2005/09/11

Sondagens e Embustes!

Publicado também em Editorial
O que pretendo denunciar, aqui, é o papel das "sondagens" no embuste em que se estão a transformar as candidaturas à presidência da república.
Para forçar Cavaco a se candidatar (e assim monopolizar as probabilidades relativamente aos candidatos), as máfias que governam o país, publicaram uma sondagem.
Segundo as "parangonas", os portugueses querem Cavaco, que obtem uma percentagem de 48% de intenções de voto, seguido de Soares, com 32%, Jerónimo com 12% e Louçã com8%.
Suponho que todos eles ficam "muito felizes". Nós é que continuamos desesperados!
Entretanto, perante estes resultados, Jerónimo já disse claramente que ajudará a eleger Soares, à segunda volta (e Louçã lá chegará).
Nós é que continuamos desesperados e sem solução!
Mas, perante os números do inquérito publicados no post anterior, não se compreendem os resultados desta sondagem... Até porque seria a primeira vez que se elegeria um candidato da direita (facto que é absolutamente contra-natura, em Portugal).
Pois é! Só que, no inquérito publicado no psot anterior, a abstenção é inferior a 2%, enquanto que, nesta sondagem, a abstenção é superior a 45%.
Deste facto resulta que, em opção livre, Cavaco terá apenas 26,5% dos votos... portanto inferior à votação obtida pelo actual governo que, como sabem, foi de 29,3%.
Ora, uma maioria “fabricada” a partir de 26,5% de intenções de voto, é obra… de muitas vigarices; a exigir uma montanha de vigarices (e de não se sabe o que mais?)!
Em opção livre, as intenções de voto em Soares descem para 17,6%; em Jerónimo, para 6,6% e em Louça, para 4,4%...
Mas “eles” preferem ficar, todos, “orgulhosamente sós” a empenharem-se numa solução para o país, com o país…
Vocês desculpem-me a insistência mas, ao contrário de TNT, eu sou capaz (e tenho determinação para) repetir as coisas as vezes que forem necessárias are que se tornem perceptíveis, q.b.
Vocês desculpem-me a insistência, mas eu acho que, quando as pessoas perceberem, bem, que não é possível governar um país, correctamente, dignamente, democraticamente, com um tão reduzido apoio da população.
Quando as pessoas perceberem bem que, esse reduzido apoio é culpa e “mérito”, e opção, dos políticos, aliás confirmado, todos os dias, pela desastrosa situação que vivemos, que não tem razão de ser.
Quando as pessoas perceberem bem que é exactamente isto que tem de mudar para que os nossos problema possam ser resolvidos.
Quando as pessoas perceberem bem como é que tudo isto é possível; isto é: quais as ideias absurdas (que são repetidas pelos OCS), que permitem tal; e quais as ideias e propostas, que podem alterar este estado de coisas, possíveis de mobilizar os cidadãos, que são censuradas, de forma arrivista, pelos OCS.
Quando as pessoas perceberem que as mudanças só se fazem mobilizando a população e que só é possível mobilizar a população para acções concretas, de eficiência evidente.
Quando as pessoas perceberem isto tudo, e também o papel, insubstituível, que compete a cada um, para tudo isto, então a resolução dos nossos problemas estará próxima e aparecerão as vias (as propostas de acções) para lá chegar.
Mas enquanto cada um se barricar no papel absoluto (e absurdo) das “mudanças” individuais, de culpabilizar “os outros” e a “natureza humana”, (como convém aos abutres e como é propagandeado pelos abutres, para perpetuarem o seu poder, dividindo para reinar), nada feito…