O Blog "Randomblog 02" tem vindo a publicar um conjunto de textos e comunicados em que são relatadas situações "tortuosas" ocorridas na, e com a, Fundação D. Pedro IV que, entre outras actividades, também tem "Estabelecimentos de Infância".
A situação mais recente prende-se com a degradação da assistência prestada às crianças, com a natural preocupação dos respectivos pais, e com a "promessa" da direcção da Fundação de despedir mais 10 pessoas.
Nós sabemos que as situações absurdas, como esta, acontecem todos os dias, por todo o País, ignorando as opiniões, as preocupações e as denúncias dos cidadãos envolvidos e engrossando a "Bola de Neve" do descalabro social em que nos encontramos.
Todos os casos merecem atenção mas nem todos chegam ao nosso conhecimento... Porém, este caso, para além de ter chegado ao nosso conhecimento, é mais uma situação que envolve crianças e a qualidade da assistência que lhes é prestada, área de particular sensibilidade... PELO MENOS DO NOSSO PONTO DE VISTA.
As condições de prestação de assistência às crianças deve ser tal que nenhum pai (ou mãe) possa ver recusada a admissão da sua criança em "estabelecimento" apropriado, quer na qualidade quer na localização. Ora, segundo os relatos, esta Fundação tem vindo a despedir (e intenta continuar a fazê-lo) trabalhadores, ao mesmo tempo que recusa a admissão a crianças...
Compreende-se, porque, a julgar pelos relatos existentes aqui, a "assistência" não é, nem de perto nem de longe, a principal preocupação dos responsáveis da citada Fundação, Instituição Particular de Solidariedade Social.
Na sua história, assumida, podemos ler: "Em 2004 expande a sua actividade na acção social assumindo a gestão da Mansão de Santa Maria de Marvila, um dos maiores equipamentos da Segurança Social em Lisboa. Deixa de prestar serviços exclusivamente relacionados com a infância e a habitação social."
Esta Fundação D. Pedro IV (o seu fundador está a dar voltas no túmulo) já é nossa conhecida (das notícias) pelos piores motivos. Por isso eu diria que a "principal" actividade da dita Fundação é a especulação imobiliária...
Todos se recordam destas notícias (dos aumentos, absurdos, das rendas das casas do IGAPHE) que esta Fundação "adquiriu" desta forma:
"Apostada em alargar ainda mais a sua actividade a novas áreas de intervenção a Fundação concorre e ganha dois concursos públicos para a gestão de arrendamento social e em 2005 passa a administrar cerca de 1500 fogos na zona da Grande Lisboa." Tal como pode ser "conferido" na sua assumida História...
Na nossa sociedade existem muitas pessoas interessadíssimas nos pobres e carenciados a cujos se empenham em prestar "assistência" mas, na generalidade dos casos, o verdadeiro interesse reside na "rentabilidade" dos negócios que tal "actividade" proporciona.
Afinal, tal como tudo o resto, os pobres e carenciados também têm o seu valor (um elevado valor), no "mercado"... Por isso parece existir tanta gente interessada em engrossar esse contingente (dos pobres e carenciados), ao contrário de resolver, condignamente, os problemas que nso afectam e que estão na origem dessas situações.
Como podem verificar nos documentos de origem, existe uma infinidade de "incidentes", envolvendo esta Fundação, que têm sido ignorados pelas instâncias competentes.
Este post vem a propósito da sinceridade das preocupações da nossa sociedade e seus protagonistas em relação à resolução dos problemas e carências sociais... com especial destaque e cuidado quando eles incluem o apoio e assistência às crianças e seus pais...
Estes problemas são fáceis de resolver. Mas se as nossas instituições nem os problemas fáceis resolvem...
E por isto e para acabar com isto que eu defendo a VALORAÇÃO DA ABSTENÇÃO.