O facto de eu apelar à abstenção e de exigir a sua valoração como (única) forma de reforçar a democracia, de garantir a democracia, de permitir, mais facilmente, resolver os nossos problemas, tem suscitado, da parte de quem me lê, reacções deveras interessantes. Por isso decidi voltar ao tema e tentar esclarecer algumas ideias, de forma sistematizada (eu disse tentar, não se esqueçam; até porque não pretendo ter o monopólio da verdade, porque isso prejudicaria os meus próprios objectivos).
Todos reconhecem, todos sabem, todos vêem que a nossa situação é muito má, que ultrapassou os limites do tolerável. Portanto, deveria ser consensual, também, a necessidade, premente, de resolver os nossos problemas. Porém, meus amigos, (o que me distingue de alguns dos comentadores das minhas opções é o facto de reconhecer que) isso só é possível desde que assente na vontade, na mobilização (no acordo) da maioria da população. Aí é que reside a chave do sucesso.
O que vemos é cada grupo de interesses, ou ideológico, ou político, ou social, ou…, ou…, ou…, a pretender impor, aos restantes, as suas opiniões, as suas opções e as suas ideias como as boas, as únicas que são eficientes. Assim não dá! Embora reconheça que este tipo de ideias tem a (sua) razão de ser, assentam no facto de não existirem, entre os nossos notáveis, verdadeiros lideres, acho que há uma montanha de ideias erradas conexas, que urge desfazer. Serei eu capaz disso? Não custa tentar e insistir até conseguir.
Num “blog” que me parece recente (cujo endereço se pode encontrar num comentário em “Alternativa”), alguém recordava a mobilização dos portugueses, aquando do euro2004, para ilustrar o que é necessário fazer. Estou de acordo; só que para que haja mobilização é necessário haver quem mobilize (pessoa(s) conhecida(s) e reconhecida(s) como “credível(is)”) e um objectivo aceite como bom, por todos. Isso é difícil, ou impossível? Não. É fácil e pode ser feito. O obstáculo reside no facto de o(s) “mobilizador(es)” não ser(em) conhecido(s) e os conhecidos não serem “mobilizadores”. Aí é que está a pior marca de incompetência dos nossos notáveis e (por isso) falsos lideres.
Todos reconhecem, todos sabem, todos vêem que a nossa situação é muito má, que ultrapassou os limites do tolerável. Portanto, deveria ser consensual, também, a necessidade, premente, de resolver os nossos problemas. Porém, meus amigos, (o que me distingue de alguns dos comentadores das minhas opções é o facto de reconhecer que) isso só é possível desde que assente na vontade, na mobilização (no acordo) da maioria da população. Aí é que reside a chave do sucesso.
O que vemos é cada grupo de interesses, ou ideológico, ou político, ou social, ou…, ou…, ou…, a pretender impor, aos restantes, as suas opiniões, as suas opções e as suas ideias como as boas, as únicas que são eficientes. Assim não dá! Embora reconheça que este tipo de ideias tem a (sua) razão de ser, assentam no facto de não existirem, entre os nossos notáveis, verdadeiros lideres, acho que há uma montanha de ideias erradas conexas, que urge desfazer. Serei eu capaz disso? Não custa tentar e insistir até conseguir.
Num “blog” que me parece recente (cujo endereço se pode encontrar num comentário em “Alternativa”), alguém recordava a mobilização dos portugueses, aquando do euro2004, para ilustrar o que é necessário fazer. Estou de acordo; só que para que haja mobilização é necessário haver quem mobilize (pessoa(s) conhecida(s) e reconhecida(s) como “credível(is)”) e um objectivo aceite como bom, por todos. Isso é difícil, ou impossível? Não. É fácil e pode ser feito. O obstáculo reside no facto de o(s) “mobilizador(es)” não ser(em) conhecido(s) e os conhecidos não serem “mobilizadores”. Aí é que está a pior marca de incompetência dos nossos notáveis e (por isso) falsos lideres.
Devido à desorientação ideológica, à confusão promovida, todos os dias, pelos “nossos” fazedores de opinião, esses esperam contar (e contam, em muitos casos) com a “compreensão” e “complacência” dos cidadãos. Não se deixem enganar! Se eles se acham com direito aos cargos e aos respectivos vencimentos escandalosos, então que cumpram, como devem. Assim,enquanto não cumprirem, até poderiam contar com a “compreensão” de toda a gente, que nunca contariam com a minha.
