2005/07/30

Programação da RDP1!

Como funciona uma rádio que é paga por todos nós?
Programa "Lugar ao Sul".
Vinda directamente da caixa de "e-mal", aqui fica uma carta que merece atenção:
"Se já contactou a direcção de programas da Antena 1 e a administração da RDP solicitando que o programa "Lugar ao Sul" volte a ser emitido num horário decente, e se não lhe responderam ou se a resposta não foi satisfatória, pode dar conta do seu descontentamento ao ministro da tutela, Augusto Santos Silva (map@map.gov.pt) e ao Primeiro-Ministro (pm.apoio@pm.gov.pt, gseapm@pm.gov.pt ou através do portal do Governo, aqui, para que eles tenham conhecimento do modo como os responsáveis da RDP-Antena 1 tratam os ouvintes e assim possam tomar as medidas necessárias.
Se ainda não apresentou o seu pedido, não deixe de o fazer agora, porque só com o empenho de todos teremos força para fazer valer a nossa vontade.

Já reparou que a música portuguesa de raiz tradicional (a que melhor define a nossa identidade) foi banida quase por completo da emissão da Antena 1?
Artistas que se tornaram referências obrigatórias da nossa música, e que continuam no activo, como: Fausto Bordalo Dias, Vitorino, Janita Salomé, José Mário Branco, Luís Cília, Pedro Barroso, Amélia Muge, Né Ladeiras, Filipa Pais, José Peixoto, Rão Kyao, Júlio Pereira, Pedro Caldeira Cabral, Brigada Victor Jara, Ronda dos Quatro Caminhos, Maio Moço e Navegante, têm sido objecto de uma intolerável marginalização, para não dizer boicote.
A situação não é diferente para os agrupamentos da nova geração como Frei Fado d´El-Rei, Realejo, Danças Ocultas, At-Tambur, Roldana Folk, etc., aos quais tem sido negada a divulgação radiofónica a que teriam direito em razão da qualidade do trabalho que apresentam.

Se gostaria de ouvir estes e outros nomes representativos da boa música portuguesa de inspiração tradicional nos alinhamentos e não apenas nos programas "Lugar ao Sul", de Rafael Correia, "Viva a Música", de Armando Carvalheda e "Vozes da Lusofonia", de Edgar Canelas, aproveite para dar conta desse desejo.

Pode utilizar os seguintes contactos:

<antena1@rdp.pt> (geral da Antena 1)
<tiagoalves@rdp.pt> (actual director de programas da Antena 1)
<isabel.potier@rtp.pt> (secretária do presidente Almerindo Marques)
<almerindo.marques@rtp.pt> (presidente do conselho de administração)
<luis.marques@rtp.pt> (vogal do conselho de administração)

Também pode, ao mesmo tempo ou em alternativa, usar o espaço de sugestões e reclamações reservado no site da Rádio e Televisão de Portugal, acedendo a este endereço.

São os ouvintes que através dos seus impostos e da contribuição do audiovisual (cobrada na factura da electricidade) financiam a rádio pública. Como tal, não prescindem do direito a serem tratados com dignidade e respeito.
Não se acomode! Proteste!
Mas faça-o hoje mesmo! Amanhã pode ser tarde de mais.
Se ficarmos passivos, o director de programas pode concluir que o programa não tem ouvintes interessados e cair na tentação de o extinguir.
Para não ficar com o peso na consciência de nada ter feito para evitar tal crime faça ouvir a sua voz!

Adira ao Grupo de Amigos do LUGAR AO SUL. Para saber como o pode fazer aceda a esta morada
Se quiser partilhar com os membros do grupo as mensagens enviadas para os contactos acima indicados, envie uma cópia para o endereço <lugar-ao-sul@grupos.com.br>.

Nota: Envie esta mensagem aos seus familiares, colegas de trabalho e amigos para que também eles possam participar nesta campanha. Se preferir, envie-me a sua lista de contactos que eu próprio procederei ao envio desta missiva sem revelar os endereços, ou seja, através de BCC ("Blind Carbon Copy").

Excerto de carta enviada ao director de programas da Antena 1, Tiago Alves:
<tiagoalves@rdp.pt>

Gostaria de tecer um breve comentário aos alinhamentos musicais. Já que falei em Pedro Barroso, não posso deixar de referir a sua total ausência nos alinhamentos musicais. E, infelizmente, Pedro Barroso não é caso único pois podia apontar outros nomes de artistas de créditos firmados e de reconhecido mérito. Se os autores de alguns dos programas acima mencionados não tivessem a preocupação e a sensibilidade para divulgar esses cantores ou grupos, o auditório da Antena 1 (pelo menos o mais fidelizado) não teria a oportunidade de contactar com as respectivas obras.
Não se compreende que alguns cantores tenham uma promoção massiva com canções repetidas, até à exaustão, enquanto que outros sejam menosprezados ou, pura e simplesmente, ignorados. Não sei se são os locutores de continuidade que escolhem as músicas, mas quem quer que seja não tem o direito de impingir os seus gostos pessoais à generalidade dos ouvintes. É inconcebível que a música portuguesa de raiz tradicional, que tem tido um grande florescimento nos últimos anos com grupos de grande qualidade (alguns dos quais com sucesso internacional) não tenha lugar no alinhamento da Antena 1, fora dos programas de autor.
A Antena 1, enquanto concessionária do serviço público de radiodifusão, tem a obrigação de divulgar e promover todos os músicos e cantores portugueses (desde que tenham um mínimo de qualidade), de modo a corresponder à multiplicidade de gostos do auditório. Quanto maior for a diversidade da oferta musical maior será a liberdade do público para escolher.
Na expectativa de boa receptividade às minhas sugestões, subscrevo-me com os melhores cumprimentos,

Álvaro José Ferreira"
Fim de transcrição.
Pela minha parte, já o disse aqui que, se "tivesse voto na matéria" fazia uma lei para obrigar a que, em lugares de acesso público e, pelo menos na Rádio de serviço público, fosse transmitida uma quota não inferior a 85% de música portuguesa (quota verificável todos os 15 minutos). É que sinto humilhação quando ando por aí, entro num local qualquer e só ouço música "inglesa"... Nem os turistas, que nos visitam, nos têm consideração ao verificarem isto...
Não devia ser necessário fazer-se uma lei assim. Devia ser natural e "instintivo". Mas vivemos num país onde este tipo de pessoas (que têm estes cargos e desempenham estas funções) não têm referências... (como acontece um pouco em todos os sectores, sobretudo ao nível de quem decide...) Por isso, executam as suas funções com o mesmo cinismo com que os políticos nos governam: fazendo exactamente o contrário do que é necessário fazer, para se resolverem os nossos problemas. Parece que têm vergonha de serem portugueses... Mas, se têm, não devem ocupar estes lugares (onde todos temos de os aturar).
Por isso, façam o favor de pôr os "mails" a funcionar...
Eu já escrevi há algum tempo... mas, até agora, nada. É a velha e repugnante atitude de afrontar os cidadãos, de impôr a respectiva prepotência, de recusar resolver os problemas concretos, de forma civilizada e sensata...