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2010/04/26

Para Memória Futura II

Comemorando os 36 anos do 25 de Abril e observando a que ponto de descalabro isto chegou...
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O Sr procurador geral da República, PGR, diz: "Os blogues é uma vergonha" e a gente estamos determinados a persistir até conseguir perceber o porquê de semelhantes declarações.
Para isso, vejamos, do nosso lado, o que consideramos "uma vergonha" (enfim, usemos um eufemismo) na actuação (ou ausência dela) do Sr. PGR.
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Nesta página (MuiMentiroso) está publicado um texto a que se chamou: Relatório do GOVD, que provocou muita agitação, na época. Trata-se do conteúdo do famoso site "Muito Mentiroso", que os esbirros visados na denúncia conseguiram silenciar e fazer com que desaparecesse.
Esse texto começou por ser enviado à entidades nele referidas e depois distrubuído à comunicação social.
Quanto ao seu conteúdo, rapidamente caiu no esquecimento, apesar da gravidade extrema das denúncias.
Quanto ao texto em si, levantou-se um coro, em surdina para não levantar muitas ondas, de hipocrisia e achincalhamento, apesar de esse texto conter as pistas para as ÚNICAS explicações lógicas e coerentes da nossa negra realidade e do descalabro a que chegámos, nomeadamente ao nível da justiça. E isto apesar de o texto revelar alguma ingenuidade dos seus autores...

Nessa altura o cargo de PGR era ocupado por Souto de Moura, que não investigou coisa nenhuma (nem se esperava que o fizesse) mas que mandou perseguir quem teve a coragem de denunciar...
Este texto foi, posteriormente enviado por mim ao actual PGR, Pinto Monteiro, mas o resultado foi o mesmo...
Coisas que a gente considera uma vergonha, sr. PGR, devido às suas escabrosas consequências.

Em data que não consigo precisar, encontrei esta notícia de jornal, que guardei cuidadosamente, à espera de que se procedesse á correspondente investigação e aguardando os respectivos resultados.
A notícia refere-se a "Um  dossier explosivo destinado Á PGR... caíu em saco roto, mais uma vez... Coisas que a gente considera uma vergonha.

Eis o texto, que fala por si:

Suspeita: Denúncias por corrupção e apropriação de dinheiro da droga


Crimes dentro da PJ

Em 2007-08-03

Um dossier explosivo, destinado à Procuradoria-Geral da República e a que o CM teve acesso, descreve práticas ilegais e dezenas de crimes cometidos por responsáveis no combate ao tráfico de droga da Polícia Judiciária ao longo dos anos. Denúncias concretas de corrupção, utilização de agentes provocadores nas operações encobertas, pagamentos em droga aos informadores, apropriação de dinheiro do tráfico e droga vendida a traficantes.

A quantidade exacta de cada apreensão "não é pública", pode ler-se na denúncia, "pois [nomes concretos] declaram sempre uma quantidade menor e a diferença é vendida em Madrid por um agente infiltrado, `X'. Após a venda, o dinheiro da droga é distribuído por [...]", todos eles elementos da Direcção Central de Investigação ao Tráfico de Estupefacientes (DCITE).

O autor da denúncia, que diz ser "inspector da DCITE", nomeia e acusa 27 colegas por corrupção e envolvimento no tráfico e identifica as 27 embarcações que fazem transporte de droga na costa, com conivência da PJ.

Os agentes infiltrados nomeados na denúncia são 28, detidos, indiciados ou ex-condenados. E entre eles estão Y. e Z., velhos conhecidos da PJ e referenciados durante anos como dos maiores traficantes da península ibérica. Z. foi recentemente absolvido num processo e, disse ao CM o seu advogado, já está em Espanha, "de férias e a tratar de negócios".
(Nota: Z é, obviamente, Franclim Lobo)

Um mandado de captura internacional levou a PJ, em finais de Novembro de 2004, à detenção de um célebre traficante conhecido por H.. Andava fugido e tinha mais de 30 anos de cadeia para cumprir em Espanha. Estava no Estabelecimento Prisional da PJ quando, dias depois, foi chamado à DCITE. E os dois responsáveis (...) propuseram-lhe "dar serviços de droga em troca de não ser extraditado".


