Os Políticos que nos “Representam”!
Antes de falar sobre a manifestação e sobre a discussão (e actuação) que, acho, se deve estabelecer, antes e depois dela, vou cumprir a promessa de descrever e comentar, aqui, a resposta do BE.
Respondi, a esta resposta. Infelizmente, não posso transcrever uma missiva, nem outra, porque respondi, directamente do “e-mail” e, por isso, não ficaram registadas no “Outlook”. Vai mesmo de memória. A minha memória é boa e garanto que o essencial será reproduzido com rigor, pelo menos no seu significado; mas já não é tão rigorosa como era, na juventude, pelo que não posso garantir mais do que isso.
Respondeu o BE, resumidamente, que concordam com a minha leitura de que esse partido teria pouco a perder (em matéria de número de deputados), se a representatividade passasse a ser directa; isto é: a um por cento dos votos correspondesse um por cento dos deputados. Isto porque, dizem, têm cerca de dois por cento dos votos (não concordo) e menos de um por cento dos deputados (é facto).
Acrescentava a referida resposta (e isto é o mais importante) que é preciso ter cuidado com a redução do número de deputados, porque isso prejudicaria o trabalho, nas comissões; e também porque se corre o risco de a representatividade do parlamento diminuir; isto é: de haver um menor número de pessoas (e sensibilidades) representadas no Parlamento.
Não vou reproduzir a resposta que dei, no impulso do momento, que pretendeu ser “civilizada”, mas vou dizer o que penso agora (onde se inclui, certamente, o sentido da resposta).
Em primeiro lugar acho que há aqui dois grandes equívocos:
1º - É difícil que a representatividade do parlamento seja ainda menor. Este argumento é um equívoco de quem passou a fazer do parlamento uma realidade, que se justifica a si própria, em vez duma instituição que deve reflectir a sociedade e cuja “eficiência” se mede pelo valor da influência que tem nela (sociedade). Ora, a influência do “labor” do parlamento, na resolução dos nossos problemas sociais é nula! Assim como a sua utilidade!
2º - O “trabalho” das comissões pode parecer muito importante, para quem o faz, mas para nós é, também, inútil. Ou seja, subjaz a este “argumento” uma cedência, absurda, à argumentação falaciosa de quem se apropriou do poder, em detrimento do que dizem (dizem apenas) ser as suas “preocupações” e os seus objectivos políticos. O que significa que a eleição de pessoas destas, passa a servir quem nos oprime, destrói e abusa, mas não nos serve a nós, para nada. Porque, perante a escolha duma via de solução para os nossos problemas e de ilegitimação dos abusos de quem se apropria do poder, indevidamente; perante o reforço da democracia e do peso dos cidadãos (dos interesses de todos os cidadãos) nas instituições, eles optam por se colocar do lado de quem nos ultraja. Para quê? Com que utilidade? Por acaso alguma das suas propostas tem probabilidade de vir a ser implementada pela falsa maioria a quem dizem opor-se? Pois é. É assim que se vê de que lado é que estão estes falsos democratas. Com o povo eles não estão. Têm medo da democracia! Por isso ajudam a nos ultrajar, mas não nos ajudam a livrarmo-nos desta escumalha e das suas vigarices!
Meus senhores, o Parlamento transformou-se numa fraude e, com ele, todos os seus membros sem excepção. Democracia não é o que alguns pretendem que seja. Democracia é a vontade da maioria. E as maiorias têm sempre razão, por mais que uns quaisquer políticos vesgos, sectários, pretensiosos e “snobes” inventem verborreia (reaccionária e insultuosa) para argumentar o contrário.
Pior! Mesmo na eminência, latente, que se vive actualmente, de a actual situação poder ser utilizada por uns quaisquer “salvadores da pátria, nazis”, para se apoderarem do poder, “democraticamente”, é claro, como sempre fizeram, aproveitando a saturação da população e as possibilidades oferecidas pelo sistema actualmente instituído, mesmo assim, a sua cegueira e tacanhez faz com que estejam do lado dos reaccionários; a trabalhar para os reaccionários e contra nós. É que, a partir do momento que passam a “comer do mesmo tacho”, apesar das dificuldades do povo, eles passam a, mesmo que apenas instintivamente, procurar salvaguardar o seu “tacho”.
