2005/10/18

Terrorismo como arma, de manipulação, política…

…Uma tradição antiga
…de consequências cada vez mais graves e devastadoras.
Este texto que se segue é extraído dum post de “o fim da democracia”, onde se fazem referências à implicação de Mário Soares no tráfico de armas…
A parte transcrita, abaixo, ilustra o tipo de métodos usados nos USA (pela CIA), como forma de manipulação da opinião pública, com a finalidade de condicionar as opções e resultados eleitorais. Todos os crimes se justificam…
Dá a sensação de que o autor da denúncia e do blog, adopta a denúncia pela denúncia (não deu nem parece querer dar "o passo em frente") e como "mercadoria"; até pelo nome do seu outro blog: "Para mim tanto faz". Não é essa a minha postura perante factos de tamanha gravidade e respectivas consequências; e também não é por isso, ou para isso, que publico o excerto. Todos sabem, mas convém sempre "assumir"...
Como vêem por esta descrição destes factos, aquilo que se denuncia, por aí, abundantemente, acerca das conspirações e motivações tenebrosas por detrás dos actos terroristas e dos "reais objectivos" da “luta contra o terrorismo”, não trata de algo de novo ou surpreendente. A situação actual é apenas a continuação, lógica e actualizada, duma “estratégia criminosa” antiga, de que aqui se relata um exemplo…

“Na sua obra, Barbara Honegger aborda uma polémica questão relacionada com aquilo que ficou conhecido como "A crise dos reféns do Irão". A 4 de Novembro de 1979, exactamente um ano antes das eleições presidenciais nos EUA, a embaixada dos EUA em Teerão foi tomada de assalto por jovens estudantes que fizeram 52 reféns norte-americanos
O presidente dos EUA, Jimmy Carter, tinha uma missão a cumprir até ao dia das eleições onde iria lutar pela sua reeleição: libertar os reféns no Irão. Contudo, uma operação militar, em Abril de 1980, fracassou de uma forma humilhante para os EUA. Foi a operação "Desert One"... A imagem de Jimmy Carter estava cada vez mais fragilizada à medida que se aproximava o dia das eleições.Carter conseguiu que fosse decretado um embargo internacional de venda de armas ao Irão e, em Setembro de 1980, teve início a guerra Irão-Iraque.
Os dias de cativeiro dos reféns prolongavam-se e o moral do povo norte-americano andava em baixo. Toda a nação se sentia cativa do Irão... No dia das eleições presidenciais, 365 dias após o início do cativeiro, Jimmy Carter não resistiu e perdeu as eleições para os republicanos.
Os reféns foram libertados poucos minutos após o juramento presidencial de Ronald Reagan, a 20 de Janeiro de 1981...
Desde essa altura que se lançou uma dúvida entre a classe política de Washington: será que a campanha de Reagan e Bush negociou secretamente com o Irão a NÃO libertação dos reféns de modo a enfraquecer as hipóteses de vitória de Jimmy Carter?
Uma resposta afirmativa a esta pergunta colocaria em causa o sistema democrático norte-americano...”