H. aceitou e, no início do ano seguinte, deu à PJ o primeiro serviço, "heroína enterrada em terrenos baldios" no Estoril, Margem Sul e Alentejo (data e locais precisos). "Só que, dos 60 quilos de droga apanhados, apenas 51 foram apresentados à Comunicação Social, tendo os nove quilos sido vendidos através do inspectorchefe [...]. O dinheiro foi para os meus colegas que conduziam o processo".


H. passou então a sair da cadeia às 10h00, sendo entregue pela PJ à noite ou até no dia seguinte, "como comprovam as senhas de saída e entrada dos reclusos". Saiu da cadeia no Verão (a data é precisa) de 2005, "com senha assinada pelo inspector [...], mas nunca mais voltou".

H. consta da lista da cadeia (cela identificada) como estando em prisão preventiva, "o que não é verdade". No extenso relatório, 78 páginas, é referido em dezenas de casos concretos por tráfico e roubos, "corrompendo agentes da PJ com dinheiro e ouro”.

Y. acusa o inspector (..) de pôr à venda "parte da mercadoria" para pagar informadores e barcos de milhares de contos. Foi até Marrocos buscar "cinco toneladas de haxixe a mando da PJ, em 1993, e só era depois preciso arranjar alguém para se dar à morte.

A PJ, através de infiltrados, comprou um camião e abandonou a droga lá dentro, numa estrada no Alentejo".

O carregamento foi encontrado pela GNR, mas "só lá estavam quatro toneladas e meia". E 500 quilos terão sido postos à venda pelo outro infiltrado, "com o conhecimento da polícia". Y. questionou o inspector, que o terá mandado "estar calado".

O mesmo inspector e outro responsável da DCITE terão sido alvo de um inquérito por tráfico e associação criminosa. O primeiro; "considerado um super-inspector da PJ", já reformado, "fabricava apreensões e despistava a GNR - conseguia fazer passar carregamentos por outros sítios com os seus homens".

O pior foi no Verão de 92, quando uma troca de tiros com a Brigada Fiscal de (...), Alentejo, "obrigou inspectores da PJ a dominar os militares, no chão e com as armas aponta das à cabeça, enquanto a descarga da droga prosseguia". Tudo às ordens do "super-inspector". Y. era útil ao "super-inspector" em transportes desde Marrocos. Descreve barcos de borracha com que se fez rio acima pelos canais, horas de desembarque e as carrinhas em que inspectores (...) o esperavam na zona de Setúbal.

Alberto Costa diz não saber de nada
(Nota: eles nunca sabem de nada...)

O ministro da justiça, Alberto Costa, "desconhece o assunto". Foi esta a resposta dada ontem pelo gabinete do governante quando confrontado com a existência de uma denúncia de 78 páginas que descreve ao pormenor alegados crimes praticados pelos inspectores da DCITE.

Alberto Costa, de resto, ainda não se pronunciou sobre a crise instalada no departamento de combate à droga da Polícia judiciária, desde que foi conhecido o desvio de 94 mil euros, apreendidos numa operação. A situação foi tornada pública no início do mês de Julho e, quatro dias depois, José Braz, director da investigação de tráfico de estupefacientes, demitiu-se. No entanto, há já um mês que o ministro com a tutela da Polícia judiciária se mantém em silêncio.

No dia 25 de Julho, data em que foi detida a ex-coordenadora Ana Paula Matos - a principal suspeita do desvio de dinheiro ficou em prisão preventiva - Alberto Costa limitou-se a dizer à Lusa que a sindicância ao desaparecimento de dinheiro na DCITE estava "quase concluída", garantindo que anunciaria em breve os seus resultados, assim como o nome do sucessor de José Braz.

A sindicância na Polícia judiciária foi pedida pelo director nacional, Alípio Ribeiro, e de imediato ordenada pelo ministro da Justiça.
(Nota: Sindicância é? Cadê ela? e as conclusões? Vão ver entregaram o assunto aos implicados, para "ficar tudo em família"... é o costume)



Director nacional tem conhecimento das denúncias

O director Nacional da Polícia judiciária tem conhecimento das denúncias que envolvem inspectores da Direcção Central de Investigação ao Tráfico de Estupefacientes (DCITE) em práticas ilegais. "Tenho conhecimento de denúncias anónimas, que não são novas, e que vejo com grande distanciamento." "Tenho a certeza de que estas denúncias não têm origem em fontes policiais", afirmou ao CM Alípio Ribeiro, que não descarta a hipótese de estarmos em presença de informações recolhidas por pessoas que têm um grande conhecimento das práticas policiais no combate ao tráfico de droga. Aquele responsável também não coloca de parte a possibilidade de as denúncias terem como objectivo incriminar inspectores da judiciária, desestabilizando a estrutura de combate ao tráfico de estupefacientes.
(Nota: Esta do "vejo com  distanciamento" é que me enfurece a sério... Isso quer dizer que também está implicado? Só pode ser, visto que isto são "coisas" que toda a gente sabe, embora sejam muito poucos os que têm coragem para o admitir)

Ainda em relação à DCl1 h, Alípio Ribeiro negou categoricamente que tenha indicado o nome de Carlos do Carmo como sucessor de José Braz à frente daquela direcção.

