Os dirigentes e responsáveis, deste País, parecem umas “baratas tontas”, sem rumo, sem referências, sem sentido ou instrumentos de orientação. Os comentadores e jornalistas integram o “folclore” deplorável, empenhados “de alma e coração”. Por isso o País não progride...
Há momentos em que me chego a questionar se tudo isto é premeditado, ou se será mesmo resultante da tacanhez de espírito de todos eles; se terão consciência das consequências, destruidoras, da sua maneira de actuar, dos crimes que cometem. Os medíocres, presunçosos, têm muitas dificuldades em reconhecer que o são. A “culpa” é sempre dos outros. O mal é que há sempre quem explore isso, para os piores fins…
No conjunto, a situação que vivemos e que nos desespera um pouco mais, todos os dias, nada tem de “espontâneo”. No essencial, tudo isto é premeditado e faz parte duma estratégia, pérfida, onde a vontade dos cidadãos e o respeito pelos cidadãos (ou pelo país, ou pela humanidade) não têm lugar…
Vem isto a propósito de mais um absurdo:
Um relatório da Procuradoria-geral da República aponta para graves falhas de meios e instalações em departamentos ligados ao Ministério Público, como por exemplo no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).
Neste relatório, de mais de 400 páginas, a PGR, que lembra que outros países da Europa têm apostado em unidades especializadas para combater este tipo de crimes, fala ainda na falta de dinheiro… O DCIAP não tem verbas para equipamento informático, licenças para bases de dados, para além de ser impossível contratar peritos, intérpretes ou tradutores…
Quanto ao facto de termos a “justiça” mais cara da Europa (e também a mais ineficiente), quanto aos sucessivos escândalos e ao dinheiro gasto em cabalas monstruosas, como é exemplo o Processo Casa Pia, o caso da Joana, e vários ligados ao tráfico de droga, nem uma palavra… Porque o próprio PGR (e as gentes a quem garante cumplicidade e impunidade) é um dos principais problemas da credibilidade da justiça…
“Outros países da Europa têm apostado em “unidades especializadas”. O País sabe no que deu a “unidade especializada” no combate ao tráfico de droga, que fez mais apreensões, em 2004, que as suas congéneres europeias, ao mesmo tempo que o consumo e tráfico têm aumentado… porque é a própria PJ quem trafica a droga, desde há muitos anos…
Convém relembrar o relatório do GOVD, que continua sem investigação, a cujos implicados nos crimes descritos continua a ser garantida total impunidade e cumplicidade, de todos os outros agentes e responsáveis da justiça (e também dos restantes poderes, incluindo o actual governo e o Presidente da República). Estamos a falar de máfias, de gangs, do pior tipo de criminalidade que as sociedades modernas enfrentam… neste caso, a actuar, impunemente e exibindo-se descaradamente, de dentro das instituições da justiça.
Quais são os verdadeiros problemas da justiça, do ponto de vista dos cidadãos?
Américo Sousa Pereira relatou, no fórum do programa da manhã da RDP1, estas três histórias, com a acutilância e a clarividência própria dos cidadãos comuns:
Com pretexto que eu não ouvi, foi apreendida uma carrinha, ao Sr. Américo (ou à empresa de sua propriedade), à ordem do Tribunal Cível(??). O Sr. Américo foi ao processo, reclamar da ilegalidade do acto, ilegalidade que foi também aduzida pelo Ministério Público. Porém, a carrinha desapareceu, como também desapareceram, do processo, partes dos documentos a ele destinados, que eram enviados (de propósito?) para outros edifícios, ou mesmo para outras Comarcas, ao que diz o Sr. Américo (e eu acredito porque há muitas evidências de que seja verdade) de forma premeditada, por parte de agentes do próprio tribunal….
O facto é que o Sr. Américo continua desapossado da carrinha, num caso sem fim à vista…
Um empregado da empresa foi apanhado a roubar e, por isso, foi despedido. Mas a empresa foi condenada, em cerca de três meses, a pagar-lhe uma indemnização, enquanto que continua, há 6 anos, a aguardar a devolução dos cerca de 40 mil contos roubados… Para quem, como eu, foi alvo de despedimento, por pura perseguição, por crime de opinião, tendo o tribunal sancionado a infâmia, mesmo tendo-se provado: “que sempre exerceu as sus funções com dedicação e competência”… mas… não era isso que estava em causa…
Percebem-me? O que é, realmente, importante, nunca é o que está em causa nos nossos tribunais…
Noutra altura, ao assistir, através da TV, ao serem mostrados vários objectos apreendidos, numa acção policial de monta, relacionada com criminalidade organizada, reconheceu, entre os objectos, um fio d’ouro, com um pendente feito dum dente de sua filha., que lhe tinha sido roubado havia tempo. Logo se apresentou para reclamar o que lhe pertencia, mas sem resultado.
