Mostrar mensagens com a etiqueta crise da justiça. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta crise da justiça. Mostrar todas as mensagens

2009/09/11

Agressão Inacreditável, diz a Juíza.


Nélio Marques Assassinado.
A Justiça está do lado do Assassino

A foto do Nélio Marques copiada do blog com o seu nome



.



A primeira sessão do Julgamento do assassino de Nélio Marques, filho do ex internacional do Benfica, Nelito, foi adiada porque o assassino vinha a rir-se (a gozar com os amigos e familiares da sua vítima) e foi agredido à porta do Tribunal...

Agressão Inacreditável, Diz a Juíza...
Quem diria que há agressões que os juízes consideram "Inacreditáveis"... Mas isso é só pra alguns, no caso, para assassinos. Esses necessitam de tratamento hospitalar...

Há outras Agressões que os juízes consideram aceitáveis e louváveis, a ponto de dizerem: "acho-a (à agredida) em muito boas condições..."; que é como quem diz: "ainda devia ter levado mais porrada".
E no final, a agredida foi "enxotada" pela polícia, para fora do edifício, sem meios ou condições para regressar a casa ou ir ao Hospital.
Mas, compreende-se porque, neste segundo caso não estamos a falar de assassinos. Apenas de alguém que diz o que pensa e sente...

O texto que reproduzo abaixo foi copiado do Jornal de Notícias

.../...
A primeira sessão do julgamento do homicídio de Nélio Marques, filho do antigo internacional do Benfica, foi hoje adiada para 30 de Setembro.
"Acabei de ser informada pelo Dr.João Nabais (advogado) que o arguido foi violentamente agredido e tem de receber tratamento hospitalar", anunciou a juíza Clarice Gonçalves, justificando assim o adiamento da sessão, uma vez que o autor confesso do crime, Gonçalo Nunes Cardoso, não abdicou do direito de prestar declarações.
" porta do tribunal encontravam-se familiares e amigos da vítima, que se revoltaram ao ver chegar o arguido e o advogado, João Nabais.
Um amigo da vítima, que foi imediatamente perseguido por agentes da PSP e identificado, confessou depois aos jornalistas que agiu "numa base de nervos" ao ver chegar o arguido e o advogado "a rirem-se", embora não tenha especificado em concreto o que fez.
A juíza considerou a situação "completamente inacreditável" e avisou que na próxima sessão haverá um cordão policial à porta do tribunal. O público poderá assistir, mas "basta uma palavra para ir imediatamente para a rua".
Os ânimos exaltaram-se entre a família e, além dos gritos de "assassino" proferidos na rua, houve também protestos contra a justiça dentro do tribunal quando a juíza anunciou o adiamento.
Dirigindo-se aos familiares dentro da sala de audiência, a juíza declarou: "Estamos aqui para julgar uma pessoa que fez o que fez e todos sabemos, mas tem de ser julgada. Ninguém faz justiça pelas próprias mãos".
" saída do tribunal, o advogado da família de Nélio Marques, José António Barreiros, apenas disse aos jornalistas que havia aconselhado as pessoas a manterem a calma, "em virtude do estado emocional em que se encontram".
O mesmo apelo havia sido feito pelo pai da vítima, segundo o qual foi uma provocação inaceitável o arguido e o advogado passarem pela família "a rir".
"A minha mulher teve aqui um ataque. Além da morte do meu filho, foi dos piores dias da minha vida vê-los a rir à nossa frente", disse aos jornalistas à porta do tribunal.
João Nabais optou por não abandonar o tribunal pela porta da frente, onde se mantinha cerca de meia centena de familiares e amigos.
Nélio Marques morreu em 2005, vítima de três tiros disparados na sequência de uma rixa de trânsito junto a um posto de abastecimento de combustível.
O arguido ficou a aguardar julgamento com pulseira electrónica e posteriormente em liberdade.
Fim de transcrição
.../...
Toda esta história cheira a tramoia grossa, premeditada. Para quem foi agredida por dois gorilas da polícia, dentro dum elevador, o que é inacreditável é que, naquelas condições, alguém pudesse ter agredido "violentamente" o assassino, a ponto dele necessitar de tratamento hospitalar... a que eu não tive direito.
Mas os assassinos "comovem a justiça" e os juízes; quem diz o que pensa e sente é que não "merece" atenção, nem respeito, nem nada.

Vale a pena ler o relato do assassinato do Nélio para perceber a natureza do assassino.