Antes de falar sobre a manifestação e sobre a discussão (e actuação) que, acho, se deve estabelecer, antes e depois dela, vou cumprir a promessa de descrever e comentar, aqui, a resposta do BE.
Respondi, a esta resposta. Infelizmente, não posso transcrever uma missiva, nem outra, porque respondi, directamente do “e-mail” e, por isso, não ficaram registadas no “Outlook”. Vai mesmo de memória. A minha memória é boa e garanto que o essencial será reproduzido com rigor, pelo menos no seu significado; mas já não é tão rigorosa como era, na juventude, pelo que não posso garantir mais do que isso.
Respondeu o BE, resumidamente, que concordam com a minha leitura de que esse partido teria pouco a perder (em matéria de número de deputados), se a representatividade passasse a ser directa; isto é: a um por cento dos votos correspondesse um por cento dos deputados. Isto porque, dizem, têm cerca de dois por cento dos votos (não concordo) e menos de um por cento dos deputados (é facto).
Acrescentava a referida resposta (e isto é o mais importante) que é preciso ter cuidado com a redução do número de deputados, porque isso prejudicaria o trabalho, nas comissões; e também porque se corre o risco de a representatividade do parlamento diminuir; isto é: de haver um menor número de pessoas (e sensibilidades) representadas no Parlamento.
Não vou reproduzir a resposta que dei, no impulso do momento, que pretendeu ser “civilizada”, mas vou dizer o que penso agora (onde se inclui, certamente, o sentido da resposta).
Em primeiro lugar acho que há aqui dois grandes equívocos:
1º - É difícil que a representatividade do parlamento seja ainda menor. Este argumento é um equívoco de quem passou a fazer do parlamento uma realidade, que se justifica a si própria, em vez duma instituição que deve reflectir a sociedade e cuja “eficiência” se mede pelo valor da influência que tem nela (sociedade). Ora, a influência do “labor” do parlamento, na resolução dos nossos problemas sociais é nula! Assim como a sua utilidade!
2º - O “trabalho” das comissões pode parecer muito importante, para quem o faz, mas para nós é, também, inútil. Ou seja, subjaz a este “argumento” uma cedência, absurda, à argumentação falaciosa de quem se apropriou do poder, em detrimento do que dizem (dizem apenas) ser as suas “preocupações” e os seus objectivos políticos. O que significa que a eleição de pessoas destas, passa a servir quem nos oprime, destrói e abusa, mas não nos serve a nós, para nada. Porque, perante a escolha duma via de solução para os nossos problemas e de ilegitimação dos abusos de quem se apropria do poder, indevidamente; perante o reforço da democracia e do peso dos cidadãos (dos interesses de todos os cidadãos) nas instituições, eles optam por se colocar do lado de quem nos ultraja. Para quê? Com que utilidade? Por acaso alguma das suas propostas tem probabilidade de vir a ser implementada pela falsa maioria a quem dizem opor-se? Pois é. É assim que se vê de que lado é que estão estes falsos democratas. Com o povo eles não estão. Têm medo da democracia! Por isso ajudam a nos ultrajar, mas não nos ajudam a livrarmo-nos desta escumalha e das suas vigarices!
Meus senhores, o Parlamento transformou-se numa fraude e, com ele, todos os seus membros sem excepção. Democracia não é o que alguns pretendem que seja. Democracia é a vontade da maioria. E as maiorias têm sempre razão, por mais que uns quaisquer políticos vesgos, sectários, pretensiosos e “snobes” inventem verborreia (reaccionária e insultuosa) para argumentar o contrário.
Pior! Mesmo na eminência, latente, que se vive actualmente, de a actual situação poder ser utilizada por uns quaisquer “salvadores da pátria, nazis”, para se apoderarem do poder, “democraticamente”, é claro, como sempre fizeram, aproveitando a saturação da população e as possibilidades oferecidas pelo sistema actualmente instituído, mesmo assim, a sua cegueira e tacanhez faz com que estejam do lado dos reaccionários; a trabalhar para os reaccionários e contra nós. É que, a partir do momento que passam a “comer do mesmo tacho”, apesar das dificuldades do povo, eles passam a, mesmo que apenas instintivamente, procurar salvaguardar o seu “tacho”.