Um outro ouvinte contou, noutro programa, que tem uma carrinha parada, à porta de casa, sem poder usá-la, há quatro anos, porque na inspecção lhe disseram que tinha de mandar regravar os números do chassis, que estavam gastos, mas o representante diz que não tem ferramentas para fazer a gravação…
A nossa justiça está transformada na pior e mais pérfida instituição criminosa da nossa sociedade. As outras instituições seguem no mesmo cortejo…
Na semana passada foi conhecida a sentença do “Caso Joana”, confirmando a condenação daqueles dois desgraçados, que foram acusados de assassinar a criança, sem qualquer suporte factual, apenas por dedução delirante dum qualquer desequilibrado mental, armado em psicólogo louco, que viu a mãe a falar na televisão e que esbanjou meios e recursos desmedidos, para “impor”, à realidade, a sua tese, contra todas as evidências. Igualmente no Processo Casa Pia, veio o Tribunal da Relação confirmar a ausência de indícios par acusar três pessoas, mas a monstruosidade continua, (a custar um ror de dinheiro ao país), porque as mesmas testemunhas e as mesmas histórias só são “inconsistentes” para uns, conforme os compadrios…
Para os agentes da justiça consumarem estes crimes horrendos, não faltam meios, nem dinheiro… E a impunidade dos verdadeiros criminosos permanece.
Como que a tentar redimir as suas responsabilidades nestas monstruosidades, a SIC, estação que emitiu as imagens “inspiradoras” para o louco, contou-nos a história dum jovem de pouco mais de 20 anos, condenado a 4,5 anos de cadeia, por ter sido acusado de roubar um telemóvel, embora tendo-se provado que está inocente. Alguém devia dizer à SIC que a sociedade não funciona assim. Que há infâmias de cujas não há remissão possível…
No livro de Carlos Cruz “Preso 374” são referidos vários outros casos, semelhantes. Também neste blog já foram relatados outros casos, sem que alguns deles tenha sido objecto do tratamento devido…
Se andarmos por aí, ouvirmos o que os cidadãos dizem, as suas experiências e as histórias que contam, perceberemos a verdadeira dimensão desta tragédia nacional, que os notáveis e os OCS silenciam, mas que está latente no desespero de cada um, a impedir-nos de sermos felizes.
Mas estas situações, que fazem a verdadeira ausência de credibilidade da justiça, não preocupam o PGR, cujos serviços precisam dum relatório de 400 folhas para mistificar o lodaçal em que estão atolados. É típico dos nossos juízes e não só, desperdiçarem tempo e papel a tentar esconder o óbvio. Se se cingissem ao essencial e actuassem de forma digna, como se tornariam eficazes…
Gente monstruosa esta… políticos monstruosos que nós temos…
Há momentos em que me chego a questionar se tudo isto é premeditado, ou se será mesmo resultante da tacanhez de espírito de todos eles; se terão consciência das consequências, destruidoras, da sua maneira de actuar, dos crimes que cometem. Os medíocres, presunçosos, têm muitas dificuldades em reconhecer que o são. A “culpa” é sempre dos outros. O mal é que há sempre quem explore isso, para os piores fins…
No conjunto, a situação que vivemos e que nos desespera um pouco mais, todos os dias, nada tem de “espontâneo”. No essencial, tudo isto é premeditado e faz parte duma estratégia, pérfida, onde a vontade dos cidadãos e o respeito pelos cidadãos (ou pelo país, ou pela humanidade) não têm lugar…
Vem isto a propósito de mais um absurdo:
Um relatório da Procuradoria-geral da República aponta para graves falhas de meios e instalações em departamentos ligados ao Ministério Público, como por exemplo no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).
Neste relatório, de mais de 400 páginas, a PGR, que lembra que outros países da Europa têm apostado em unidades especializadas para combater este tipo de crimes, fala ainda na falta de dinheiro… O DCIAP não tem verbas para equipamento informático, licenças para bases de dados, para além de ser impossível contratar peritos, intérpretes ou tradutores…
Quanto ao facto de termos a “justiça” mais cara da Europa (e também a mais ineficiente), quanto aos sucessivos escândalos e ao dinheiro gasto em cabalas monstruosas, como é exemplo o Processo Casa Pia, o caso da Joana, e vários ligados ao tráfico de droga, nem uma palavra… Porque o próprio PGR (e as gentes a quem garante cumplicidade e impunidade) é um dos principais problemas da credibilidade da justiça…
“Outros países da Europa têm apostado em “unidades especializadas”. O País sabe no que deu a “unidade especializada” no combate ao tráfico de droga, que fez mais apreensões, em 2004, que as suas congéneres europeias, ao mesmo tempo que o consumo e tráfico têm aumentado… porque é a própria PJ quem trafica a droga, desde há muitos anos…
Convém relembrar o relatório do GOVD, que continua sem investigação, a cujos implicados nos crimes descritos continua a ser garantida total impunidade e cumplicidade, de todos os outros agentes e responsáveis da justiça (e também dos restantes poderes, incluindo o actual governo e o Presidente da República). Estamos a falar de máfias, de gangs, do pior tipo de criminalidade que as sociedades modernas enfrentam… neste caso, a actuar, impunemente e exibindo-se descaradamente, de dentro das instituições da justiça.
