2006/11/15

Investigadores Criminosos!

Com o título “Para Memória Futura!”, o MuiMentiroso publicou, em 2004-12-05, o texto reproduzido abaixo.
Vou republicar este texto porque as denúncias continuam actuais e prementes; porque todos sabem e fingem ignorar; porque isto destrói o País, mas também porque o assunto tem que ver com a série de textos aqui publicados com o título “You have the right to remain silent!”

No texto transcrito substitui algumas reticências pelos nomes, óbvios, que consegui identificar, para que se perceba melhor.

...
“Para Memória Futura!

Quem nos defende, a nós, cidadãos, de Inspectores policiais, juízes e procuradores criminosos?
O advogado (de Carlos Cruz), Sá Fernandes, recebeu uma carta anónima, muito interessante, de alguém que parece estar por dentro da investigação (do Processo Casa Pia).
(Não foi uma, foram sete cartas anónimas, todas elas revelando uma narrativa muito coerente, complementando-se e contendo dados que se confirmaram, nos casos que conseguimos investigar (sic)).

Início de transcrição de carta (I):
“Toda a investigação tem sido manipulada, para servir um propósito que ignoro. Manipulação essa que tem consistido na ocultação de prova; fabricação de outra; divulgação de dados falaciosos, para a imprensa, de modo a criar um clima de confusão, que é benéfico para quem está a orquestrar tudo isto”.
(Comparando este processo ao dos Távoras, acrescenta):
“- Sabia que não foi feita revista, ao jipe, para não fragilizar a teoria da fuga?
- Sabia que a “famigerada casa de Elvas” foi alvo de mais de seis reconhecimentos?
Explicando melhor: que foram indicadas outras “casas de Elvas” e elaborados os sucessivos autos de reconhecimento, que depois foram destruídos (…)?
- Sabia que foram convocados e ouvidos, no espaço duma semana, mais de cem jovens e que só foi formalizada a audição dos que acederam admitir que conheciam Carlos Cruz?
- Sabia que foram fornecidos elementos relativos a Carlos Cruz, tais como um número de telemóvel?
- Sabia que foi proposto, ao Carlos Silvino, depor, em tribunal, de forma a suscitarem dúvidas quanto à sua imputabilidade, caso ele acedesse a incriminar Carlos Cruz e um determinado número de pessoas ligadas ao Partido Socialista?
- Sabia que a jornalista Felícia Cabrita se encontra regularmente com o inspector (Dias André), que permutam informações e planeiam, em conjunto, esta ou aquela acção?
- Sabia que esta jornalista ouviu as gravações das escutas?”

Informava ainda que a Direcção da PJ foi alertada para tudo isto. Estávamos em Julho de 2003. Também denunciava a “destruição”, pela sra. Coordenadora (Rosa Mota), em conluio com o inspector (Dias André), das “fichas de dezenas de jovens prostitutos, a maior parte deles oriundos da Casa Pia”, que surgem, agora, em entrevistas, nos canais televisivos.
Esses jovens, e o seu aliciamento à prostituição, foram investigados nos anos de 1996, 1997 e 1998. Nessa altura, foram identificados, como “clientes” desses menores, um juiz da Boa-Hora (Juiz Caramelo?), dois indivíduos do mundo do espectáculo, um deputado europeu do PSD, um jornalista e algumas figuras do “jet-set”.
Nunca foi referido o nome de Carlos Cruz, apesar de ele “estar na berra”, por ser apresentador do “1,2,3”.

Nessa investigação (…) foram recolhidos depoimentos, apreendidas dezenas e dezenas de cassetes com filmes pornográficos, em que os actores eram essas crianças. No programa “SIC 10 horas” do dia 04 de Abril de 2003, foi entrevistada a mãe duma dessas crianças, que surgem nesses filmes. (…)
A ordem da Sra. Coordenadora (…) foi para parar essa investigação.”

O autor não se identifica para não arriscar prejudicar a sua carreira e, pelo mesmo motivo, não entrega alguns elementos de prova.

Transcrição de Carta (II):
“Penso que, no ano de 1996, a brigada da chefe (Ana Paula Matos) apanhou o que ela chamava “a ponta da meada” e começou a investigar o braço de uma rede de pedofilia.
Os miúdos eram quase todos prostitutos no Parque Eduardo VII, Jardim de S. Pedro de Alcântara, Restelo. E quase todos tinham passado pela Casa Pia, ou por centros de acolhimento da Misericórdia (…).
Os menores indicaram, nessa altura, as casas para onde eram levados, em viaturas particulares, e foram feitos reconhecimentos. Essas casas eram no Restelo, em Cascais, em Coruche.