"Não fiz nenhum contacto. Não tenho nenhum nome", afirmou ao CM o director Nacional da judiciária.

"A sucessão da DCITE depende do fim da sindicância que está a ser realizada pelo Ministério da Justiça", acrescentou Alípio Ribeiro, salientando que é aguardado "o desenrolar daquele processo e se for necessário mudar os procedimentos mudaremos tudo. Não existe nada a esconder. Se algo está mal é preciso mudar". Só depois de terminado aquele processo o responsável irá escolher o novo número um do combate à droga. Alípio Ribeiro ainda não decidiu se vai escolher um magistrado ou um elemento da polícia.

O director da PJ garante que, enquanto decorre a sindicância, a DCITE continua a trabalhar com a colaboração empenhada de todos os seus funcionários, "incluindo o director. José Braz".

Em relação ao processo que envolveu a inspectora Ana Paula - detida preventivamente por suspeita de ter desviado mais de 94 mil euros - Alípio Ribeiro afirmou tratar-se "de um facto concreto que foi identificado e que deu origem a um procedimento criminal".

(Nota: História mal contada. Ana Paula é referida no texto linkado acima e esta pode muito bem ter sido uma armadilha usada como vingança::: digo eu)
.../...

 Como vêem, o texto "linkado" no inícol foi publicado no verão de 2003... vai para 7 anos... A que transcrevo tem a data de 2007-08-03... Vai para 3 anos.
Vocês ouviram falar do assunto com o destaque (escândalo) que justifica?
 
O que se vê é esses mesmos conspiradores a prosseguirem , alegremente, as suas cabalas, como o caso "Face Oculta"... referido como tratando-se de "atentado ao Estado de direito".
Mas isso (o Estado de Direito) existe?
 
E estes factos, gravíssimos, denunciados recorrentemente, e sempre ignorados? Não são atentado ao Estado de Direito?
 
Que vergonha Sr. PGR! Vergonha, será o termo adequado?

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2008/02/25

O Direito À Ignorância

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O DIREITO À IGNORÂNCIA
Publicado também em Biranta.

O "Direito à Ignorância" não está consagrado na Declaração Universal dos Direitos do Homem, mas há quem o reivindique, o use… e o abuse.
Na Declaração Universal dos Direitos do Homem, está consagrado, isso sim, o Direito à Educação, ao saber; e até de participar no progresso científico, imagine-se!
Quanto ao direito à ignorância, nada!
E, para “nós” que até somos capazes de nos sacrificar e prejudicar por defender o direito ao saber, ao conhecimento, à instrução e à informação, é um choque a reivindicação do “Direito à Ignorância”. Até porque a ignorância está muito associada à miséria e agrava a miséria.

Como os tempos mudam...

Dizia eu que há, entre nós, em abundância, quem reivindique o “direito à ignorância”. Actualmente eu colocaria à cabeça dessa lista o PGR, Pinto Monteiro.

Na sua última grande entrevista, ao semanário Sol, o PGR (Procurador Geral da República - Pinto Monteiro), para além de cair em frequentes contradições, como, aliás, tem acontecido também com a sua actuação, volta a afirmar, referindo-se a uma violação grosseira da lei: as escutas ilegais:
- “Como é que vou lidar com isso? Não sei! Como vou controlar isto? Não sei!”

Mas não é de agora que este PGR afirma a sua ignorância ou, se preferirem (eu prefiro), reivindica o Direito à Ignorância… que não deve ter (o direito, é claro).
Quando se colocou a questão da substituição do estafermo que o antecedeu e o seu nome apareceu como nomeável, também havia uma última entrevista em que afirmara:
-“A justiça funciona mal mas empolaram de tal forma o funcionamento mau da justiça, com o apoio de toda a gente, que não sei como é que vão descalçar esta bota”.