Quais são os verdadeiros problemas da justiça, do ponto de vista dos cidadãos?
Américo Sousa Pereira relatou, no fórum do programa da manhã da RDP1, estas três histórias, com a acutilância e a clarividência própria dos cidadãos comuns:
Com pretexto que eu não ouvi, foi apreendida uma carrinha, ao Sr. Américo (ou à empresa de sua propriedade), à ordem do Tribunal Cível(??). O Sr. Américo foi ao processo, reclamar da ilegalidade do acto, ilegalidade que foi também aduzida pelo Ministério Público. Porém, a carrinha desapareceu, como também desapareceram, do processo, partes dos documentos a ele destinados, que eram enviados (de propósito?) para outros edifícios, ou mesmo para outras Comarcas, ao que diz o Sr. Américo (e eu acredito porque há muitas evidências de que seja verdade) de forma premeditada, por parte de agentes do próprio tribunal….
O facto é que o Sr. Américo continua desapossado da carrinha, num caso sem fim à vista…
Um empregado da empresa foi apanhado a roubar e, por isso, foi despedido. Mas a empresa foi condenada, em cerca de três meses, a pagar-lhe uma indemnização, enquanto que continua, há 6 anos, a aguardar a devolução dos cerca de 40 mil contos roubados… Para quem, como eu, foi alvo de despedimento, por pura perseguição, por crime de opinião, tendo o tribunal sancionado a infâmia, mesmo tendo-se provado: “que sempre exerceu as sus funções com dedicação e competência”… mas… não era isso que estava em causa…
Percebem-me? O que é, realmente, importante, nunca é o que está em causa nos nossos tribunais…
Noutra altura, ao assistir, através da TV, ao serem mostrados vários objectos apreendidos, numa acção policial de monta, relacionada com criminalidade organizada, reconheceu, entre os objectos, um fio d’ouro, com um pendente feito dum dente de sua filha., que lhe tinha sido roubado havia tempo. Logo se apresentou para reclamar o que lhe pertencia, mas sem resultado.
Um outro ouvinte contou, noutro programa, que tem uma carrinha parada, à porta de casa, sem poder usá-la, há quatro anos, porque na inspecção lhe disseram que tinha de mandar regravar os números do chassis, que estavam gastos, mas o representante diz que não tem ferramentas para fazer a gravação…
A nossa justiça está transformada na pior e mais pérfida instituição criminosa da nossa sociedade. As outras instituições seguem no mesmo cortejo…
Na semana passada foi conhecida a sentença do “Caso Joana”, confirmando a condenação daqueles dois desgraçados, que foram acusados de assassinar a criança, sem qualquer suporte factual, apenas por dedução delirante dum qualquer desequilibrado mental, armado em psicólogo louco, que viu a mãe a falar na televisão e que esbanjou meios e recursos desmedidos, para “impor”, à realidade, a sua tese, contra todas as evidências. Igualmente no Processo Casa Pia, veio o Tribunal da Relação confirmar a ausência de indícios par acusar três pessoas, mas a monstruosidade continua, (a custar um ror de dinheiro ao país), porque as mesmas testemunhas e as mesmas histórias só são “inconsistentes” para uns, conforme os compadrios…
Para os agentes da justiça consumarem estes crimes horrendos, não faltam meios, nem dinheiro… E a impunidade dos verdadeiros criminosos permanece.
Como que a tentar redimir as suas responsabilidades nestas monstruosidades, a SIC, estação que emitiu as imagens “inspiradoras” para o louco, contou-nos a história dum jovem de pouco mais de 20 anos, condenado a 4,5 anos de cadeia, por ter sido acusado de roubar um telemóvel, embora tendo-se provado que está inocente. Alguém devia dizer à SIC que a sociedade não funciona assim. Que há infâmias de cujas não há remissão possível…
No livro de Carlos Cruz “Preso 374” são referidos vários outros casos, semelhantes. Também neste blog já foram relatados outros casos, sem que alguns deles tenha sido objecto do tratamento devido…
Se andarmos por aí, ouvirmos o que os cidadãos dizem, as suas experiências e as histórias que contam, perceberemos a verdadeira dimensão desta tragédia nacional, que os notáveis e os OCS silenciam, mas que está latente no desespero de cada um, a impedir-nos de sermos felizes.
Mas estas situações, que fazem a verdadeira ausência de credibilidade da justiça, não preocupam o PGR, cujos serviços precisam dum relatório de 400 folhas para mistificar o lodaçal em que estão atolados. É típico dos nossos juízes e não só, desperdiçarem tempo e papel a tentar esconder o óbvio. Se se cingissem ao essencial e actuassem de forma digna, como se tornariam eficazes…
Gente monstruosa esta… políticos monstruosos que nós temos…