.../...


Foi no dia 28 de Março de 2005, que tudo aconteceu.
Nélio Marques, um jovem respeitador e incapaz de maltratar seja quem for. Tinha o 12º ano, 3º nível de engenharia mecânica.

Ao terminar os estudos, Nélio começou a trabalhar no El Corte Inglês. Jogava futebol em vários sítios: Águias da Boavista, futebol 5 no El Corte Inglês, nos Juristas de Lisboa e no S.O.V. torneio CIF.

Nesse mesmo dia 28 de Março em que Nélio passeava com a namorada no seu dia de folga, aconteceu o que ninguém esperava…

História contada pela testemunha principal, Susana a namorada: “Quando um Assassino em forma de gente, se cruzou no nosso caminho. Esse "homem" (eu diria: monstro) (...) fez uma ultrapassagem perigosa, metendo o seu carro em frente ao nosso, fazendo com que tivéssemos que travar a fundo para não embater no nosso carro.

Tivemos que buzinar para chamar a sua atenção, mas pensámos que tinha ficado por ali. Não ficou!!!

O Assassino projectou mais á frente o seu carro para cima do nosso lado duas vezes, tocando mesmo com o espelho do carro dele no nosso carro. Ele dirigiu-se para as bombas de gasolina da Repsol (Sete-Rios/Benfica), onde o meu namorado acabou por entrar também, para verificar se tinha algo estragado no espelho do carro.

O Assassino saiu violentamente do carro e entrou numa briga feia contra o meu namorado, o Nélio. Eu andei no meio a tentar separar e também fui agredida pelo o Assassino.

Quando o meu namorado se conseguiu separar dele, ele fingiu que se ia embora mas voltou, dando passos largos, com uma arma de calibre 32 na mão. À queima roupa e a menos de um metro, disparou três tiros contra o peito do meu namorado tirando-lhe a vida, assassinando-o.
Destruiu a minha vida e a da família do Nélio.
O Nélio, ainda resistiu junto de mim alguns minutos, lutou muito pela vida, mas... Acabou por falecer no Hospital.”
Isto parece um filme dos que se vêem na televisão… Mas é a realidade!!!!!!!!!!!!

Não sabia que já se pode matar em Portugal!!!! Quem é este homem que tirou a vida brutalmente ao meu filho!!!!

Conta pai de Nélio, antigo jogador internacional do Sport Lisboa e Benfica. Neste meio e mesmo sem poder fazer nada e das poucas coisas que se pode fazer é lutar contra toda esta injustiça e agradecer a todos os que têm apoiado minha família. Agradecemos a todos os mails recebidos de Portugal e de todo o mundo, a todos os telefonemas de Lisboa, de Portugal inteiro e de todos os países. Agradecemos também a toda a gente que se deslocou ao velório e ao funeral. A todas as pessoas que nos estão a dar todo o apoio neste momento de dor. E um agradecimento especial a todos os amigos de Nélio e da nossa família, também aos directores e colegas de Nélio do El Corte Inglês pelo apoio demonstrado. E por último, por todo o apoio por todo o carinho e afecto a todo o Bairro da Boavista. Eu e a minha família estamos muito magoados e entristecidos. Até parece que nós é que estamos a ser condenados.

O CRIMINOSO mata, vai para casa em prisão domiciliária como se estivesse de férias e a gozar dos bens dele. E nós passamos os dias a chorar lágrimas de sangue e todos os dias vamos ao cemitério. Agora vejam a diferença!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Estamos revoltados com a justiça!!! Uma medida de coação mal dada pelo juiz do TIC deixa centenas de familiares e milhares de amigos a chorarem de revolta. Vamos recorrer da coação mal dada que pôs um CRIMINOSO na rua. Que fez um homicídio qualificado com agravantes.

Não sei quem é o CRIMINOSO!!!!!! Não sei que protecção lhe estão a dar!!!!!!!!!!!

NÃO VAMOS PARAR!!!!!!!!!!!!!

Fim de transcrição
.../...

Ou seja: a juíza acha "inacreditável" que as pessoas se revoltem com a atitude provocadora e vil do assassino, mas não acha inacreditável o que o assassino fez, NEM ACHA INACREDITÁVEL QUE O ASSASSINO ESTEJA EM LIBERDADE... Em que Mundo viverão os nossos juízes? Que conceitos, abjectos, de justiça têm na cabeça?