A propósito eu escrevi: "Então o Sr. Dr. Juiz Conselheiro “não sabe como vão descalçar a bota” e eles vão a correr enfiar-lha?"

Entretanto, quando o “Apito Dourado” aqueceu com a publicação do Livro de Carolina Salgado, o PGR, Pinto Monteiro, voltou a reivindicar o seu “direito à ignorância” manifestando-se surpreendido e indignado (acho que foram esses os termos usados) com esta notícia:
“Os vários magistrados do processo ‘Apito Dourado’ foram submetidos, durante meses a fio, em 2004 e 2005, à vigilância de detectives privados, visando a sua vida privada e familiar, incluindo a orientação sexual. Carlos Teixeira, procurador titular do ‘Apito Dourado’, foi o mais visado, chegando a ser perseguido durante a noite à saída do Tribunal de Gondomar. As vigilâncias incluíram dirigentes e inspectores da PJ, além de funcionários judiciais, para tentar condicionar e obstruir a acção dos profissionais da Justiça.
Segundo a notícia, as vigilâncias e perseguições tiveram a participação de elementos ligados à DINFO (antiga Secreta militar) e de um antigo inspector-chefe da Polícia Judiciária...
As perseguições só acabaram quando Pinto Nogueira, que era coordenador do ‘Apito Dourado’, sendo agora o procurador distrital da República no Porto, denunciou então tal situação numa entrevista ao ‘DN’, mas as vigilâncias terão continuado”.
Porém, a notícia já tinha sido notícia, como a mesma refere: As perseguições só acabaram quando Pinto Nogueira, que era coordenador do ‘Apito Dourado’ denunciou então tal situação numa entrevista ao ‘DN’… Notícia de que, aliás, até eu me lembro e não trabalho na Justiça…
Mas o PGR, "profissional" da Justiça, não sabia de nada…

O mais grave é que, pelos vistos, continua a “não saber de nada”, na mesma linha da sua reivindicação do “Direito à Ignorância” uma vez que “o caso” envolve crimes graves sem que haja notícias de que tenham sido devidamente apurados, registados (toda a gente sabe quem os cometeu e como) e punidos…

Sempre achei que Pinto Monteiro foi escolhido devido a esta sua característica; pelos visto ele, PGR, também sabe disso e faz questão de se reafirmar, para sossegar as muitas consciências pesadas que por aí se pavoneiam… Assim só lhes pesa a consciência, mas sabem que não correm o risco de lhes "pesar" a Justiça...

Não é só Pinto Monteiro que reivindica o “Direito à Ignorância”
No verão de 2003, apareceu, na NET (depois de ter sido enviado a várias entidades e à Comunicação Social) uma coisa que se convencionou designar por “Relatório do GOVD”, publicado num site com o nome de “Muito Mentiroso”. Para além de desmascarar aquela conspiração monstruosa que dá pelo nome de “Processo Casa Pia”, o documento faz referência a uma situação antiga, escabrosa, muito grave, que toda a gente conhece: o tráfico de Droga dentro da Polícia Judiciária e não só.
Levantou-se um coro de hipocrisia e de covardia para denegrir o documento que nunca foi devidamente investigado, apesar de ter sido enviado à PGR, fundamentando uma denúncia ASSINADA.

A PGR (cujo cargo era exercido por Souto de Moura) ignorou e mandou perseguir quem assinava a denúncia. Mas do então PGR não se esperaria outra coisa.

Mais recentemente, em 2007-08-03, novamente uma notícia que começa assim:
“Um dossier explosivo, destinado à Procuradoria-Geral da República e a que o CM teve acesso, descreve práticas ilegais e dezenas de crimes cometidos por responsáveis no combate ao tráfico de droga da Polícia Judiciária longo dos anos. Denúncias concretas de corrupção, utilização de agentes provocadores nas operações encobertas, pagamentos em droga aos informadores, apropriação de dinheiro do tráfico e droga vendida a traficantes.
A quantidade exacta de cada apreensão "não é pública", pode ler-se na denúncia, "pois [nomes concretos] declaram sempre uma quantidade menor e a diferença é vendida em Madrid por um agente infiltrado, `X'. Após a venda, o dinheiro da droga é distribuído por [...]", todos eles elementos da Direcção Central de Investigação ao Tráfico de Estupefacientes (DCITE).O autor da denúncia, que diz ser "inspector da DCITE", nomeia e acusa 2 7 colegas por corrupção e envolvimento no tráfico e identifica as 27 embarcações que fazem transporte de droga na costa, com conivência da PJ.Os agentes infiltrados nomeados na denúncia são 28, detidos, indiciados ou ex-condenados. E entre eles estão Y. e Z., velhos conhecidos da PJ e referenciados durante anos como dos maiores traficantes da península ibérica. Z. foi recentemente absolvido num processo e, disse ao CM o seu advogado, já está em Espanha, "de férias e a tratar de negócios".

