2006/11/21

You have the right to remain silent (IV)

Ver também os textos já publicados:
- You have the right to remain silent
- You have the right to remain silent (II)
- You have the right to remain silent (III)
E ainda “Investigadores Criminosos”…

De entre os processos referidos AQUI, no Proc. nº 5833/06.1TDLSB os “denunciantes” são: António José Dias André e Rosa Maria Mota Teixeira Mendes, mais vulgarmente conhecidos por “Dias André” e “Rosa Mota”, que são ou foram inspectores da P.J. Mas, como nos restantes processos, apesar do conteúdo ridículo (e falso) de alguns, quem acusa é o M.P. (gente que não tem mais nada para fazer, certamente).

A acusação do M.P. “fundamenta-se” no conteúdo deste documento, embora o substancial desse fundamento seja texto publicado no blog “Muito Mentiroso” (até porque foi esse texto que fundamentou aquela denúncia).

Por seu lado, os denunciantes, no seu “Pedido de indemnização Civil”, vão mais longe.
- Começam por afirmar: “no exercício da sua actividade foram incumbidos de proceder a variadas diligências de recolha de prova, e de elementos investigatórios, no âmbito do inquérito nº 1718/02.9JDLSB (vulgo: Processo Casa Pia)”… Pois! O que a gente queria mesmo saber era QUEM ordenou essas diligências, QUEM as controlou e coordenou; COMO (qual o documento inicial) que deu origem àquela monstruosidade. Será que agora, ao menos em defesa da sua “honra ofendida”, estes senhores nos irão esclarecer?
- Depois de referir (de forma que nos soa lisonjeira, aliás, mas excessiva) estre blog, SOCIOCRACIA, e o Muimentiroso, este libelo acusatório prossegue, numa sanha persecutória sem limites, idêntica à que foi usada no Processo Casa Pia, incluindo nessa acusação duas notícias do jornal 24 horas, nestes termos: “As denúncias dos blogs incentivaram a imprensa “vulnerável” a redigir artigos difamatórios” e exemplifica com os artigos do 24 horas, apesar de nada ter que ver uma coisa com a outra. Percebem, não é? A mesma estratégia usada e abusada no processo Casa Pia… É para que não nos restem dúvidas…
- Mais! Aqueles desgraçadinhos (tadinhos, tadinhos) daqueles funcionários da P.J. ainda foram objecto doutras notícias no jornal 24 horas; foram visados no livro do Sr. Carlos Cruz, publicado em 2004; foram alvo de nova investida no site ???? (que não se consegue ler, não se sabe bem porquê)… e, finalmente, há referências implícitas a págs. 122 do livro “Nuvem de Chumbo”, e também no Correio da manhã….

Vocês desculpem-me a franqueza, mas esta gente, que tanto persegue os outros, afinal sofre de “mania de perseguição”… e o esforço que não é necessário (imposto pelo peso da consciência, única explicação para mais esta sanha persecutória) para andar sempre a “olhar por cima do ombro” e descobrir, em cada linha de jornal, texto da NET, ou livro que se publique alguma “referência explicita ou implícita”?

Agora o que não é possível deixar de notar é o “poder” imenso que um simples e anónimo cidadão pode ter para “influenciar” tudo isto. É obra.
E os Srs. Jornalistas que assim se deixam manipular e influenciar? Apetece repetir: tadinhos tadinhos.
E os autores dos livros? Idem! Para além de ficarem a dever “direitos de autor” a quem é claramente identificado neste processo como origem desses escritos, não?

Há uma coisa que me espantaria, se isso fosse possível neste País sequestrado pelo pior tipo de gente: neste documento (vergonhoso) faz-se referência ao processo nº 515/03.9JDLSB, relacionado com notícias publicadas em jornais, que passou a fase de instrução (sic), à data deste documento que não se sabe qual é. Ora, esta processo é de 2003 “passou a fase de instrução”, agora. Mas o processo de que estamos a falar, o nº 5833/06.1TDLSB é de Janeiro de 2006 e já tem julgamento marcado para 24 de Setembro de 2007…
Haverá melhor forma de demonstrar o fundamento da denúncia enviada à procuradoria e dos outros textos referidos aqui do que esta sanha covardemente persecutória para com quem pareça mais vulnerável?
Mais uma vez, tal como no processo Casa Pia, não interessa a verdade dos factos. O que interessa, a este tipo de gente, é exercitarem a sua perfídia cega, mesmo que, com isso, apenas venham confirmar TODO o conteúdo das denúncias de que foram alvo. É mais um exemplo da justiça portuguesa, no seu melhor.

Agora atentem nisto que se segue:

“- Provocou aos lesados (Dias André e Rosa Mota) grandes danos de imagem e atingiu a sua credibilidade no Processso (Casa Pia).
- os lesados carecerão de ter uma personalidade forte, para aguentar invectivas e desnobrezas, para poder testemunhar em sede de Julgamento.
- Sendo que, quando o fizeram (no Processo Casa Pia) tiveram muito mais dificuldade em impor a verdade dos factos, bem como mais dificuldade em beneficiar duma imagem limpa e bom nome…”
Ou seja: também estes prosseguem a sua saga conspirativa, ao mesmo tempo que vêm confirmar a autoria de todos os crimes que lhes são atribuídos, usando este documento deste processo para imporem, como verdade absoluta e que se quer incontestada, as mentiras e infâmias que disseram “em sede de julgamento”, no Processo Casa Pia.

Tudo isto é coerente com a falta de carácter e de idoneidade desta gente e só vem confirmar as denúncias anteriores, como também é coerente com “a crise da justiça” que continua a cavar a sua ruína (e a nossa por arrastamento), enquanto nos entretém com encenações ridículas, “escândalos” frequentes, actos de “Show off”, de que é exemplo a recente “investida” na Banca, usada pelo Sr. Procurador Geral para “pedir” mais meios (ou seja: mais poder sem controlo) para uma instituição que, no contacto com os cidadãos, nas questões do dia a dia, actua de forma perversa e perde tempo em perseguições e processos como os que aqui se referem, cujo único objectivo é retaliar quem denuncie e proteger os abusos e crimes praticados de dentro da instituição.

Maldito seja o governo se entregar mais meios a gente que os usa para nos vilipendiar

Nota: É para acabar com toda esta infâmia que eu defendo A VALORAÇÃO DA ABSTENÇÃO… Para acabar com a cumplicidade dos políticos e deputados nesta pouca vergonha porque, sem essa cumplicidade, isto não poderia acontecer.