2011/08/16

E O Caso Maddie McCann?

O que se passa em Portugal, em matéira de investigação e funcionamento da Justiça é demasiado MAU par ser verdade; para ser "acidental".

Não acompanhei o Caso Maddie como acompanhei o Caso da Pequena Joana, por exemplo. Cansei, saturei... e "desliguei".

Ainda assim uma coisa é óbvia: quer no Caso Maddie, quer no Caso Joana, quer no Processo Casa Pia há coisas tão abssurdas e inexplicáveis; envolvimento e conivência de tanta gente e de gente com tanta responsabilidade que os 3 casos (como muitos outros de que temos conhecimento, que são notícia, e mais uma infinidade deles que não são notícia e, consequentemente, desconhecemos) só se podem explicar CONSPIRAÇÃO; isto é: actuação PREMEDITADA, ao mais alto nível, com objectivos obscuros e tenebrosos. Só assim se explica, também, a recusa obstinada de reabrir os casos e RESOLVÊ-LOS. Não há dúvida de que as nossas instituições estão sequestradas por gente tenebrosa; só assim se "explica" estes descalabro... e a "adesão" massiva da Comunicação Social às teses mais bizarras... cuja defesa mantêm, até hoje, apesar do tempo e da realidade já as terem desmentidos definitivamente.
Vivemos sob o pior e mais terrível jugo, submetidos à mais cruel das tiranias...

O que se segue é transcrição dum artigo do jornalista Carlos Tomás... E esta introdução pretende enquadrar adequadamente as questões e serve também para dizer que NÃO CONCORDO´, na totalidade, com a análise feita por Carlos Tomás...

Aqui fica a transcrição para que cada um possa avaliar:


"Carlos Tomás

O QUE ACONTECEU A MADDIE – UMA INVESTIGAÇÃO ÀS TRÊS PANCADAS OU O QUE NINGUÉM TEM CORAGEM DE FAZER: REABRIR O CASO?


Opinião – Carlos Tomás (jornalista)



Sequestro? Acidente? Tráfico Humano? Homicídio? Pedofilia?
De uma coisa já ninguém pode ter dúvidas: os pais da pequena Madeline McCann, desaparecida da Praia da Luz, em Maio de 2007, Gerry e Kate estão a sofrer. E a sofrer muito.
É, para mim, difícil compreender que, passados mais de quatro anos sobre o desaparecimento da menina, os pais continuassem a luta para a encontrar se, de alguma forma, soubessem o que realmente aconteceu.

Além deste facto inegável há outro que assume cada vez mais contornos de realidade: a investigação foi mal feita. Tudo o que se fez desde o início foi errado. E o resultado só podia ser o inevitável arquivamento de um caso por falta de provas contra quem quer que fosse.
Dizer que Maddie não morreu às mãos dos pais - como uma parte da investigação pretendeu fazer crer – parece ser uma conclusão óbvia que o tempo se tem encarregado de cimentar.

As autoridades britânicas já perceberam que a investigação feita em Portugal e dirigida por Gonçalo Amaral, autor de um livro onde defende a sua dama sem quaisquer provas que permitam chegar à conclusão da culpabilidade dos McCann, foi um logro. Um mar de equívocos. Nada de novo se nos lembrarmos que o mesmo sucedeu com o caso da pequena Joana, desaparecida na localidade de Figueira, igualmente no Algarve, com uma pequena diferença: os suspeitos eram portugueses, de poucas posses e sem conhecimentos ao mais alto nível político.

Foi fácil ao inspector Gonçalo Amaral conduzir um inquérito que tinha como suspeitos a mãe e o tio da criança. É público hoje que a confissão de Leonor Cipriano, a mãe da menina, foi arrancada à porrada. Provou-se em tribunal e os agressores foram condenados.
Mas e o processo relativo ao desaparecimento da pequena Joana? E a condenação? Tudo na mesma.
Argumentam os defensores da acusação que havia mais provas. E eu pergunto: quais?

Do corpo nem sinal. De sinais de espancamento ou vestígios de sangue que apontassem na casa onde a menina vivia que ela teria ali sido morta idem – encontrou-se um balde com sangue que se veio depois a comprovar ser de pulgas e carraças.

 Depois inventou-se a teoria do corpo atirado aos porcos num chiqueiro perto da sucateira pertencente ao “avô” da menina com o argumento de que os porcos comem tudo.
Alguém procurou vestígios da criança nos excrementos dos animais? Algum dos bichos foi abatido para provar a tese?
Houve tempo para isso e muito mais. Mas os inspectores preferiram andar a gastar dinheiro ao Estado com passeios fictícios a locais onde Joana estaria enterrada e inventados pelo tio da menina, João Cipriano, um ladrão e toxicodependente que, esse sim, deve saber bem o que aconteceu e a quem vendeu a pequena. (Nota minha: Será???)