... E o assassino continua em Liberdade...

Portanto, percebe-se o objectivo da provocação e o que se está a preparar com esta encenação da "agressão violenta".

A justiça é um dos piores cancro das nossa sociedade, como se vê por estes dois exemplos postos lado a lado e pela diferenciação de tratamento e critérios, que garantem impunidae a ASSASSINOS e perseguem o cidadão comum que tenta defender-se (e defender a sociedade) de tanta infâmia, DENUNCIANDO toda esta perfídia.

É urgente acabar com "ISTO" OU "ISTO" acabará conosco...
.

.
APELO!
Atenção às campanhas mais recentes:
-- Petição Para Valoração da Abstenção
-- Assine a petição AQUI, ou AQUI ou AQUI, ou AQUI, ou AQUI
-- Denúncia de Agressão Policial
-- Petição contra os Crimes no Canil Municipal de Lisboa
.../...

2009/08/17

Isaltino foi condenado!

Isaltino foi condenado?!

... Porquê em vésperas de eleições?

Então vamos lá ver se consigo explicar o meu entendimento do assunto.

Como todos sabem (ou talvez alguns ainda não tenham dado por isso) fui agredida, PELA POLÍCIA, A MANDO DE MAFIOSOS DO PIOR QUE HÁ, porque tenho a mania de dizer o que penso, o que me vai na alma; tenho a mania de não calar a minha indignação.
Fui agredida por 2 energúmenos ao serviço da Polícia, NO ELEVADOR do Edifício do Tribunal e, como os agressores trajavam á civil, foi o segurança no mesmo elevador, para “proteger” e garantir a consumação da agressão, para que não houvesse intrumissões. Fui agredida a mando “da justiça”... a mesma justiça que condena Isaltino... para se prestigiar.

Motivos de indignação não faltam e muita gente fala e se diz indignada mas, se eu sou agredida e outros não, se calhar é porque "tenho mais pontaria".

O que eu disse e me valeu a tal, ignóbil, agressão foi, em resuminho, que o PROCESSO CASA PIA é e foi sempre uma monstruosa conspiração... COM OS OBJECTIVOS DE QUALQUER CONSPIRAÇÃO, urdida por "conspiradores" que também são iguais em toda a parte, com as mesmas características...

Dizia eu isto enquanto MUUUITAS vozes faziam coro com os slogans dos conspiradores dizendo enormidades acerca do Processo Casa Pia e seus réus...
Mas eu é que fui agredida...

Um dos objectivos do Processo Casa Pia, inteirramente conseguido, foi "afinar" o controlo sobre a justiça e, com ele, o controlo, muitas vezes chantagista, sobre os outros poderes. Tudo isto para testar "as potencialidades" desse controlo. Provou-se que TUDO se pode fazer com o controlo da justiça nas mãos...

A justiça treinou-se, assim, em conspirações que continua a promover constantemente, à mercê e ao sabor dos vários interesses conluiados.
A condenação de Isaltino, que fez o mesmo que MUITOS outros e/ou coisas muito menos graves do que muitos OUTROS outros, é só mais uma peça dessa mesma conspiração, permanente, em que é usada a “justiça”.

Isaltino está a ser condenado agora para ser afastado das próximas eleições porque, não sendo pior nem tendo cometido mais crimes do que OUTROS, faz obra; cumpre as promessas e isso valeu-lhe uma vitória nas eleições anteriores, mesmo sem o apoio partidário.
Se atentarmos bem nos alvos destas manobras conspiratórias, constatamos, com horror, que estas cabalas visam pessoas que têm algum prestígio junto dos respectivos eleitores, porque apresentam obra. Isto confirma as nossas piores suspeitas em relação aos objectivos mais pérfidos da tenebrosa conspiração: “abater”, desacreditar, achincalhar, destruir, todas as pessoas que gozem de algum prestígio pessoal, que se destaquem pela positiva, na política ou na sociedade.
Começou, de forma mais visível, com Carlos Cruz, que era uma pessoa que gozava de elevado prestígio (merecidamente). Agora, pelos vistos e na mesma linha, “abatem-se” todos os que consigam algum prestígio pessoal, não vá acontecer que esses se armem em “ambiciosos” e ascendam na carreira política sem o controlo e as rédeas dos “Padrinhos”, SEM SEREM CAVALGADOS PELOS “PADRINHOS”.
Isto consuma um outro objectivo da conspiração (como em todas as conspirações): desorientar os cidadãos, mantê-los desesperados, retirar-lhes TODAS as referências... para ficarem sem defesa à mercê dessa escumalha maldita e das suas campanhas de desinformação e propaganda NAZI.
Assim ao jeito do que se faz, semeando a paranóia e o pânico, com a gripe (INVENTADA) dos porcos, vulgo gripe A ou H1N1.
Bem que eu gostava que houvesse uma qualquer gripe suína que dizimasse todos os “porcos” nazis que enxameiam os mais altos cargos e controlam, destruindo, as sociedades. O Mundo ficaria muito melhor, mais feliz; e poderíamos dizer: abençoada gripe suína! Mas não temos sorte nenhuma: são “os porcos” que controlam a gripe, as notícias sobre a gripe, e não a gripe que afecta “os porcos”.
O controlo, mafioso, dos partidos e suas cúpulas está assegurado; por isso é necessário recuperar os votos destes independentes, como Isaltino, para os partidos. Essa é a ÚNICA razão pela qual Isaltino é condenado...

