2006/11/27

3ª Pearl Harbor... na Turquia?

O Papa a caminho da Turquia.

Neste post de Sofocleto deixei o seguinte comentário que reproduzo para vossa apreciação e reflexão...

"Este é um acto de provocação sem precedentes e insere-se perfeitamente no actual esforço para generalizar as situações de guerra e violência, juntamente com os assassinatos no Líbano e as outreas inúmeras provocações na zona, tentando envolver a Síria e o Irão.

E um atentado contra o Papa (praticado por alguim provocador a mando da CIA) não seria um excelente pretexto para intensificar a guerra, culpando a Síria ou o Irão de terem sido os autores?

Vai-se a ver esta visita (do Papa) pode muito bem ser o pretexto para o 3º Pearl Harbor de que os americanos necessitam imenso, agora "atingindo" todo o ocidente... que deverá ser chamado a custear e apoiar materialmente as atrocidades dos Americanos.

É só uma hipótese. Mas perante tanta confusão e cretinice que se lê, ainda (sobretudo nestas caixas de comentários), sobre estas questões, já nada admira.
Se assim for, a culpa recai, inteirinha, nos lacaios e provocadores que tanto se esforçam em argumentos cretinos a justificar as atrocidades dos americanos e a negar as evidências."

Os lacaios são os JPP (idiota Útil Estúpido); Luís Delgado; José Manuel Fernandes... etc.

Guerra no Iraque
Os Esforços para "implementar" uma guerra civil no Iraque e eternizar a violência e as atrocidades, naquele País, fazem parte do mesmo tema (e dos mesmos receios).

Deixo-vos a transcrição do meu comentário neste outro post de Sofocleto

"A avaliação do post está correcta!
Esta gente que aqui vem dizer falácias para "justificar" a "inocência" dos ocupantes é estúpida, ou então são provocadores a fazer o seu papel divulgadores e apoiantes da propaganda nazi. Só na propaganda é que esta escumalha (o Bush e seus muchachos) são diferentes, para pior, dos nazis. São mais refinados e têm muitos "escribas" cuja capacidade de "produzir" falácias e conjecturas ocas, para além de raciocínios ilógicos, não tem limites.

Na verdade, seja quem for que mantenha o Iraque a ferro e fogo, a responsabilidade é das forças ocupantes, que são quem tem as armas, quem "OCUPA". Se não querem ser lobos não lhe vistam a pele.
Essa escumalha maldita quer ser inimputável em relação aos actos criminosos (a guerra e ocupação) que praticam?
Bonito!
Um Mundo dominado por gente todo-poderosa... inimputável.
Vocês são loucos!

Os americanos só poderão permanecer no Iraque desde que consigam impedir a população de se expressar livremente e de impor a sua vontade; e só conseguirão adiar essa situação impedindo a paz, praticando actos de vandalismo e violência e fomentando a guerra civil.
Aliás, o esforço para implementar e estabilizar a situação de guerra civil é enorme. Mas os ocupantes só conseguirão acelerar a sua derrota. Nem o ladrar de toda esta rafeirice que aqui se vem expressar lhes servirá de muito.

É de cretinos acéfalos, ou de lacaios empenhados na propaganda nazi, tentar nos convencer de que estes facínoras alucinados pensam como qualquer mortal, respeitam qualquer tipo de lógica, ou têm noção de limite. É essa sua maneira de actuar que os vai perder, mas "eles" pensam exactamente o contrário e confiam nos lacaios para nos confundir e adiar o seu descalabro.

A lógica "deles" é a mesma que os tem levado, ao longo das últimas décadas, a cometer toda a espécie de crimes a atrocidades, fomentar guerras, apoiar e proteger facínoras e ditadores, criar e apoiar o extremismo, as organizações terrroristas, etc.
Finalmente, é a mesma que os levou ao cúmulo da demência e arrivismo de cometerem os atentados terroristas de 11 de Setembro, de 11 de Março, de 7 de Julho e muitos outros como o que assassinou Sérgio Vieira de Melo.
Alguém que meça as consequências dos seus actos ou perceba que acabará por arcar com as consequências, cedo ou tarde, pratica tamanhas monstruosidades?
Mas agora, de repente, "eles" ficaram "bonzinhos", bem-intencionados e lúcidos...
Cambada de mentirosos vigaristas, trapaceiros, estes "publicitários!

Será que, depois de toda essa loucura e perfídia a que temos assistido horrorizados, cujo rasto é mais nítido e visível do que a cauda dum cometa, ainda haverá quem não perceba a realidade, para além dos distraídos e dos lacaios?

Será que todas essas atrocidades são "explicáveis" à luz da lógica de qualquer comum mortal?Esses lacaios vis não têm espelhos, nem noção das suas responsabilidades e das respectivas consequências!"

2006/11/23

Contestação e Arrivismo!

O “Passeio” dos Militares.
Este País é caricato! O Descontentamento e a contestação Social crescem e generalizam-se, atingindo novo patamar…
Mas, como é bom de ver, os diferentes sectores sociais e de actividades vão todos para a Rua… mas separados, cada um por sua vez; porque assim garante-se melhor a derrota, para gáudio do governo.

Desta vez foram os militares que decidiram “ir passear”…
E, para cúmulo do nosso espanto, com tanta pouca vergonha e arrivismo, ficámos a saber que, neste País, há cidadãos a quem pode ser proibido “passear”, à semelhança do que se fazia no tempo do OUTRO Fascismo. A Pide também dizia que “é proibido estacionar parado mais de 2 pessoas, porque já é ajuntamento e são priobidos ajuntamentos”...

Ora bolas! Agora reparei que, afinal, o nazi/neo-con/bilderberger Sócrates vai mais longe do que a Pide; para estes só “estacionando parados” é que era ajuntamento; mas para o nazi Sócrates, nem passear se pode. Não é uma questão de “proibidos ajuntamentos”; é mais uma questão de “proibidas intenções”.

Nesta palhaçada patética o nosso espanto não tem descanso. A uma informação civilizada de “passeata”, por parte de militares na reserva, responde uma acéfala “Governadora Civil” que ninguém elegeu, proibindo… Mas alguém lhe pediu alguma autorização?

E logo vem uma chusma de subservientes, igualmente acéfalos, conjecturar sobre os perigos de passear, fazer processos de intenção absurdos e despropositados, próprios das sua mentalidades de marginais e, para cúmulo, estigmatizar os militares ou ex-militares, acenando-nos, a nós, com “o bicho papão” (do perigo do militarismo) berrando a necessidade de preservar a disciplina a todo o custo…

Falácias, tretas! Nesta bandalheira em que vivemos, sem lei nem ordem, esta gente só se lembra da disciplina quando se trata de desculparem o seu arrivismo e suas inevitáveis consequências.

Mais sensatos e idóneos, os militares lá arranjaram maneira de exercer os seus direitos básicos de cidadania e de “irem passear” para onde entenderam, civilizadamente, ordeiramente, respeitando, portanto, os direitos de todos os outros cidadãos de poderem estar ali também, ou não estarem, sem problemas.

Já por parte do governo e dessa gentalha que sequestrou a nossa democracia não se viu o mesmo civismo, mas sim o MESMO arrivismo fascista… e logo vieram as ameaças de represálias e de sanções.

Eu acho muito bem que os militares exijam e exerçam os seus direitos de cidadania… até para que a sociedade lhes possa exigir que se assuma como cidadãos, na eventualidade de lhes serem dadas ordens pérfidas, que não devam cumprir. È salutar, para qualquer democracia, que todos e cada um exerça os seus direitos de cidadania. A civilização só pode crescer com isso e a democracia se fortalecer… Mas isso digo eu! Deve ser loucura minha.

O que mais me surpreende, nisto tudo, é a passividade das outras organizações cívicas e de classe, perante os abusos e prepotências do poder. A meu ver, a exibição de prepotência do governo deveria lhe custar um período de contestação de todas as organizações cívicas e sindicais, à semelhança da contestação ao CPE, em França.

Choca-me, consterna-me, ver a passividade dos dirigentes dessas organizações perante tamanho arrivismo do governo, como se a liberdade, a democracia e o respeito pelos direitos de cidadania não lhes dissessem respeito.

Apetece dizer: Vive la France!

A minha incondicional solidariedade aos militares!