Nota: Como é óbvio, este Z referidos no texto é Franclim Lobo (ou ou Franklim Lobo), cujo “processo de absolvição já é do tempo de Pinto Monteiro…
Se lhe perguntarem dirá que "Não sabia de nada!"

Mas, apesar de tudo isto, o PGR continua a não saber de nada.

É mais um escândalo, tratado em surdina, para nascer e morrer nas páginas dos jornais, porque “ELES” TEIMAM EM REIVINDICAR O Direito à Ignorância…

Pior:
O Director Nacional da PJ sabe (o assunto não é novo, existem várias denúncias, afirma) mas vê com distanciamento… as denúncias (denúbncias de coisas que toda a gente sabe mas de cujas ninguém quer falar); será que também está implicado? Ou tem medo? Medo de quê?

E o então Ministro da Justiça, Alberto Costa, também achou por bem reivindicar o seu Direito à Ignorância” e não saber de nada…

São apenas  alguns exemplos (bem escabrosos, por sinal) de reivindicações do “Direito à Ignorância”, que é uma prática generalizadamente adoptada pelos titulares de cargos públicos, quando se querem esquivar às suas responsabilidades, com consequências gravíssimas para a sociedade e que destroem o Estado de Direito.
Prometo voltar ao assunto que dá “pano para mangas”.
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2008/01/05

Afinal, Quantos São?




AFINAL, QUANTOS SÃO?

É Verão e está calor!
O Cenário é uma paragem de autocarro. É, mais exactamente, a paragem de autocarros junto ao Centro Cultural de Belém, em Lisboa (C.C.B.).
É fim-de-semana (sábado, ou domingo, não me lembro bem). Está um homem sentado no muro, balançando as pernas, com ar de “tou nem aí!” e há mais duas pessoas na paragem, esperando transporte. Uma delas sou eu!

Uma dessas pessoas, a que chegou depois, perguntou se os autocarros estavam a circular, se já tinha passado algum. E esclareceu o motivo da pergunta: quando há “acontecimento” social em frente ao palácio de Belém: parada, manifestação, etc. a circulação dos autocarros é suspensa, às vezes durante muitas horas, sem que as pessoas sejam avisadas; isto é: sem que sejam colocados quaisquer avisos nas respectivas paragens. E acrescentou: “As pessoas que moram aqui e que viajam de autocarro são umas sacrificadas. Ninguém tem respeito por nós! “Eles” querem lá o dinheiro e pronto! Pagamos mas não temos direitos!”

Têm respeito, não têm respeito, a conversa continuou com os relatos de alguns exemplos, vividos por cada uma dessas pessoas, da falta de respeito, “deles”, pelos cidadãos e seus direitos.

Mas quem é essa gente que ocupa os altos cargos da sociedade e que não tem respeito pelos cidadãos? Que tipo de gente?
Mais exemplos e casos vieram à conversa até que, a dada altura, esta história:

É como o caso dum indivíduo que mora ali (fez sinal, com a cabeça, na direcção da zona habitacional); agora está no estrangeiro. Vai muitas vezes ao estrangeiro. Tem 42 anos e é um grande traficante de droga, do pior que há.
É filho dum juiz; mas não é um juiz qualquer, é dos importantes. Quando a polícia vem procurá-lo, para o prender, o pai é informado previamente e avisa-o. Ele fecha-se em casa e não abre a porta a ninguém. É o que o pai lhe diz para fazer. Ou então vai para casa da mãe. E pronto! Continua por aí a fazer o que quer, impunemente, a traficar droga, a desgraçar a vida de tanta gente, e ninguém lhe toca, ninguém o prende porque é filho do juiz… É uma pouca vergonha!”

