Desmentido!
O amigo Luís Bonifácio deixou, no post anterior, o seguinte comentário:
…
"Na ocasião era ministro da Educação o Prof. João de Deus Pinheiro.”
O amigo Luís Bonifácio deixou, no post anterior, o seguinte comentário:
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"Na ocasião era ministro da Educação o Prof. João de Deus Pinheiro.”
Esta afirmação é MENTIRA, pelo que aqui se escreve neste postal é uma CALÚNIA.
O primeiro cargo ministerial de João de Deus Pinheiro foi o de Ministro dos Negócios Estrangeiros já no 1º governo de Cavaco Silva (1985). Apenas mais tarde foi Ministro da Educação.
Antes de ocupar a pasta ministerial João de Deus Pinheiro era Professor e Reitor da Universidade do Minho. Como professor era responsável pela cadeira, entre outras, de "Mecânica de Fluidos", onde foi meu professor."
…
Claro que a minha primeira tentação foi devolver “a questão” à origem; que é como quem diz: ao autor do artigo que transcrevi.
Mas como é muito fácil confirmar estas coisas com uma simples busca, decidi “indagar” e encontrei o seguinte:
Extraído duma página dedicada a Deus Pinheiro e confirmado no respectivo curriculum para as eleições europeias:
Antes de ocupar a pasta ministerial João de Deus Pinheiro era Professor e Reitor da Universidade do Minho. Como professor era responsável pela cadeira, entre outras, de "Mecânica de Fluidos", onde foi meu professor."
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Claro que a minha primeira tentação foi devolver “a questão” à origem; que é como quem diz: ao autor do artigo que transcrevi.
Mas como é muito fácil confirmar estas coisas com uma simples busca, decidi “indagar” e encontrei o seguinte:
Extraído duma página dedicada a Deus Pinheiro e confirmado no respectivo curriculum para as eleições europeias:
PINHEIRO, João de Deus.
Nasceu em Lisboa (S. Sebastião da Pedreira) em 11 de Julho de 1945. Professor universitário e político. Licenciado em Engenharia Química Industrial pelo Instituto Superior Técnico (1970), obteve o seu doutoramento em Engenharia Química na Universidade de Birmingham, Inglaterra, em 1976. Iniciou a sua carreira académica na Universidade de Lourenço Marques, em 1970, transitando para a Universidade do Minho, em 1975, onde foi de Assistente a Professor Catedrático. Exerceu aí também as funções de Vice-Reitor e Reitor.
Eleito Deputado em 1985,1987 e 1991, foi:
- Secretário de Estado da Educação e Administração Escolar no VIII Governo Constitucional,
- Ministro da Educação no IX Governo Constitucional,
- Ministro da Educação e Cultura no X Governo Constitucional
e Ministro dos Negócios Estrangeiros nos XI e XII Governos Constitucionais. Entre 1993 e 1999, exerceu funções de Comissário Europeu. É desde o ano 2000, Reitor da Universidade Moderna, Administrador da Galpenergia, Presidente do Conselho de Administração da Lusotur-Golfes, membro do Conselho Superior da Fundação Ilídio Pinho, do Conselho Consultivo do Banco Privado Português, Presidente da Assembleia Geral da World Monument Fund e do Conselho Fiscal da SAPAS
Vejamos as datas de vigência dos governos referidos:
VIII Governo Constitucional (1981- 1983) P.M.: Pinto Balsemão
IX Governo Constitucional (1983-1985) P.M.: Mário Soares
X Governo Constitucional (1985-1987) P.M.: Cavaco Silva
E agora, Luís? Como é?
É óbvio que o facto de João de Deus Pinheiro não ser Ministro, mas apenas secretário de Estado (se for o caso), não permitiria concluir, como faz o Luís, que o que se escreve no artigo é calúnia. Na verdade, o respeito mínimo pelas regras da lógica não permite concluir pela calúnia, nem mesmo que Deus Pinheiro não fosse, exactamente, detentor de qualquer dos cargos…
Mas o caso é mais grave, porque o Luís diz que não e o curriculum do próprio diz que sim…
Sabe, Luís? Tirou-me um peso das costas. Porque eu odeio notícias falsas e caluniosas, que ainda me indignam mais se, por mero acaso, as reproduzo.
Já aconteceu isso com os terrenos da OTA, por exemplo. Mas, a julgar por este exemplo, deve-se duvidar, também, dos desmentidos…
Não se preocupe! Se Cavaco ou algum dos outros envolvidos merecesse, realmente, o meu apoio, consideração e confiança, não seria pelo facto de se publicar uma notícia assim que deixariam de o ter, mesmo que houvesse alguma réstia de verdade nela. Isto porque, quando avaliamos as pessoas, devemos ter em conta o peso relativo de defeitos e virtudes (que sempre existem) e o peso de cada um destes factores para a eficiência no exercício dos cargos… O problema, aqui, é que este tipo de coisas é coerente com o perfil dos envolvidos. ..
Que maçada! Não era nada disto que eu ia “postar” hoje…