E preparem-se porque, desta vez, nas próximas eleições legislativas e autárquicas, a FRAUDE ELEITORAL vai ser gigantesca; de proporções muito maiores do que SEMPRE tem sido. Desconfio que até a abstenção vai descer, mesmo que cresça, Muito, O NÚMERO DOS QUE NÃO VOTAM. INSTALADOS OS CONSPIRADORES NO PODER, vale tudo.
Biranta

.../...

APELO!
Atenção às campanhas mais recentes:
-- Petição Para Valoração da Abstenção
-- Assine a petição AQUI, ou AQUI ou AQUI, ou AQUI, ou AQUI
-- Denúncia de Agressão Policial
-- Petição contra os Crimes no Canil Municipal de Lisboa
.../...

2007/01/24

O Pesadelo Continua!

Pai adoptivo condenado a 6 anos de cadeia… por sequestro???

No texto “2005, O Balanço do Nosso Desencanto”, escrevi a dado passo: “Um dos nossos pesadelos colectivos mais graves é o funcionamento da Justiça”, daí o ter decidido dar a este texto o título “O Pesadelo Continua!”.

A mensagem que tenho tentado transmitir aos que me lêem é a de que: se cada problema concreto fosse resolvido adequadamente, a nossa situação colectiva não poderia ser tão grave como é.
Isto porquê?
Porque, se as pessoas o compreenderem, de facto, perceberão a importância de se ser intransigente e a resolução dos problemas fica mais facilitada (ou inevitável, como quiserem).
Tenho, frequentemente, a impressão de que “as pessoas” embarcam no folclore mediático da “disputas políticas” e desprezam as questões relacionadas com o que realmente importa: os problemas concretos.


Este texto é a propósito daquele caso “esquisito” do pai adoptivo que foi condenado a 6 anos de cadeia por sequestro; caso que tem apaixonado a opinião pública e que desencadeou um, compreensivel, movimento de solidariedade.

Recordemos, para os que, eventualmente, me lêem de paragens distantes, o essencial da questão:
Uma mãe, de nacionalidade brasileira, achando-se grávida, comunicou o facto ao outro progenitor que a abandonou e rejeitou, com a criança ainda no ventre. Depois de ter a criança e encontrando-se desempregada, decidiu entregar a filha, com três meses de idade, a um casal que a recebeu e a tem criado como filha, ao que se sabe, com inexcedível desvelo. A criança foi entregue ao casal juntamente com uma declaração, da mãe, consentindo a adopção plena.
Como a criança foi registada sem o nome do pai (e, em Portugal, não podem existir filhos de pais incógnitos) o Tribunal de menores procedeu, como habitualmente, à averiguação de paternidade. O pai biológico continuou a negar mas, com os testes de ADN, o Tribunal informou-o de que ele é, realmente, o pai biológico.

Neste meio tempo esgotaram-se dois anos durante os quais esta criança foi cuidada e acarinhada, amada, pelos pais adoptivos, de facto (que não de direito), criando com eles, como é óbvio, os seus laços afectivos e as suas referências de estabilidade e confiança.

