2006/11/05

You have the right to remain silent (II)!

Tal como prometido vamos observar melhor os “fundamentos” das acusações dos processos referidos AQUI.

Um dos fundamentos é o conteúdo do documento publicado neste post. O “queixoso” é o Dr. José Maria de Jesus Martins

Este “queixoso”, mais comumente conhecido por José Maria Martins, advogado do Bibi, o principal arguido dos dois Processos Casa Pia que o “artista” José Maria Martins logrou juntar, usando, para isso, toda a espécie de truques baixos (ao nível da sua falta de carácter e de idoneidade) que inclusive lhe valeram uma participação na Ordem, de cujas consequências se livrou fazendo chantagem, PUBLICAMENTE, sobre Paulo Portas, como toda a gente sabe.

A junção destes dois processos é um contrasenso, porque eles nada têm que ver um com o outro, visto que o primeiro, aquele em que é acusado SÓ o Bibi, resultou duma queixa de familiares dum menor e o segundo ninguém sabe como se iniciou, porque resultou duma conspiração, destinada a desestruturar a sociedade e a desesperar e angustiar as pessoas, mas destinada, sobretudo, a sequestrar as instituições deste país e assim garantir o seu controlo… a partir do controlo exercido sobre a “justiça”. A junção do dois processos foi assim uma espécie de truque para “justificar”, aos olhos de todos, o segundo processo que ninguém sabe como surgiu.

Esse controlo tem sido bem óbvio na nossa realidade política e social e em todos os acontecimentos relevantes entretanto ocorridos…

O Bibi é o principal arguido destes dois processos e é o único cuja culpa está claramente evidenciada, aos olhos de todos. Tudo indica que os outros co-arguidos são inocentes. A junção dos dois processos teve como finalidade ofuscar esse facto, porque isso servia os objectivos da conspiração.

Mas a conspiração continua.

Na “acção declarativa de condenação???” subscrita pelo “artista” José Maria Martins, que deu origem ao processo nº 2901/06.3TVLSB, diz-se:

“O Processo Casa Pia é muito polémico, muito mediatizado, por terem sido constituídos arguidos:
1 – Carlos Pereira Cruz, apresentador de televisão, pessoa muito influente…
2 – Paulo Pedroso, ex-ministro do PS, deputado aquando da sua detenção.
3 – Herman José, humorista, pessoa muito influente…
4 – Jorge Rito, embaixador”


(Esquece-se o nosso “artista” de mencionar que Carlos Cruz e Jorge Rito são também comendadores, detentores de altas condecorações, que lhes foram atribuídas pelas nossas excelsas instituições, as mesmas instituições que as infâmias cometidas, impunemente, naquele processo, onde se incluem as acusações falsas e ensaiadas a essas personalidades, pretendem afrontar e conseguiram sequestrar)

Mas voltemos a verborreia vil do nosso “artista”

…/…
“No mesmo processo foram mencionados como tendo tido relações sexuais com jovens alunos da Casa Pia várias outras pessoas com cargos muito importantes, desde o Secretário Geral do PS, à data, o Dr. Ferro Rodrigues, a ex-jogadores de futebol de primeiro plano nacional. (é o que se quiser, deu para tudo e até para demonstrar que ninguém estava a salvo… os objectivos da conspiração eram (são?) controlar tudo e sequestrar todos os responsáveis)
Foram efectuadas escutas de conversas telefónicas, nas quais são intervenientes vários indivíduos que, na data, tinham cargos políticos importantes.
O Senhor Presidente da República teve necessidade de se pronunciar sobre o escândalo “Casa Pia”
O “Processo Casa Pia” é, inquestionavelmente, um assunto de Estado.”

…/…

Esquece-se o nosso “artista” de mencionar um célebre artigo do “Le Point” onde se dizia claramente que tinham sido referidos (como “frequentando” os jovens prostitutos do Parque Eduardo VII - as testemunhas frágeis e indefesas, todas com idades próximas ou muito acima dos dezoito anos) três ministros em exercício no governo de então, figuras destacadas dos partidos PSD e CDS, que o nosso “artista” chantageou publicamente.