Sentimos um certo orgulho quando, uma noite, demos “um flagra” a um deputado europeu. Ele ficou tão amedrontado que nos acompanhou até à polícia. Mas fomos surpreendidos quando foram dadas ordens, à chefe, para esquecer aquela “personagem”. (…)
Acho que ela não terá obedecido e começaram os problemas: foi imediatamente substituída por (Dias André), que terminou o curso nessa altura. A preocupação prioritária dele foi mandar retirar esse ficheiro. Nessa altura “desapareceu” uma colecção de fotografias, de nus, que tinham vindo duma residência onde foi assassinado um indivíduo do “jet-set” (de apelido Bournet?).
Esta carta continua com muita outra informação, e alude também ao facto de o chefe ("Dias André) não ter sido “alheio” ao episódio que levou o Dr. Fernando Negrão, que o tinha suspendido, a sair da PJ.

Eis outra citação:
“O mês de Dezembro decorreu com o processo fechado à chave e com “misteriosas” reuniões entre os dois elementos da PJ (Rosa Mota e Dias André) e o magistrado. (…)
No início de Janeiro, já “estava em campo” a jornalista Felícia Cabrita
(sempre ela!!!, digo eu) que tinha a seu cargo “criar situações” e controlar a publicação das notícias, que foram logo definidas como “intoxicação”; baralhar para confundir. (…).

Próximo do final de Janeiro o chefe (Dias André) acabaria por revelar que um dos “alvos” era Carlos Cruz. A Dra. (Leontina?…) deu conhecimento ao Director do Departamento, Dr. Artur Pereira. (…) Foi convocada uma reunião (está registada no secretariado do Director) que ocorreu a 30 de Janeiro (…). O Director, perante as “ditas” provas, considerou que eram insuficientes (…). A insistência e arrogância de (Dias André) levaram a que o Dr. Artur Pereira desse uma ordem: nada de detenções, nada de vigilâncias ou perseguições, até ser recolhida prova credível!

No dia seguinte “o duo (Rosa Mota e Dias André)” foi ao DIAP falar com o Dr. João Guerra, dizer que a Direcção da PJ queria encobrir Carlos Cruz (…) no meio de muitas ameaças, mais ou menos veladas, o DIAP avocou o processo, para “garantir transparência na investigação”.
O Dr. Salvado, (contrariando as instruções da ministra) destacou funcionários. Não foi o DIAP que os pediu, foi ele que “decidiu” que eram destacados. (…)

Quando foi formalizado o interrogatório de Carlos Cruz, o processo não tinha as folhas todas numeradas. Faltavam números que era suposto corresponderem a depoimentos que o incriminassem e que “eles” ainda não tinham conseguido recolher”.

Justifica-se assim o seguinte mistério, constatado quando se teve acesso ao processo: o primeiro depoimento tem a data de 2003/01/16, o segundo (onde se diz que confirma o depoimento anterior), tem a data 2003/01/03, portanto: antes do primeiro!
Colocada a questão, informaram que foi erro de dactilografia (muito erra esta gente, digo eu); que se deveria ler: 2003/03/01, o que já faria sentido.
Só que, neste depoimento, o jovem prontifica-se a “fazer o reconhecimento” dos locais. Mas, o auto de reconhecimento tem, por extenso (sem hipótese de erro de dactilografia), a data de 2003/02/03 (três de Fevereiro).
Pergunta-se: como é que se prontifica a fazer uma coisa que já tinha sido feita há quase um mês? (a mentira tem, sempre, perna curta, digo eu!)

Voltemos ao conteúdo da carta:
“Com um sorriso mesmo sacana, o chefe (Dias André) explicou que não o tinham revistado (ao Carlos Cruz), nem apreendido nada que estava no jipe, nem ido à procura de agendas ou computadores; porque, se revistassem o jipe, via-se logo que ia apenas de fim-de-semana e isso não convinha.
Idem em relação à casa e ao computador.
Isso é que tinha sido “inteligente”, porque, como não o fizeram na altura, podem sempre dizer que foi uma falha, que a família aproveitou para destruir ou esconder as provas, e até para limpar o computador.
Disse ainda, o chefe (Dias André) que “aquilo que vai contar é o que dissermos e só se fôssemos malucos é que íamos fazer buscas e apreensões que iam estragar tudo”.
Alguém fez notar que mesmo os ficheiros apagados dos computadores podem ser lidos. O chefe (Dias André) mandou-o calar e disse que os advogados não sabem isso e que “a investigação” vai defender, no processo, que a prova que não conseguiram recolher, em tempo útil, foi destruída pelos familiares.”
Fim de transcrição!
(Esta acusação é assim: eles pensam, logo as provas existem! Gente poderosa! Digo eu.)

