2006/08/30

Incêndios Florestais, Terrorismo “Doméstico”!

É a primeira vez que falo deste assunto, este ano.
Já esteve nos meus propósitos, inúmeras vezes, voltar a este tema. Mas cansa, satura e deprime redizer o que já foi dito, percebendo que todo o esforço anterior foi em vão, porque ninguém ouve; porque os responsáveis deste país perderam toda a vergonha e continuam a cometer os mesmos crimes, descaradamente, mesmo sabendo que todos percebemos e nos indignamos…
Mas nós também não podemos desistir. Isso é o que "eles" querem.

É frequente encontrar escritos indignados, por aí, quanto a este tema, sobretudo nos blogues mas também em artigos da imprensa; mas todos se ficam pelas conjecturas, pelas generalidades abstractas, sem concretizarem o que quer que seja.

Lá como cá!

A Galiza foi muito massacrada com incêndios, recentemente e sem precedentes ao contrário de cá.
Cá, as pessoas falam e sofrem, mas não sabem o que fazer com o que sentem e pensam, como actuar eficientemente.
Já os galegos não estão dispostos a “habituar-se”, como nós, a este tipo de perfídias e cumplicidades governamentais que tanto nos oprimem e deprimem.

Ontem, no noticiário das 18 horas da RDP1, ouvi um responsável da Galiza dizer, claramente, que a vaga de incêndios se deve a terrorismo…
Parece que o homem não inventou nada; limitou-se a repetir o que é voz corrente. Mesmo assim fê-lo de forma demagógica, ao invés de assumir as suas responsabilidades e competências na resolução do problema, mas já é um começo que reconheça o óbvio.

Digo que “o homem” não inventou nada porque encontrei o que se segue, neste site:
“Que a intencionalidade dos lumes nom se deve unicamente a psicopatas, vándalos ou despistados. Há um plano perfeitamente orquestrado para liquidar a populaçom e qualquer futuro dos nossos montes e do nosso agro.

E por cá? O que é que “é voz corrente”?
E porque é que, sendo voz corrente, não é tido em conta, nem “solucionado”?
Porque é que esse terrorismo, porque de terrorismo se trata, continua, todos os anos a destruir e a assassinar, impunemente, contando com toda a cumplicidade, compreensão e colaboração por parte de quem governa?

Aqueles provocadores, abjectos, que por aqui passam e se manifestam (a gente não quer, mas eles tanto insistem que temos de os notar) dirão que este ano ardeu menos floresta (se disserem alguma coisa que não sejam os impropérios do costume).
Apetece responder: Ah pois! Há-de chegar uma altura em que deixa de haver fogos florestais porque já não há floresta para arder…

Como todos os outros, também este problema tem solução e já teria sido solucionado se fôssemos governados por gente digna.
Também já teria sido solucionado se essa escumalha que usurpa a governação, sem legitimidade para o fazer, não estivesse acolitada por uma chusma de “dirigentes” de ONG’s, partidos “democráticos”, todos os parlamentares, associações cívicas e quejandos, que colaboram com os criminosos e não com os cidadãos preocupados; apoiam e se apoiam nos criminosos e não nos apoiam ou se apoiam em nós!

Acredito que os galegos vão ser capazes de resolver este problema, mesmo contra todo o tipo de escumalha, ao contrário do que tem acontecido cá.
O que nos distingue deles é mesmo o tipo de dirigentes das “associações” que lá se revelam lideres honestos e empenhados, comprometidos com os seus cidadãos, ao contrário de cá onde só vemos falaciosos pérfidos e cínicos… que nos deixam a falar sozinhos

Isto que estou aqui a dizer é apenas a actualização do que já disse inúmeras vezes, no ano passado, em vão.

Deixo-vos as ligações aos artigos que escrevi sobre este tema, porque tudo o que disse (eu e muitas outras pessoas) está actualizado, nada mudou!

2005/08/22 - Incêndios, Destruição Terrorista! (7 comentários)
2005/07/24 - Acabar com os Incêndios Florestais! (18 comentários)
2005/11/08 - Enterrar a Cabeça na Areia! (6 comentários)
2005/05/13 - Não Insultem a nossa Inteligência!
2005/08/10 - Fogos Florestais, novamente!
2005/08/17 - "Imagens" e Disparates!


Tal como já disse em várias outras ocasiões, este é um problema cuja resolução definitiva é simples, como acontece com vários outros problemas da nossa sociedade, incluindo e principalmente os mais graves e prementes.

É simples! Basta colocar as pessoas certas nos lugares certos.
É por isso e para isso (para que seja possível e inevitável colocar as pessoas certas nos lugares certos, de modo a permitir resolver os problemas da sociedade) que eu defendo A VALORAÇÃO DA ABSTENÇÃO