2006/11/21

You have the right to remain silent (IV)

Ver também os textos já publicados:
- You have the right to remain silent
- You have the right to remain silent (II)
- You have the right to remain silent (III)
E ainda “Investigadores Criminosos”…

De entre os processos referidos AQUI, no Proc. nº 5833/06.1TDLSB os “denunciantes” são: António José Dias André e Rosa Maria Mota Teixeira Mendes, mais vulgarmente conhecidos por “Dias André” e “Rosa Mota”, que são ou foram inspectores da P.J. Mas, como nos restantes processos, apesar do conteúdo ridículo (e falso) de alguns, quem acusa é o M.P. (gente que não tem mais nada para fazer, certamente).

A acusação do M.P. “fundamenta-se” no conteúdo deste documento, embora o substancial desse fundamento seja texto publicado no blog “Muito Mentiroso” (até porque foi esse texto que fundamentou aquela denúncia).

Por seu lado, os denunciantes, no seu “Pedido de indemnização Civil”, vão mais longe.
- Começam por afirmar: “no exercício da sua actividade foram incumbidos de proceder a variadas diligências de recolha de prova, e de elementos investigatórios, no âmbito do inquérito nº 1718/02.9JDLSB (vulgo: Processo Casa Pia)”… Pois! O que a gente queria mesmo saber era QUEM ordenou essas diligências, QUEM as controlou e coordenou; COMO (qual o documento inicial) que deu origem àquela monstruosidade. Será que agora, ao menos em defesa da sua “honra ofendida”, estes senhores nos irão esclarecer?
- Depois de referir (de forma que nos soa lisonjeira, aliás, mas excessiva) estre blog, SOCIOCRACIA, e o Muimentiroso, este libelo acusatório prossegue, numa sanha persecutória sem limites, idêntica à que foi usada no Processo Casa Pia, incluindo nessa acusação duas notícias do jornal 24 horas, nestes termos: “As denúncias dos blogs incentivaram a imprensa “vulnerável” a redigir artigos difamatórios” e exemplifica com os artigos do 24 horas, apesar de nada ter que ver uma coisa com a outra. Percebem, não é? A mesma estratégia usada e abusada no processo Casa Pia… É para que não nos restem dúvidas…
- Mais! Aqueles desgraçadinhos (tadinhos, tadinhos) daqueles funcionários da P.J. ainda foram objecto doutras notícias no jornal 24 horas; foram visados no livro do Sr. Carlos Cruz, publicado em 2004; foram alvo de nova investida no site ???? (que não se consegue ler, não se sabe bem porquê)… e, finalmente, há referências implícitas a págs. 122 do livro “Nuvem de Chumbo”, e também no Correio da manhã….

Vocês desculpem-me a franqueza, mas esta gente, que tanto persegue os outros, afinal sofre de “mania de perseguição”… e o esforço que não é necessário (imposto pelo peso da consciência, única explicação para mais esta sanha persecutória) para andar sempre a “olhar por cima do ombro” e descobrir, em cada linha de jornal, texto da NET, ou livro que se publique alguma “referência explicita ou implícita”?

Agora o que não é possível deixar de notar é o “poder” imenso que um simples e anónimo cidadão pode ter para “influenciar” tudo isto. É obra.
E os Srs. Jornalistas que assim se deixam manipular e influenciar? Apetece repetir: tadinhos tadinhos.
E os autores dos livros? Idem! Para além de ficarem a dever “direitos de autor” a quem é claramente identificado neste processo como origem desses escritos, não?

Há uma coisa que me espantaria, se isso fosse possível neste País sequestrado pelo pior tipo de gente: neste documento (vergonhoso) faz-se referência ao processo nº 515/03.9JDLSB, relacionado com notícias publicadas em jornais, que passou a fase de instrução (sic), à data deste documento que não se sabe qual é. Ora, esta processo é de 2003 “passou a fase de instrução”, agora. Mas o processo de que estamos a falar, o nº 5833/06.1TDLSB é de Janeiro de 2006 e já tem julgamento marcado para 24 de Setembro de 2007…
Haverá melhor forma de demonstrar o fundamento da denúncia enviada à procuradoria e dos outros textos referidos aqui do que esta sanha covardemente persecutória para com quem pareça mais vulnerável?
Mais uma vez, tal como no processo Casa Pia, não interessa a verdade dos factos. O que interessa, a este tipo de gente, é exercitarem a sua perfídia cega, mesmo que, com isso, apenas venham confirmar TODO o conteúdo das denúncias de que foram alvo. É mais um exemplo da justiça portuguesa, no seu melhor.

Agora atentem nisto que se segue:

“- Provocou aos lesados (Dias André e Rosa Mota) grandes danos de imagem e atingiu a sua credibilidade no Processso (Casa Pia).
- os lesados carecerão de ter uma personalidade forte, para aguentar invectivas e desnobrezas, para poder testemunhar em sede de Julgamento.
- Sendo que, quando o fizeram (no Processo Casa Pia) tiveram muito mais dificuldade em impor a verdade dos factos, bem como mais dificuldade em beneficiar duma imagem limpa e bom nome…”
Ou seja: também estes prosseguem a sua saga conspirativa, ao mesmo tempo que vêm confirmar a autoria de todos os crimes que lhes são atribuídos, usando este documento deste processo para imporem, como verdade absoluta e que se quer incontestada, as mentiras e infâmias que disseram “em sede de julgamento”, no Processo Casa Pia.

Tudo isto é coerente com a falta de carácter e de idoneidade desta gente e só vem confirmar as denúncias anteriores, como também é coerente com “a crise da justiça” que continua a cavar a sua ruína (e a nossa por arrastamento), enquanto nos entretém com encenações ridículas, “escândalos” frequentes, actos de “Show off”, de que é exemplo a recente “investida” na Banca, usada pelo Sr. Procurador Geral para “pedir” mais meios (ou seja: mais poder sem controlo) para uma instituição que, no contacto com os cidadãos, nas questões do dia a dia, actua de forma perversa e perde tempo em perseguições e processos como os que aqui se referem, cujo único objectivo é retaliar quem denuncie e proteger os abusos e crimes praticados de dentro da instituição.

Maldito seja o governo se entregar mais meios a gente que os usa para nos vilipendiar

Nota: É para acabar com toda esta infâmia que eu defendo A VALORAÇÃO DA ABSTENÇÃO… Para acabar com a cumplicidade dos políticos e deputados nesta pouca vergonha porque, sem essa cumplicidade, isto não poderia acontecer.

2006/11/15

Investigadores Criminosos!

Com o título “Para Memória Futura!”, o MuiMentiroso publicou, em 2004-12-05, o texto reproduzido abaixo.
Vou republicar este texto porque as denúncias continuam actuais e prementes; porque todos sabem e fingem ignorar; porque isto destrói o País, mas também porque o assunto tem que ver com a série de textos aqui publicados com o título “You have the right to remain silent!”

No texto transcrito substitui algumas reticências pelos nomes, óbvios, que consegui identificar, para que se perceba melhor.

...
“Para Memória Futura!

Quem nos defende, a nós, cidadãos, de Inspectores policiais, juízes e procuradores criminosos?
O advogado (de Carlos Cruz), Sá Fernandes, recebeu uma carta anónima, muito interessante, de alguém que parece estar por dentro da investigação (do Processo Casa Pia).
(Não foi uma, foram sete cartas anónimas, todas elas revelando uma narrativa muito coerente, complementando-se e contendo dados que se confirmaram, nos casos que conseguimos investigar (sic)).

Início de transcrição de carta (I):
“Toda a investigação tem sido manipulada, para servir um propósito que ignoro. Manipulação essa que tem consistido na ocultação de prova; fabricação de outra; divulgação de dados falaciosos, para a imprensa, de modo a criar um clima de confusão, que é benéfico para quem está a orquestrar tudo isto”.
(Comparando este processo ao dos Távoras, acrescenta):
“- Sabia que não foi feita revista, ao jipe, para não fragilizar a teoria da fuga?
- Sabia que a “famigerada casa de Elvas” foi alvo de mais de seis reconhecimentos?
Explicando melhor: que foram indicadas outras “casas de Elvas” e elaborados os sucessivos autos de reconhecimento, que depois foram destruídos (…)?
- Sabia que foram convocados e ouvidos, no espaço duma semana, mais de cem jovens e que só foi formalizada a audição dos que acederam admitir que conheciam Carlos Cruz?
- Sabia que foram fornecidos elementos relativos a Carlos Cruz, tais como um número de telemóvel?
- Sabia que foi proposto, ao Carlos Silvino, depor, em tribunal, de forma a suscitarem dúvidas quanto à sua imputabilidade, caso ele acedesse a incriminar Carlos Cruz e um determinado número de pessoas ligadas ao Partido Socialista?
- Sabia que a jornalista Felícia Cabrita se encontra regularmente com o inspector (Dias André), que permutam informações e planeiam, em conjunto, esta ou aquela acção?
- Sabia que esta jornalista ouviu as gravações das escutas?”

