Este post também poderia chamar-se: O Império da Vigarice, ou: A ditadura da “Realidade Virtual”!
Na verdade há muitos adjectivos apropriados para caracterizar os “fenómenos” sociais que moldam as nossas sociedades, tornando-as desumanas.
É bizarra, para não dizer absurda, a situação imposta aos cidadãos, nos dias de hoje.
Os “nossos” regimes políticos têm o rótulo de democráticos. Já todos sabem que estou em completo desacordo; que os considero, na essência, reaccionários e mesmo nazis em alguns aspectos que não são, de todo, de somenos importância.
A peculiaridade como penso este sistema e os nossos problemas (incluindo as vias para soluções) tem feito com que, algumas vezes, me tenha “pegado de razões” com alguns outros blogueres e comentadores, embora estes, via de regra, se limitem a repetir “ideias” muito difundidas; que funcionam assim como uma espécie de “mensagens subliminares”, destinadas a nos encurralar psicologicamente.
Todos sabem o que penso dos nossos políticos, responsáveis a todos os níveis da sociedade e também dos nossos “notáveis”, da nenhuma consideração que me merecem. Eles são os mesmos que repetem e repetem e repetem estas ideias cretinas que amarram cada um, de pés e mãos, ao seu individualismo e também à sua “superioridade absoluta” em relação aos outros, com especial destaque para os contestatários e para os “intelectuais”. É muita a confusão que grassa, por aí. A ela se deve uma boa parte da nossa desesperança colectiva…
Na verdade há muitos adjectivos apropriados para caracterizar os “fenómenos” sociais que moldam as nossas sociedades, tornando-as desumanas.
É bizarra, para não dizer absurda, a situação imposta aos cidadãos, nos dias de hoje.
Os “nossos” regimes políticos têm o rótulo de democráticos. Já todos sabem que estou em completo desacordo; que os considero, na essência, reaccionários e mesmo nazis em alguns aspectos que não são, de todo, de somenos importância.
A peculiaridade como penso este sistema e os nossos problemas (incluindo as vias para soluções) tem feito com que, algumas vezes, me tenha “pegado de razões” com alguns outros blogueres e comentadores, embora estes, via de regra, se limitem a repetir “ideias” muito difundidas; que funcionam assim como uma espécie de “mensagens subliminares”, destinadas a nos encurralar psicologicamente.
Todos sabem o que penso dos nossos políticos, responsáveis a todos os níveis da sociedade e também dos nossos “notáveis”, da nenhuma consideração que me merecem. Eles são os mesmos que repetem e repetem e repetem estas ideias cretinas que amarram cada um, de pés e mãos, ao seu individualismo e também à sua “superioridade absoluta” em relação aos outros, com especial destaque para os contestatários e para os “intelectuais”. É muita a confusão que grassa, por aí. A ela se deve uma boa parte da nossa desesperança colectiva…
Quando as pessoas perceberem, com objectividade, o que se passa à sua volta e também o papel que compete a cada um, estaremos muito mais perto da resolução (quiçá definitiva) dos nossos magnos problemas. Enquanto permanecermos amarrados (não conseguirmos nos libertar) daquelas “mensagens subliminares” que, de tantas vezes repetidas, nos ofuscam as ideias e criam muita confusão, a resolução dos nossos problemas não passará duma miragem.
Para que se perceba melhor o que quero dizer, vou repetir aqui uma afirmação já feita noutra altura e que vem a propósito:
“É inegável a existência dum padrão de comportamento, maioritariamente adoptado, que é determinado pelas condicionantes sociais, pelo funcionamento da sociedade e das instituições; determinado “superiormente”. Quero eu dizer que a forma como uma sociedade é governada e organizada, a forma como funcionam, ou não, as instituições, determina, maioritariamente, o comportamento do seus elementos, ao contrário do que se pretende fazer crer, frequentemente, entre nós, culpando a “natureza humana” e “os outros”, pelas nossas desgraças.”
É aqui, nas “condicionantes sociais” que é determinante o papel dos líderes, políticos ou outros, e primordial o papel e a acção de quem governa.
Nos dias de hoje, em que grassa o descontentamento, a depressão e a desesperança na maioria das pessoas (porque não vêem saída, deste descalabro), é imprescindível que percebamos estas coisas e também como contribuir para as alterar.
A “mensagem subliminar” (ou as mensagens subliminares) de que falo acima produzem, em cada um, um estado de incoerência que cumpre, na perfeição, o objectivo com que é incutido:
(1) - Por um lado, as pessoas deixam-se influenciar e dominar pelos critérios de valoração dominantes, perdendo a noção da sua posição na sociedade e da sua interdependência com esta. Os cidadãos comuns só vêem e conhecem (e aceitam como importantes) os notáveis, os políticos, os que têm acesso aos OCS, ignorando todas as outras pessoas, tal como o fazem os próprios políticos.