Num comentário, em outro blog, dum “comentador” que passou por aqui (e a quem eu peço desculpa se melindrei), questionava-se: aonde é que estão “consagrados”, (qual é a "cartilha"?) os princípios e as formas de funcionamento dessa coisa a que eu chamo “valoração da abstenção”, para se poder avalizar a sua validade.
Num comentário, em outro blog, dum “comentador” que passou por aqui (e a quem eu peço desculpa se melindrei), questionava-se: aonde é que estão “consagrados”, (qual é a "cartilha"?) os princípios e as formas de funcionamento dessa coisa a que eu chamo “valoração da abstenção”, para se poder avalizar a sua validade.
Meu caro amigo, o que distingue os homens dos outros seres, o que faz de nós seres humanos, supostamente uma raça superior, é o facto de sermos capazes de resolver problemas, de evoluir na resolução de problemas. Até as ideias e “procedimentos” que hoje estão consagrados, começaram na cabeça de alguém, defendidos, às vezes, à custa da própria vida. E lá porque você (e muitas outras pessoas) não é capaz disso, só sabe copiar, imitar, não quer dizer que outros não sejam. Manter uma mente aberta sobre todas as questões, é uma atitude esclarecida de inegável desenvolvimento intelectual, indispensável para que haja democracia, para que a democracia deixe de ser destrutiva e possa ser construtiva, como deve.
Porém, eu confesso que, a principal razão por que me eriço contra este tipo de argumentos, se deve ao facto de eles serem usados, falaciosamente (a chamar-nos estúpidos a todos) como forma de tentar condicionar as nossas opções quanto a soluções; e assim nos manter amarrados a este descalabro crescente, eternamente. A sociedade evolui e é assim que a humanidade cresce em dignidade.
É claro que alguns dos defensores das ideias feitas e dos “ensinamentos teorias e ideais, exarados em "bíblias"”, apenas estão contra as minhas propostas porque não as compreendem e porque têm “outra” solução para esta porcaria de situação. Solução essa, que passa, sistematicamente, por impor, a todos os outros (ou pelo menos a maioria) adoptarem as suas próprias opções.
Essas, as opções, vão desde aderir à “revolução armada” como única forma (convencionada, consagrada nos “manuais”) de sair disto, pela esquerda; até votar num determinado partido (que se elegeu como boa estratégia, às vezes por razões sentimentais, ou com pressupostos subjectivos); passando pelo voto em branco, ou até mesmo, pasme-se, passando pela imposição da opção de abstenção para todos. É isso mesmo, ouviram bem, conheço pessoas (poucas, mas conheço), que acham que os partidos são todos “uma porcaria”; que a política é tudo uma porcaria, etc., etc. e que todos os nossos problemas se resolviam se ninguém votasse. Logo: a culpa é de quem vota. Há ainda os que propalam uma coisa tão aberrante como "a necessidade duma ditadura esclarecida", como única via para resolver os nossos problemas. Como vêem, quando se trata de miopia e de tacanhez, há "gostos" para tudo.
Agora é a minha vez de perguntar: então como é que saímos disto? Pois é. Assim nunca saímos.
Pois o que quero dizer aqui, alto e bom som, é que não concordo com sectarismos, com este tipo de presunção, seja de quem for. O que todos temos de aprender a fazer é respeitar as opiniões dos outros e, mesmo assim, encontrar as formas, as práticas democráticas, que permitam resolver os nossos problemas comuns. Porque, afinal de contas, estamos todos no mesmo barco!
Mas, sobretudo porque a resolução dos nossos problemas existe, como também existem as pessoas adequadas para cada cargo e função. Aqui, e em qualquer parte do mundo. Por isso não podemos compactuar com um sistema que exclui, à partida, uma parte dos cidadãos, um dado tipo de sensibilidade (ou de ausência de adesão às sensibilidades permitidas), usando isso para praticar todo o tipo de abusos de poder, contra natura e ficar impune.
O que quero deixar bem claro, é que a “minha luta”, não é contra a legitimidade das opções de outros, sejam eles quem forem; é para conquistar legitimidade, também, para uma opção que, afinal, se tornou maioritária na nossa sociedade, com enorme razão de ser.