Informava ainda que a Direcção da PJ foi alertada para tudo isto. Estávamos em Julho de 2003. Também denunciava a “destruição”, pela sra. Coordenadora (Rosa Mota), em conluio com o inspector (Dias André), das “fichas de dezenas de jovens prostitutos, a maior parte deles oriundos da Casa Pia”, que surgem, agora, em entrevistas, nos canais televisivos.
Esses jovens, e o seu aliciamento à prostituição, foram investigados nos anos de 1996, 1997 e 1998. Nessa altura, foram identificados, como “clientes” desses menores, um juiz da Boa-Hora (Juiz Caramelo?), dois indivíduos do mundo do espectáculo, um deputado europeu do PSD, um jornalista e algumas figuras do “jet-set”.
Nunca foi referido o nome de Carlos Cruz, apesar de ele “estar na berra”, por ser apresentador do “1,2,3”.

Nessa investigação (…) foram recolhidos depoimentos, apreendidas dezenas e dezenas de cassetes com filmes pornográficos, em que os actores eram essas crianças. No programa “SIC 10 horas” do dia 04 de Abril de 2003, foi entrevistada a mãe duma dessas crianças, que surgem nesses filmes. (…)
A ordem da Sra. Coordenadora (…) foi para parar essa investigação.”

O autor não se identifica para não arriscar prejudicar a sua carreira e, pelo mesmo motivo, não entrega alguns elementos de prova.

Transcrição de Carta (II):
“Penso que, no ano de 1996, a brigada da chefe (Ana Paula Matos) apanhou o que ela chamava “a ponta da meada” e começou a investigar o braço de uma rede de pedofilia.
Os miúdos eram quase todos prostitutos no Parque Eduardo VII, Jardim de S. Pedro de Alcântara, Restelo. E quase todos tinham passado pela Casa Pia, ou por centros de acolhimento da Misericórdia (…).
Os menores indicaram, nessa altura, as casas para onde eram levados, em viaturas particulares, e foram feitos reconhecimentos. Essas casas eram no Restelo, em Cascais, em Coruche.

Sentimos um certo orgulho quando, uma noite, demos “um flagra” a um deputado europeu. Ele ficou tão amedrontado que nos acompanhou até à polícia. Mas fomos surpreendidos quando foram dadas ordens, à chefe, para esquecer aquela “personagem”. (…)
Acho que ela não terá obedecido e começaram os problemas: foi imediatamente substituída por (Dias André), que terminou o curso nessa altura. A preocupação prioritária dele foi mandar retirar esse ficheiro. Nessa altura “desapareceu” uma colecção de fotografias, de nus, que tinham vindo duma residência onde foi assassinado um indivíduo do “jet-set” (de apelido Bournet?).
Esta carta continua com muita outra informação, e alude também ao facto de o chefe ("Dias André) não ter sido “alheio” ao episódio que levou o Dr. Fernando Negrão, que o tinha suspendido, a sair da PJ.

Eis outra citação:
“O mês de Dezembro decorreu com o processo fechado à chave e com “misteriosas” reuniões entre os dois elementos da PJ (Rosa Mota e Dias André) e o magistrado. (…)
No início de Janeiro, já “estava em campo” a jornalista Felícia Cabrita
(sempre ela!!!, digo eu) que tinha a seu cargo “criar situações” e controlar a publicação das notícias, que foram logo definidas como “intoxicação”; baralhar para confundir. (…).

Próximo do final de Janeiro o chefe (Dias André) acabaria por revelar que um dos “alvos” era Carlos Cruz. A Dra. (Leontina?…) deu conhecimento ao Director do Departamento, Dr. Artur Pereira. (…) Foi convocada uma reunião (está registada no secretariado do Director) que ocorreu a 30 de Janeiro (…). O Director, perante as “ditas” provas, considerou que eram insuficientes (…). A insistência e arrogância de (Dias André) levaram a que o Dr. Artur Pereira desse uma ordem: nada de detenções, nada de vigilâncias ou perseguições, até ser recolhida prova credível!

No dia seguinte “o duo (Rosa Mota e Dias André)” foi ao DIAP falar com o Dr. João Guerra, dizer que a Direcção da PJ queria encobrir Carlos Cruz (…) no meio de muitas ameaças, mais ou menos veladas, o DIAP avocou o processo, para “garantir transparência na investigação”.
O Dr. Salvado, (contrariando as instruções da ministra) destacou funcionários. Não foi o DIAP que os pediu, foi ele que “decidiu” que eram destacados. (…)

Quando foi formalizado o interrogatório de Carlos Cruz, o processo não tinha as folhas todas numeradas. Faltavam números que era suposto corresponderem a depoimentos que o incriminassem e que “eles” ainda não tinham conseguido recolher”.

Justifica-se assim o seguinte mistério, constatado quando se teve acesso ao processo: o primeiro depoimento tem a data de 2003/01/16, o segundo (onde se diz que confirma o depoimento anterior), tem a data 2003/01/03, portanto: antes do primeiro!
Colocada a questão, informaram que foi erro de dactilografia (muito erra esta gente, digo eu); que se deveria ler: 2003/03/01, o que já faria sentido.
Só que, neste depoimento, o jovem prontifica-se a “fazer o reconhecimento” dos locais. Mas, o auto de reconhecimento tem, por extenso (sem hipótese de erro de dactilografia), a data de 2003/02/03 (três de Fevereiro).
Pergunta-se: como é que se prontifica a fazer uma coisa que já tinha sido feita há quase um mês? (a mentira tem, sempre, perna curta, digo eu!)

Voltemos ao conteúdo da carta:
“Com um sorriso mesmo sacana, o chefe (Dias André) explicou que não o tinham revistado (ao Carlos Cruz), nem apreendido nada que estava no jipe, nem ido à procura de agendas ou computadores; porque, se revistassem o jipe, via-se logo que ia apenas de fim-de-semana e isso não convinha.
Idem em relação à casa e ao computador.
Isso é que tinha sido “inteligente”, porque, como não o fizeram na altura, podem sempre dizer que foi uma falha, que a família aproveitou para destruir ou esconder as provas, e até para limpar o computador.
Disse ainda, o chefe (Dias André) que “aquilo que vai contar é o que dissermos e só se fôssemos malucos é que íamos fazer buscas e apreensões que iam estragar tudo”.
Alguém fez notar que mesmo os ficheiros apagados dos computadores podem ser lidos. O chefe (Dias André) mandou-o calar e disse que os advogados não sabem isso e que “a investigação” vai defender, no processo, que a prova que não conseguiram recolher, em tempo útil, foi destruída pelos familiares.”
Fim de transcrição!
(Esta acusação é assim: eles pensam, logo as provas existem! Gente poderosa! Digo eu.)

Transcrição de carta (III):
Vive-se aqui (na Polícia Judiciária) um clima (…): há silêncios, conversas em voz baixa, e mesmo quem não hesite em dizer que sente medo. Todos desejam que Carlos Cruz seja culpado ou, pelo menos, que venha a ser condenado, porque receiam o impacto negativo que terá a sua libertação ou absolvição. Ninguém lhe deseja mal, mas todos temem que o fracasso da investigação descredibilize a PJ e redunde na, temida, fusão com a PSP.”
(Francamente, a gente lê e não acredita: como é possível um tão baixo nível intelectual, social, tamanha falta de idoneidade, na Polícia Judiciária???).

