigo anterior, continuou a gritar, toda a noite e lá está, ainda.
A perspectiva de “Feliz Natal” das pessoas que moram perto é, portanto, a continuação da tortura de passarem a noite da consoada a ouvir os gritos do bichano!
Nem numa coisa tão simples, nós, cidadãos, temos direito ao sossego; nem no Natal. Caramba! Uma coisa tão simples de resolver, se houvesse dignidade, se não fôssemos reféns de malandros e criminosos. Só esses é que têm direitos, nós não!
É por isso que eu não voto neles. Isto são coisas que deviam resolver-se naturalmente, sem dramas, se alguma coisa funcionasse; se não funciona é culpa de todos os políticos!
Que tenham um péssimo Natal, porque não merecem outra coisa, já que também não nos deixam ter o sossego mínimo a que temos direito!
Venham apelar a que votemos que terão a mesma resposta e serão tão escutados, como nos respondem e nos escutam, nos respeitam!

2004/12/22

Os nossos magnos problemas!

Vivemos num país onde existem problemas muito difíceis de resolver; como, por exemplo… um gato.
É isso mesmo! Um simples e modesto, insignificante felino, comummente designado por “gato”, pode ser um problema insolúvel; ora vejam:
Em Benfica, Lisboa, junto ao mercado municipal, está em construção um bloco de apartamentos.
Dizem-me que, pelo menos desde o início deste mês de Dezembro, anda um gato, todo preto, nos andares de cima (4º e 5º andares, sótão e telhado). Não se sabe como é que o bicho foi lá parar. O certo é que não sai, nem mesmo para procurar comida. Durante o dia, esconde-se dos trabalhadores e ninguém o ouve, mas à hora do almoço, à noite e aos fins-de-semana, grita desalmadamente. Isto, repito, desde, pelo menos, os dias 4 ou 5 deste mês.
O facto é que o sofrimento extremo manifestado pelo animal, incomoda todas as pessoas que moram perto (e são muitas), não deixa dormir, nem descansar.
Hoje mesmo, foi enviado este “mail”, à SPDA. Ora leiam:
“Moro em Benfica, Lisboa. Nas traseiras do prédio onde moro, estão a construir um bloco de apartamentos. A morada é Rua de Nossa Senhora do Amparo, em frente ao supermercado Modelo, junto ao mercado de Benfica, perto da Igreja.
Desde o início deste mês que um gato, preto, está nos andares mais altos dessas obras. Assustado, foge das pessoas e não aparece enquanto existe pessoal a trabalhar nas obras. Mas à noite e ao fim de semana não se cala. Berra desalmadamente, não deixa descansar, nem sequer ter paz de espírito.
Já reclamei junto dos responsáveis da obra, já chamei a polícia, mas o bicho, que chegou a ser apanhado (por anónimos, que acederam ao local abusivamente) e deixado nos terrenos próximos, juntamente com outros gatos, voltou ao mesmo sítio e continua lá, a gritar, de noite e aos fins-de-semana, que até faz doer a alma.
Gostaria de saber o que é que se pode fazer para que alguém trate deste problema. Estou disposta a testemunhar, em tribunal, para que os responsáveis tenham que resolver esta situação e para que isto não volte a acontecer. Já me disseram que é frequente este tipo de coisas, havendo mesmo quem sugira que o gato foi lá posto por alguém que ali trabalha. Não sei se é verdade, nem isso me interessa. O facto é que uma coisa destas não é admissível. Todas as pessoas aqui em volta estão indignadas, mas ninguém sabe o que se pode fazer!
Solicito resposta urgente!
Obrigada!”
Que teve a seguinte resposta:
“Uma vez que o animal já foi retirado uma vez dos andares superiores do edifício e voltou a ser abandonado por todos os que assistiram e foram coniventes, o que podemos sugerir é que arranjem um dono ou família de acolhimento para o animal, e assim o retirem das ruas, ou chamem os funcionários do canil camarário.”
Hoje mesmo, o assunto foi participado à Polícia Municipal, mas o gato continua, no mesmo sítio, cada vez mais desesperado e a espalhar desespero pela vizinhança.
O bicho era, sem sombra de dúvidas, animal de estimação. Nota-se pela maneira como se comporta. Talvez até haja quem o procure, com desgosto de não o encontrar.
Porém, seja qual for a situação, é incrível que um simples gato se transforme num pesadelo, para uma enorme quantidade de gente, sem que haja qualquer via de solução para o assunto.
Digo que é possível o bicho ser procurado, porque aqui perto, desapareceu, também no início do mês, um gato muito estimado, que nunca mais foi encontrado. Não é aquele, porque os donos já foram verificar.
Não me vou alongar sobre as várias hipóteses de explicação para o comportamento do bicho, que incluem a possibilidade de ter sido roubado e colocado naqueles andares, onde se desorientou e donde não conseguiu sair. O facto é que se um simples gato, se pode transformar num problema insolúvel (será que as pessoas com responsabilidades nesta área e as que têm acesso ao local, estão à espera que o animal morra à fome? Será que foi lá posto para isso, sem ligar à tortura que isso representa para as pessoas que o ouvem?) o que é que poderemos esperar de soluções para outros problemas mais complicados; que os há.

Sampaio "analisa" pedidos de indulto!

Oh Sr. Presidente, a gente nem sequer pedimos indultos, apenas justiça; um mínimo de dignidade, de garantias, de sossego, de paz, de direito a sermos felizes, como merecemos!
Será que dá para considerar também este pedido?

2004/12/21

Feliz Natal para todos!

Vou aproveitar este "poema" de Publicus Sociale, para desejar Boas Festas a todos.
Embora esta forma seja mais "o meu género", quero dizer duas coisas:
(1) Apesar de não saber versejar, gosto de poesia
(2) Os meus desejos de que sejamos todos felizes e que o Novo Ano seja muito melhor, para todos nós, no país e no mundo, são genuinamente sinceros! Primeiro porque correspondem aos meus anseios profundos e depois porque, mesmo que fosse apenas na época do Natal, o facto de sermos felizes (ou tentarmos sê-lo) contribui, de alguma forma, para que o mundo seja melhor, menos sombrio; e isso é bom!

É Natal, É Natal
O vento sopra lá fora
O zezinho fugiu
O santaninho caiu
É Natal, É Natal
O vento sopra lá fora
O bagão ficou-se
O presidente sentou-se
É Natal, É Natal
O vento sopra lá fora
O portinhas enganou
E o governo murchou
É Natal, É Natal
O vento sopra lá fora

Publicus Sociale

Contudo, ou talvez por isso mesmo, quero lembrar aqui todos os sem esperança, sem pão, sem lar, sem paz, sem emprego.
Os filhos dos soldados americanos entretanto mortos no Iraque,
As crianças iraquianas, vítimas da guerra e as orfãs;
As crianças palestinianas, que Israel teima em transformar em suicidas, porque não lhes permite esperança noutro destino.
As crianças de África, vítimas das guerras e da fome.
Todas as crianças que não têm a segurança e o respeito pelos seus direitos assegurados
Os perseguidos de todo o Mundo, nomeadamente os reféns de Guantanamo.

Para que possamos ser realmente felizes é necessário que estas atrocidades não tenham lugar no Mundo que queremos construir e pelo qual estamos dispostos a lutar!

Um Grande e Feliz Natal para todos!

É Benéfico para o País?

O governo (de gestão) teima em dizer que é benéfico para o País (eles fazem disso questão), cumprir o défice de 3%.
Talvez eu estivesse de acordo se, de facto, se tratasse do défice real; mas estas “artimanhas”? Esta vigarice dos números? Esta aldrabice de cumprir um défice, nominal, através de receitas extraordinárias, de medidas que comprometem o nosso futuro, ao invés de “garantirem o nosso futuro”, como deviam?
Isto é para enganar quem? Há pessoas (ou atitudes públicas) que se viciam, de tal maneira, nas mistificações, nas aldrabices, nas mentiras, que o fazem só para se convencerem a eles próprios. É o caso dos nossos políticos e responsáveis. Isto prejudica toda a sociedade e a nossa vivência em comum.
Quando é que esta gente passa a perceber o valor da honestidade, de falar verdade aos cidadãos, de não aldrabar, seja no que for?
Isto já enjoa, enoja, causa repulsa, porque nos rouba a esperança, a crença no futuro, as referências, visto que não podemos confiar em quem nos governa!
É por isso que eu não voto neles: porque, no que a isto concerne, e não só, são todos iguais, encobrem-se e colaboram todos.
É Benéfico para o País? A mentira, ou a aldrabice nunca é benéfica para ninguém!