Transcrição de carta (III):
Vive-se aqui (na Polícia Judiciária) um clima (…): há silêncios, conversas em voz baixa, e mesmo quem não hesite em dizer que sente medo. Todos desejam que Carlos Cruz seja culpado ou, pelo menos, que venha a ser condenado, porque receiam o impacto negativo que terá a sua libertação ou absolvição. Ninguém lhe deseja mal, mas todos temem que o fracasso da investigação descredibilize a PJ e redunde na, temida, fusão com a PSP.”
(Francamente, a gente lê e não acredita: como é possível um tão baixo nível intelectual, social, tamanha falta de idoneidade, na Polícia Judiciária???).

“Vai ser complicado quando o juiz Rui Teixeira e os outros juízes virem, finalmente, as tais “crianças molestadas” e se aperceberem que são, afinal, matulões, com aspecto rasca, “batidos” na vida. Até os “peritos” do Instituto de Medicina Legal ficaram chocados com as reacções e as “bocas” ordinárias dos que foram sujeitos a exame médico. Todos eles andam “nessa vida” há anos e estão habituados a chantagear clientes. (…)

Como, à data em que o chefe (Dias André) e a CIC (Rosa Mota) pegaram no processo do Carlos Silvino, já a maior parte destas “crianças” não estavam na Casa Pia, vai ser complicado explicar como é que os localizaram, para prestarem depoimentos; até porque nada foi pedido, à Casa Pia, e esta nada informou.
Os outros processos, em que qualquer um deles já foi ouvido, andam, neste momento, “a navegar”. Se for pedir para os consultar verá que foram requisitados, ou não são localizáveis. (…)

Dois dos “inspectores” disseram-nos que o chefe (Dias André) e a CIC (Rosa Mota) falam primeiro com estas “testemunhas” a sós. Depois pedem a um dos inspectores que faça o auto (…).
O Chefe (Dias André) vai entrando, vai lendo o que está escrito e vai dizendo que falta isto ou aquilo, que o “puto” já lhe tinha dito. É uma macacada. (…)
Uma das pessos que “preocupa” o chefe é o “Joel”, porque se recusou a indicar o nome de Carlos Cruz, apesar dele, chefe (Dias André), ter tentado, insistindo e voltado a insistir para que o fizesse.
Os outros putos disseram-lhe (ao Joel) que ele era parvo em não alinhar, porque só tinha a perder. Eles iam dizer que tinham estado com Carlos Cruz e com mais umas pessoas importantes e iam “ficar bem na vida”.
Fim de transcrição!

A carta termina com “histórias” de dois dos investigadores-estrelas. Uma de sexo e outra que tem a ver com um cidadão chamado Timóteo que terá sido “forçado” a “suicidar-se”.

(Nota: A história de Timóteo foi referida no jornal 24 horas, na rubrica “Diário de Raquel”. Timóteo é o nome dum indivíduo que Dias André espancou até à morte e que escreveu, com sangue, na parede, o nome do seu “executor”, para que toda a gente visse… e toda a gente viu. A versão oficial é de que se suicidou. A crónica do "24 horas" não identificava claramente o agressor, mas este (Dias André) veio assumir-se publicamente, ameaçando processar Raquel Cruz. Neste País é assim: os criminosos é que ameaçam, COM A JUSTIÇA, quem ouse denunciá-los)

Nova carta que “avisa” sobre os objectivos da recolha de depoimentos “para memória futura”.

Transcrição de carta (IV):
“Nem os espectáculos das orquestras filarmónicas têm tantos ensaios como os “treinos” que estão a dar aos “acusadores” (testemunhas de acusação). Fizeram uma lista de perguntas possíveis e treinam “os meninos” até para eles não se “desmancharem”.
Fim de transcrição.

Transcrição de carta (V):
O Chefe (Dias André) diz, à boca cheia, que anda à caça: (…) de quem o “anda a tramar”; dos Directores que não o apoiam; de novas provas; de indivíduos que ainda vai prender, no processo. (…).
O grande objectivo dele é mesmo “provar” que Carlos Cruz é culpado. Como diz, faz disso uma “questão de honra”! (Deve ser por isso, que não consegue: falta de honra! Digo eu). É a reacção dele às páginas da Internet (Muito Mentiroso) e a algumas notícias dos jornais.
Neste momento vale tudo: fez uma lista dos putos que acha “mais rijos”, de entre os que ouviu. Esses têm instruções para ameaçarem os outros, para que não deixem de falar em Carlos Cruz. (…)
Nenhum de nós queria ser o jornalista holandês (Jorge Van Krieken), porque, se o chefe conseguir, vai dar cabo dele. (…)
Deve estar para acontecer alguma coisa esquisita, porque hoje vai haver um encontro com Felícia Cabrita”.