“Vai ser complicado quando o juiz Rui Teixeira e os outros juízes virem, finalmente, as tais “crianças molestadas” e se aperceberem que são, afinal, matulões, com aspecto rasca, “batidos” na vida. Até os “peritos” do Instituto de Medicina Legal ficaram chocados com as reacções e as “bocas” ordinárias dos que foram sujeitos a exame médico. Todos eles andam “nessa vida” há anos e estão habituados a chantagear clientes. (…)

Como, à data em que o chefe (Dias André) e a CIC (Rosa Mota) pegaram no processo do Carlos Silvino, já a maior parte destas “crianças” não estavam na Casa Pia, vai ser complicado explicar como é que os localizaram, para prestarem depoimentos; até porque nada foi pedido, à Casa Pia, e esta nada informou.
Os outros processos, em que qualquer um deles já foi ouvido, andam, neste momento, “a navegar”. Se for pedir para os consultar verá que foram requisitados, ou não são localizáveis. (…)

Dois dos “inspectores” disseram-nos que o chefe (Dias André) e a CIC (Rosa Mota) falam primeiro com estas “testemunhas” a sós. Depois pedem a um dos inspectores que faça o auto (…).
O Chefe (Dias André) vai entrando, vai lendo o que está escrito e vai dizendo que falta isto ou aquilo, que o “puto” já lhe tinha dito. É uma macacada. (…)
Uma das pessos que “preocupa” o chefe é o “Joel”, porque se recusou a indicar o nome de Carlos Cruz, apesar dele, chefe (Dias André), ter tentado, insistindo e voltado a insistir para que o fizesse.
Os outros putos disseram-lhe (ao Joel) que ele era parvo em não alinhar, porque só tinha a perder. Eles iam dizer que tinham estado com Carlos Cruz e com mais umas pessoas importantes e iam “ficar bem na vida”.
Fim de transcrição!

A carta termina com “histórias” de dois dos investigadores-estrelas. Uma de sexo e outra que tem a ver com um cidadão chamado Timóteo que terá sido “forçado” a “suicidar-se”.

(Nota: A história de Timóteo foi referida no jornal 24 horas, na rubrica “Diário de Raquel”. Timóteo é o nome dum indivíduo que Dias André espancou até à morte e que escreveu, com sangue, na parede, o nome do seu “executor”, para que toda a gente visse… e toda a gente viu. A versão oficial é de que se suicidou. A crónica do "24 horas" não identificava claramente o agressor, mas este (Dias André) veio assumir-se publicamente, ameaçando processar Raquel Cruz. Neste País é assim: os criminosos é que ameaçam, COM A JUSTIÇA, quem ouse denunciá-los)

Nova carta que “avisa” sobre os objectivos da recolha de depoimentos “para memória futura”.

Transcrição de carta (IV):
“Nem os espectáculos das orquestras filarmónicas têm tantos ensaios como os “treinos” que estão a dar aos “acusadores” (testemunhas de acusação). Fizeram uma lista de perguntas possíveis e treinam “os meninos” até para eles não se “desmancharem”.
Fim de transcrição.

Transcrição de carta (V):
O Chefe (Dias André) diz, à boca cheia, que anda à caça: (…) de quem o “anda a tramar”; dos Directores que não o apoiam; de novas provas; de indivíduos que ainda vai prender, no processo. (…).
O grande objectivo dele é mesmo “provar” que Carlos Cruz é culpado. Como diz, faz disso uma “questão de honra”! (Deve ser por isso, que não consegue: falta de honra! Digo eu). É a reacção dele às páginas da Internet (Muito Mentiroso) e a algumas notícias dos jornais.
Neste momento vale tudo: fez uma lista dos putos que acha “mais rijos”, de entre os que ouviu. Esses têm instruções para ameaçarem os outros, para que não deixem de falar em Carlos Cruz. (…)
Nenhum de nós queria ser o jornalista holandês (Jorge Van Krieken), porque, se o chefe conseguir, vai dar cabo dele. (…)
Deve estar para acontecer alguma coisa esquisita, porque hoje vai haver um encontro com Felícia Cabrita”.

Transcrição de carta (VI) (última):

“Ando muito assustado, porque o poder dos que protegem os “superinvestigadores” é ainda maior do que eu pensava”. (Pois a mim não me surpreende a descoberta, porque vi “o filme todo” desde o início).
“Chego a ter pena dos rapazes do Parque, porque ele (Dias André) gaba-se que os vai “espremer até ao tutano”. Já os dividiu em grupos: Uns são os que não se importam de “alinhar”, em troca de dinheiro e protecção.
Os outros, que disseram logo que era mentira, andam a ser perseguidos e já não têm sítio onde “parar”. Têm medo de estar no Parque; têm medo de ir ao Bairro Alto e andam a dormir em carros. Consta que há alguns que querem prestar declarações, para dizerem que é tudo mentira, mas não sabem com quem devem ir ter.
Um colega contou que o chefe (Dias André) também sabe da existência destes e anda a “tentar agarrá-los”.
Ele só abanou com o blog “MuitoMentiroso”. Parecia histérico. Berrava, ao telefone, com um amigo que tem, na brigada dos crimes informáticos, porque não percebia porque é que não lhe obtinha o endereço. Disse, para quem o quis ouvir, que, assim que soubesse quem era, lhe “cortava o pio” de vez.

Dois dos putos (do Parque) tiveram como “cliente” o cunhado do Procurador Geral da República, Souto de Moura; e, por isso, o chefe (Dias André) decidiu não arriscar e eles não vão ser arrolados como testemunhas.
Por azar, um dos investigadores do caso do cunhado do Procurador (Rui d'Orey Soares Franco?), trabalhou no processo do Parque e identificou logo a história. Foi burro e comentou com o CIC (…) que ficou preocupado. É que ele já tinha prometido, ao PGR, que não haveria “danos colaterais”.
Claro que falou logo com a CIC (Rosa Mota) mas ficou mais tranquilo quando ela lhe disse que o Processo do Parque e o ficheiro “estavam controlados”.

E acabam aqui as transcrições das referências feitas no Livro do Sr. Carlos Cruz à existência destas cartas.

Apetece-me fazer algumas perguntas.
Como vêem, as cartas estão cheias de reticências; são nomes que faltam, histórias que não são contadas, etc.

Porque é que o Sr. Carlos Cruz, apesar de tudo, acha que tem o direito de saber coisas que os outros cidadãos não podem saber?
Todos os segredos (e estes em particular) são extremamente reaccionários e não se admitem, em democracia. É que não é preciso ser nenhum perito para avalizar a verosimilhança de tudo isto (e de muito mais).
É caso para dizer: quem o inimigo poupa…
Pois! Eu sei! Este “inimigo” é, principalmente, nosso, de todos os cidadãos, mas isso não diminui as responsabilidades de quem sabe e oculta.
Todos sabem que a limpeza que foi feita na PJ, há largos anos, dos traficantes de droga, ocorreu porque um advogado, em boa hora, foi suficientemente digno para comunicar o que sabia e era passível de investigação e procedimento criminal.
E este advogado? O destinatário destas cartas aqui descritas? Não devia ter feito o mesmo?

Pois!
Nós sabemos: “o inimigo” é nosso, não é seu, mas foi o sr. Advogado que recebeu as cartas e tomou conhecimento!
Devia ter feito uma participação, dos factos constantes em cada carta recebida, anexando-as, quando deixou de as receber. Isso faria com que outros cidadãos, com mais coragem, não ficassem a "falar sozinhos".
Isso é que era ser honesto e digno, em vez de ir “chorar lágrimas de crocodilo” para a televisão.
É que, com muito menos motivo do que os que constam dessas cartas, esteve o seu cliente preso durante 15 meses.
É caso para dizer que, quem tem defensores assim, nem precisa de acusadores!
Ou então, quem é que deve denunciar e participar este tipo de coisas?
Eu? Tenho algum cargo, ou tive algum conhecimento directo que me obrigue a tal?
Ou vamos ficar eternamente nas mãos de agentes da justiça criminosos, apenas porque todos sabem, todos calam, todos consentem? Por medo?
Meu Deus! Isso não é medo é cumplicidade com a perfídia, com os crimes mais abjectos!

E os políticos? Todos os políticos? Que sabem disto tudo, mas calam, consentem? Praticar ou encobrir coisas destas é acto que os cidadãos não devem esquecer ou perdoar...
...

Fim de transcrição do artigo, onde coloquei alguns nomes facilmente identificáveis, mas que não constam no livro de Carlos Cruz nem no artigo original.

Estou a reproduzir este texto porque Dias André e Rosa Mota são “queixosos” nos processos referidos aqui. É apenas para nos situarmos e percebermos bem as prioridades da Justiça…

Sá Fernandes devia ser arrolado como testemunha nestes processos e ser intimado a entregar transcrição das partes destas cartas, que contêm factos relevantes, devendo as transcrições ter o cuidado de proteger a eventual identificação da sua autoria… Uma vez que o seu sentido de cidadania não lhe impôs (como devia) que apresentasse queixa juntando esses elementos…
É um daqueles casos em que a Justiça é cega porque assim opta.