2004/12/20

Atenção às burlas!

Em Congeminações, encontrei este AVISO! Aqui fica, para que todos saibam e não caiam na vigarice.
Pelo sim e pelo não mais vale prevenir...
1. Não ao site http://www.geocities.com/adsl_netfast NÃO o utilizem!!! Existe com o único propósito de vos ROUBAR as passwords!!! Se és amigo do teu amigo, reencaminha este mail. 2. http://www.portugalmovel.com -- NÃO ENTREM NESTE LINK. É uma página de toques, bonecos, etc. para telemóveis... CUIDADO!!! Para aceder a este site é necessário instalar um ficheiro. Este ficheiro, quando instalado, substitui a ligação telefónica. Normalmente utilizada clix, iol, Netc,Telepac, etc.), por outra ligação, pela "módica" quantia de 659$00 por minuto. Esta situação é gravíssima, atendendo a que ninguém se apercebe de nada, até aparecer a factura do telefone. O mais escandaloso é que o programa tenta constantemente ligar à internet, pelo que, se alguém abandonar o computador cortando a ligação, não imagina que o computador vai voltar a ligar, ficando a gastar 659$00 por minuto. Espalhem este mail.

2004/12/19

Que pouca vergonha!

Que pouca vergonha!
Na última edição do programa “Clube de jornalistas” (da 2), Emídio Rangel confirmou, instado a fazê-lo, que os dados que conhece lhe indicam que o governo (caído), recuou na intenção (anunciada) de privatizar o canal 2, porque decidiu mantê-lo (o canal 2) como forma de chantagem (e controlo) dos conteúdos dos canais privados, juntamente com a redução da publicidade no canal 1. Tudo isto teria feito parte dum dito “acordo de cavalheiros”, entre o ministro Morais Sarmento e os “donos” dos canais privados. Quão baixo desceu o significado do termo “cavalheiros”!
Acha ele (Emídio Rangel), que terá sido essa a (arma secreta) que o governo usou para calar Marcelo Rebelo de Sousa (e provocar o incidente que levou à demissão de José Rodrigues dos Santos? Pergunta a minha ignorância.).
Dito isto, em poucas palavras, foi solicitado a comentar os porquês do facto desta sua “tese”, tão verosímil, não ser abordada na imprensa.
Pois… não teve oportunidade de responder, porque a “censora de serviço”, não deixou. Interrompeu e desviou, imediatamente a conversa, para trivialidades.
Vocês conhecem alguma forma mais descarada de confirmar uma “teoria”? Acho que nem o já famoso: “não confirmo nem desminto”, consegue ser tão convincente.
Quando será que esta gente acorda, desta sua paranóia, percebe que já não engana ninguém, que tudo se sabe; e que, pior do que isso, estas suas atitudes apenas comprometem, definitivamente, o seu prestígio, a sua credibilidade? A “credibilidade” da “nossa” democracia?
Como é que esta gente acha que o país pode evoluir, comandado por gente assim (eles próprios), em que ninguém acredita? Como é que as pessoas podem ser mobilizadas para objectivos propostos por pessoas assim desacreditadas? Quando é que esta gente vai perceber o papel destruidor desta hipocrisia, em gente com responsabilidades?
Eles não sabem o valor, nem conhecem a importância da liberdade de expressão, da democracia, da idoneidade, da necessidade das pessoas, com responsabilidades, falarem verdade, serem honestas!

2004/12/18

À espera do Milagre!

No início do ano de 2003, o nosso “digníssimo” Presidente da República, falando numas reunião de “ilustres cabeças” (creio que eram cerca de 500 economistas), decidiu expor-se ao ridículo de: “pedir que lhe levassem o milagre”; isto é: as propostas de medidas que permitissem baixar o défice, reduzir o desemprego e acelerar o desenvolvimento (aumentar o crescimento económico).
Às vezes (muito frequentemente) acho que ninguém me compreende. Desde essa altura que tenho “atravessada na garganta” esta atitude ridícula do Presidente; e parece-me que ninguém imagina o que isso seja; o quanto de frustração, de indignação e de revolta isso representa. Isto porque o país continua, vertiginosamente, a descer, neste plano inclinado em que o cherne nos colocou, deliberadamente, aumentando, a cada dia que passa, o sofrimento e o desespero de muitos; e também a descrença e ausência de esperança de todos.
Só me faltava, agora, Sua Excelência o ex-primeiro ministro Cavaco Silva, vir repetir aquela atoarda, fazer igual figura ridícula, para acabar de me estragar as já ínfimas perspectivas que tinha de “Boas Festas”. Não há boas intenções, nem desejos, por mais sinceros que sejam, de amigos e conhecidos, que resistam a tão rude golpe! (Mais este tão rude golpe).
Já o disse aqui (e vou repeti-lo até que deixe de ser necessário) que existem, em todos os tempos e lugares, as soluções para todos os problemas da humanidade. É isso mesmo que nos distingue das outras espécies, que faz de nós uma espécie superior: a capacidade de compreender e RESOLVER problemas. Pelo que teremos que concluir que os nossos notáveis nem merecem a designação de seres humanos.
Já disse, aqui, (e vou repeti-lo até que deixe de ser necessário) que os nossos antepassados foram obrigados a acabar com o feudalismo, para que fosse possível colocar, nos cargos de responsabilidade, as pessoas adequadas. É óbvio que os nossos notáveis são parasitas, usurpadores de cargos que não lhes pertencem. Quantos cidadãos íntegros, idóneos, competentes e eficientes já tiveram que destruir, por esse objectivo?
Já disse, aqui, (e vou repeti-lo até que deixe de ser necessário) que existem, em todos os tempos e lugares, as pessoas certas para cada cargo e função. Cá também existem! A circunstância de serem essas pessoas a ocupar os cargos, ou não, apenas depende da autenticidade da democracia. Se a democracia funciona, esse “problema” está resolvido e, com ele, todos os outros podem ser resolvidos, também.
Portanto, a existência, ou não, de soluções para os nossos problemas, é apenas uma questão, simples e elementar, de existência, ou não, de democracia! Tão simples como isto!
Não sei se disse aqui, mas vou dizê-lo agora, quer seja repetição ou não: tudo isto, que acabei de dizer, são apenas sistematizações de leis, bem conhecidas de qualquer pessoa minimamente evoluída, minimamente esclarecida, rudimentarmente democrata. Coisas que, temos que concluir, os nossos notáveis não são! É que isto são coisas básicas do conhecimento comum, dos princípios mínimos de raciocínio honesto, de qualquer pessoa esclarecida e actualizada. Portanto, ou são desonestos, ou são broncos (ou são as duas coisas).
Incompetentes, eles são; disso não tenho a menor dúvida.
Pois! Afinal tudo se resume àquela lei fundamental de qualquer estrutura eficiente: “colocar a pessoas certa no lugar certo”. É óbvio que os exemplos aqui referidos não obedecem a essa lei. Isso faz toda a diferença, porque, sendo eles reconhecidos como notáveis, como lideres, nunca vão admitir que outros, menos importantes, possam saber ou ser capazes de coisas que estão além das suas capacidades! Para isso seria necessário serem minimamente democratas, mas não são, nem precisam sê-lo. Por isso decretam, assim, que somos todos tão cretinos como eles, o que é falso, tão incompetentes como eles, o que é falso, tão presunçosos como eles, o que é falso.
Mas eu sei que houve quem respondesse ao Presidente. Ora leiam esta transcrição:
“Noutra carta disse-lhe que sei quais as medidas necessárias para recuperar a economia, baixar o défice e reduzir (muito) o desemprego. Mas como o Presidente tinha pedido, publicamente, “o milagre” e eu lhe disse que não existem “milagres”, ele não deu importância ao que escrevi. Prefere ficar “a espera” do “milagre”, impossível”
O presidente ligou alguma importância? Vê-se bem que não!
Portanto, não apenas estamos condenados a ficar à espera do milagre, (mesmo sabendo nós que Deus se recusa a resolver problemas que compete aos homens resolver), como as resposta permitidas, para o “apelo” são apenas as que vierem das pessoas que estão autorizadas a saber do assunto. O velho problema do currículo é claro. A sociedade não funciona assim, a democracia não funciona assim. Assim não vamos a lado nenhum. É que Deus é muito bem capaz de nos pregar a partida de “dar capacidades” a pessoas que não obedecem a estes critérios (de quem podemos até não gostar nada). Mas isso, em democracia, não deve (não devia) ter a menor importância!
Portanto, o nosso problema é de défice democrático, de défice de democratas.
O pior é que estes comportamentos, que considero aberrantes, (e geradores de todas as outras aberrações com que nos deparamos, todos os dias), encontram eco, nos cidadãos. Em “ideias soltas”, comentando o artigo “65 imóveis por ajuste directo”, deixei um comentário que mereceu esta opinião de jgonçalves:
“Temo que o PR pouco possa fazer, queira ou não queira.A questão é muito mais preocupante, do que “safar” o défice.O que se tem vindo a registar, em nome do tal défice, é a um aumentar infindável das dívidas do estado. Quando se adiam os compromissos, para data futura, vão-se acumulando as dívidas, então como hoje, pede-se emprestado, (hipotecam-se os tais imóveis), mas a dívida fica e será acrescida ainda dos pagamentos que este empréstimo obriga.
Quanto às despesas correntes do estado, em vez de diminuírem, vão-se agravando diariamente.
Isto está quase como os “drogados”, enquanto há dinheiro, consome-se a dose, quando não há, rouba-se…” Fim de transcrição.
Não há dúvida de que, desfazer tanta ideia mecanicista, tanta subserviência ao status actual, é um trabalho hercúleo! É necessário ter a coragem de “pensar diferente”
Mas há uma outra questão que queria sublinhar, aqui:
Ainda há poucos “posts” atrás, eu “arengava” contra o facto de existirem relatórios e “estudos” que, em teoria, põem “o dedo na ferida” e enumeram as causas, objectivas, da nossa desastrosa situação. Pois se essas são as causas, não seria de passar à sua resolução, como prioridade absoluta? Até são coisas facilmente resolúveis. Mas não! Depois vêm estes “arautos do milagre” convencer-nos de que nada se pode fazer; desmentir aqueles, dizendo que, afinal esses problemas identificados (por demasiado óbvios e indesmentíveis), não carecem de resolução. Ainda hão-de aparecer os seus “descendentes” a dizer que, afinal, todas as nossas desgraças são castigo de Deus, como forma de vingança pelos “nossos” pecados. Até me apetece concordar, se o pecado for: deixá-los continuar a desgovernar-nos sem constante e feroz combate.