Transcrição de carta (VI) (última):

“Ando muito assustado, porque o poder dos que protegem os “superinvestigadores” é ainda maior do que eu pensava”. (Pois a mim não me surpreende a descoberta, porque vi “o filme todo” desde o início).
“Chego a ter pena dos rapazes do Parque, porque ele (Dias André) gaba-se que os vai “espremer até ao tutano”. Já os dividiu em grupos: Uns são os que não se importam de “alinhar”, em troca de dinheiro e protecção.
Os outros, que disseram logo que era mentira, andam a ser perseguidos e já não têm sítio onde “parar”. Têm medo de estar no Parque; têm medo de ir ao Bairro Alto e andam a dormir em carros. Consta que há alguns que querem prestar declarações, para dizerem que é tudo mentira, mas não sabem com quem devem ir ter.
Um colega contou que o chefe (Dias André) também sabe da existência destes e anda a “tentar agarrá-los”.
Ele só abanou com o blog “MuitoMentiroso”. Parecia histérico. Berrava, ao telefone, com um amigo que tem, na brigada dos crimes informáticos, porque não percebia porque é que não lhe obtinha o endereço. Disse, para quem o quis ouvir, que, assim que soubesse quem era, lhe “cortava o pio” de vez.

Dois dos putos (do Parque) tiveram como “cliente” o cunhado do Procurador Geral da República, Souto de Moura; e, por isso, o chefe (Dias André) decidiu não arriscar e eles não vão ser arrolados como testemunhas.
Por azar, um dos investigadores do caso do cunhado do Procurador (Rui d'Orey Soares Franco?), trabalhou no processo do Parque e identificou logo a história. Foi burro e comentou com o CIC (…) que ficou preocupado. É que ele já tinha prometido, ao PGR, que não haveria “danos colaterais”.
Claro que falou logo com a CIC (Rosa Mota) mas ficou mais tranquilo quando ela lhe disse que o Processo do Parque e o ficheiro “estavam controlados”.

E acabam aqui as transcrições das referências feitas no Livro do Sr. Carlos Cruz à existência destas cartas.

Apetece-me fazer algumas perguntas.
Como vêem, as cartas estão cheias de reticências; são nomes que faltam, histórias que não são contadas, etc.

Porque é que o Sr. Carlos Cruz, apesar de tudo, acha que tem o direito de saber coisas que os outros cidadãos não podem saber?
Todos os segredos (e estes em particular) são extremamente reaccionários e não se admitem, em democracia. É que não é preciso ser nenhum perito para avalizar a verosimilhança de tudo isto (e de muito mais).
É caso para dizer: quem o inimigo poupa…
Pois! Eu sei! Este “inimigo” é, principalmente, nosso, de todos os cidadãos, mas isso não diminui as responsabilidades de quem sabe e oculta.
Todos sabem que a limpeza que foi feita na PJ, há largos anos, dos traficantes de droga, ocorreu porque um advogado, em boa hora, foi suficientemente digno para comunicar o que sabia e era passível de investigação e procedimento criminal.
E este advogado? O destinatário destas cartas aqui descritas? Não devia ter feito o mesmo?

Pois!
Nós sabemos: “o inimigo” é nosso, não é seu, mas foi o sr. Advogado que recebeu as cartas e tomou conhecimento!
Devia ter feito uma participação, dos factos constantes em cada carta recebida, anexando-as, quando deixou de as receber. Isso faria com que outros cidadãos, com mais coragem, não ficassem a "falar sozinhos".
Isso é que era ser honesto e digno, em vez de ir “chorar lágrimas de crocodilo” para a televisão.
É que, com muito menos motivo do que os que constam dessas cartas, esteve o seu cliente preso durante 15 meses.
É caso para dizer que, quem tem defensores assim, nem precisa de acusadores!
Ou então, quem é que deve denunciar e participar este tipo de coisas?
Eu? Tenho algum cargo, ou tive algum conhecimento directo que me obrigue a tal?
Ou vamos ficar eternamente nas mãos de agentes da justiça criminosos, apenas porque todos sabem, todos calam, todos consentem? Por medo?
Meu Deus! Isso não é medo é cumplicidade com a perfídia, com os crimes mais abjectos!

E os políticos? Todos os políticos? Que sabem disto tudo, mas calam, consentem? Praticar ou encobrir coisas destas é acto que os cidadãos não devem esquecer ou perdoar...
...

Fim de transcrição do artigo, onde coloquei alguns nomes facilmente identificáveis, mas que não constam no livro de Carlos Cruz nem no artigo original.

Estou a reproduzir este texto porque Dias André e Rosa Mota são “queixosos” nos processos referidos aqui. É apenas para nos situarmos e percebermos bem as prioridades da Justiça…

Sá Fernandes devia ser arrolado como testemunha nestes processos e ser intimado a entregar transcrição das partes destas cartas, que contêm factos relevantes, devendo as transcrições ter o cuidado de proteger a eventual identificação da sua autoria… Uma vez que o seu sentido de cidadania não lhe impôs (como devia) que apresentasse queixa juntando esses elementos…
É um daqueles casos em que a Justiça é cega porque assim opta.