2005/10/17

Continuamos “reféns da perfídia”!

O julgamento do "Caso Joana" terminou!
Recordando, (para os que me lêem de paragens mais longínquas) o “Caso da Joana” refere-se ao desaparecimento duma menina de 9 anos, numa aldeia do Interior do Algarve, aldeia da Figueira.
Contra todas as evidências e sem provas, os investigadores da PJ decidiram acusar a mãe e o tio da criança de a terem assassinado, montando uma monstruosa maquinação, muito semelhante ao Processo Casa Pia.
Até por isso, por ser muito semelhante ao Processo Casa Pia, (e ao processo do Dr. L.J.N.S. já aqui relatado) este processo é tão monstruoso. Isto começa a tornar-se assustadoramente “habitual”.
O Julgamento deste caso decorreu e terminou durante a semana passada. Para testar a sua capacidade de manipulação da opinião pública, o Ministério Público “pediu” um Tribunal de Júri.
Nesta bandalheira de País, as sentenças dum “Tribunal de Júri” são decididas por maioria… Como se a “decisão de culpa”, principalmente em casos como este, pudesse admitir DÚVIDAS, alguma dúvida, qualquer dúvida.
Como disse acima, os investigadores e o ministério público sustentaram esta acusação, contra todas as evidências. Um facto destes é duma gravidade inaudita, pelo seu carácter destruidor da dignidade e idoneidade da justiça e da confiança dos cidadãos… pelo seu carácter destruidor, para todos nós, como sociedade e como país.
Não é admissível que pessoas que sejam familiares de crianças desaparecidas possam estar sujeitas a serem acusadas de assassinar as crianças, sem provas concludentes que fundamentem tal acusação. A maioria das pessoas não dá importância ao assunto e eu volto a sugerir: imaginem que se passa convosco. Imaginem que é uma criança da vossa família que desaparece e que a Polícia, em vez de localizar a criança, vos acusa de a terem assassinado, sem provas.
Foi o que aconteceu no Caso da Joana.
Durante o Julgamento, desfilaram as testemunhas, a repetirem trivialidades e maledicências, incentivadas e convencidas pela própria polícia e pelos “media” da culpa dos acusados. Provaram que a criança era negligenciada, como acontece com muitos outros milhares de crianças pobres, neste país. (Eu sei, por experiência própria, o que isso é e quem são os culpados)
O cúmulo da pouca vergonha foi a utilização, ilegítima, dum filme feito pela PJ, como forma, baixa e soez, de influenciar a decisão do Tribunal.
O filme, de reconstituição, foi obtido pela Polícia, certamente sob coacção e com utilização doutros estratagemas, numa altura em que se dizia que um dos acusados, o tio da criança, estava a colaborar com a Polícia. Nele, segundo os “media” o tio relata “os supostos acontecimentos”, na primeira pessoa (seguindo as instruções que recebeu?), donde os imbecis dos nossos jornalistas concluem haver uma confissão…
Onde é que esta gente aprendeu lógica? Quanta cretinice é necessária para dizer semelhante coisa?
Se a reconstituição fosse espontânea e as “falas” do “protagonista” verdadeiras, sem dúvida que teriam levado à localização do corpo, a comprová-lo...
De facto, a localização, ou não, do corpo é a prova concludente que, por não corroborar as teses, vis, da acusação (falsa), provam a inocência destes dois desgraçados, em cujos a polícia descarregou toda a sua perfídia, inclusive com espancamentos.
Descarregou a sua perfídia… Sim porque só gente muito pérfida pode engendrar, com base em conjecturas, em delírios, explicações e motivações e contextos tão baixos e soezes como os que integram a tese dos “investigadores”. Se, sem provas concludentes e inequívocas, foi possível “construir” tão vis “motivos”, só pode ser porque eles parecem plausíveis ao vil carácter de quem os engendrou.
Resta-nos agora esperar que 7 imbecis, mentecaptos (3 juízes e 4 jurados), confirmem a acusação para desesperarmos um pouco mais quanto à ausência de futuro, para este país.
Tenho dito, com escândalo de alguns, que sei como se resolvem os problemas mais prementes do país, como se pode relançar a economia e tirar-nos desta situação desesperante. É verdade! Só que, para que isso seja possível, é necessário erradicar, de vez, a possibilidade de actos de tamanha infâmia, cometidos pela “Justiça”.
As medidas para resolver a crise, são medidas simples… como terá que ser simples acabar com estas monstruosidades…

Quem nos protege, a nós cidadãos, dos crimes da justiça?
Disto tudo fica-nos uma hipótese optimista: a criança pode estar viva…Mas submetida a que tipo de abusos e horrores?
E os verdadeiros criminosos? Porque é que têm direito a tão acérrima protecção da polícia? São da mesma casta do traficante Franklim Lobo, que a PJ foi buscar a Espanha, para o pôr em Liberdade e o defender de ser preso pela Polícia Espanhola? Que o Tribunal devolveu à liberdade, com uma desculpa esfarrapada, apesar de ele ter pendente uma condenação a 20 anos de cadeia, para cumprir?
Ou serão da mesma casta que os assassinos dum elemento da PJ, libertados por “omissão”, premeditada, da justiça?
Será que só eu é que vejo a gravidade de tais factos e o quanto eles destroem a nossa sociedade? E entre os jornalistas? Ninguém vê um boi, ou é tudo cobardia e ausência de dignidade?
Os inocentes vão para a cadeia, os grandes criminosos são protegidos e postos em liberdade, mesmo quando cheguem a ser presos…
Os políticos são os únicos culpados de se ter chegado a este descalabro!