2006/09/23

Eu “Sabia”...

Eu “Sabia”, e muitas outras pessoas também, certamente!

Este “eu sabia” refere-se a um “saber” de dedução lógica e conclusão por exclusão de partes.

Um jornal Francês, L´Est Republicain, (espero que não tenha nada a ver com os neo-cons controlados a partir da América e que controlam a administração americana) publica uma notícia, referenciada por vários órgãos de comunicação social, pelo Mundo, onde se diz que Osama Bin Laden morreu, no Paquistão, no mês passado.

A notícia, em português, pode ser lida AQUI.

O que “eu sabia” não era propriamente o conteúdo da notícia, mas o que ela revela sem o afirmar: Que Osama Bin Laden está (estava?) no Paquistão, protegido pela CIA e pelos seus lacaios do governo paquistanês e do ISI, desde, pelo menos, o dia 10 de Setembro de 2001. Nessa data ele foi “assistido”, com especial deferência e protecção, num Hospital paquistanês e desde então nunca mais deixou o País (digo eu porque é a única conclusão lógica e coerente que se pode tirar).

Esta “missão” fez parte, aliás, dos préstimos que o Paquistão e o ISI têm vindo a fornecer aos U.S. e à CIA, ao longo das últimas décadas, desde há já muito tempo, servindo como intermediário entre a CIA e o fundamentalismo, o terrorismo, etc. e executando uma infinidade de actos terroristas e de provocação.

Aquela minha convicção já teria sido passada a prosa, num artigo que idealizei para este blogue, mas que o tempo me tem impedido de publicar.

Um outro assunto relacionado com “o mesmo tema” é referido nesta notícia, em que Armitage nega ter ameaçado bombardear o Paquistão, após o 11 de Setembro, como forma de chantagem para obter o seu “apoio incondicional” e os seus préstimos, para o serviço mais sujo, na “Luta contra o Terrorismo”. Os acontecimentos visíveis desta questão estão descritos aqui:
O chefe do ISI paquistanês estava nos U.S. no dia 11 de Setembro de 2001 e só saiu de lá depois de ser incumbido da missão de forjar pretexto, apresentável aos olhos do Mundo, para a invasão do Afeganistão. Invasão que estava planeada e tinha sido ameaçada aos Talibans, semanas antes…
A retenção de Bin Laden no Paquistão era importante para o êxito da missão do chefe do ISI.

Agora “a coisa” complica-se, para o lado dos conspiradores, e parece que há gente no Paquistão a acordar para os perigos que correm, percebidos pelo exemplo do Iraque, que foi o grande aliado e amigo dos U.S. durante a guerra Irão/Iraque. É essa percepção que motiva estas “lamentações”.
Até pela sua colaboração estreita com a CIA, ao longo de muitas décadas, os paquistaneses sabem que existe uma “corrente” das chamadas “teorias da conspiração” que considera que este país deve ser tratado como inimigo, porque se sabe da sua colaboração com o terrorismo; a mando e sob controlo da CIA é certo, tal como está a acontecer no Sudão com consequências desastrosas para a população do Darfur, mas a isso “eles” não querem dar relevo, porque estraga os seus planos.
Atacar o Paquistão permitiria “salvar a face” e conservar o controlo do poder, mesmo que “sacrificando” alguns elementos, transformados em “bodes espiatórios”..

À medida que as denúncias acerca da conspiração de 11 de Setembro forem encurralando os conspiradores e dificultando os seus planos de dominarem o Mundo, essa manobra de diversão “um ataque ao Paquistão por ser base de apoio de terroristas” vai-se transformando numa hipótese cada vez mais provável…

A julgar pelos relatos de alguns ex reféns da CIA, a Síria enfrenta este mesmo dilema (o de ser alvo de ataque apesar da sua prestimosa “colaboração” na Luta contra o terrorismo”) e também estes começam a “dar com a língua nos dentes”... denunciando que os U.S. estão por detrás do mais recente ataque à embaixada Americana em Damasco.
Apetece perguntar: qual é a novidade, ou o espanto? Não tem sido assim sempre e em todos os casos?

Nada nos pode causar admiração quando até o Papa colabora nas provocações e motiva escândalo capaz de favorecer o alarme social tão conveniente para a “Campanha De Medo e Desinformação” que tem tido um papel inestimável na manutenção e “justificação” da “Luta Contra o Terrorismo”.

Mas o pior é que os provocadores estão, cada vez mais, “a falar sozinhos”, porque as pessoas começam a estar fartas de tanta patranha e estão-se nas tintas para o que disse ou deixou de dizer o Imperador Bizantino, como se estão nas tintas para as encenações e alarde feito acerca da questão, como estão fartas de “propaganda enganosa” e da própria “Campanha de Medo e Desinformação”.
Como tudo também isto tem um limite de saturação a partir do qual começa a fazer o efeito contrário… apesar de toda a colaboração e esforço dos inúmeros provocadores rafeiros que por aí há, que até se dão ao trabalho de usar os fóruns de discussão das rádios para “destilarem o seu veneno” e instigarem “ódios e vinganças” absurdos e sem fundamento.

É para acabar com isso (com a manipulação dos poderes através de encenações desta natureza) que eu defendo A VALORAÇÃO DA ABSTENÇÃO e a alteração das regras de decisão da ONU quando se trata de conflitos armados internacionais.