2004/12/17

Respeitar os direitos Humanos!

A Turquia não pode entrar na UE, porque existe violência nas suas prisões, não respeitam os direitos humanos! Acho bem que tenham que respeitar os direitos humanos!
E cá? Não têm de ser respeitados os direitos humanos? Que raio de cunha é que estes gajos tiveram (têm) para estarem na UE e não terem que respeitar os direitos humanos? Nomeadamente nas prisões e no (adequado) funcionamento da justiça? Terá sido cunha, ou terá sido "venda" pura e simples, da nossa soberania e recursos económicos?
Hão-de concordar comigo que não faz sentido. O rigor deve ser igual para todos. Ou será que nós, cidadãos deste país, somos "filhos de um Deus menor" e temos menos direitos HUMANOS que os turcos? O que pensamos, o que sentimos, o que sofremos não interessa? SE CALHAR ESSA GENTALHA ACHA QUE NÃO SOMOS "HUMANOS".
Era só o que nos faltava!

Actualizado em 2010/02/13

Vejamos, mais de perto, como se (des)respeitam (violam) os direitos humanos em Portugal:

Aqui - Agressão Policial

Aqui - Gangsterismo da justiça

Aqui - Referência a vários casos e condenações de Portugal por violações dos Direitos Humanos. Há, inclusive, casos de "execuções", assassinatos, nas prisões. E depois os familiares ainda são perseguidos por denunciarem esses crimes.

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APELO!
Atenção às campanhas mais recentes:
-- Petição Para Valoração da Abstenção
-- Assine a petição AQUI, ou AQUI ou AQUI, ou AQUI, ou AQUI
-- Denúncia de Agressão Policial
-- Petição contra os Crimes no Canil Municipal de Lisboa

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Uma Anedota de País!

Em "o Jumento" encontrei este texto, proveniente de "mail" recebido, que não resisti a copiar para aqui. Embora não pareça é disto tudo que tenho andado a falar; é isto tudo que me preocupa. Cada "circunstância" da nossa vivência em sociedade; nesta sociedade em que vivemos, é um bom exemplo de um dos tipos de coisas que têm que mudar, urgentemente
"Este país do faz-de-conta é cada vez mais uma anedota pegada.
Ora atentai lá nesta coisa vinda no Diário da República nº285 de 6 de Dezembro 2004:
No aviso nº 11 466/2004 (2ª Série), declara-se aberto concurso no I.P.J. para um cargo de "ACESSOR", cujo vencimento anda à roda de 2500 EUR (500 contos). Na alínea 7:..." Método de selecção a utilizar é o concurso de prova pública que consiste na ... apreciação e discussão do currículo profissional do candidato."
No Aviso simples da pág. 26922, a Câmara Municipal de Lisboa lança concurso externo de ingresso para COVEIRO, cujo vencimento anda à roda de 350EUR (70 contos) mensais. "... Método de selecção: prova de conhecimentos globais de natureza teórica e escrita com a duração de 90 minutos.
A prova consiste no seguinte: 1. - Direitos e Deveres da Função Pública e Deontologia Profissional; 2. - Regime de Férias, Faltas e Licenças; 3. - Estatuto Disciplinar dos Funcionários Públicos.
Depois vem a prova de conhecimentos técnicos: - Inumações, cremações, exumações, trasladações, ossários, jazigos, columbários ou cendrários.
- Por fim, o homem tem que perceber de transporte e remoção de restos mortais. Os cemitérios fornecem documentação para estudo.
Para rematar: Se o candidato tiver:
- A escolaridade obrigatória somará + 16 valores;
- O 11º ano de escolaridade somará + 18 valores;
- O 12º ano de escolaridade somará + 20 valores.
No final haverá um exame médico para aferimento das capacidades físicas e psíquicas do candidato.
ISTO TUDO PARA UM VENCIMENTO DE 70!!! CONTOS MENSAIS!
Enquanto o outro, para um vencimento de 500 contos, só precisa de uma cunha!!!"
Fim de transcrição.
Mais palavras para quê? São os altos critérios de selecção, baseados na "competência" curricular, para uns; prova de uma hora e meia para outros. Porque, como sabemos, o curriculo é uma coisa fiabilíssima, para avaliar candidatos: eles até podem passar o tempo a fazer todo o tipo de disparates, mas isso não interessa nada. Têm um curriculo invejável e pronto. Já vimos isto inúmeras vezes, nomeadamente no caso de ministros que passam a administradores; ou administradores que "conduzem" à falência as empresas que gerem e são "punidos" com a nomeação para outro cargo superior! Têm um curriculo invejável! (E muita experiência... em tropelias, a fazer disparates, quando não autênticos crimes)!

Do lado errado! Que esperança!