O pai biológico decidiu requerer a guarda da criança, sem se importar com o sofrimento que isso representa para os pais adoptivos e para a criança… tal como, anteriormente, não se importara com a criança e com a mãe que a carregava na barriga, não considerando, sequer, a hipótese de ser o pai…

As pessoas têm o direito de se arrepender dos seus erros, o que não têm é o direito de usar isso como pretexto para agravar as respectivas consequências para os outros, muito menos quando se trata dos seus próprios filhos. Digamos que é um daqueles casos em que “É pior a emenda do que o soneto!”. Com os sentimentos das pessoas não se brinca e com a estabilidade emocional das crianças também não.

O mais grave deste caso é o facto de haver um Tribunal que decide a favor deste pai biológico, determinando, friamente e cruelmente, que a criança lhe deveria ser entregue; actuando como se,
mais uma vez (veja-se os casos referidos neste post), se tratasse de disputa dum qualquer objecto ou bem material…
Entretanto e com as demoras judiciais, decorreram cinco anos de vida da criança e de “investimento” afectivo dos pais adoptivos nela e dela nos pais adoptivos…

Perante a confirmação da ordem de entrega da criança, os pais adoptivos, como é natural, optaram por proteger a criança e recusaram a entrega, fazendo-a “desaparecer” juntamente com a mãe adoptiva, esperançados, talvez, na resolução do processo de adopção que entretanto iniciaram.

Em resposta, o Tribunal excedeu-se no zelo da sua perfídia e decidiu condenar o pai adoptivo a 6 anos de cadeia por sequestro
.

O escândalo era inevitável (embora não se compreenda a diferenciação de tratamento em relação a outras situações tão ou mais escabrosas) e logo vieram as estruturas judiciais “explicar-nos” a decisão e culpar a sociedade por se indignar com estes comportamentos perversos e escandalosos porque, apesar de tudo, as decisões judiciais querem-se incontestadas e consideradas como “excelentes”, apenas por obra e graça do facto de serem “decisões judiciais”.
Registe-se, ainda assim e como facto positivo, o distanciamento do PGR

Já o disse, noutra altura que, nestes casos: “seria muito simples, com um mínimo de dignidade, resolver "BEM" este problema, respeitando todas as partes interessadas, de forma civilizada e salvaguardando os interesses, os direitos e o equilíbrio psicológico das crianças. Isto implica, obviamente, criar consensos e “acordos”, com a sensatez necessária para evitar os excessos e a prepotência, colocar as pessoas a pensar e “induzi-las” a agir correctamente.
Os nossos juízes sabem fazer isso, até sabem IMPOR acordos, mas só o fazem para prejudicar alguém, quando não têm outra opção… Esperemos que não venha a acontecer o mesmo neste caso, usando de coação para com o pai adoptivo, em consequência das recomendações do PGR.

Bom! Não se pode generalizar.
Veio parar, à minha caixa do correio, este email:
“Na minha qualidade de juiz social do Tribunal de Menores de Lisboa, já com catorze anos de experiência, não posso calar a minha revolta pela decisão tomada no Tribunal de Torres Novas. O pai adoptivo de uma criança foi condenado por sequestro da mesma quando afinal tem tomado conta dela desde os três meses de idade, quando a mãe biológica lha entregou devido à sua incapacidade para cuidar da menina com um mínimo de condições de conforto. Desempregada e abandonada pelo pai biológico da criança, a mãe, brasileira, tomou a melhor decisão em favor da vida futura da criança. Entregou-a de boa-fé a quem a recebeu de boa-fé e lhe tem dado todo o carinho ao longo de cinco anos. O superior interesse da criança é que deve sempre pautar todas as decisões do Tribunal, seja ele de Torres Novas ou de outra qualquer comarca. Condenar por sequestro o pai adoptivo que sempre tratou bem a criança desde os três meses de idade não é – seguramente – defender o superior interesse da criança. Se fosse julgado nos juízos onde trabalho, este caso nunca teria este desfecho. Eu nunca assinaria por baixo uma sentença que considera sequestro a recusa de um casal entregar uma criança que tem tratado como filha, ao longo de cinco anos, a um pai biológico que só agora se interessou pela filha e que não esteve nunca presente nem quando soube da gravidez nem quando a criança nasceu. Como além de juiz social também sou jornalista, ouvi dizer que é uma pessoa da família do pai biológico que está a puxar os cordelinhos. E a pagar a uma equipa de advogados para ganhar a criança como se fosse um troféu de caça.
Justiça de Torres Novas: um caso em que o Direito, uma vez mais, é o maior inimigo da Justiça
.
Ass: José do Carmo Francisco”

Sublinhe-se a frontalidade desta denúncia que só contribui para “alimentar” as nossas esperanças de que estas coisas, algum dia, possam ser banidas do funcionamento NORMAL da nossa justiça... Embora, avaliando a actual situação, ainda nos fiquem muitas dúvidas. Mas disso falaremos mais adiante.