2006/11/13

Contestação Social e Vandalismo.

Neste post de o Jumento, deixei o seguinte comentário, que decidi passar para aqui. Tenho a sensação de estar a repetir coisas que disse inúmeras vezes, mas tem de ser; é que aparece sempre alguém que não compreendeu.

“Meu caro Inconformado!

Lá me enchi de paciência e vou tentar reescrever o comentário referido.

Você confunde tudo quando associa a contestação ao CPE com o vandalismo.
O vandalismo (que incluiu actos de violência terrorista, indescriminados) foi uma provocação neo-con, com o objectivo que já referi (e que foi alcançado) e Sarkozy é um neo-nazi sim!

A situação é a seguinte: Bush e os neo-cons perderam as eleições na América mas, graças a esse tipo de provocações: o vandalismo, estão a ganhar terreno em França.
O que me espanta é que, sendo esta estratégia tão antiga e estando tão gasta e denunciada, ainda haja quem não queira ver.

Acerca da contestação ao CPE, assunto completamente diferente, escrevi, na altura, e não altero nada do que disse, como também não altero nada do que disse, sempre, sobre o vandalismo

Se você acompanhou as notícias sabe que os jovens que contestavam, genuinamente, o CPE (Contrato do Primeiro Emprego) se queixaram dos provocadores infiltrados que eu referi quanto ao vandalismo, denunciando os seus propósitos de provocar distúrbios e violência que “justificassem” repressão exemplar sobre a contestação, precipitando a sua derrota.

Essa escumalha: os provocadores neo-cons, aparecem em todo o lado. As manifestações anti-globalização são um bom exemplo.

Em França, a luta contra o CPE teve êxito porque foi iniciada pelos jovens estudantes e, de seguida, apoiada pelos sindicatos, levando para a rua ORDEIRAMENTE e persistentemente, milhões de pessoas (depois de os jovens terem resistido e denunciado os provocadores, arruaceiros, neo-cons)… coisa que nunca aconteceria em Portugal (os sindicatos apoiarem uma luta de jovens estudantes), porque aqui cada um tem o seu quintalzinho e ninguém quer misturas… que é para não perderem protagonismo; preferem saborear, solitariamente, a derrota e desesperar as pessoas com ela e com os seus folclores inconsequentes (porque têm, todos, costela de traidores).

Você tem razão, no que se refere à violência, mas não é neste contexto.
Lembra-se dum desgraçado que matou o Presidente da Junta de freguesia? (Acho que são dois casos, mas refiro-me àquele que foi agredido com uma ferramenta)
Quem o matou foi o arrivismo, a prepotência, a impunidade, o facto de os cidadãos não poderem confiar nas instituições nem na justiça. O desgraçado que agrediu foi apenas “o instrumento” que estava à mão, duma “desgraça anunciada”, provocada pela arrogância sem limites, dessa gente. Esses casos (e outras mortes noutros contextos) começam a ser muito frequentes, mas ameaçam agravar-se, em vista da ausência de pudor dos que usam e abusam do poder e do consequente (e inevitável) desespero dos comuns mortais.

Lembra-se do caso do encerramento das maternidades e da demonstração dos autarcas de que podiam mobilizar os munícipes em grande número e obrigar o governo a recuar?
Apesar disso, esses mesmos autarcas traíram os seus eleitores, decidiram virar-se para os Tribunais, onde sabiam que a causa estaria perdida… e o governo fechou e continua a fechar maternidades...
Que negociatas terão feito esses autarcas, usando essas demonstrações como forma de pressão (chantagem), e que vantagens terão obtido para si próprios para optarem por trair os seus munícipes? Não estou a falar de cor. Já passaram por debaixo do meu nariz coisas assim que, além disso, são tão comuns e frequentes, entre nós, que se torna impossível não perceber nem dar por isso…

O que estou a tentar dizer é que o que aconteceu em França, quanto ao CPE, também podia acontecer cá (se tivéssemos dirigentes idóneos, à altura);
Que a violência de provocadores neo-nazis nada tem a ver com isso, não é necessária e até é prejudicial.
Que a violência não conduz às alterações necessárias, até as impede; e que estas têm de ser alcançadas por vias mais seguras e eficientes… como a alteração do sistema eleitoral e a valoração da abstenção que é para cortar o passo a políticos oportunistas e mentirosos e também a dirigentes traidores… para que seja inevitável colocar as pessoas certas nos lugares certos, única via de resolver os problemas. A questão está em alterar a natureza dos governos condicionando-os e não em “atacar” os governos usando até a violência, sem se saber o que vai acontecer a seguir, nem como garantir que não venham outros fazer exactamente o mesmo. Até porque a violência (de qualquer natureza) é sempre assunto de ínfimas minorias e as alterações necessárias na sociedade e na governação têm de ser assunto de maiorias, sob pena de ficar tudo na mesma. É isso que as pessoas sentem e é por isso que não se mobilizam…

Com isto tudo quis também demonstrar que até a violência do desespero (como a do outro que assassinou o Presidente da Junta), também é evitável, porque existem formas de pressão (e assuntos capazes de mobilizar as pessoas, não existem é dirigentes) susceptíveis de encurralar os governos, como se viu no caso do CPE e como não se viu no caso do encerramento de maternidades, porque as pessoas, cá, foram traídas.

Estou a perder tempo a dar esta resposta, porque me impressiona que haja quem não distinga coisas tão básicas e louve actos repugnantes como o vandalismo, cujos objectivos são do mais pérfido que há.

Agora sim! Devolvo-lhe os conselhos e retribuo os cumprimentos:

Pense pela sua cabeça e deixe-se de literaturas intelectualoides... e de acreditar nos “opinion makers” pagos a peso de ouro para manter o establishment...tenha um excelente fim de semana!"



Sempre é menos indigesto "discutir" isto do que o conceito de Esquerda M. (a "esquerda" do congresso do P.S.). Será M. de Moderna, M. de Mentirosa (como o P.M.), ou M. de Merda?
Eu excluo, em absoluto, a primeira opção.

Para decidir isto a minha receita é: VALORAÇÃO DA ABSTENÇÃO

2006/11/11

You have the right to remain silent (III)!

Já falámos do proc. nº 2901/06.3TVLSB

De entre os processos referidos AQUI o Proc. nº 3186/04.1JFLSB é “a cereja em cima do bolo”.

As pessoas familiarizadas com esta “terminologia” (dos processos) percebem que se trata dum processo de 2004… e, com o número 3186, só pode ser do início do ano de 2004…

Ao que foi possível perceber, este processo “trata” de “investigar” a autoria dos textos deste blog SOCIOCRACIA, dos textos do blog MuiMentiroso e também, imagine-se, do blog Muito Mentiroso…

Parece que não foi possível obter informações mais precisas sobre “esta pérola” porque o dito processo se encontra em “segredo de Justiça” (esta gente faz segredo de cada coisa… do que lhes convém).

Mas há uma coisa que podemos concluir: que este processo investiga “acontecimentos” posteriores a si próprio. E eu a pensar que os processos se iniciavam para investigar crimes “ocorridos” afinal há processos que investigam “acontecimentos” que possam vir a ocorrer, como é este caso.

Isto porque este blog, Sociocracia, se iniciou em 17 de OUTUBRO de 2004 (eu sei porque iniciei-o “postando”) e os primeiros postes do blog “Muimentiroso” têm data de 24 de NOVEMBRO de 2004, portanto posterior. Mesmo que o blog existisse antes dessa data, justifica-se investigar a existência dum blog sem conteúdo?

Quanto ao blog “Muito Mentiroso” nunca o li directamente, por isso não sei quando se iniciou ou foi apagado.

Percebem agora porque é que eu digo que “isto tudo” (todos estes processos) são apenas pretextos, sem fundamento, para perseguir e aterrorizar quem é visado neles?

Não percam de vista que o “grande crime” de que estamos aqui a falar se restringe ao elementaríssimo “delito de opinião” e de denúncia de crimes, alguns deles, sim, duma gravidade extrema que, à semelhança do que se passa no processo Casa Pia, são ignorados e os suspeitos da sua autoria protegidos, gozando de total impunidade… e servindo-se dos meios das instâncias judiciais para retaliar e molestar quem ouse dizer o que pensa e o que se justifica.
Como vêem, trata-se dum "crime" (o elementaríssimo delito de opinião) duma enorme gravidade… que justifica todo este empenho e “investigação”. Sim porque não há, no nosso País, crimes (mais) graves para investigar...
(E como funciona bem, na prática, o pacto da justiça e respectivas prioridades...)