“Por um lado há os que nascem no lado errado da vida... por outro, os que detêm o poder erradamente!
Junte-se sal q.b. e temos este mundo desgraçado.”
Este comentário, de “mfc”, do “Pé de Meias”, foi o “mote” para “passar ao papel” as ideias que se seguem.
Já todos sabem, mas nunca é demais repetir, que, muito mais do que lamentar, comentar, diagnosticar, expressar opinião, acerca dos problemas da vida, do País e do Mundo, me interessa: como actuar, o que fazer, que soluções existem, para todos esses “magnos” problemas.
No artigo “Audácia” registei o que penso, acerca do que me parece dever ser a actuação das “pessoas de bem”, em relação aos “problemas” da vida. Dizia: “Vem isto tudo a propósito de “quem tem legitimidade para fazer o quê”. Vivemos um tempo em que, quando se trata dos arbítrios dos “filhos das trevas”, tudo é legítimo, ninguém questiona. Mas se for alguma solução para problemas, prementes, da sociedade, levanta-se um coro de “objecções”, com os mais falaciosos pretextos (todos democráticos, obviamente).”
Não o disse na altura, mas vou fazê-lo agora: é óbvio que as ilegalidades, as infâmias, os arbítrios (até os crimes mais abomináveis) não são contestados (muito menos pela comunicação social), porque os seus autores, são também quem controla a “opinião pública”; quem decide o que se pode ou não publicar; o que é ou não “notícia”; punindo os “atrevidos” que não se submetam às “regras” (leia-se: arbítrios) deles, na comunicação social, ou nas instituições.
Para além disso, ainda conseguem manipular a “mente” fraca de alguns teóricos, que insistem em apregoar que os nossos males se devem, todos, à “natureza humana”, vista através da misantropia das suas mesquinhas ideias. E se os contestamos, pretendem impingir-nos que as aberrações que detêm o poder de governar os países e o Mundo também são humanos. Donde temos que concluir que, para estes, são a única “natureza humana” que conta. Nós, devemos cingir-nos à nossa insignificância e aceitá-la como um facto imutável, assumindo as culpas, e responsabilidade, conjuntas, mas sem direito de opinião ou de outra opção, porque eles são importantes e nós não; mesmo que sejamos a maioria.
Também já disse isto, noutras alturas: que me indigna esta mistificação dos que “pretendem” atribuir ao cidadão anónimo, a todos nós, a responsabilidade, a culpa, dos males do mundo, invocando a sua paranóica “maldade” da natureza humana, quando, afinal, ninguém nos ouve, ninguém liga importância ao que pensamos, ninguém nos representa, em nenhuma instância. Mas continuam a ser todos “muito democráticos”, muito dignos, muito importantes, muito “soberanos” legitimamente ratificados pelas “suas”, inventadas, maiorias.
Volto a estes temas, porque eles “enquadram”, na perfeição, o que estou a tentar dizer.
Que tem que ver com a forma como a maioria das pessoas, incluindo as mais bem intencionadas, caem nestas “armadilhas”. Não é possível avançar no sentido de transformar o mundo, sem separar “o trigo do joio”; sem perceber com quem podemos contar e como.
É na sociedade, nas pessoas (na democracia) que é possível encontrar (construir) as soluções para os nossos problemas. Em todas as sociedades; em todas as democracias; na maioria das pessoas. Só se pode fazer isso quando a opinião de cada um tiver o mesmo peso nas decisões que nos afectam. Quando todas as opiniões tiverem o mesmo direito a igual divulgação (sobretudo as que forem construtivas, porque, actualmente, é ao contrário).
À laia de exemplo, estou a lembrar-me, por exemplo, da enorme quantidade de epítetos que têm sido dirigidos ao povo americano, porque Bush voltou a ser eleito. Pois então pensei, “na enorme quantidade de epítetos” que o mundo inteiro nos pode dirigir, por não conseguirmos sair deste marasmo e estarmos cada vez pior. Acham que serão muito diferentes? Desenganem-se! Vocês sentem-se merecedores desses epítetos? Eu não, nem a maioria da população portuguesa, que está condenada, há muito, a não “ter voto na matéria”. Se tivéssemos, tudo seria diferente.
É assim que “me perco”: já escrevi isto tudo e ainda vou nos “entretanto”.
Passemos então aos finalmente:
Quem detém o poder, no Mundo? Gente que o “conquista”, e o mantém, à custas das mais torpes baixarias.
Porque é que o mantêm? Porque quem se lhes opõe (e somos a esmagadora maioria) não consegue, no todo ou em, pelo menos, uma boa parte, emancipar-se das ideias falaciosas que descrevi atrás. As pessoas perdem a confiança naqueles que são promovidos a “referências”, mas que não valem nada; e usam-no como referência, para perder a confiança na sociedade, sem perceberem que, assim, só estão a colaborar com a perpetuação da perfídia.
Até há os que, cheios de “boas intenções” acham que é legítimo impor as suas ideias salvadoras, mesmo que sem o apoio da maioria. Nada mais errado! Não basta que as ideias sejam “nossas” para serem boas. Têm de ser reconhecidas como tal, pela sociedade. Uma democracia só o é, se construída pela maioria, com condições de participação da maioria. Só assim podemos garantir que não caímos nas mãos de uns quaisquer novos “hitlers”!
Pois! É isso mesmo: o que estou a “apontar” é o caminho mais espinhoso, mais difícil, mas o único seguro! Enveredar por ele e persistir nele, até conseguir é uma atitude de audácia de quem não se escusa de exercer as suas “competências”, para que outros não lhas usurpem, para os piores fins possíveis! Todos temos legitimidade para o fazer!
É por isso que eu acho que a abstenção deve ser valorada (como já expliquei outras vezes). É por isso que eu acho que, na ONU, as decisões que nos afectam a todos, como é o caso das guerras e conflitos armados, devem ser tomadas pela maioria da população mundial, com recurso a referendos para fundamentar a votação de cada país, em vez do abjecto sistema, actual, do direito de veto.
É que, se assim fosse, seríamos poupados a muita infâmia, como os atentados terroristas (nomeadamente os de onze de Setembro) porque os objectivos dos seus autores não seriam atingíveis. (Eu acho que o 11 de Setembro, foi executado pelos próprios responsáveis americanos, mas mesmo que não seja assim, isso nada alteraria)
Quanto tempo, quanto esforço, quanta teimosia, quanta determinação vai ser necessária, para que estas ideias encontrem eco suficiente nas pessoas, nas sociedades? Não sei (ainda), mas garanto que hei-de descobrir, insistindo, insistindo, insistindo!

Eleições. Liberdade de Expressão!

O Carlos que "bloga" em "Ideias Soltas" e não só, deixou este comentário a que, obviamente, não podia deixar de dar destaque. É uma discussão para prosseguir, pelo menos pela minha parte!

"O voto em branco parece ter aparecido em moda após o Saramago o ter ficcionado. No entanto apenas a abstenção diz claramente que, para além dos candidatos não nos servirem, consideramos o próprio sistema democrático que eles determinam e controlam em causa. Ora o voto em branco, bem pelo contrário, diz que apesar de estarmos de acordo com tudinho não sentimos o "chamamento" de nenhum candidatos.
A diferença é enorme. Tão grande que os regimes parlamentares do Ocidente a primeira coisa que fazem é expurgar a percentagem da abstenção do resultado dos plebiscitos e distribuí-la em assentos de candidatos que ninguém sufragou. A isto não se pode chamar democracia! Só garantindo que os lugares em quem ninguém votou não serão ocupados, ficam sem representação, é que poderia levar a classe política a pensar que tem obrigação de apresentar soluções que motivem os cidadãos a votar e a ter um papel mais activo na sociedade."
Só acrescentaria que, não fariam mais do que a sua obrigação (a classe política), porque eles é que dizem, reivindicam (e ganha para) representar toda a sociedade. Tanto mais que as soluções existem, mas eles é que têm que as procurar, que as implementar.
Acho mesmo que esta (honestidade fundamental da democracia) será a única solução para o impasse que se vai verificar após as próximas eleições. É que, com isto, tudo muda (no bom sentido, é claro).
Um abraço ao Carlos!

