2005/02/10

Amieira. Dar a palavra aos próprios!

Este texto está, em comentário, no artifo sobre a Escola da Amieira. Nisto como em tudo, nada melhor do que dar a palavra a quem conhece os factos (e pode contribuir para ajudar a resolver os problemas). A qui fica a transcrição:
"Realmente é com muita apreensão, que verifico os efeitos da globalização na nossa terra, ou seja o económico sobrepor-se ao social.
Com o devido respeito para com o grémio dos caçadores, dentro do qual tenho alguns amigos, reconheço não ser um grupo representativo da população nem pouco mais ou menos.
É um pequeno grupo, coitado, com sede de beber umas "bejecas" e uns "copos de cinco", onde estão alguns destes novos "empresariozecos" de sucesso, com algum(?) dinheiro e nada mais. Existe o núcleo duro dos tiros, de baixo nível, arrogante e mal educado, que faz ameaças e diz que bate e mata. Esta facção, vejam bem, é apoiada pelo seu presidente, o Miguel Pascoal de Urqueira.
Isto é reprovável!...O presidente deveria ser o orientador pedagógico desta “casta superior”; muito carente de educação e formação. O problema é que ao presidente falta-lhe o substrato ou melhor o nível. A caça a animais em extinção é onde descarregam as suas frustrações e perante este cenário a sociedade e as autoridades ficam estáticas, sem nada fazer.
É esta figura que se encontra infiltrada na junta de Urqueira. Está lá para defender os seus próprios interesses e do seu clube de caçadores, jamais para defender os interesses da população que o elegeu. Também há outro, como adjunto e aspirante a um lugar de poleiro na junta, mora na Amieira mas não é amieirense, é um traidor reles um frustrado que não tem onde cair. Pior, é falso e hipócrita! Os Amieirenses conhecem-no bem, é o Pinto. Este indivíduo, que tem 4 filhos que frequentaram e ainda utilizam a escola para jogatanas de futebol, é o mais feroz opositor ao projecto criado para a Amieira do qual os seus filhos irão beneficiar... Mas estes pobres de espírito, não são os reais culpados, responsáveis e culpados são quem de direito, que não devia permitir o que está a acontecer.
Como é que a Câmara , que é liderada por um senhor, ligado ao ensino e cultura por formação, foi na conversa? Se é que existiu... "ceder um espaço daquela natureza, património e emblema da Amieira; para vir a ser uma tasca ou, quem sabe, casa de alterne?”...
Toda esta falta de valores, consciência e bom senso é de pôr as mãos à cabeça!...
Está-se ali a criar um potencial foco de conflito, que ninguém sabe como poderá acabar...
Os responsáveis são sempre a Junta e Câmara que estão a alimentar e fomentar tudo o que se está a passar!...
E é assim... Depois queixam-se da desertificação, que nos pretendem apresentar como "uma fatalidade vinda do céu"! É urgente cuidar do bem estar das populações, em todo o lado. Para isso, nada melhor do que incentivar a participação cívica das pessoas na sua própria vida colectiva. Aqui, sacrificou-se isso em nome dum reles clube de caça. Perdoem-me os caçadores. Cada um tem o direito de ter os hobbies que entender, desde que cumprindo a lei, não prejudicando o bem comum e respeitando as espécies. Neste caso, há que reconhecê-lo, as prioridades sociais mais dignas, deveriam ter ditado o afastamento dos caçadores daquele local. Talvez entre esses haja suficiente gente digna que se recuse a frequentar o sítio? Quem sabe... Aqui fica o apelo. A dignidade compensa sempre.