Depois deste arrazoado que é tão insultuoso para a nossa inteligência como é difamador e injurioso para com as personalidades (incluindo políticos SÓ do P.S.) expressamente e selectivamente mencionadas, sem necessidade, apenas por arrivismo e perfídia arrogante, de quem julga que tem garantida total impunidade, o “artista” passa a confessar os reais motivos porque foi “escolhido” para representar o Bibi: para o colocar a mentir, (era muito fácil, porque era o “artista” quem falava em nome do outro) em relação aos outros acusados, tal como fizeram TODAS as testemunhas.
Estes factos são referidos no Livro publicado por Carlos Cruz, tendo como fonte SETE cartas anónimas endereçadas ao Dr. Sá Fernandes e provenientes do interior da PJ e transcritas neste post.
E prossegue, o “artista”, a sua saga criminosa dizendo, novamente, apesar de ter consciência de que são mentiras que ele mesmo promoveu e em cuja elaboração colaborou:
O arguido Carlos Silvino da Silva é o principal arguido (…) porque levou alunos da Casa Pia para terem práticas sexuais com homens, entre os quais os arguidos actuais do Processo: Carlos Cruz, Manuel Abrantes, Hugo Marçal, Jorge Rito, Ferreira Dinis.” (Tudo mentira, como é bem evidente e está demonstrado à saciedade)

Fantástico: eu pensava (vejam a minha ingenuidade…) que tudo tinha começado, em matéria de processos, quando um jovem se queixou aos familiares de assédio por parte do Bibi e, aconselhados pela PJ, a quem apresentaram queixa, gravaram as chamadas telefónicas feitas por este arguido e forneceram-nas para corroborar a queixa.
Isto em termos de processos, porque a história tinha começado muitos anos antes, com o mestre Américo a ser vítima de represálias por denunciar as práticas pedófilas do arguido Bibi, Carlos Silvino da Silva.

O que pretendo demonstrar, sem margem para dúvidas, é que o “artista” prossegue a sua saga criminosa nesta “acção declarativa e condenatória”, fazendo o que sempre fez no Processo Casa Pia: distorcendo os factos, fazendo propaganda enganosa e mistificadora, manipulando, omitindo, mentindo.
Ora, sendo o “Processo Casa Pia” como o “artista” diz, um ASSUNTO DE ESTADO (e é-o porque, graças á prestimosa colaboração e acção premeditada do “artista”, põe em causa o ESTADO DE DIREITO, não se compreende como é que um tribunal e um juiz recebem semelhante arrazoado sem procederem em conformidade e extraírem cópias para os indivíduos visados procederem de forma adequada à gravidade do que fica escrito.

Diz o outro que: “o que mais temo é que os homens bons nada façam”. Eu acho que, perante coisas destas (e outras ainda piores) os homens que nada fazem, não são bons nem são o que quer que seja; nem sequer são HOMENS.
Os profissionais da justiça não percebem que, se não resolverem estes problemas do sector, como lhes compete, correm o risco de serem TODOS arrastados pela “solução”…

Mas voltemos ao nosso “artista”, porque ele é “um caso sério” e, por isso, provoca muito incómodo.

Depois de mencionar o conteúdo do blog “Muito Mentiroso” cuja autoria imputa aos subscritores do documento linkado; e de muito repetir o arrazoado nauseabundo que se exemplifica, o “artista” diz:

“O A. (“artista”) sentiu-se enxovalhado e envergonhado (A sério? Não parece nada!) pela publicação da notícia no Independente da existência desta queixa na O.A. e… passou muitos dias e noites angustiado (…) indignado (…)”

Tadinho, tadinho… Quem o manda ser imbecil e estar rodeado de gente falsa e hipócrita?

Os autores da queixa enviada à O.A. limitaram-se a exercer os seu direito de indignação e de queixa, aliás em relação a procedimentos criminosos praticados às claras, à vista de todos, que todos percebem, sequestrando até os nossos direitos de cidadania e a nossa dignidade colectiva. Os autores da queixa limitaram-se a expressar a indignação de muitos milhões de cidadãos deste país, fartos de serem achincalhados e desesperados com este tipo de actos criminosos, cometidos publicamente, sem que os que têm obrigação (e função) de garantir o Estado de Direito se assumam.