Não pode ser! Isto tem que ter um fim! É necessário que o “tacho” passe a estar assegurado apenas para quem cumpre as suas obrigações. Só com reforço do controle da população sobre a actuação, do dia a dia, das instituições se pode conseguir isso.
É por isto tudo que há que reforçar a democracia, aumentar as possibilidades de controle da população sobre as actuações das instituições que dizem representar-nos. Porque doutro modo (do modo actual) o caminho é sempre a descer para o abismo.
As minhas propostas de alterações, para que isso se consiga mantêm-se! Não há que ter medo da democracia, por mais árduo que seja o caminho, porque não há salvação, nem futuro, fora dela!
Acerca do falaciosismo destes representantes da “esquerda” e do papel que têm na legitimação dos abusos do poder, há uma outra reflexão que queria deixar aqui:
Quando recalculei as percentagens de votação em cada força politica, nas europeias, tinha como objectivo, também, desmistificar, desmontar e desmentir o argumento, torpe, dos governos, de que a contestação social e a “agitação”, se devem ao “querer” do PCP. Pelo que aqui fica dito prova-se exactamente o contrário. Ninguém nos ouve, ninguém nos representa, ninguém nos acode.
Até porque o PCP tem uma representação, nos eleitores, tão insignificante e reduzida como os seus ínfimos 3,54% dos votos; e a contestação às práticas, odiosas e fascistas, dos governos e seus “apaniguados”, reúnem mais de 80% da população. Isto o PCP não pode reconhecer, nem mesmo se fosse decisivo para melhorar a nossa sociedade, porque, para os partidos, os seus interesses estão acima de tudo. Mas não deixa de ser uma argumentação infame e revoltante, falaciosa e nazi, de quem a utiliza, sabendo que é, tão obviamente, falsa, usando-a como forma de inibir a contestação!
Desculpem-me, mas a minha indignação com isto tudo e com o comportamento de todos os políticos é tal que às vezes nem tenho adjectivos suficientes para os qualificar.
Isto tem de mudar! O país precisa de ter futuro! O País merece ter futuro! O que não merecemos é políticos tão desonestos e falsos!
Continuo a achar que isto são problemas da população, da sociedade, que têm que ser resolvidos (e controlados) pela população, pela sociedade, quaisquer que sejam os “prejuízos” para os partidos; para qualquer partido.
É por isto tudo que há que reforçar a democracia, aumentar as possibilidades de controle da população sobre as actuações das instituições que dizem representar-nos. Porque doutro modo (do modo actual) o caminho é sempre a descer para o abismo.
As minhas propostas de alterações, para que isso se consiga mantêm-se! Não há que ter medo da democracia, por mais árduo que seja o caminho, porque não há salvação, nem futuro, fora dela!
Acerca do falaciosismo destes representantes da “esquerda” e do papel que têm na legitimação dos abusos do poder, há uma outra reflexão que queria deixar aqui:
Quando recalculei as percentagens de votação em cada força politica, nas europeias, tinha como objectivo, também, desmistificar, desmontar e desmentir o argumento, torpe, dos governos, de que a contestação social e a “agitação”, se devem ao “querer” do PCP. Pelo que aqui fica dito prova-se exactamente o contrário. Ninguém nos ouve, ninguém nos representa, ninguém nos acode.
Até porque o PCP tem uma representação, nos eleitores, tão insignificante e reduzida como os seus ínfimos 3,54% dos votos; e a contestação às práticas, odiosas e fascistas, dos governos e seus “apaniguados”, reúnem mais de 80% da população. Isto o PCP não pode reconhecer, nem mesmo se fosse decisivo para melhorar a nossa sociedade, porque, para os partidos, os seus interesses estão acima de tudo. Mas não deixa de ser uma argumentação infame e revoltante, falaciosa e nazi, de quem a utiliza, sabendo que é, tão obviamente, falsa, usando-a como forma de inibir a contestação!
Desculpem-me, mas a minha indignação com isto tudo e com o comportamento de todos os políticos é tal que às vezes nem tenho adjectivos suficientes para os qualificar.
Isto tem de mudar! O país precisa de ter futuro! O País merece ter futuro! O que não merecemos é políticos tão desonestos e falsos!
Continuo a achar que isto são problemas da população, da sociedade, que têm que ser resolvidos (e controlados) pela população, pela sociedade, quaisquer que sejam os “prejuízos” para os partidos; para qualquer partido.