Este caso (dos processos em causa) é um exemplo acabado de perseguição pidesca, cujo objectivo é óbvio…

Imaginem que até o simples acto de abrir uma conta de email vos pode causar problemas, mesmo que essa conta de email nunca tenha sido usada para enviar qualquer mensagem com conteúdo passível de merecer a atenção da justiça…

Ou seja: estes “investigadores” e restantes implicados ou coniventes nos crimes denunciados no blog “Muito Mentiroso” pensam que, apesar do que as pessoas escrevem e lêem e, sobretudo, que vêem e constatam, todos os dias, “a gente” ainda não percebeu bem como “a coisa” funciona. Vai daí decidiram “dar uma ensinadela” aos que encontraram a jeito (que tiveram a ousadia de se pronunciarem), prosseguindo a sua saga criminosa e exemplificando, novamente, como tudo se passou no Processo Casa Pia…
E não há ninguém (nenhuma instituição ou titular dalgum cargo) que ponha cobro a isto e trave este contínuo descalabro.

Acaso pensarão que “esclarecendo” assim os cidadãos sobre os meandros dos seus comportamentos prepotentes, criminosos e abusivos vão “resolver” o seu problema de descrédito total que merecem por parte dos mesmos cidadãos?

Esta gente não tem noção de limite!

Já agora vou aproveitar e passar para aqui o conteúdo dum comentário que deixei em “o Jumento”

“Quanto aos blogues e aos anónimos a questão é muito mais grave.

Se alguém se der ao trabalho de seguir a série de postes que tenho em mãos, acerca de (mais uma) perseguição terrorista executada através das instituições da justiça perceberá esta coisa fantástica:
O conteúdo dos blogues só é relevante e tem honras de “oficiável” para punir o autor do escrito.

Nada do que é escrito nos blogues, em sentido positivo, ou as denúncias feitas, por mais óbvias que sejam e por mais comprovadas que estejam merecem a menor atenção, consideração, ou "investigação". Nem sequer estes escritos são considerados como “opiniões existentes”…

No meu caso concreto, que tenho escrito nos meus blogues muitas coisas importantes, que incluem denúncias, mas também opiniões e propostas construtivas, sei agora que alguns textos estão a ser "investigados", mas apenas no sentido de servirem de pretexto para reprimir, perseguir e punir o exercício dum direito fundamental: a liberdade de expressão.

Tudo quando é positivo, ou reflecte opiniões com impacto na maneira de pensar duma boa parte da população é ignorado.

Isto porque temos um ordenamento jurídico nazi que, a coberto das "difamações" e outras falácias semelhantes, permite este tratamento prejudicial: Só é relevado o que possa ser usado para lixar as pessoas.

Há uma outra questão de magna importância aqui: a de "provar" o que se diz.

Como todos sabem, neste país os particulares não podem fazer investigação. Logo, se quem pode e deve "investigar" não o fizer, ou fizer mal feito... o cidadão está sempre lixado.

Veja-se o que está acontecer agora no Processo Casa Pia, com os depoimentos de Van Krieken e perceber-se-á melhor o que quero dizer:
A prova está no processo mas não foi avaliada (nem é para ser).
Van Krieken fez esse trabalho, no âmbito da investigação jornalística e é chamado a dizer isso e as conclusões a que chegou (coisa normal em qualquer tribunal que se preze e em qualquer Estado de Direito); mas é atacado por tudo quanto é badameco, com os argumentos mais absurdos, incluindo o de que a prova deve ser avaliada pelo tribunal, quando o depoimento dele se insere, exactamente, nessa avaliação, uma vez que as decisões se restringem à prova produzida em Tribunal.

Percebem o que quero dizer...”

Portanto, se os documentos publicados em blogues são válidos para acusar, processar, "investigar” e perseguir as pessoas, também devem ser válidos em todos os outros casos relevantes.
Por isso se considera este artigo como depoimento válido nos processos referidos e notificação às entidades "competentes":

- Procuradoria Geral d República em relação ao abuso dos recursos da Justiça para cometer o crime de perseguir, molestar, aterrorizar e chantagear.
- Ministério da Administração interna e outras entidades com poder disciplinar sobre estas instâncias (pela forma como são abusados os meios)
- Provedor de Justiça
- Comissão de Direitos Liberdades e Garantias do Parlamento

- e o próprio Parlamento, porque é função deles, deputados, (não minha) garantirem a democracia e assegurarem o Estado de Direito; foi para isso que foram eleitos (ou não eleitos, mas isso não os impede de ocuparem os lugares, ao menos façam a sua obrigação e justifiquem o que ganham)

Nota: É para acabar com toda esta infâmia que eu defendo A VALORAÇÃO DA ABSTENÇÃO… Para acabar com a cumplicidade dos políticos e deputados nesta pouca vergonha porque, sem essa cumplicidade, isto não poderia acontecer.

2006/11/07

Julgamento do Processo Casa Pia

O silêncio da Comunicação Social (ou diferenciação de relevo) relativamente a todas as notícias que nos aproximem da verdade, justifica que faça, aqui, mais esta transcrição do Reporterx.
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Notícia da Agência Lusa
Lisboa, 06 Nov (Lusa) - Jorge Van Krieken, um dos jornalistas que revelou o caso do "Envelope 9", acusou hoje em Tribunal os procuradores do Ministério Público que investigaram o processo Casa Pia de ocultação de provas, prevaricação e denegação de Justiça. Falando como testemunha na 243ª sessão do julgamento do processo Casa Pia, Van Krieken considerou que houve manipulação da prova, apontando, a título de exemplo, centenas de chamadas entre as alegadas vítimas e o principal arguido Carlos Silvino da Silva ("Bibi") efectuadas em 2002, que, segundo disse, não foram devidamente cruzadas e analisadas pelos investigadores.
Com base em dados do próprio processo, o jornalista e colaborador do jornal "24 Horas" entregou à juíza presidente, Ana Peres, uma "análise" feita por si às referidas chamadas, mas a decisão da junção do documento ao processo foi contestada processualmente pelo Procurador João Aibéo e pelos advogados José Maria Martins e José António Barreiros , que representam "Bibi" e os jovens da Casa Pia, respectivamente.
A juíza Ana Peres decidiu dar 10 dias para as partes se pronunciarem sobre a junção deste documento, que animou a sessão da tarde no Tribunal de Santa Clara.
Quanto às acusações de Van Krieken relativamente à ocultação de provas, José Maria Martins foi deixando, no meio das suas perguntas, a ideia de que o jornalista "não tem conhecimento directo de nada" acerca do processo, tanto mais que admitiu não conhecer, nem ter contactado qualquer uma das vítimas.
A tensão entre José Maria Martins e a testemunha chegou ao auge quando o advogado insinuou que o jornalista tinha sido pago pelo arguido Carlos Cruz, o que levou Van Krieken a protestar junto da juíza pela forma como o advogado de "Bibi" o estava a tentar "insultar" e "humilhar" em tribunal.
Van Krieken mostrou-se convicto de que a prova foi falseada e alegou ter recebido informações de educadores da Casa Pia sobre o passado de alguns jovens, um dos quais um "mentiroso compulsivo".
Disse ainda ter tido fontes na PJ que o alertaram para a forma como a investigação do processo Casa Pia estava a decorrer, com elementos da PJ e do Ministério Público a fornecerem elementos aos jornalistas no âmbito de uma campanha informativa contra os arguidos.

Após ouvir toda a argumentação da testemunha, o procurador do MP, João Aibéo, chegou a comentar em tribunal que Van Krieken "não disse um só facto" ou apontou um "só suspeito" para concretizar o que acabara de dizer, no sentido de que era tudo um "embuste". (Vejam este artigo e analisem o curriculo de perversidade de João Aibéo, que perceberão melhor as suas "motivações").

