2005/07/20

Os “media” e os “Arrastões”!

Nos comentários do “post”: Ainda os Atentados Terroristas, um dos temas discutidos é o papel dos OCS (órgãos de comunicação social).
Aqui ficam as transcrições dos comentários:
tnt said...
Partilho das suas opiniões. Finalmente encontro um blog que não se deixa manipular pela opinião dos "merdia".
Luís said...
Oh amigo TNT,
não concordar com o que os media dizem é uma coisa, agora chamá-los de " merdia" eu penso que é um exagero que roça o mau gosto. Até porque quando algo acontece no mundo, eu acho que o amigo vai aos tal "merdia" para se informar.
Ou estarei errado?
tnt said...
Chamo "merdia" àqueles que fedem. Que propagam a mentira que os nossos algozes nos querem impingir.
É preciso ler nas entrelinhas.
Biranta said...
É forçoso reconhecer que, quer nos "media" quer em vários outros sectores da vida nacional, não seria possível a situação se ter degradado tanto, se fossem respeitados critérios mínimos de idoneidade.
Ainda ontem, num programa da 2, se dizia que a esmagadora maioria do "trabalho" dos jornalistas é "decidido" pelos chefes. Isto é um absurdo, desde há muito tempo.
Segundo as modernas técnicas de gestão, a coordenação das equipas de trabalho deve ser rotativa, como forma de "se poderem aproveitar", na íntegra, as potencialidades de todos, para que o mundo possa evoluir...
Mas cá resiste-se, estoicamente, a quaisquer "rasgos" de modernidade. E, todavia, nós precisamos, desesperadamente, de progredir; o que implica criar condições para se aproveitarem as potencialidades de todos...
A situação, deplorável, é assim em toda os sectores...
No entanto, as classes profissionais que se "conformam" com o estado das coisas, não se podem queixar da reacção dos cidadãos...
E, por acaso, chegados a este ponto, eu tenho sempre enormes dúvidas acerca de quase tudo o que dizem os "media", seja qual for o assunto...
Enfim! Só para dizer que me parece positivo que os profissionais da comunicação social tomem consciência da situação real e de o quanto ela "compromete" o prestígio de todos eles
...
Luís said...
os verdadeiros profissionais da comunicação já se aperceberam da situação em que se encontram. Mas é que a situação na comunicação social portuguesa é a seguinte: ou fazes o que o chefe diz, ou então das duas uma, passas a fazer uma secção menor do jornal ou vais para a rua. E como o emprego não abunda em Portugal, eles têm de se sujeitar às regras dos directores. Infelizmente!
Fim das transcrições.
Apenas mais uma pequena achega para dizer que é tempo de os profissionais dos OCS começarem a “usar a imaginação” para romper o cerco, tal como se fazia com a censura e a PIDE. Não se percebe que exista essa “vontade”. Parece que se conformam com a situação (e o uso das desculpas) esperando merecer o mesmo prestígio, devido a quem não abdica do seu sentido cívico…
Nem de propósito, voltou às páginas dos jornais o tema do Arrastão em Carcavelos…
Agora diz-se:
“Não houve arrastão. A conclusão é da PSP que, num relatório final sobre os acontecimentos do dia 10 de Junho, na praia de Carcavelos, em Cascais, admite que os jovens que apareciam nas imagens estavam, na realidade, a fugir dos agentes de autoridade e não a provocar uma onda de assaltos, conforme foi divulgado na altura.”
Ou seja, as instituições acordaram para o facto de a versão que divulgaram os colocar numa situação melindrosa, de desfazer as sucessivas mistificações que fazem da realidade e da sua incompetência (ou conivência).
É claro que, a meu ver, a realidade é qualquer coisa entre o Arrastão e o Não Arrastão.
Se é verdade que a tese do Arrastão é, de todo, inverosímil, também é verdade que os factos são suficientemente graves para nos preocupar, nomeadamente quanto à demora e inadequação das respostas das autoridades.
Além disso, a propósito do Arrastão (e na mesma linha de propaganda meio racista) as notícias referiram os inúmeros assaltos, com recurso a violência extrema, ocorridos na linha de Sintra.
Não há qualquer justificação para estas ocorrências, a não ser a conivência e impunidade garantida, de forma consciente e premeditada, pelas autoridades.
Em face disto o que fazem os OCS?
Por um lado deixam-se usar e abusar, na divulgação de notícias incorrectas e alarmistas; por outro lado nem capacidade têm para defender o seu prestígio e idoneidade, recolocando as coisas no seu lugar…
Portanto, quer no caso dos atentados terroristas, quer no caso doutros assuntos mais domésticos… Assumem a posição de autênticos lacaios, sem coluna vertebral…
Os barretes servem a quem servem!