Os autores da carta, com cujos eu concordo inteiramente, têm todo o direito de expressarem a sua indignação (que é generalizada), tanto mais que o “artista” se arvorou o direito de, durante muito tempo, “invadir” as nossas casas sem pedir licença (através da televisão) para dizer mentiras e outras monstruosidades infames e nos provocar náuseas, vergonha, desespero… nos dificultar a digestão do jantar, ou tirar o apetite, conforme os casos.

Mas ele, o “artista” não percebeu a figura odiosa que fazia, nem ninguém teve a honestidade de lho dizer, apesar destes sentimentos expressos pelos autores da denúncia serem generalizados.

Por não ter percebido isso, o “artista” candidatou-se à Presidência, talvez confiando na propaganda de que tinha usufruído.
Tanto o sentimento expresso pelos autores da queixa é generalizado que “ele” nem sequer conseguiu reunir as sete mil e quinhentas assinaturas necessárias para formalizar a candidatura, num universo de mais de oito milhões de eleitores… Não será isso que o deixa “angustiado”?

E agora Sr Dr. José Maria Martins, vai querer processar oito milhões de eleitores que o desprezam ao ponto de não haver, ao menos, sete mil e quinhentos que lhe permitissem formalizar a sua candidatura à Presidência? Você é louco, alucinado!

E nem se diga que é difícil obter as assinaturas porque, por exemplo, Manuela Magno conseguiu-o e o Dr. António Garcia Pereira também, sendo a primeira uma ilustre desconhecida e o segundo o eterno segregado pelos OCS, afastado de todos os debates, mesmo sabendo-se que é o único com sentido de dignidade de Estado e que diz alguma coisa com pés e cabeça.

Ao contrário destes dois exemplos o nosso “artista” teve “honras de prime time”, com muito tempo para falar e ao longo de muito tempo. Houve uma época em que, para falar do “Processo Casa Pia” e dar “notícias” do Julgamento e não só, aparecia sempre e apenas: José Maria Martins… O esforço de propaganda foi enorme, o pior é que, o dito, o que conseguia era provocar repulsa nos cidadãos!

Desiluda-se porque, apesar de todo o seu esforço para o denegrir, se Carlos Cruz tivesse sentido de oportunista semelhante ao seu e se tivesse candidatado à Presidência, obteria facilmente as sete mil e quinhentas assinaturas. É que os cidadãos comuns não se deixam enganar facilmente nestas questões de carácter… São enganados mas é por outros mecanismos mais sofisticados (que consigo não surtiram efeito, porque não poderiam surtir).


Nos processos referidos no post anterior são usados como fundamento para acusação e investigação (perseguição) textos publicados em blogues...
Portanto, se os documentos publicados em blogues são válidos para acusar, processar, "investigar e perseguir as pessoas, também devem ser válidos em todos os outros casos relevantes.
Por isso se considera este artigo como depoimento válido nos processos referidos, bem como notificação suficiente a todos os interessados (os visados pelas calúnias do Dr. José Maria Martins) e também às instituições competentes:
- Ordem dos Advogados (pode ser que deixem de ser cegos em relação aos crimes praticados publicamente, que todos eles conhecem bem)
- Procuradoria Geral d República em relação ao abuso dos recursos da Justiça para cometer o crime de perseguir, molestar e chantagear.
- Ministério da Administração interna e outras entidades com poder disciplinar sobre estas instâncias
- Provedor de Justiça
- Comissão de Direitos Liberdades e Garantias do Parlamento
- e o próprio Parlamento, porque é função deles, deputados, (não minha) garantir a democracia e assegurar o Estado de Direito; foi para isso que foram eleitos (ou não eleitos, mas isso não os impede de ocuparem os lugares, ao menos façam a sua obrigação e justifiquem o que ganham)


 
Nota: É para acabar com toda esta infâmia que eu defendo A VALORAÇÃO DA ABSTENÇÃO… Para acabar com a cumplicidade dos políticos e deputados

APELO!
Atenção às campanhas mais recentes:
-- Petição Para Valoração da Abstenção
-- Assine a petição AQUI, ou AQUI ou AQUI, ou AQUI, ou AQUI
-- Denúncia de Agressão Policial
-- Petição contra os Crimes no Canil Municipal de Lisboa