No caso Maddie o inspector Gonçalo Amaral deparou-se com um problema: Não podia torturar os suspeitos a ponte de estes confessarem o que não fizeram. O “adversário” tinha dinheiro.
Cego pela sua ideia de que, mais uma vez, os pais é que eram os culpados da suposta morte da criança o polícia tentou arranjar provas que suportassem a teoria. Mas como se elas não existiam, nem existem?
E nem podiam existir porque, como já referi, foi tudo mal feito desde o início. O local do crime foi invadido por pessoas, a maioria sem qualquer ligação aos britânicos, e tudo o que poderia ajudar a descobrir o que realmente aconteceu naquele dia fatídico para os McCann acabou destruído, contaminado, inutilizado.

Apesar de tudo, ainda houve quem mantivesse a lucidez e apontasse o caminho certo. Esse alguém chamava-se Guilhermino Encarnação, director da PJ de Faro e chefe de Gonçalo Amaral. E disse chamava-se porque Guilhermino Encarnação já não vive entre nós.

MAS LEIA-SE O QUE DISSE GUILHERMINO ENCARNAÇÃO DIAS DEPOIS DE COMEÇAR A INVESTIGAÇÃO, EM 2007, AMPLAMENTE DIVULGADA NA COMUNICAÇÃO SOCIAL: “O director nacional adjunto e responsável pela directoria de Faro da Polícia Judiciária (PJ), Guilhermino Encarnação, revelou hoje (Maio de 2007), em conferência de imprensa, que a criança inglesa desaparecida na quinta-feira à noite (3 de Maio de 2007) TERÁ SIDO RAPTADA.

Segundo este responsável, todos os caminhos apontam para um crime de rapto da criança de três anos que desapareceu do seu quarto numa unidade turística na Praia da Luz, em Lagos.

Em conferência de imprensa, realizada hoje à porta das instalações da PJ em Portimão, aquele responsável adiantou que a polícia "tem elementos que asseguram o rapto". Encarnação acrescentou que este tipo de crime não acontece apenas para pedidos de resgate, mas inclui também a prática sexual.

Sem especificar os elementos ou indícios na posse da PJ, Guilhermino Encarnação adiantou que tem recebido várias informações e que só ontem foram atendidas cerca de 30 mil chamadas telefónicas, elementos esses que agora têm ser confirmados. O responsável da PJ assegurou que já existe um "esboço" de um suspeito, mas recusou-se a divulgá-lo para "assegurar a vida da criança". Apelou ainda a quem tenha a criança que "a devolva tal como ela está porque ainda está a tempo".
Guilhermino Encarnação assegurou que as buscas têm sido incessantes desde o desaparecimento da criança, quinta-feira à noite, mantendo-se com cerca de 150 homens da GNR, PJ (incluindo elementos da polícia científica), Polícia Marítima, PSP, Bombeiros e Serviço Nacional de Protecção Civil. O perímetro de acção da polícia foi também alargado, para aproximadamente três quilómetros.
Em resposta às críticas que têm sido feitas por órgãos de informação britânicos e por amigos dos pais da criança, o responsável da PJ revelou que a polícia portuguesa iniciou as buscas cerca de 15 minutos depois de ter sido comunicado o desaparecimento de Madelaine.
Guilhermino Encarnação acrescentou que a Polícia Judiciaria está a trabalhar conjuntamente com a Europol, Interpol, Polícia Britânica e outras entidades europeias que dispõem de elementos que podem ajudar a detectar a criança.
O mesmo responsável afirmou não ter havido qualquer contradição ou suspeita que relacionasse o desaparecimento com os pais da menina, criticando alguns órgãos de informação por avançarem com notícias que podem "desestabilizar" o caso. "EM TEMPO ALGUM A POLÍCIA JUDICIÁRIA COLOCOU EM CAUSA OS PAIS DA CRIANÇA", afirmou.
De acordo com Guilhermino Encarnação, assim que se soube do desaparecimento, a PJ fez chegar a aeroportos europeus a informação e dados que possam identificar a menina.

Uma posição que o inspector Gonçalo Amaral se encarregou de fazer com que caísse no esquecimento. Certo é que os pais de Madeleine continuam a sua luta para encontrar a filha, viva ou morta, e o livro de Kate, intitulado “Madeleine” esteva várias semanas no “TOP” de vendas, na Grã- Bretanha.

A Scotland Yard decidiu, face às provas existentes, reabrir o caso e continuar as investigações tendentes a descobrir o que se passou a 3 de Maio. Por cá, para não variar, o Ministério Público assobia para o lado. Pergunta: O QUE HÁ A PERDER SE O CASO FOR REABERTO? HAJA CORAGEM!... A VIDA DE UMA CRIANÇA NÃO SE FECHA NUMA GAVETA. NÃO ENQUANTO HOUVER UMA POSSIBILIDADE QUE SEJA DE ELA ESTAR VIVA...



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