À saída do tribunal, Van Krieken reiterou que o processo não só está "inquinado", como levou os responsáveis da investigação a cometer os crimes de ocultação de provas e prevaricação e denegação de Justiça.
"Quando tive acesso ao processo, comecei eu próprio a analisar como a prova tinha sido conseguida e apercebi-me que houve ocultação de prova. Já não se tratava de negligência, mas de uma certa dose de dolo (má fé)", comentou, dizendo que tal "subversão" seria uma forma de "enganar o tribunal" e "culpabilizar gente inocente".
A testemunha chegou mesmo a falar de "organização terrorista", admitindo que é um "termo forte", mas que está no Código Penal.
José António Barreiros, advogado da assistente Casa Pia e que representa os jovens alegadamente abusados, afirmou aos jornalistas que respeita o trabalho dos profissionais da Comunicação Social, mas que as afirmações da testemunha foram "graves".
"A ser verdade, o que foi dito são crimes. Quis dizer que houve uma investigação criminosa, que os criminosos foram o MP, a PJ e todos aqueles que manipularam a verdade", lembrou José António Barreiros, acrescentando esperar que a testemunha apresente "factos concretos" de tais acusações graves.
Nas palavras de Barreiros, se isso não se provar, cabe ao MP assumir as suas "obrigações" (processar o jornalista), porque ninguém "pode ficar à mercê de uma situação de ambiguidade como esta".
O advogado confessou, contudo, que uma das coisas que mais o "chocou" foi o facto de o jornalista ter falado em tribunal de "pseudo-vítimas", o que, a seu ver, demonstra que já tem "um ponto de vista muito determinado em relação a este processo".
Entendeu ainda que tudo não passará de uma "afirmação irresponsável" se nada do que foi dito não ficar provado.
José António Barreiros ironizou que, se no processo tivesse encontrado uma infinitéssima parte daquilo que a testemunha diz que aconteceu, não estaria como advogado da Casa Pia no processo e não emprestaria o seu nome a "uma fraude".
"Não digo que a investigação tenha sido a melhor. Está dito por quem tinha que dizer que foi a investigação possível. Agora o que foi dito hoje é uma coisa radicalmente diferente, ou seja uma investigação orientada para falsificar a verdade", concluiu.
O tribunal, que tinha marcado para hoje a audição da jornalista da TVI Alexandra Borges, agendou o seu depoimento para o próximo dia 22, mas ainda teve tempo para ouvir a também jornalista da TVI Rita Bustorf Sousa Tavares, que acompanhou uma das principais testemunhas a Elvas, em busca da casa onde residia o advogado Hugo Marçal, um dos sete arguidos neste caso de pedofilia.
A jornalista relatou, sobretudo, as dificuldades que a testemunha teve em localizar a residência, porque as casas eram todas muito parecidas, tendo falado também da forma como Marçal rejeitou as acusações do jovem relativas a abusos sexuais.
Durante a manhã, o colectivo de juízes ouviu a testemunha Ana Paula Dias , professora e ex-directora do Colégio de Santa Clara, que alegou nunca ter sabido de casos de abusos sexuais ou de prostituição de alunos da instituição, antes de rebentar o escândalo de pedofilia. O julgamento prossegue quarta-feira, com a continuação da audição de Van Krieken.
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Conclusão minha: José António Barreiros, outro "ignorante" premeditado que só vê o que lhe interessa e pensa que a gente não percebe logo o cinismo do que diz...

Senhor Procurador Geral da República! Será que V.Exa alguma vezz se vai assumir nas questões que realmente importam e decidir uma investigação conveniente a toda esta pouca vergonha? Ou vai, tal como o advogado Barreiros, fingir que nada sabe e "deixar andar".
Este é o respeito pelos cidadãos e pelo País que realmente importa... o resto é demagogia.

2006/11/06

Ser Servido do Próprio Veneno...

Esta frase que transcrevo abaixo foi copiada (copy/paste) do Reporterx

O texto está agora na primeira página e chama-se: "Os parasitarium jornalistofilus".

Quantoa a José Manuel Fernandes, partilho inteiramente da opinião expressa. É daquele tipo de pessoas que tem estampado na cara (e sobretudo nas monstruosidades que diz) aquilo que é...

Quanto ao mais não tenho opinião formada (espero para ver)... mas as "avaliações" de van Krieken merecem-me crédito.

Aqui fica a frase referida:

"é um homem tão espertalhaço como manhoso. Anos a fio, esta figura de que a maioria dos portugueses nunca ouviu falar foi tecendo uma teia de ligações, de promiscuidades, de favores e de empenhos (há nomes mais feios, mas evito-os) que lhe assegurou que diariamente possa espetar na sua melena alisada e sebosa a pena de galinha com que escrevinha fretes e recados dos que o alimentam."

Leiam o texto que vale a pena!

2006/11/05

You have the right to remain silent (II)!

Tal como prometido vamos observar melhor os “fundamentos” das acusações dos processos referidos AQUI.

Um dos fundamentos é o conteúdo do documento publicado neste post. O “queixoso” é o Dr. José Maria de Jesus Martins

Este “queixoso”, mais comumente conhecido por José Maria Martins, advogado do Bibi, o principal arguido dos dois Processos Casa Pia que o “artista” José Maria Martins logrou juntar, usando, para isso, toda a espécie de truques baixos (ao nível da sua falta de carácter e de idoneidade) que inclusive lhe valeram uma participação na Ordem, de cujas consequências se livrou fazendo chantagem, PUBLICAMENTE, sobre Paulo Portas, como toda a gente sabe.

A junção destes dois processos é um contrasenso, porque eles nada têm que ver um com o outro, visto que o primeiro, aquele em que é acusado SÓ o Bibi, resultou duma queixa de familiares dum menor e o segundo ninguém sabe como se iniciou, porque resultou duma conspiração, destinada a desestruturar a sociedade e a desesperar e angustiar as pessoas, mas destinada, sobretudo, a sequestrar as instituições deste país e assim garantir o seu controlo… a partir do controlo exercido sobre a “justiça”. A junção do dois processos foi assim uma espécie de truque para “justificar”, aos olhos de todos, o segundo processo que ninguém sabe como surgiu.

Esse controlo tem sido bem óbvio na nossa realidade política e social e em todos os acontecimentos relevantes entretanto ocorridos…

O Bibi é o principal arguido destes dois processos e é o único cuja culpa está claramente evidenciada, aos olhos de todos. Tudo indica que os outros co-arguidos são inocentes. A junção dos dois processos teve como finalidade ofuscar esse facto, porque isso servia os objectivos da conspiração.

Mas a conspiração continua.

Na “acção declarativa de condenação???” subscrita pelo “artista” José Maria Martins, que deu origem ao processo nº 2901/06.3TVLSB, diz-se:

“O Processo Casa Pia é muito polémico, muito mediatizado, por terem sido constituídos arguidos:
1 – Carlos Pereira Cruz, apresentador de televisão, pessoa muito influente…
2 – Paulo Pedroso, ex-ministro do PS, deputado aquando da sua detenção.
3 – Herman José, humorista, pessoa muito influente…
4 – Jorge Rito, embaixador”


(Esquece-se o nosso “artista” de mencionar que Carlos Cruz e Jorge Rito são também comendadores, detentores de altas condecorações, que lhes foram atribuídas pelas nossas excelsas instituições, as mesmas instituições que as infâmias cometidas, impunemente, naquele processo, onde se incluem as acusações falsas e ensaiadas a essas personalidades, pretendem afrontar e conseguiram sequestrar)

Mas voltemos a verborreia vil do nosso “artista”

…/…
“No mesmo processo foram mencionados como tendo tido relações sexuais com jovens alunos da Casa Pia várias outras pessoas com cargos muito importantes, desde o Secretário Geral do PS, à data, o Dr. Ferro Rodrigues, a ex-jogadores de futebol de primeiro plano nacional. (é o que se quiser, deu para tudo e até para demonstrar que ninguém estava a salvo… os objectivos da conspiração eram (são?) controlar tudo e sequestrar todos os responsáveis)
Foram efectuadas escutas de conversas telefónicas, nas quais são intervenientes vários indivíduos que, na data, tinham cargos políticos importantes.
O Senhor Presidente da República teve necessidade de se pronunciar sobre o escândalo “Casa Pia”
O “Processo Casa Pia” é, inquestionavelmente, um assunto de Estado.”

…/…

Esquece-se o nosso “artista” de mencionar um célebre artigo do “Le Point” onde se dizia claramente que tinham sido referidos (como “frequentando” os jovens prostitutos do Parque Eduardo VII - as testemunhas frágeis e indefesas, todas com idades próximas ou muito acima dos dezoito anos) três ministros em exercício no governo de então, figuras destacadas dos partidos PSD e CDS, que o nosso “artista” chantageou publicamente.