Distinções!

A Imprensa Estrangeira "acreditada" em Portugal, designou "personalidade portuguesa do ano" O Cherne.
Acreditada! Quem é que acredita em gente assim?
Vejam se pode! Quem terá subornado toda essa gente?
Deve ser por causa do espectacular impulso de desenvolvimento que deu à economia e às condições de vida, no nosso país, enquanto primeiro ministro! Não é uma façanha digna de registo, de louvor? Ou será que estes são tão chauvinistas que acham que, neste país, quanto pior melhor para eles?
Sádicos! Nunca se cansam de nos humilhar. Devia ser proibido!
Ainda bem que não me dão uma "distinção" dessas, para não ter que recusar uma coisa tão conspurcada!

2004/12/15

Para ler com atenção!

Os últimos cinco "posts" de "A Grande Fauna" merecem ser lidos com atenção!
Acrescentaria uma palavra para lembrar os inúmeros "bodes expiatórios" que os USA mantêm sequestrados (e maltratados) em Guantanamo! Nesta quadra mais se justifica lembrar estes seres humanos, dos quais a maioria, o único "crime" que cometeram foi terem nascido num dado país (pobres), pertencentes a uma dada etnia! Nem tanto seria necessário, para ficarmos suficientemente arrepiados!

ABSTENÇÃO!

Transcrevo, aqui, dois comentários de "Coisas que nos escapam":
said...
Abstenção não, VOTO EM BRANCO!
9:46 PM
Biranta said...
Pois, para mim, é mesmo ABSTENÇÃO; pelo simples facto de que há que ir ao encontro das pessoas, valorizar as suas opiniões e não "propor" actuações que elas não "entendem", naturalmente. Nisto como em tudo na vida, na sociedade, na política. Só assim se consegue mobilizar a maioria das pessoas, para resolver os nossos magnos problemas. É preciso ir até às pessoas e "trazê-las" para a participação cívica, e não o contrário. Isso eu garanto que é possível fazer e que é eficiente! Garanto mais: nós, a abstenção, é que vamos ganhar as eleições!
E não é por "mérito" meu, é por demérito dos políticos. Isso é que tem de ser apregoado, aos quatro ventos, para que eles não possam dormir. Os motivos desse facto é que têm de ser valorizados, porque assim é que é democracia! Tentar "impor" o "voto em Branco" não é mais do que uma forma de cedência aos "critérios" deles; de legitimação das "regras" que eles fizeram e que tão bem lhes têm servido. É contra isso que estou. Democracia é outra coisa, não esses sofismas que se revelam aberrantes, na realidade!
Mas, também, só vem quem quer! A minha intenção é ter o direito de opinião e não ir atrás de alguém, ou puxar alguém atrás de mim!

2004/12/14

Lisboa. Atenção Condutores!

Caça à multa na Av. de Ceuta, em Lisboa!
Em "Pé de Vento" encontrei um artigo intitulado "Caixote do Lixo" que deve merecer a atenção de todos os condutores de Lisboa. Para aceder, basta "clickar" neste título!

Atentados de 11 de Março em Madrid!

Em "A Grande Fauna" encontrei uma notícia sobre o assunto, que merece destaque. Para aceder, directamente, basta "clickar" no título deste "post"

Coisas que nos "Escapam"!

Coisas que nos “escapam”!
Na minha visita diária, pelos “blogs”, encontrei este comentário no “Muimentiroso” (para aceder, directamente, basta "clickar" neste título):
Anonymous said...
Leiam o Publico de hoje (13 de Dezembro) e vejam o que o muito mentiroso diz sobre a autora desta noticia. Esta notícia que mais me parece um artigo de opinião basea-se nas declarações de elementos da equipa de saúde mental da Casa Pia "que preferem manter o anonimato" e no facto dos mesmos estarem a "ponderar pedir a demissão". A notcia vai mais longe e chega mesmo a mencionar que "segundo o Publico apurou, o instituto de Medicina Legal deverá contestar o pedido da magistrada".
Fim de transcrição.
Fui ver e lá estava a referência à tal “isentíssima e impoluta” autora da verborreia.
Copiado do Relatório do GOVD “Muito Mentiroso”
“Dias André foi “introduzido”, no meio jornalístico, por Moita Flores e pelo inspector-chefe Teixeira. Assim conheceu a sobrinha de Cunha Rodrigues, no Diário de Notícias (que veio a ser testemunha-chave, contra o Dr. Fernando Negrão); Jorge Soares, do Correio da Manhã (que tem, hoje, como “braço armado”, Octávio Lopes, com a cumplicidade de Octávio Ribeiro); Felícia Cabrita, do Expresso e da SIC; Paula Carvalho, do Público. Entretanto, um tal Câmara, do Diário de Notícias, foi identificado pelos miúdos. O caso (mais este) também foi “abafado”. A Paula Casou com um elemento da Brigada. São visita da casa de Pedro Strecht.” Fim de transcrição.
A notícia a que o comentário alude é, de facto, um amontoado de conjecturas, falaciosices, insinuações tendenciosas e sectárias, a evidenciar que, no entender de quem a escreveu, as “competências” de Juízes, magistrados e técnicos só são “legítimas”, se encaixarem nos objectivos do “grupo” em que se inclui, se não puserem em causa os actos conspirativos entretanto praticados. Temos, mais uma vez, a política do facto consumado. É assim que tem sido aviltada a nossa democracia; é com estes “argumentos” incontestáveis e “puramente democráticos” que temos sido conduzidos para a bandalheira em que nos encontramos. Isto, meus amigos, em pleno tempo de pré-campanha. Com todo o descaramento!
Curiosamente, ou talvez não, ao lado desta notícia, podemos ler: “Na sociedade portuguesa, continua a reinar uma cultura de desrespeito pela lei, o direito e os direitos dos cidadãos. A sociedade civil encontra-se mal organizada, na defesa dos seus interesses e direitos colectivos. É u7ma das situações que mais contribui para a estagnação do nosso crescimento económico, impedindo uma melhor qualidade de vida para os cidadãos….”
É caso para dizer: É claro, nem pode ser doutra maneira, enquanto se tolerarem “notícias” destas; enquanto o jornalismo estiver entregue a gente assim! O resultado disto tudo só pode ser: NADA, mudança nenhuma, resolução nenhuma dos nossos problemas reais, como constatamos todos os dias. Tanto cinismo, tanta hipocrisia deviam ser proibidos! Porque eles sim, é que são os responsáveis pela degradação absoluta da nossa situação política e social.
Alguém, na política, aparece com “perfil” para acabar com estas infâmias todas? Para exigir, desta gente, eficiência, objectiva? É que, meus senhores, a realidade não engana. E ela desmente, clamorosamente, as supostas “boas intenções” por detrás desta demagogia infame e criminosa.
É por isso que eu não voto neles. É por isso que eu apelo à abstenção! Isto são coisas que nos indignam, todos os dias; contra as quais reclamamos, a quem de direito. Ninguém nos ouve (e, quem tem que nos ouvir são os políticos, porque é a eles que está entregue o poder). Chegou a hora de experimentarem do seu próprio veneno: vão suceder-se os apelos ao voto, de toda a gente, inclusive o Presidente da República; chegou a hora de os ouvir, tanto como eles nos têm ouvido a nós! Pela nossa própria dignidade como cidadãos, apelo à abstenção. Não votem, nesta gente, porque eles não merecem. A nós de nada nos vale, como não tem valido, até agora!

2004/12/13

Calamidades!