Neste texto, podemos encontrar as seguintes passagens:

Há meses, um profissional das “Forças da Ordem”, comentava, falando com conhecidos, perto dum vendedor, na “Feira do Relógio”, em Lisboa, que “o traficante de droga mais arrogante, pérfido e perigoso que conhece é filho dum juiz e “usa” o cargo do pai para se garantir impunidade. O facto é do conhecimento de todos e, por isso, conta com a passividade das polícias que têm de fazer “vista grossa” aos seus crimes”.

Há tempo, em conversa com um jornalista que tinha feito umas matérias sobre toxicodependência, este relatou que foi procurado, em casa, por um juiz, dum tribunal superior, que lhe relatou, com nomes (e quase com lágrimas nos olhos), ter conhecimento de várias figuras importantes do País, ligadas ao tráfico de droga, incluindo juízes, também eles de tribunais superiores. Porém o “facto” não foi objecto de notícia nem de denúncia, porque o Juiz não se quis assumir (não tem essa obrigação, como juiz… os cidadãos é que têm…) e o jornalista “não tem provas”. Estava fresca, na memória de todos, a condenação do jornalista Manso Preto…

Neste outro texto, encontramos isto:

(Assassinato dum jovem de cor, por um grupo de “skin heads”, no Bairro Alto)

Segundo esta versão, a briga terá envolvido vários “skin heads” e também vários jovens de cor.
Enquanto que o grosso do grupo dos “skin heads” “jogava à estalada” com o grosso do grupo dos indivíduos de cor, dois dos “skin heads” isolaram um jovem de cor, arrancaram um poste da calçada e assassinaram-no, fugindo, de seguida.
Como o “arraial” de estalada continuava, a polícia chegou e prendeu os que brigavam, acusando-os de crime.
Sucede porém que um dos assassinos é filho dum juiz, que o mandou para o Brasil, no dia seguinte, juntamente com o “amigo” e co-autor do crime, enquanto que os restantes eram presos e enfrentavam a acusação… pela qual foram condenados a cumprir pena de prisão

Portanto, recapitulando:

- Indivíduo de 42 anos que mora perto do C.C.B. e trafica droga; filho de Juiz (dum Tribunal superior)…;
- Fulano, conhecido das forças da ordem como traficante de droga, do pior que há, mas que beneficia da respectiva complacência (ninguém lhe toca) porque é filho dum juiz…;
- “Skin head” envolvido no assassinato dum jovem de cor, a quem o pai, Juiz, garantiu uma viagem para o Brasil, no dia seguinte, para escapar à acusação e à prisão, deixando os comparsas a braços com a condenação…

É o mesmo “filho”, do mesmo juiz, ou são vários filhos de vários juízes? Afinal quantos são?


Juízes e outras figuras importantes (figurões) conhecidos pelos seus pares (os juízes) como envolvidos com a alta criminalidade e o tráfico de droga, provocando nalguns dos seus pares, frustração, revolta, indignação, angústia… quantos são?

Afinal, quantos são?

Como é que a justiça não há-de estar em crise? Como podemos nos admirar com a enorme quantidade de sentenças aberrantes, protegendo criminosos e perseguindo e prendendo inocentes e pessoas de bem?

E diz o outro (o P.G.R.) que não sabe como resolver os problemas da justiça… Pois não! Compactuando com situações escabrosas assim, é impossível.

É caso para dizer: - As coisas que ele não sabe, apesar de toda a gente saber.

2006/02/22

Tráfico de Droga!

Há meses, um profissional das “Forças da Ordem”, comentava, falando com conhecidos, perto dum vendedor, na “Feira do Relógio”, em Lisboa, que “o traficante de droga mais arrogante, pérfido e perigoso que conhece é filho dum juiz e “usa” o cargo do pai para se garantir impunidade. O facto é do conhecimento de todos e, por isso, conta com a passividade das polícias que têm de fazer “vista grossa” aos seus crimes”.

Há tempo, em conversa com um jornalista que tinha feito umas matérias sobre toxicodependência, este relatou que foi procurado, em casa, por um juiz, dum tribunal superior, que lhe relatou, com nomes, ter conhecimento de várias figuras importantes do País, ligadas ao tráfico de droga, incluindo juízes, também eles de tribunais superiores. Porém o “facto” não foi objecto de notícia nem de denúncia, porque o Juiz não se quis assumir (não tem essa obrigação, como juiz… os cidadãos é que têm…) e o jornalista “não tem provas”. Estava fresca, na memória de todos, a condenação do jornalista Manso Preto…

