2005/11/21

Discutindo a Educação!

Comentário que deixei, neste post de Congeminações:
...

No que se refere às aulas de substituição estou inteiramente de acordo com a ministra.
As crianças, quando vão para a escola é para terem aulas e para aprenderem.

Defender que os professores têm o direito de faltar à custa dos alunos é um conceito facista, prepotente, indigno, socialmente perverso.
Dir-me-ão que os professores "não defendem" mas é isso que têm feito, e isso não se faz... sejam quais forem as falácias usadas como desculpa e desresponsabilização.
Se os professores são irresponsáveis não podem nem devem sê-lo.

Resolvam os seus problemas com o governo, mas não à custa dos alunos. É uma covardia! Nem percebo como é que as pessoas se sentem bem com esse tipo de bandalheiras...
Nos professores existe de tudo como em todo o lado, mas isso não justifica que a classe, como um todo, seja conivente com os que não sabem nem querem saber ser professores.

Quanto ao resto não me pronuncio, porque asneiras é o que mais este governo faz. Mas os professores devem ter cuidado... porque, quanto a esta matéria (das aulas de substituição) já perderam a razão, há muito. Se fossem espertos teriam sido os primeiros a reivindicar e aplicar a medida...
Mas uma parte dos professores não quer saber dos alunos, nem dos pais, nem das consequências para a educação da sua falta de civismo, nem têm espírito cívico. Os cheliques corporativos dos sindicatos são absurdos porque, como em qualquer outra classe, mas aqui por maioria de razão, devido à sensibilidade do tema, há que separar o trigo do joio e não apostar no "quanto pior melhor"!
Os professores não são diferentes dos outros?
Pois não!
Mas são uma classe com maiores responsabilidades (e mais culta), de cuja deveríamos esperar mais.
Não são diferentes, mas é pena: porque poderiam ser uma boa alavanca para que as coisas mudassem para melhor...
Se não são diferentes, nem querem ser, no conjunto, preferindo os actos corporativistas cegos, acabam por assumir responsabilidades na situação do país e serão alvo da mesma revolta e indignação que a população tem para com os demais responsáveis...
Chegámos a um ponto em que todos e cada um temos de escolher de que lado estamos, em todos os nossos actos.
O pior que cada um pode fazer é comprometer nisto o seu prestígio pessoal, porque o corporativismo não o merece e porque acabará por "pagar" pelas culpas dos outros.