Há pouco, um sismo sentido, em Lisboa, deixou em pânico algumas pessoas que eu conheço! Perante fenómenos como este é sempre “política e socialmente correcto” manter a compostura. Também é filosoficamente correcto não “entrar em pânico”, até porque nada se ganha com isso.
Mas, apesar de toda essa, conveniente, racionalização de sentimentos, decidi aproveitar a ocasião para passar à escrita os meus receios mais profundos, os que me estão sempre no subconsciente. É apenas para ilustrar os reais motivos de todo o meu alarido acerca da necessidade premente de que mude a maneira de actuar das nossas instituições. Passo a explicar:
Sismos, ou outras calamidades da mesma natureza, são coisas que podem acontecer, em qualquer momento, em qualquer lugar! O que me preocupa é a sensação que tenho de que as instituições que existem (formalmente, apenas) na nossa sociedade, não sabem nem querem saber organizar-se e organizar-nos para se poder responder, adequadamente, a uma emergência desta natureza! A provar o que digo, aí estão os incêndios, todos os anos, sem que sejam tomadas as medidas, óbvias, para os prevenir e combater eficientemente!
Tudo isso porquê? Porque a maneira, obtusa e obsoleta de actuar, das nossas instituições, as impedem de organizar e mobilizar uma ínfima parte que seja, da nossa população, para dar resposta a este tipo de situações. No verão passado, mais uma vez, lembro-me de ter ouvido anunciar, como se dum grande feito se tratasse, que estavam envolvidos, no combate aos incêndios, cerca de cinco mil bombeiros. Numa população de dez milhões de pessoas, não está mal. Está péssimo! É que bastaria mobilizar cerca de 3% da população, para ter envolvidas trezentas mil pessoas. Ah! Já sei! Já ouvi isso (e odiei) inúmeras vezes: é que somos todos estúpidos, atrasados, maus, pérfidos, ignorantes, incompetentes; porque umas quantas cabeças “iluminadas” de extrema perfídia, decidiram e decretaram que temos que ser assim, para que os nossos problemas não possam ter solução, para que eles não tenham obrigações; para que, uns quantos, se possa aproveitar das nossas desgraças colectivas para fazerem negócios clandestinos; para que possam pavonear toda a sua cretinice, sem contestação.
É assim que funcionam todas as nossas instituições; são estes os efeitos concretos, na nossa vida, da forma absurda, retrógrada e prepotente que os nossos governantes têm de nos impor a incompetência dos seus “compadres”.
É isso que eu temo, quando sinto um sismo: é que, se a situação se complicar, ninguém nos acode, não existem estruturas organizadas, na sociedade, em condições de mobilizar e prestar o auxílio devido e possível. Vai ser, como em tudo o resto, o “salve-se quem puder”! É que estas coisas têm de ser implementadas e organizadas, ao longo do tempo, com paciência, eficiência, persistência; mas, acima de tudo, com integridade e honestidade, com idoneidade!
Estas omissões são a nossa principal desgraça, existem sem motivo, porque tudo pode ser diferente e é por isso que me empenho tanto a lutar por mudanças eficientes. Fora do circo espalhafatoso dos político da treta, que têm da política a pior ideia possível; que praticam a pior política possível.

Assino por Baixo!

Em "O Jumento", encontrei um artigo, de cujo decidi passar para aqui o P.S.
"Aos dirigentes da Administração Pública (actuais e futuros) o Jumento avisa que todas as situações em que sejam designadas chefias em que o critério considerado não for a competência e aptidão para o cargo (independentemente das opções políticas) serão aqui divulgadas com toda a informação sobre os meandros das escolhas."
É só para sublinhar, para dizer que, pela minha parte, voui contribuir, também, com tudo o que puder, o que estiver ao meu alcance!

Ser Solidário, sempre que se justifique!

Em "congeminações" encontrei um artigo, que tem "link" directo, "clickando" aqui, no título deste "post". Fica a divulgação, à atenção de todos! Qualqquer esforço destes, "dividido" por muitos, custa bem menos! Além de que incentiva e encoraja!

2004/12/12

Crianças Desaparecidas! O Caso da Joana!

Eu não queria, juro! Mas não tenho saída (a não ser cruzar os braços, o que não faz o meu género).

Há pouco, no noticiário da tarde, voltaram a falar no caso do desaparecimento da pequena Joana.
Para os que me lêem de paragens mais distantes, esclareço que a Pequena Joana Cipriano é uma criança que desapareceu duma aldeia do interior do Algarve, Portugal.


Neste noticiário, mais uma vez, a opinião pública foi “bombardeada” com a “garantia” de que os familiares presos são culpados, de que a criança está morta; de que “confessaram” o “crime”.

Pois o crime, digo eu, aquele de que nos queixamos todos; que não nos deixa viver em paz, nem ser felizes, nem progredir; nem sequer ser cidadãos; o crime, dizia, são notícias como esta, comportamentos como este ficarem impunes e terem toda a protecção. Isso é que é crime!

Mas, já que me provocam, analisemos, então, com objectividade, os factos conhecidos.
Antes dos factos directamente relacionados com este caso, quero contar aqui um episódio, como exemplo característico dum certo comportamento, que ouvi relatar a três pessoas diferentes, que não se conheciam entre si, que encontrei em circunstâncias, casuais, diferentes. O exemplo passa-se no “Colombo”:
Um casal perde de vista a criança pequena, que os acompanhava. O pai, ao que me disseram, militar, dirigiu-se a um “segurança” e exigiu, com veemência, que as saídas fossem fechadas, até encontrar a criança. Foi-lhe dito que não podiam fazer isso, mas que seria impedida a saída de qualquer pessoa com criança(s) pequena(s). Devido a essa medida, a criança não pôde sair. Veio a ser encontrada, numa casa de banho, com roupa diferente, e com o cabelo rapado. Algo semelhante se terá passado no Shoping de Cascais, donde a criança não terá saído porque a mãe teve um “pressentimento”, quando viu uma mulher a carregar um tapete enrolado. Achou que a sua criança ia ali dentro.
Portanto, pais! Muita atenção aos Centros Comerciais. Basta um segundo para a criança encontrar outra mão na sua e seguir com essa pessoa, pensando que está com um dos progenitores!

Numa das edições recentes de “O Crime”, eram referidos sete casos de crianças “desaparecidas sem deixar rasto”. Lendo o artigo, apeteceu-me dizer: Grande título para coisa nenhuma!

Após estes “preliminares” passemos então ao tema principal deste artigo:
- Sabemos (saberemos?) que a pequena Joana tinha sido “referenciada” (e localizada) pela Segurança Social.
- Sabemos que logo foi “desaparecer”, por mero acaso (apenas por mero acaso, é claro) num dia de festa da aldeia onde morava, que se encontrava, então, repleta de visitantes.
- Sabemos que, segundo a comunicação social, a criança começou por ter sido “vendida” pela mãe, para a Alemanha. Sabemos que a PJ decidiu prender a mãe e o tio, como autores dum imaginário assassinato (que até terá sido confessado, imagine-se).

Porém, apresentar provas, simples, palpáveis, credíveis, quer do assassinato, quer da confissão, ZERO!
Não precisam! Eles são a “todo poderosa e prepotente” PJ, cujas “decisões”, por mais absurdas e criminosas que sejam, devem prevalecer!
Então agora sigam o “meu” raciocínio: e se a pequena Joana foi levada por “alguém” que a localizou através da Segurança Social. E se esse “alguém”, dispõe de “protecção” e capacidade de influenciar as “decisões” policiais? E se a PJ, conscientemente, montou esta “tragicomédia”, para favorecer os raptores (nada melhor, para quem rapta uma criança do que ela ser dada como morta; assim ninguém mais a procura) e, ao mesmo tempo, poder dar como “resolvido” um caso, para não se ver, novamente, confrontada com outro “processo” como os do Rui Pereira, ou do Rui Pedro, de que todos já ouvimos falar, mas que a PJ sempre se recusou a resolver?
(O Rui Pereira e o Rui Pedro eram duas crianças que desapareceram de aldeias do Norte de Portugal, quando tinham cerca de 9 anos. Os casos já ocorreram há vários anos e nunca foram esclarecidos apesar dos esforços (e desespero) dos pais dessas crianças).