A história do “puxar os cordelinhos” é óbvia; mas a gente corre o risco de “responder judicialmente” por injúria e difamação se o afirmarmos sem mais evidências que não seja o óbvio.
Neste país, por mais óbvias que sejam estas perversidades, o que prevalece é a defesa, arrivista, da impunidade de toda esta gente, mormente dos intervenientes judiciais… que são quem faz com que elas sejam tão perversas e destrutivas.
Daí decorre a nossa recusa da frase: “um caso em que o Direito, uma vez mais, é o maior inimigo da Justiça”, com que se pretende ilibar a actuação premeditada dos intervenientes, descartanda as respectivas culpas para “o direito”.
Quando muito, poderemos admitir que as técnicas aplicadas aos PROCESSOS, nos limites do absurda da sua esquematização, permitem a “justificação”, ainda assim forçada, de coisas desta natureza, contrárias à justiça e aos seus propósitos. Mas o direito não impõe restrições aos juízes, no apuramento da verdade dos factos, ao contrário, lho impõe, para que decidam bem.
Essa faculdade (de valorizar o apuramento da verdade em detrimentos das "regras" do processo, ou estas em detrimento da justiça) é usada em sentido contrário (para ajustar “a prova” que se admite seja produzida às conveniências “dos cordelinhos”), o que não iliba, só aumenta, as responsabilidades de cada interveniente judicial nas sentenças que produz ou em que colabora.


Estou absolutamente contra a sentença proferida neste caso, contra a condenação do pai adoptivo por um crime que não cometeu e que, por isso mesmo, nunca poderia ser dado como provado, em algum Tribunal com um mínimo de idoneidade e apego à justiça (ou ao direito).
É o arbítrio, a falta de pudor e a impunidade dos agentes judiciais é que faz com que “o direito” permita tudo excepto a justiça… E permite, ao “permitir” a impunidade dessa gente… mas, em boa verdade, nem isso é facto, porque essa impunidade é assegurada por outros abusos ou omissões, doutros agentes da justiça, igualmente condenáveis, que não pelas regras do direito. Os casos são aos milhões.

O que me preocupa é que, como consequência do aludido “mexer os cordelinhos e pagar a uma equipa de advogados”, as actuais declarações em defesa da “justeza” da decisão se venham a transformar em arrivismo, capaz de afrontar a indignação geral e as “acções” de cidadania que dela resultaram. Veremos!
Este é também um exemplo de que há advogados e equipas de advogados que vendem muito mais do que serviços jurídicos; traficam influências.

Estou contra esta decisão, mas não assinei, nem assinaria, o pedido de “Habeas Corpus”. Porquê?

Porque este caso é, apenas, mais um exemplo, e nem sequer é o mais escandaloso e repugnante, pelo que não se justifica a diferenciação de tratamento a não ser por, eventualmente, estarmos em presença duma “luta entre lobbies” e entre capacidades de “mover cordelinhos”, o que não corresponde à minha noção de justiça e muito menos de justificação de acção de cidadania…

Este caso é apenas mais um exemplo ilustrativo da forma, pérfida, com funciona o nosso sistema judicial; e a ÚNICA acção de cidadania que se justifica é alguma de que resulte que seja garantida justiça e equidade a todos os cidadãos; que se arranque o mal pela raiz.
Esta diferenciação de tratamento, por parte da “cidadania” até contribui para “solidificar” vícios de raciocínio dos próprios envolvidos e para “legitimar” os outros crimes praticados pela justiça (e não contestados pela “cidadania”). Para mim, nestas coisas, não pode haver descriminações, negativas ou positivas…

Este caso é só mais um exemplo ilustrativo da forma, pérfida, como funciona o nosso sistema judicial e da quantidade de malvadez que se impõe à sociedade através dele (sistema judicial). Na verdade, o que a nossa experiência nos diz é que esta sentença é da mesma natureza da MAIORIA das sentenças judiciais; e em tudo semelhante a 100% das sentenças dos casos em há alguém a “mexer os cordelinhos”, que são muitos. Quem viva afastado destes meandros nem imagina a quantidade de gente e o tipo de gente que tem “capacidade” para “mover cordelinhos”, ou para comprar os “serviços” de quem o faça…