Depois deste arrazoado que é tão insultuoso para a nossa inteligência como é difamador e injurioso para com as personalidades (incluindo políticos SÓ do P.S.) expressamente e selectivamente mencionadas, sem necessidade, apenas por arrivismo e perfídia arrogante, de quem julga que tem garantida total impunidade, o “artista” passa a confessar os reais motivos porque foi “escolhido” para representar o Bibi: para o colocar a mentir, (era muito fácil, porque era o “artista” quem falava em nome do outro) em relação aos outros acusados, tal como fizeram TODAS as testemunhas.
Estes factos são referidos no Livro publicado por Carlos Cruz, tendo como fonte SETE cartas anónimas endereçadas ao Dr. Sá Fernandes e provenientes do interior da PJ e transcritas neste post.
E prossegue, o “artista”, a sua saga criminosa dizendo, novamente, apesar de ter consciência de que são mentiras que ele mesmo promoveu e em cuja elaboração colaborou:
O arguido Carlos Silvino da Silva é o principal arguido (…) porque levou alunos da Casa Pia para terem práticas sexuais com homens, entre os quais os arguidos actuais do Processo: Carlos Cruz, Manuel Abrantes, Hugo Marçal, Jorge Rito, Ferreira Dinis.” (Tudo mentira, como é bem evidente e está demonstrado à saciedade)

Fantástico: eu pensava (vejam a minha ingenuidade…) que tudo tinha começado, em matéria de processos, quando um jovem se queixou aos familiares de assédio por parte do Bibi e, aconselhados pela PJ, a quem apresentaram queixa, gravaram as chamadas telefónicas feitas por este arguido e forneceram-nas para corroborar a queixa.
Isto em termos de processos, porque a história tinha começado muitos anos antes, com o mestre Américo a ser vítima de represálias por denunciar as práticas pedófilas do arguido Bibi, Carlos Silvino da Silva.

O que pretendo demonstrar, sem margem para dúvidas, é que o “artista” prossegue a sua saga criminosa nesta “acção declarativa e condenatória”, fazendo o que sempre fez no Processo Casa Pia: distorcendo os factos, fazendo propaganda enganosa e mistificadora, manipulando, omitindo, mentindo.
Ora, sendo o “Processo Casa Pia” como o “artista” diz, um ASSUNTO DE ESTADO (e é-o porque, graças á prestimosa colaboração e acção premeditada do “artista”, põe em causa o ESTADO DE DIREITO, não se compreende como é que um tribunal e um juiz recebem semelhante arrazoado sem procederem em conformidade e extraírem cópias para os indivíduos visados procederem de forma adequada à gravidade do que fica escrito.

Diz o outro que: “o que mais temo é que os homens bons nada façam”. Eu acho que, perante coisas destas (e outras ainda piores) os homens que nada fazem, não são bons nem são o que quer que seja; nem sequer são HOMENS.
Os profissionais da justiça não percebem que, se não resolverem estes problemas do sector, como lhes compete, correm o risco de serem TODOS arrastados pela “solução”…

Mas voltemos ao nosso “artista”, porque ele é “um caso sério” e, por isso, provoca muito incómodo.

Depois de mencionar o conteúdo do blog “Muito Mentiroso” cuja autoria imputa aos subscritores do documento linkado; e de muito repetir o arrazoado nauseabundo que se exemplifica, o “artista” diz:

“O A. (“artista”) sentiu-se enxovalhado e envergonhado (A sério? Não parece nada!) pela publicação da notícia no Independente da existência desta queixa na O.A. e… passou muitos dias e noites angustiado (…) indignado (…)”

Tadinho, tadinho… Quem o manda ser imbecil e estar rodeado de gente falsa e hipócrita?

Os autores da queixa enviada à O.A. limitaram-se a exercer os seu direito de indignação e de queixa, aliás em relação a procedimentos criminosos praticados às claras, à vista de todos, que todos percebem, sequestrando até os nossos direitos de cidadania e a nossa dignidade colectiva. Os autores da queixa limitaram-se a expressar a indignação de muitos milhões de cidadãos deste país, fartos de serem achincalhados e desesperados com este tipo de actos criminosos, cometidos publicamente, sem que os que têm obrigação (e função) de garantir o Estado de Direito se assumam.

Os autores da carta, com cujos eu concordo inteiramente, têm todo o direito de expressarem a sua indignação (que é generalizada), tanto mais que o “artista” se arvorou o direito de, durante muito tempo, “invadir” as nossas casas sem pedir licença (através da televisão) para dizer mentiras e outras monstruosidades infames e nos provocar náuseas, vergonha, desespero… nos dificultar a digestão do jantar, ou tirar o apetite, conforme os casos.

Mas ele, o “artista” não percebeu a figura odiosa que fazia, nem ninguém teve a honestidade de lho dizer, apesar destes sentimentos expressos pelos autores da denúncia serem generalizados.

Por não ter percebido isso, o “artista” candidatou-se à Presidência, talvez confiando na propaganda de que tinha usufruído.
Tanto o sentimento expresso pelos autores da queixa é generalizado que “ele” nem sequer conseguiu reunir as sete mil e quinhentas assinaturas necessárias para formalizar a candidatura, num universo de mais de oito milhões de eleitores… Não será isso que o deixa “angustiado”?

E agora Sr Dr. José Maria Martins, vai querer processar oito milhões de eleitores que o desprezam ao ponto de não haver, ao menos, sete mil e quinhentos que lhe permitissem formalizar a sua candidatura à Presidência? Você é louco, alucinado!

E nem se diga que é difícil obter as assinaturas porque, por exemplo, Manuela Magno conseguiu-o e o Dr. António Garcia Pereira também, sendo a primeira uma ilustre desconhecida e o segundo o eterno segregado pelos OCS, afastado de todos os debates, mesmo sabendo-se que é o único com sentido de dignidade de Estado e que diz alguma coisa com pés e cabeça.

Ao contrário destes dois exemplos o nosso “artista” teve “honras de prime time”, com muito tempo para falar e ao longo de muito tempo. Houve uma época em que, para falar do “Processo Casa Pia” e dar “notícias” do Julgamento e não só, aparecia sempre e apenas: José Maria Martins… O esforço de propaganda foi enorme, o pior é que, o dito, o que conseguia era provocar repulsa nos cidadãos!

Desiluda-se porque, apesar de todo o seu esforço para o denegrir, se Carlos Cruz tivesse sentido de oportunista semelhante ao seu e se tivesse candidatado à Presidência, obteria facilmente as sete mil e quinhentas assinaturas. É que os cidadãos comuns não se deixam enganar facilmente nestas questões de carácter… São enganados mas é por outros mecanismos mais sofisticados (que consigo não surtiram efeito, porque não poderiam surtir).


Nos processos referidos no post anterior são usados como fundamento para acusação e investigação (perseguição) textos publicados em blogues...
Portanto, se os documentos publicados em blogues são válidos para acusar, processar, "investigar e perseguir as pessoas, também devem ser válidos em todos os outros casos relevantes.
Por isso se considera este artigo como depoimento válido nos processos referidos, bem como notificação suficiente a todos os interessados (os visados pelas calúnias do Dr. José Maria Martins) e também às instituições competentes:
- Ordem dos Advogados (pode ser que deixem de ser cegos em relação aos crimes praticados publicamente, que todos eles conhecem bem)
- Procuradoria Geral d República em relação ao abuso dos recursos da Justiça para cometer o crime de perseguir, molestar e chantagear.
- Ministério da Administração interna e outras entidades com poder disciplinar sobre estas instâncias
- Provedor de Justiça
- Comissão de Direitos Liberdades e Garantias do Parlamento
- e o próprio Parlamento, porque é função deles, deputados, (não minha) garantir a democracia e assegurar o Estado de Direito; foi para isso que foram eleitos (ou não eleitos, mas isso não os impede de ocuparem os lugares, ao menos façam a sua obrigação e justifiquem o que ganham)


 
Nota: É para acabar com toda esta infâmia que eu defendo A VALORAÇÃO DA ABSTENÇÃO… Para acabar com a cumplicidade dos políticos e deputados

APELO!
Atenção às campanhas mais recentes:
-- Petição Para Valoração da Abstenção
-- Assine a petição AQUI, ou AQUI ou AQUI, ou AQUI, ou AQUI
-- Denúncia de Agressão Policial
-- Petição contra os Crimes no Canil Municipal de Lisboa