"A coisa" muda de figura quando se trata de atropelos, de prepotências, de abusos (como no processo Casa Pia, no caso dos familiares da pequena Joana e em tantos outros), já não faltam meios, nem dinheiro, nem empenho, nem cobertura jornalística impune, quaisquer que sejam os abusos.
O mesmo acontece com a violação dos direitos fundamentais dos cidadãos.
O amigo "Sem Palavras" enviou-me este recorte, que merece a nossa atenção e apreensão:
O texto da notícia diz:
"A Polícia Judiciária (PJ) vai adquirir a uma empresa israelita equipamento para vigilância nas comunicações pela Internet, num investimento de 500 mil euros (cem mil contos).
Esta tecnologia vai permitir à PJ realizar intercepções de e-mails e até «escutar» conversas em programas de conversação online como o MSN Messenger e o Skype. Permite ainda uma vigilância mais apertada a programas de partilha de ficheiros, como o Kazaa e Emule."
E quanto aos objectivos:
"A aquisição deste equipamento vai permitir aos investigadores mais possibilidades de obtenção de prova, não só para os crimes informáticos, mas também para outros tipos de criminalidade."
Mas será que é mesma a "criminalidade" que está a ser atacada?
Vejamos o que se diz aqui:
"algum criminoso digno do nome usa email sem ser cifrado e combina o próximo assalto ao banco via msn?
E mesmo que use msn, a maior parte dos clientes de terceiros que fornecem acesso ao msn fazem cifragem "on-demand" quando as 2 partes usam um cliente capaz disso.
A proliferação de servidores jabber, como o sapo im, regra geral oferecem a possibilidade de cifragem das comunicações.
O mundo, ao contrário do que um senhor de óculos, que veio a Portugal, há uns meses, para ter o traseiro lambido pelo 1º ministro e pelos “capitães da indústria”, pode querer fazer crer, não gira à volta da microsoft e muito menos do msn."
Ou seja: o equipamento, apesar de custar um balúrdio, não serve para combater a criminalidade, apenas serve para escutar e perseguir os incautos e pacatos cidadãos... É um favor que o Governo Português faz a Israel, como forma de ajudar os sionistas a comprar armas para massacrar os povos "adjacentes"...
Além disso, por mais patranhas que se digam no texto que anuncia "a boa nova", este tipo de medidas são semelhantes às medidas repressivas que têm vindo a ser adoptadas por aí, como por exemplo na América...
Ou será que o funcionamento da justiça e da PJ (e o controlo sobre os respectivos abusos e arbítrios) melhorou, já merece a confiança dos cidadãos, já podemos estar descansados porque os casos aberrantes como os referidos acima não se repetirão?
E tudo isso aconteceu sem que eu desse por nada... chatice!
Por se tratar do mesmo tipo de medidas de repressão, aqui fica uma opinião que vale a pena ouvir:
Ted Kennedy defende a "neutralidade" da Internet e explica as vantagens.
Nota: este texto foi alterado porque a imagem inicialmente publicada não aparecia.