Trata-se do acórdão do STJ, (Supremo Tribunal de Justiça), acerca da condenação da mãe e do tio da pequena Joana, desaparecida duma aldeia do interior do Algarve…
Neste post eu escrevi,
“Contra todas as evidências e sem provas, os investigadores da PJ decidiram acusar a mãe e o tio da criança de a terem assassinado, montando uma monstruosa maquinação, muito semelhante ao Processo Casa Pia”…
E ainda:
“Isto começa a tornar-se assustadoramente “habitual”.
A maioria das pessoas não dá importância ao assunto e eu volto a sugerir: imaginem que se passa convosco”. É que, as “provas” apresentadas neste caso (inexistentes) fazem de qualquer pessoa um assassino; basta que a polícia assim o queira e decida…
Há outras pessoas, sensatas, idóneas, coerentes e honestas, que fazem avaliação semelhante à minha:
-"As provas conseguidas pela Polícia Judiciária e apresentadas em tribunal suscitaram alguma polémica e levantaram dúvidas quanto à sua validade. Dúvidas que permanecerão, independentemente da sentença
A absolvição dos arguidos poderá ser um dos desfechos deste caso, com contornos judiciais inéditos, baseado na insuficiência de provas, disse um jurista criminal conhecedor do processo que preferiu manter o anonimato. Nesta possível decisão colabora a inexistência do corpo da Joana e o facto da mãe e tio se terem negado a falar em Tribunal (um direito legal).
E ainda
” Para além disso, ainda existem alguns elementos periciais inconclusivos e as dúvidas sobre a eventual coacção durante a realização do filme de reconstituição do crime, apresentado ao colectivo e ao júri, onde o tio admite estar envolvido na morte da criança”
“Os depoimentos das testemunhas, na opinião de juristas que assistiram ao julgamento, não terão sido de grande valor, porque “pouco ou nada trouxeram de prova para o apuramento da verdade””
Ou seja: é um caso, típico, de infâmia degradante só possível nesta bandalheira de País, com esta bandalheira de justiça, criminosa e abjecta.
Só aqui é possível condenar, a penas de prisão, duas pessoas, apesar de:
1. “provas que suscitaram alguma polémica e levantaram dúvidas quanto à sua validade”;
2. “elementos periciais inconclusivos e as dúvidas sobre a eventual coacção”.
3. “Os depoimentos das testemunhas, … não terão sido de grande valor, porque “pouco ou nada trouxeram de prova para o apuramento da verdade””
Portanto, verificada a total ausência de elementos de prova concludentes, resta o resultado da manipulação, infame, da PJ e da acusação, a falta de carácter e de idoneidade de todos os magistrados envolvidos…a cretinice dos sete elementos que integraram o “tribunal de Júri”, (que “não teve dúvidas”, mesmo assim), que não sabem pensar, nem avaliar, de forma lógica e esclarecida, factos, distinguindo-os da sua “opinião”, formada, aliás, pelas falácias, mentiras descaradas e óbvias e conjecturas em que consistiu a campanha dos OCS, sobre este caso. Assim, nós também ficamos sem dúvidas quanto à perfídia de toda essa gente, único elemento que pode “explicar” um tamanho e tão vil absurdo…
Quando isto se passa de dentro da justiça e nem nos tribunais superiores podemos confiar, é caso para dizer que estamos completamente perdido, a caminho da destruição total…
Notem que não é por ignorância que esta gente procede assim: é por perfídia mesmo. Vejam o que escreveu (disse?) um dos Juízes do STJ que votou contra o acórdão e que queria declarar inocente a mãe:
1. Entendi que num caso como este, em que não há prova directa e só circunstancial, mesmo no que respeita ao efectivo falecimento da vítima, a justiça tem de se limitar à verdade processual, isto é à que resulta da legalidade e do valor objectivo dos meios de prova
2. É patente, pela leitura da sentença condenatória, que o tribunal de Júri decidiu (...) contra os arguidos e assim violou o princípio da presunção da inocência, que obriga o tribunal a só proferir uma condenação quando não persista qualquer dúvida razoável
3. E a condenação fundada em meras suposições ou no carácter eventualmente perverso e associal dos arguidos é também ilegal e inconstitucional.
Ou seja: Uma cambada de ignorantes, mentecaptos, estúpidos, analfabetos, gente perversa, portanto…
E assim se faz “justiça”, neste país desgraçado…
Mas, cuidado!
- com o “ensaio” que tem sido o “Processo Casa Pia”, que tanto êxito tem tido para os conspiradores (com todas as perfídias e infâmias amplamente alardeadas, mas que permanecem impunes);
- com mais este exemplo aberrante;
- e com tantos outros exemplos, de sentido contrário; isto é: em que se garante total impunidade e cumplicidade a grandes criminosos e a facínoras…
Este País está já a viver a mais pérfida e infame ditadura, abjecta, prepotente e vil, que alguma sociedade pode suportar: a da instrumentalização da justiça que pode ser usada para os mais pérfidos fins, sem limites, nem consequências para os criminosos que a instrumentalizam.
Para que precisam de ocupar o poder político, nestas condições, os reaccionários, os neo-cons, os mafiosos do Bilderberg, maçonaria, ou outros e os nazis?
Não precisam! Estes métodos são incomparavelmente mais eficientes, sem o risco do desgaste do exercício de cargos políticos…
Quem nos acudirá, meu Deus?!
A semana passada fomos arrastados mais um passo, GIGANTESCO, a caminho do abismo…