O que eu sei, o que todas as evidências conhecidas clamam ensurdecedoramente, é que aqueles familiares nada tem que ver com o desaparecimento da criança.
É óbvio que não têm, mas se, por mera hipótese absurda, tivessem, então teríamos que concluir que se trata duma demonstração, clamorosa, da irrecuperável incompetência da PJ, igualmente a exigir punição severa, porque intolerável.
De facto, se a tese da PJ se verificasse, não há como explicar a sua incapacidade para obter uma confissão positiva, dos culpados, obviamente com localização da criança, viva ou morta! E não adianta virem-nos com delírios falaciosos e perversos. Trata-se de pessoas com baixo nível de instrução e de cultura, que só podem estar a enganar quem seja ainda mais baixo (e muito mais imbecil) do que eles!

É isto que me arrelia: quando é necessário, a nossa população é ignorante e não sabe o que faz! Mas se, por uma qualquer conveniência ocasional, o “interesse” mudar, já qualquer anónimo ignorante se transforma num ardiloso malfeitor, capaz de “enganar” “uma das melhores polícias do mundo”. Não restam dúvidas de que é um “slogan” de “publicidade enganosa” e premeditada, de quem acha que não tem que corresponder à fama. Basta afirmar (ou ter quem o afirme, falsamente, por eles).
Até quando, meu Deus!

Como não gosto de “deixar créditos por mãos alheias”, falta a última e decisiva pergunta: Em vista de todos os casos conhecidos e da forma obtusa como as nossas instituições protegem estes comportamentos aberrantes, das instâncias judiciais; em vista da total ausência de controlo, credível, dos respectivos actos; em vista da total falta de idoneidade e da consequente incapacidade de corrigir “erros” tão pérfidos como este, não têm toda a razão de ser as minhas “suspeitas”?

Deixem-nos ter um feliz Natal, sem infâmias, absurdas, que nos ensombram a todos! Já basta a persistência dos problemas que são de difícil resolução.

APELO!
Atenção às campanhas mais recentes:
-- Petição Para Valoração da Abstenção
-- Assine a petição AQUI, ou AQUI ou AQUI, ou AQUI, ou AQUI
-- Denúncia de Agressão Policial
-- Petição contra os Crimes no Canil Municipal de Lisboa

Para quem ainda não viu!

Bin-Tex deixou, em comentário, este endereço. Para quem ainda não viu, vale a pena a visita.
Para obter o "link", directamente, basta "clickar" no título.
http://agrandefauna.blogspot.com/2004/12/vamos-ter-saudades.html#comments

Um "TEMA" para manter ACTUAL!

Há uns dias, troquei uns "mails" com o Luís, acerca do que me parece ser a melhor via de solução para os problemas da nossa sociedade. Como é uma ideia "diferente", tenho consciência de que será necessário insistir muito, para que encontre eco. Aqui fica a transcrição duma das minhas mensagens. É só para manter acesa a esperança de um futuro melhor. Nesta altura justifica-se a dobrar.
Ah! o "blog" ALTERNATIVA, continua a ser um dos meus preferidos!
Transcrição:
"A forma como entendo (como acho que devia ser entendida) a valoração da abstenção (tomando como exemplo a eleição dos deputados) é assim:
As percentagens de votação atribuídas a cada força política, seriam calculadas em função do total de eleitores (como sabe, agora não é assim). Seriam eleitos apenas os deputados votados; ou seja: os deputados correspondentes à abstenção não assumiriam os cargos. O governo seria escolhido pela maioria do parlamento, se isso fosse possível (estou a pensar em entendimento entre os partidos, para indicar um primeiro ministro). Se tal não fosse possível, em último recurso, o governo seria entregue à força política mais votada. Nas questões mais controversas (onde não fosse possível obter os necessários consensos) a abstenção deviria se entendida como opiniões desconhecidas, recorrendo-se ao referendo. É claro que isto poderia ser aplicado inclusive, ao programa do governo. Portanto, enquanto os governantes cumprissem as suas obrigações e actuassem em conformidade com a vontade e o interesse da maioria da população, não vejo razão para haver problemas. Se houvesse, poder-se-ia sempre consultar a população. Isto até permitiria planear a governação do País, a longo prazo, que deixaria de estar dependente dos caprichos das mudanças de governo, como acontece agora, com as consequências desastrosas (e despesistas) que todos conhecemos; com projectos (e estudos) que nunca são concretizados (porque, entretanto, muda o governo). Aliás, uma grande parte dos desmandos (por vezes crimes) praticados pelos “protegidos” dos partidos, acontecem na gestão de empresas e outras instituições, cuja sujeição ao sectarismo e compadrio partidário é contra-natura. Eu fui vítima duma situação (infame) dessas. Uma história que é um completo absurdo. Nenhum partido representa percentagem suficiente da população, para poder “argumentar” que tem legitimidade para se apropriar desses cargos. Mas, podendo ignorar a abstenção, fazem-no com toda a naturalidade, sem sentirem necessidade de se submeter a regras, afirmando que têm a legitimidade de terem sido eleitos pela maioria (o que é falso). Até por isso, para acabar com o sofisma deste “argumento” é importante contar com a abstenção. Os governantes passariam a ter de considerar, sempre, os interesses da maioria da população e do país, ao contrário do que fazem agora, que consideram, apenas, os “interesses” do seu “grupo de amigos e correligionários”.
Repare que, actualmente, todas as forças políticas “querem” muito “governar” com maioria, mas isso nunca se traduziu em estabilidade suficiente, que nos permitisse progredir tanto quanto eu acho que é possível e desejável. Porquê? Porque os políticos não governam tendo em conta os interesses do país e da população; nem fazem oposição, ao governo, para defender esses interesses. Limitam-se (gastam todo o seu tempo e esforço) a atacarem-se uns aos outros, pelo menos publicamente, às vezes sem fundamento bastante. É necessário arranjar uma maneira de acabar com isto e fazer com que eles se preocupem, de facto, com a governação. É claro que podiam continuar a ter a tentação de fazer isso, mas seria muito mais difícil concretizarem-no, porque os opositores (ou o presidente) podiam sempre recorrer ao referendo, quando as coisas se complicassem e, se o não fizessem, corriam o risco de ser todos corridos nas próximas eleições. Porque as pessoas não estariam limitadas, como agora, a terem que votar neles, sem outra opção!
Mesmo o mandato do Presidente (ou dos presidentes das Câmaras) deviam ter duração proporcional à respectiva representatividade. Concretizando: num mandato com duração base de 5 anos, se o candidato recolhe, apenas 30% dos votos (como tem sido regra), exerceria as funções durante, apenas, um ano e meio, findo o qual seria referendada a sua continuidade, que teria que, obrigatoriamente, recolher a maioria dos votos positivos, sob pena de não se poder recandidatar, pelo menos até ao fim do mandato que lhe corresponderia.
Como vê, haveria sempre governo (ou preenchimento do lugar), apenas o controle seria mais apertado, (e feito, directamente, pela população), de modo a não permitir esta bandalheira que se vive agora, estas guerras intestinas entre interesses, que são o que determina os “factos” políticos. Nós ficamos sempre na mesma.
Vai ser preciso uma verdadeira revolução das mentalidades, sobretudo entre os políticos, para fazer reconhecer as vantagens dum sistema assim. Mas são transformações que se podem fazer (sem dor) sem violência (a não ser uns hematomas numa ou outra manifestação, por exemplo), que me parece um “preço justo”, tendo em vista a utilidade dos objectivos. Com um sistema destes, também se reduziam os riscos dos aventureirismos ditatoriais. E suprimia-se, por completo, a “inevitabilidade” da revolução, para “acabar com a actual tirania”. Para mim seria excelente, porque odeio violência e guerras. Acho que só agravam os problemas da sociedade e não permitem soluções democráticas. As guerras são “assuntos” de minorias e a democracia deve, sempre, envolver a maioria da população. Há soluções para os nossos problemas, para cujas é possível mobilizar a maioria das pessoas, independentemente da ideologia de cada um!
Claro que esta conversa nada tem a ver com o diálogo esquerda-direita, que alguns pretendem impor como um “bem absoluto” e que, para mim, é apenas monólogo! O único valor absoluto que reconheço é a Democracia! Esquerda-direita, actualmente, não passam de folclore!"
Fim de transcrição.
Só mais algumas palavras para dizer que iniciei contactos com uma Associação Cívica, no sentido de obter apoio logístico (e informação técnica) para iniciar a recolha de assinaturas, em petição, para levar por diante estas alterações que se impõem. É claro que, nessa fase, vai ser necessária a colaboração de todos. Como é justo, porque esta luta também é de todos e só pode prosseguir se for reconhecida como tal.
Por isso, se alguém conhecer onde encontrar o necessário apoio logístico para se iniciar a próxima etapa, a gente agradece.