Assim sendo parece normal (sempre foi assim e nem se pensa muito nisso) que o sistema eleitoral seja vigarista e nazi, em relação aos abstencionistas. Estes fazem parte dos anónimos, daqueles que não existem, até porque não existem para os notáveis, únicos critérios que são conhecidos e aceites como "validados"…
(2) – Por outro lado, há por aí muita gente que fala e diz o que pensa; que está contra este estado de coisas e o manifesta, mas… como cada um se acha melhor e mais digno do que os próprios políticos e notáveis (não é difícil) mas, como os outros que estão fora deste “universo” não existem (pelo menos como pessoas com valor, só como números e apenas nalgumas situações, não em todas), estas pessoas ficam à espera de que tudo se resolva no seu próprio diálogo com estes notáveis. É aquela situação que se costuma definir como: “ver a árvore mas não ver a floresta!”
(3) – Além disso, confrontados, repetidamente, com a sua própria ausência de importância, por constatarem que o que pensam e sabem e sentem nada vale para esta escumalha, uma boa parte das pessoas acha que é necessário “acabar com isto” lutar contra isto, mas ficam à espera que outros o façam, até porque eles próprios não têm importância (eu diria que não sabem tê-la, mas isso é mesmo assim)… O problema é que os “dirigentes” das lutas e os contestatários são tão maus como os contestados… Desenganados (ou inconscientes da persistência e esforço necessários para vencer) uma boa parte destes passa a engrossar o coro da cretinice, de que “a culpa é dos outros”, sem perceberem que eles próprios são tão “outros” como quaisquer “outros”.
Este conjunto de sentimentos e contradições cumprem, na perfeição, os seus objectivos: anular “O ENORME PODER” que está nas nossas mãos e que não sabemos usar…
Nos dias de hoje, em que grassa o descontentamento, a depressão e a desesperança na maioria das pessoas (porque não vêem saída, deste descalabro), é imprescindível que percebamos estas coisas e também como contribuir para as alterar.
A “mensagem subliminar” (ou as mensagens subliminares) de que falo acima produzem, em cada um, um estado de incoerência que cumpre, na perfeição, o objectivo com que é incutido:
(1) - Por um lado, as pessoas deixam-se influenciar e dominar pelos critérios de valoração dominantes, perdendo a noção da sua posição na sociedade e da sua interdependência com esta. Os cidadãos comuns só vêem e conhecem (e aceitam como importantes) os notáveis, os políticos, os que têm acesso aos OCS, ignorando todas as outras pessoas, tal como o fazem os próprios políticos.
Assim sendo parece normal (sempre foi assim e nem se pensa muito nisso) que o sistema eleitoral seja vigarista e nazi, em relação aos abstencionistas. Estes fazem parte dos anónimos, daqueles que não existem, até porque não existem para os notáveis, únicos critérios que são conhecidos e aceites como "validados"…
(2) – Por outro lado, há por aí muita gente que fala e diz o que pensa; que está contra este estado de coisas e o manifesta, mas… como cada um se acha melhor e mais digno do que os próprios políticos e notáveis (não é difícil) mas, como os outros que estão fora deste “universo” não existem (pelo menos como pessoas com valor, só como números e apenas nalgumas situações, não em todas), estas pessoas ficam à espera de que tudo se resolva no seu próprio diálogo com estes notáveis. É aquela situação que se costuma definir como: “ver a árvore mas não ver a floresta!”
(3) – Além disso, confrontados, repetidamente, com a sua própria ausência de importância, por constatarem que o que pensam e sabem e sentem nada vale para esta escumalha, uma boa parte das pessoas acha que é necessário “acabar com isto” lutar contra isto, mas ficam à espera que outros o façam, até porque eles próprios não têm importância (eu diria que não sabem tê-la, mas isso é mesmo assim)… O problema é que os “dirigentes” das lutas e os contestatários são tão maus como os contestados… Desenganados (ou inconscientes da persistência e esforço necessários para vencer) uma boa parte destes passa a engrossar o coro da cretinice, de que “a culpa é dos outros”, sem perceberem que eles próprios são tão “outros” como quaisquer “outros”.