Há duas ou três semanas, uma pessoa que mora no Bairro Zambujal (que confina com a Buraca e a Damaia, às portas de Lisboa) lamentava-se de que o bairro está transformado em “supermercado da droga”. Que existe um posto de venda mesmo em frente à sua casa, agravando as péssimas condições de segurança da generalidade dos moradores. Inúmeras vezes tem telefonado para a Esquadra (estava mesmo a pensar em telefonar para a Judiciária) a relatar o facto, queixando-se de que chega a ter a sua porta obstruída por pessoas a drogarem-se… A resposta, da esquadra, é sempre a mesma: “Esses casos são conhecidos! Não podemos actuar assim porque “estamos a investigar”. Ou seja: a desculpa do costume, para disfarçar a protecção, da própria polícia, ao tráfico em que está implicada.
Episódios como este último repetem-se, pelo País inteiro, ao longo dos anos, aos milhões, sem que a polícia actue, como deve, garantindo a segurança dos cidadãos e acabando com o tráfico de droga.
Se duvidam de mim, atentem neste texto, que retirei daqui: “Esta é, pela natureza humana, uma história triste, com a agravante de não sabermos o crime cometido pelo canídeo nem sequer a sua sorte, mas cientes da realidade ali bem perto, num parque infantil recentemente inaugurado e com um custo de cerca de 144 mil euros.
Local de reunião habitual de Boxer, PittBul, Rottweiler, enquanto os seus donos ou tratadores se entretêm “impunemente” em negócios ilícitos.
Assim vai a defesa dos cidadãos, na novíssima cidade da C. Caparica”

Porque é que a polícia se recusa a acabar com o tráfico de droga, ignorando as denúncias dos cidadãos? Porque estes implicados (os que são poupados) são gente que manda na polícia e a própria polícia. Só isso justifica esta protecção… Não há investigação nenhuma, em curso. Isso é mentira, conversa fiada “para boi dormir”, já muito usada pela polícia, e gasta, que repetem, como desculpa, sem imaginação, até porque não precisam de se preocupar: ninguém acredita, nem é para acreditar, mas também “não há problema”. Eles são pagos para mentir aos cidadãos e para protegerem a criminalidade…
Relembro o Relatório do GOVD, para que se perceba melhor a situação.

Há tempos, alguém (com responsabilidades correlacionadas) desafiava o governo a “acabar com o tráfico de droga” dentro das cadeias que, como todos sabem, são mercados exclusivos das polícias… (No entanto o BE o que quer é "salas de chuto". Tem pena dos traficantes, coitadinhos...)
Antes disso, outro responsável se indignou contra o facto de haver máfias que impedem a “eficiência das clínicas de recuperação, não permitindo a “cura” dos toxicodependentes.
Tive conhecimentos de casos concretos em que “os pacientes” eram fornecidos de droga, gratuitamente, durante os períodos de cura, através de funcionários das próprias clínicas, para desespero próprio e dos seus familiares…
Depois vem a PJ (Polícia Judiciária e as outras polícicas) alardear as enormes quantidades de droga apreendida, quando todos nós sabemos que é por essa via que a própria polícia fornece o mercado… Tanta droga apreendida, mas o tráfico não diminui, pelo contrário… cresce! Bem como as respectivas desgraças e criminalidade…
Para agravar as nossas desgraças, este País está transformado na “Colômbia” da Europa, onde é o tráfico de droga que governa o país e nos avilta a todos, nos é imposto contra nossa vontade.
Para assegurar isso, os toxicómanos são promovidos a “políticos”. Para além dos do BE, que todos conhecemos, recentemente disseram-me que Marques Mendes também “consome”.
Seja como for (sendo eles consumidores, ou não), a culpa desta situação é dos políticos. São eles que são eleitos para representar os cidadãos…
Por isso eu defendo que é urgente e imperioso VALORAR A ABSTENÇÃO, correr com 87 deputados que nem foram eleitos e que estão a chular o país. É urgente e imperioso valorar a abstenção, para que a opinião e vontade dos cidadãos conte, para que não possamos continuar a ser ignorados, apenas porque, entre os políticos, não há em quem confiar, nenhum merece os nossos votos... Valorar a abstenção para que "Eles" passem a ser responsabilizados pelo que fazem e deixam fazer, para podermos ter paz e segurança, progredir e ser felizes, como "compete", para que as conspirações dos criminosos, que nos impõem a escumalha de políticos que temos, deixem de ser premiadas, como têm sido, passem a ser inúteis e ineficazes...
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