2004/12/09

Um NATAL de Luxo!

Em “Tou na Lua” encontrei um artigo, com este título, que me agradou! Fiquei a pensar na “obrigação” de escrever alguma coisa acerca desta época! Vale a pena, não vale a pena? Optei por fazê-lo com frontalidade, que é uma coisa que se “justifica” sempre.
Lembro-me de, algumas vezes, quando era criança, ouvir as outras crianças falarem sobre as respectivas prendas, que recebiam, no sapatinho, e me ficar uma enorme frustração por não ter recebido nada! Cheguei a pensar que a culpa era minha, porque não tinha colocado o sapatinho na chaminé (acho que, a maior parte das vezes, nem sapatinho tinha, para colocar na chaminé). Até que, um dia, enchi-me de coragem e perguntei à minha mãe, porque é que os outros meninos recebiam prendas do menino Jesus e eu, tal como os meus irmãos, não recebia nada! Ela respondeu-me, com aquele ar de quem já tinha perdido a confiança na vida, que: “O menino Jesus não gosta dos meninos pobres; só dos ricos!”.
Estou aqui a contar isto para explicar duas coisas: (1) Os “motivos profundos” pelos quais me indigno sempre que veja as pessoas baralharem as responsabilidades do que se passa na sociedade; (2) A minha opinião (crítica), acerca do Natal.
Aprendi assim, como conto acima, a não ligar importância ao Natal. De facto, é uma época de hipocrisia. Tenho sérias dúvidas de que a “alegria” dos que ainda conseguem manter motivos para a conservar, (que são cada vez menos) compense o aumento de sofrimento, que a “época festiva” provoca, naqueles que nada têm para festejar, pelo contrário! É que os segregados, os pobres, os sem abrigo, as crianças que sofrem, as vítimas da guerra e da infâmia, os injustiçados, sofrem mais nesta época, sentem-se mais ultrajados, sentem as agressões da vida com mais violência.
Foi para ilustrar isso que contei aquela “minha” história: é que o estado de pobreza não se alterava, no Natal, apenas se agudizava o meu “desespero”, em comparação com “as alegrias da época” de paz, amor, fraternidade, a que só os outros (alguns dos outros) pareciam ter direito.
Além disso, o Natal é uma época de desgraças! Não me lembro de um único ano em que não aconteçam calamidades, que espalham o sofrimento. Também este sofrimento se repete, com maior intensidade, todos os anos, por esta altura, para as pessoas a quem a “época festiva” traz a dor da recordação dalguma tragédia que as tenha afectado.
Por isso, ligo pouco ao Natal! Mas ligo o suficiente para desejar a toda a humanidade: BOAS FESTAS! Para formular, mas com outra intensidade e outro querer, os mesmos votos que todas as pessoas formulam, todos os anos! Para persistir na procura de (e na luta por) um caminho mais digno, para toda a humanidade!
Para lembrar os injustiçados, nomeadamente os dos casos já várias vezes abordados neste “blog”. É que também as injustiças doem mais nesta época e doem potencialmente mais quanto mais são gratuitas e injustificadas. Haverá problemas que é difícil minorar, mas a perfídia? Isso é que tem de ser erradicado da nossa vivência em sociedade! Que tal aproveitar esta época para, ao menos uma vez no ano, ter a dignidade de corrigir infâmias e praticar a justiça?
Haverá problemas que é difícil resolver, mas muitos daqueles de que tenho falado aqui, são simples. A sua resolução é fácil e é imperiosa para que possamos ter, todos, um Natal mais digno, mais feliz! Deixar prevalecer a perfídia, mesmo numa época destas, é uma crueldade, sem tamanho, de suprema hipocrisia, de quem não merece a alegria do Natal.
Falemos claro: estou a lembrar-me, por exemplo (apenas por exemplo, porque o “apelo” vale para todos os injustiçados, que as instituições conhecem bem), do caso do, já nosso conhecido, Dr. L.J.N.S., preso há mais de sete anos, inocente. Entretanto, o Sr. Presidente da República já concedeu uns quantos perdões e amnistias. Mas, como se vê, os inocentes não têm direito a amnistias nem perdões. Ao contrário: o Sr. Presidente da República enviou para o MP, uma carta que recebeu da irmã dele, a reclamar desta situação. A “atenção” que o Sr. Presidente deu ao assunto, valeu-lhe, à autora da carta, uma condenação a 9 meses de cadeia, pena suspensa por 3 anos.
Por isso eu repito: há um limite para tudo, até para a hipocrisia. Continuar a sancionar a perfídia, a prepotência gratuita, os abusos, isso é que não. O que é que custa, qual é a dificuldade que há em resolver um problema como este? Quem é que ficaria prejudicado com tal resolução? Quanto custa (ou qual o prejuízo material) que daí resulta? Podem-me dizer? Não será, exactamente, o contrário? Não seria benéfico, até do ponto de vista económico?
A “dificuldade” é alguém ter a coragem necessária para se opor ao “poder absoluto” da perfídia!
É só para ilustrar que há problemas e injustiças cuja correcção podia melhorar muito a nossa vida em comum e melhorar a nossa alegria colectiva de celebrar o Natal, cuja manutenção não se “fundamenta” em dificuldades económicas, o que revela ainda mais o verdadeiro “culto da hipocrisia” de quem assim procede!
Um “santo” Natal para todos! Deixem-nos ter um Natal Feliz! Sem nuvens negras no pensamento!

O Aborto e o Bastonário!

O novo Bastonário da Ordem dos advogados, ainda mal tinha acabado de ser eleito, veio logo dizer que “não concorda com a alteração da lei do aborto”.
E o que é que nós temos que ver com isso? Por acaso estarão em causa a sua integridade física, intelectual ou moral; os seus direitos fundamentais de cidadão, como o de livre escolha e auto determinação? Será que corre o risco de vir a ser obrigado a praticar aborto, sem querer?
Ou será que apenas tenta manter esta “fonte de receita”, esta “fatia de mercado”, para os seus pares, confirmando a ideia generalizada de que se trata duma classe sem pudor, que põe, acima de tudo, os seus “interesses” económicos?
Ou será que é um dos que receia que a lei possa vir a ter efeitos retroactivos?
Perdeu uma boa oportunidade de estar calado, o sr. (futuro) bastonário!
A lei é absurda, pelos motivos já exposto em artigo arquivado, neste “blog”. É uma lei “contra-natura”, intolerável em democracia e não é a “opinião” do novo bastonário que altera essa “constatação de facto”! As leis devem “servir” a maioria da população e ser reconhecidas como tal por ela (população). Não é o caso! Aqui trata-se de conceitos (ou interesses) particulares, duma minoria! Ponhamos as coisas no devido lugar! Suspenda-se a lei, por não ter sido legitimada pela maioria da população, que é a única razão válida para o fazer!
Aliás, quero chamar a atenção de quem me lê, para o facto, inúmeras vezes confirmado, de existirem uma enorme quantidade de leis, cuja aplicação prática é urgente, que não “estão em vigor”, porque não foram regulamentadas; às vezes ao fim de vários anos. Interessante, não é? Quando as leis são necessárias ao bem-estar dos cidadãos, ficam na gaveta, com um qualquer pretexto esfarrapado; mas quando servem apenas para molestar, ilegitimamente, os cidadãos, aplicam-se, à bruta, sem cuidar da autenticidade da sua legitimidade. Não há dúvida de que, o que vigora, neste país, é mesmo a “lei da selva”. E há quem me estranhe por eu dizer que somos governados por criminosos!