2006/12/19

O Porquê Desta Longa Ausência.

Em primeiro lugar venho pedir desculpa aos que me lêem, porque outros afazeres me têm dificultado a tarefa de conseguir coordenar adequadamente o tempo, de modo a actualizar estes meus escritos com a regularidade que se justifica.

Desse facto resulta que os acontecimentos se vão sucedendo, todos os dias, repetindo-se os absurdos e as perfídias cujos comentários perdem oportunidade.
Mas, apesar desta repetição demolidora para a sociedade e para a humanidade, dos absurdos e das perfídias, ainda há quem venha aqui sugerir o seguinte:
“devias mudar de estilo... este está muito repetitivo... a começar pela repetição, até à exaustão, dos mesmos lugares-comuns que encontramos em todos os posts...”

Isto levanta várias questões:
- Outro estilo seria, muito provavelmente, OUTRA pessoa… Mas não! Sou eu, ainda e sempre.
- Lugares comuns?! Cadê eles?
Lugares comuns são, por definição, coisas que toda a gente diz do mesmo modo e com o mesmo significado, HÁ MUITO TEMPO, sem evolução nem aperfeiçoamento; frases que se tornaram vulgares, comuns e que vão perdendo o significado. Há até quem defina “lugar-comum” como “estrutura frásica fossilizada”.

Pois bem o meu “Lugar-comum” mais comum (o que aparece na maior parte dos textos, mais recentemente porque não foi sempre assim) é a VALORAÇÃO DA ABSTENÇÃO.
Se já ascendeu à condição de lugar-comum eu gostaria muito que os meus amigos me enumerassem a quantidade de escritos, de pessoas e de lugares que já repetiram (quantas vezes) esse “lugar-comum”.

Basta fazer uma pesquisa no google para comprovar o que digo. A pesquisa genérica dá 17 mil resultados… mas a maioria deles nada tem que ver com este tema.
Se se restringir a pesquisa a “frase exacta: valoração da abstenção” são encontrados 493 resultados, dos quais são listados, apenas, 51 resultados.
E, adivinhem!
Desses 51 resultados apenas 3, repito (três) não são de minha autoria.
Lugar-comum? Nunca vi “lugar-comum” mais incomum…
Portanto, um “lugar-comum” que é comum só aqui, não é comum…

Quanto ao resto, admito que existam, nos meus escritos, alguns “lugares-comuns”, daqueles que são usados demagogicamente, por toda a gente, distorcendo o significado, ou esvaziando o significado… Mas as palavras têm o significado que têm e não iremos nós (eu) deixar de as usar com o seu real significado, apenas porque outros se pretendem apropriar delas para outros objectivos perversos.

Tendo em conta que o que aqui se diz pretende caracterizar, de forma objectiva, a situação do País e do Mundo, para fundamentar o porquê das propostas de alterações apresentadas, com vista à resolução dos problemas, se as PROPOSTAS não são comuns e são bem concretas, não se aplica a definição de “lugar-comum”.
“Regressar a casa” também é um “lugar-comum”, mas as pessoas não deixam de dizer que regressam a casa quando o fazem.

Concluindo: Se, ao fim de todo este esforço de repetição, de insistência, ainda há alguém que vem aqui reclamar dos “lugares-comuns” e assim demonstrar que não percebeu as ideias e propostas e a sua importância, mais se justifica insistir.

Mas, fiquem descansados! Também não é por perder tempo à procura dum novo estilo, ou de fugir aos “lugares-comuns” que eu tenho falhado na actualização deste blog.

Talvez seja, mais, por este meu defeito de escrever muito…

Quanto ao autor do comentário sugiro-lhe que crie o seu próprio blog, com o estilo que mais lhe agrada. É o máximo que posso fazer por si.
E quando a questão da valoração da abstenção se transformar em “lugar-comum” (referida em todos os lugares) não se esqueça de me avisar, que lhe agradeço muito.

Boas Festas para todos!

(Embora eu tencione voltar ainda antes do Natal).


E, para não variar:

Neste blog luta-se contra este sistema eleitoral vigarista, pela VALORAÇÃO DA ABSTENÇÃO, para acabar com o domínio dos políticos perversos, mentirosos e corruptos, para que seja inevitável colocar as pessoas certas nos lugares certos, única via para resolver os nossos magnos problemas