25 de Abril! Antes? Ou Depois?
No artigo “Que Justiça? Que dignidade nos resta?” já arquivado, o, já nosso conhecido, Dr. L.J.N.S., diz, no seu poema: “Cansado de enganosas liberdades / O povo chega a ter francas saudades / Dum passado modesto e respeitoso;”. Ninguém lhe pode levar a mal por isso. Afinal de contas, no “passado”, apesar de modesto, não o meteram na cadeia, por mais de sete anos, inocente (sem que algo se possa ter provado, contra ele); e não insistiram em mantê-lo preso, apesar de todas as evidências, contra as mais elementares regras do bom-senso, da democracia, de qualquer Estado de Direito. Isto diz respeito a todos os políticos e todos assobiam e “viram a cara para o lado”. Quando se trata desta protecção, absurda, da criminalidade institucionalizada, todos concordam, com ela e entre si. Acabam-se as “fronteiras” entre a “esquerda” e a “direita”. São todos iguais.
Por causa disto, é cada vez mais frequente ouvirmos as pessoas dizerem que: “o que faz falta é outro “Salazar”; agora não há respeito, nem vergonha, nem justiça, nem competência, (por causa da democracia)”!
Quando isto acontece, em público, há sempre muita gente que concorda (demasiada gente, para meu gosto); excepto quando a D. Eugénia está presente! Para mim, que sou mais de escrever, é um alívio.
A D. Eugénia começa por concordar com o comentário, para especificar: “De facto, antes do 25 de Abril, éramos governados por uma ditadura. Uma ditadura tem princípios! “Bons” ou maus, depende dos gostos; eu não gosto! Mas são princípios. Agora, somos governados por criminosos: máfias do tráfico de droga, corrupção, etc. Criminosos não têm princípios; tanto são de “esquerda” como de “direita”; tanto são da extrema-esquerda, como da extrema-direita. Em qualquer caso estão sempre dispostos a cometer os mais repugnantes crimes, para protegerem os “seus negócios”. Só que isso não é democracia; é criminalidade institucionalizada, a que nenhum político quer pôr cobro (nem sequer ouvir falar). É por isso que estamos nesta situação aberrante e tenebrosa”.
Como eu a compreendo D. Eugénia. Também nas vésperas do 25 de Abril, deste ano, no fórum da TSF, de manhã, uma senhora terminou a sua intervenção dizendo: “… o que se prepara é pior do que o que tínhamos antes. Antes tínhamos uma ditadura; ditaduras têm princípios; mas o que se prepara é sermos governados por criminosos; criminosos não têm princípios, o que é bem pior!”
Haverá melhor forma de destruir a democracia?
E eu que julgava ter o monopólio desta teoria e desta explicação para a nossa degradante situação política, económica e social! Por este caminho, não há dúvida de que vamos, a pique, para o abismo. Quem nos acode?
No artigo “Que Justiça? Que dignidade nos resta?” já arquivado, o, já nosso conhecido, Dr. L.J.N.S., diz, no seu poema: “Cansado de enganosas liberdades / O povo chega a ter francas saudades / Dum passado modesto e respeitoso;”. Ninguém lhe pode levar a mal por isso. Afinal de contas, no “passado”, apesar de modesto, não o meteram na cadeia, por mais de sete anos, inocente (sem que algo se possa ter provado, contra ele); e não insistiram em mantê-lo preso, apesar de todas as evidências, contra as mais elementares regras do bom-senso, da democracia, de qualquer Estado de Direito. Isto diz respeito a todos os políticos e todos assobiam e “viram a cara para o lado”. Quando se trata desta protecção, absurda, da criminalidade institucionalizada, todos concordam, com ela e entre si. Acabam-se as “fronteiras” entre a “esquerda” e a “direita”. São todos iguais.
Por causa disto, é cada vez mais frequente ouvirmos as pessoas dizerem que: “o que faz falta é outro “Salazar”; agora não há respeito, nem vergonha, nem justiça, nem competência, (por causa da democracia)”!
Quando isto acontece, em público, há sempre muita gente que concorda (demasiada gente, para meu gosto); excepto quando a D. Eugénia está presente! Para mim, que sou mais de escrever, é um alívio.
A D. Eugénia começa por concordar com o comentário, para especificar: “De facto, antes do 25 de Abril, éramos governados por uma ditadura. Uma ditadura tem princípios! “Bons” ou maus, depende dos gostos; eu não gosto! Mas são princípios. Agora, somos governados por criminosos: máfias do tráfico de droga, corrupção, etc. Criminosos não têm princípios; tanto são de “esquerda” como de “direita”; tanto são da extrema-esquerda, como da extrema-direita. Em qualquer caso estão sempre dispostos a cometer os mais repugnantes crimes, para protegerem os “seus negócios”. Só que isso não é democracia; é criminalidade institucionalizada, a que nenhum político quer pôr cobro (nem sequer ouvir falar). É por isso que estamos nesta situação aberrante e tenebrosa”.
Como eu a compreendo D. Eugénia. Também nas vésperas do 25 de Abril, deste ano, no fórum da TSF, de manhã, uma senhora terminou a sua intervenção dizendo: “… o que se prepara é pior do que o que tínhamos antes. Antes tínhamos uma ditadura; ditaduras têm princípios; mas o que se prepara é sermos governados por criminosos; criminosos não têm princípios, o que é bem pior!”
Haverá melhor forma de destruir a democracia?
E eu que julgava ter o monopólio desta teoria e desta explicação para a nossa degradante situação política, económica e social! Por este caminho, não há dúvida de que vamos, a pique, para o abismo. Quem nos acode?