Este caso e esta sentença não são piores do que ESTE CASO, o caso dos familiares da pequena Joana, desaparecida duma aldeia do Algarve e que, para além de sofrerem o desaparecimento da criança ainda foram condenados a pesadas penas de prisão, apesar de, OBVIAMENTE, estarem inocentes.
Porquê? Quem é que mexeu estes cordelinhos e com que objectivos? Não há uma qualquer comissão de protecção de crianças em risco que exija saber o que aconteceu, realmente, à criança?
Não é admissível que os pais de crianças desaparecidas possam estar sujeitos a, para além da perda da própria criança, ainda serem acusados de assassinar as crianças, sem qualquer prova ou evidência que fundamente tal acusação; e muito menos é admissível que sejam condenados e a condenação sancionada por Tribunal Superior, qualquer que seja o melhor ou pior carácter social dessas pessoas.

Este caso e esta sentença não são piores do que ESTE CASO, o famigerado Processo Casa Pia, nem a indignação de cidadania é diferente da que foi manifestada na solidariedade, justificadíssima, a Carlos Cruz, desde o início. A diferença é que não houve algum “candidato a protagonista” que mobilizasse uma assinatura colectiva de “Habeas Corpus”… deixando essas pessoas, que são em grande percentagem, a sós com a sua justa indignação e revolta e com as calúnias, o terrorismo e as provocações dos mafiosos que controlam a Comunicação Social e que ainda hoje continuam a exibir a sua perfídia e falta de pudor no tratamento das notícias dessa aberração que é aquele julgamento.
A “grande” diferença, entre este caso (Casa Pia) e a sentença em apreço (do pai adoptivo condenado por sequestro) é que “a cidadania”, neste último caso, foi consentida pelos mafiosos que controlam a comunicação social, fomentando assim o aparecimento de novos protagonistas “coxos”, coisa que é inevitável e até lhes é útil, em vias do descrédito crescente dos actuais protagonistas. Mas, ser “protagonistas” sob o controlo e com o “consentimento” dos OCS é uma péssima “etiqueta” e um mau presságio...

Finalmente, e no que concerne às decisõese actuações, pérfidas e criminosas, da justiça, este caso não é diferente Deste Caso, ou Deste Caso, ou Destes Casos… ou de tantos outros casos semelhantes, que se repetem aos milhões, nos nossos tribunais, sem que a “cidadania” mexa uma palha.

Ainda há uns dias ouvi, na antena aberta do canal 1 da RDP, um relato impressionante duma senhora que lutou, durante anos, contra os arbítrios da justiça, em processos pejados de ilegalidades e que vem assistindo, agora, ao sucessivo arquivamento, por parte do Ministério Público, das denúncias que fez dessas mesmas ilegalidades, em que está envolvida a actividade, como advogado, dum deputado à Assembleia da República.
O que vale é que nós queixamo-nos mas, quando olhamos para o lado, acabamos por ver situações ainda piores. O drama é que isso não nos “conforta” nada, bem pelo contrário.

No caso das execuções judiciais, existem lobbies estabelecidos que vivem de se apropriarem dos bens materiais das pessoas, por metade do preço correspondente ao seu valor de mercado. Constatei um caso duma imobiliária que, para esconder os lucros fabulosos que a “actividade” lhe proporciona, usa os funcionários mais ignorantes como “testas de ferro”, nas escrituras de compra…


Também há os casos, como o que se relata e que o DIAP se recusou a investigar, em que se usam as sentenças (sobre cujas existe controlo prévio) para praticar autênticos roubos, actos de extorsão, sem qualquer fundamento. No caso que se relata, a pessoa executada através do Tribunal era credora (de muito dinheiro) e não devedora, o juiz foi informado disso, mas a execução prosseguiu, porque a acção era premeditada e o funcionamento do “circuito” estava testado… Tal como no caso da sentença em apreço, também esta dívida não tinha condições para poder ter sido provada. Mas havia “um trunfo” na manga: um perito que fazia parte do “esquema”.

Por tudo isto eu nunca assinaria este pedido de “Habeas Corpus”. Até porque, existindo, nos casos referidos, alguns que me dizem respeito, seria tolice minha sancionar a minha própria discriminação prejudicial… Também nestas coisas, da cidadania, tem de haver moralidade.