Há dias, um amigo reclamava, num post do seu blog, que urge criar uma associação, para expressar estas vozes que têm sido silenciadas. Lá chegaremos, espero. Por hora, limito-me a dar voz e reivindicar legitimidade para esta opção, que tem sido, sistematicamente, ultrajada, envergonhada e remetida ao silêncio. É uma luta muito dura, mas tem de continuar, a bem da democracia, a bem de garantir um futuro seguro e melhor para a democracia; uma autêntica democracia. Por isso, aqui, ninguém se deve sentir constrangido, por causa da sua opção política (ou qualquer outra). Apenas se pretende constranger a presunção mesquinha que não admite legitimidade a outras opções, diferentes das próprias. Eu sei que isso é fruto de “imposição” da múltipla repetição dessas ideias, pela comunicação social, pelos partidos, etc.. Mas esse facto, deplorável, não legitima, do ponto de vista democrático, a atitude.
Voltarei a este assunto.
Porém, eu confesso que, a principal razão por que me eriço contra este tipo de argumentos, se deve ao facto de eles serem usados, falaciosamente (a chamar-nos estúpidos a todos) como forma de tentar condicionar as nossas opções quanto a soluções; e assim nos manter amarrados a este descalabro crescente, eternamente. A sociedade evolui e é assim que a humanidade cresce em dignidade.
É claro que alguns dos defensores das ideias feitas e dos “ensinamentos teorias e ideais, exarados em "bíblias"”, apenas estão contra as minhas propostas porque não as compreendem e porque têm “outra” solução para esta porcaria de situação. Solução essa, que passa, sistematicamente, por impor, a todos os outros (ou pelo menos a maioria) adoptarem as suas próprias opções.
Essas, as opções, vão desde aderir à “revolução armada” como única forma (convencionada, consagrada nos “manuais”) de sair disto, pela esquerda; até votar num determinado partido (que se elegeu como boa estratégia, às vezes por razões sentimentais, ou com pressupostos subjectivos); passando pelo voto em branco, ou até mesmo, pasme-se, passando pela imposição da opção de abstenção para todos. É isso mesmo, ouviram bem, conheço pessoas (poucas, mas conheço), que acham que os partidos são todos “uma porcaria”; que a política é tudo uma porcaria, etc., etc. e que todos os nossos problemas se resolviam se ninguém votasse. Logo: a culpa é de quem vota. Há ainda os que propalam uma coisa tão aberrante como "a necessidade duma ditadura esclarecida", como única via para resolver os nossos problemas. Como vêem, quando se trata de miopia e de tacanhez, há "gostos" para tudo.
Agora é a minha vez de perguntar: então como é que saímos disto? Pois é. Assim nunca saímos.
Pois o que quero dizer aqui, alto e bom som, é que não concordo com sectarismos, com este tipo de presunção, seja de quem for. O que todos temos de aprender a fazer é respeitar as opiniões dos outros e, mesmo assim, encontrar as formas, as práticas democráticas, que permitam resolver os nossos problemas comuns. Porque, afinal de contas, estamos todos no mesmo barco!
Mas, sobretudo porque a resolução dos nossos problemas existe, como também existem as pessoas adequadas para cada cargo e função. Aqui, e em qualquer parte do mundo. Por isso não podemos compactuar com um sistema que exclui, à partida, uma parte dos cidadãos, um dado tipo de sensibilidade (ou de ausência de adesão às sensibilidades permitidas), usando isso para praticar todo o tipo de abusos de poder, contra natura e ficar impune.
O que quero deixar bem claro, é que a “minha luta”, não é contra a legitimidade das opções de outros, sejam eles quem forem; é para conquistar legitimidade, também, para uma opção que, afinal, se tornou maioritária na nossa sociedade, com enorme razão de ser.
Há dias, um amigo reclamava, num post do seu blog, que urge criar uma associação, para expressar estas vozes que têm sido silenciadas. Lá chegaremos, espero. Por hora, limito-me a dar voz e reivindicar legitimidade para esta opção, que tem sido, sistematicamente, ultrajada, envergonhada e remetida ao silêncio. É uma luta muito dura, mas tem de continuar, a bem da democracia, a bem de garantir um futuro seguro e melhor para a democracia; uma autêntica democracia. Por isso, aqui, ninguém se deve sentir constrangido, por causa da sua opção política (ou qualquer outra). Apenas se pretende constranger a presunção mesquinha que não admite legitimidade a outras opções, diferentes das próprias. Eu sei que isso é fruto de “imposição” da múltipla repetição dessas ideias, pela comunicação social, pelos partidos, etc.. Mas esse facto, deplorável, não legitima, do ponto de vista democrático, a atitude.