Este conjunto de sentimentos e contradições cumprem, na perfeição, os seus objectivos: anular “O ENORME PODER” que está nas nossas mãos e que não sabemos usar…
Talvez a maioria dos que me lêem não perceba a importância do que estou a tentar dizer; haverá até alguns que já desistiram. É pena mas, quem sabe, outros virão…. Percebe-se melhor se vos disser que é esta desorientação e esta falta de objectividade, na avaliação da situação actual, que cria as condições para o êxito das mentiras dos governantes e para se garantirem impunidade de todos os seus crimes.
Se tivermos em conta a enorme quantidade de crimes que os nossos governantes têm cometido, com os quais têm destruído este país e que continuam a cometer mercê da impunidade que assim se conseguem garantir, a situação já é muito grave (para nós, portugueses, é gravíssima);
Mas se compreendermos que, a nível internacional, é este mesmo “mecanismo”, de mentira, propaganda enganosa, prepotência e impunidade (mercê daquela “confusão”), que permitiu que se chegasse a uma situação tão grave e assustadora, então talvez percebamos melhor o quanto é importante “pôr as ideias no lugar”.
Porém, deixem-me que vos diga: a situação, no nosso País, é muito mais grave! É mais fácil aos americanos, que têm outro postura intelectual em relação a estas coisas e que são, sem sombra de dúvidas, muito mais exigentes para com os seus governantes, resolverem os seus problemas do que a nós resolvermos os nossos. Sendo que a resolução dos problemas deles não "arrasta" a resolução dos nossos que tem de ser construída cá...
Aliás, a nossa situação é tão grave porque não conseguimos resolver estes problemas nem mesmo por arrastamento, quando os outros países “se libertam” da sua própria escumalha.
Na actual situação do País e do Mundo, está implementada uma ditadura do virtual. Os governantes não têm que actuar sobre a realidade, que ser eficientes na resolução dos problemas reais; basta-lhes discursar, mentir, fazer propaganda enganosa, anunciar medidas da treta como se fossem grandes feitos, enunciar “boas intenções” e excelentes objectivos, para justificarem todo o tipo de desmandos… E se as coisas correrem mal (porque não podem correr bem, não têm condições para correr bem) basta arengar uma qualquer desculpa, mesmo que falaciosa e incoerente, ou reveladora de cretinice, que tudo “se compõe”… excepto para nós, porque assim, a nossa situação desastrosa só pode piorar… e piora, porque não pode ser doutro modo!
Estou a pensar nas desculpas agora invocadas por Durão e outros, para terem apoiado a guerra, nas “desculpas” do próprio Bush, e nas mentiras de Sócrates, para citar apenas alguns exemplos…
Entre nós, apesar do descrédito do P.M., por ter mentido aos cidadãos, assiste-se a uma enorme azáfama a anunciar medidas da treta, que não têm qualquer influência na resolução dos nossos problemas, das quais algumas nem serão implementadas, como é costume acontecer.
É a ditadura do “virtual”, o Reino do “faz de conta”, da propaganda enganosa. Das medidas, algumas não serão aplicadas, os problemas concretos (cuja resolução arrastaria estas e outras medidas) ficam por resolver, continuando-se a ignorar os cidadãos.
Não vêem, estes bandidos, que só a resolução dos problemas concretos, de todos e de cada um dos cidadãos, cria as sinergias necessárias para que a situação possa melhorar?
A lógica que “justifica” todo este esforço de propaganda enganosa (e pérfida) tem por base a constatação daquele sentimento de ausência de importância individual, que deve fazer com que cada um “acredite” que “as medidas” são boas e fundamentais para o conjunto, mesmo que para os próprios não tenham qualquer importância, ou nunca lhes sejam aplicadas.
Não vêem, estes bandidos que o comportamento das pessoas está condicionado pela forma como funcionam as instituições, pela forma como somos governados, objectivamente, nos actos e decisões concretos, do dia a dia e em cada caso?
Não vêem que as soluções passam pela resolução dos problemas concretos dos cidadãos, sem cuja estes permanecem reféns da “desorientação” e da desesperança, encurralados psicologicamente, o que torna inúteis os seus esforços, o seu valor e as suas potencialidades?
Tentei explicar por que é tão importante elevar o nível de exigência sobre os governantes, por quê é tão importante, fundamental mesmo, lutar pela valoração da abstenção, divulgar esta ideia com insistência e persistência… até conseguir.
Tentei explicar por que é tão importante elevar o nível de exigência sobre os governantes, por quê é tão importante, fundamental mesmo, lutar pela valoração da abstenção, divulgar esta ideia com insistência e persistência… até conseguir.
Também, não adianta desistir; não vamos a mais nenhum lado, porque não há outra saída… E os nossos problemas, cedo ou tarde terão de ser resolvidos, a bem ou a mal, teremos que aprender como fazer…
Que seja a bem, enquanto é tempo!