2007/12/22

A MARIA MERECE???

Dizem as más-línguas, que o Palácio das Necessidades (Ministério dos Negócios Estrangeiros) é um “Paraíso” Gay.

“Dizem as más-línguas” não é o termo mais correcto. Todas as pessoas que têm conhecimento directo do assunto, ou que conhecem alguém que conheça, sabem que é assim. Portanto, o correcto será dizer: “Dizem as más-línguas”, ou as “fontes bem informadas”, decida o leitor. Agrada-se a “todos os gostos” e sensibilidades…

Dizem as más-línguas, ou as fontes bem informadas, conforme se preferir, que o Embaixador Jorge Ritto foi “escolhido”, como bode expiatório, para aquela conspiração monstruosa que é o “Processo Casa Pia”, mas que podia ter sido qualquer outro Embaixador de entre muitos que reúnem as mesmas características, antecedentes semelhantes, etc.,

Levando a conversa à laia de “má-língua” a questão quase parece trivial, de tão habituados que estamos a escândalos e situações escabrosas. Mas uma situação assim nada tem de trivial.
A incidência de gays, (ou paneleiros, se se preferir) na sociedade portuguesa, não atinge, nem de perto nem de longe, o nível generalizado que atinge entre o pessoal do Palácio das Necessidades; e não é só entre os diplomatas.
Portanto, temos de concluir que, para se chegar a uma tal situação, foi necessário muito compadrio e tráfico de influências, muito favorecimento de clã, muita descriminação e exclusão dos heterossexuais, muita troca de vantagens profissionais por “favores” sexuais; quiçá assédio, etc., etc., etc..

É óbvio que ali, no Palácio das Necessidades (Ministério dos Negócios Estrangeiros) generalizou-se a convicção de que ser gay, homossexual, paneleiro, o que se quiser usar como designação, é bom para a carreira. E, repito, não é só entre o pessoal diplomático…
Uma situação assim foi construída ao longo de muitos anos, com muitos abusos e prepotências, muitos “desvios”; foi imposta pelos altos cargos, por quem decide e por quem manda, e é impossível que ninguém tenha dado por nada, que ninguém se tenha queixado, denunciado...

Sou contra todo o tipo de descriminações ou racismo. Mas também já vi muito racista, mais racista do que todos os racistas, a ter atitudes racistas ao mesmo tempo que se queixam do racismo.
Nesta situação, do Palácio das Necessidades, é óbvio que os gays são favorecidos, "descriminados” positivamente e existe descriminação negativa (e exclusão)… dos heterossexuais. Ou então quem quiser progredir na carreira diplomática vê-se forçado a “alinhar”…

Dizem as más-línguas, ou as fontes bem informadas, conforme se preferir, que, de entre os “Bem-Aventurados” desse “Paraíso”, alguns há que, mais sensíveis a essa coisa das convenções sociais e das “boas” aparências, são casados e têm filhos.

Sim porque “ser casado” também é bom para a carreira diplomática. Evita muito constrangimento e salvaguarda, nem que seja no mínimo, as aparências.
Imaginem o que não seria um país conhecido nos meios diplomáticos internacionais como tendo um corpo diplomático constituído exclusivamente por gays, assumidos.

Assim do estilo: “É Embaixador de Portugal? Então é paneleiro, com certeza!”

Não será muito diferente a actual situação visto que, nesses meios, tudo se sabe. Nós é que já estamos habituados a fazer “papel de corno”… Somos sempre os últimos a saber!


Os que fazem o sacrifício de manter casamentos de conveniência, são os que querem todas as vantagens: são gays porque é bom para a carreira (agrada aos chefes e é essencial para ser admitido no meio) e são casados porque também é bom para a carreira: salvaguarda as aparências e evita constrangimentos excessivos.

A “participação” do embaixador Jorge Ritto no “Processo Casa Pia” também foi “muito conveniente” para salvaguardar as aparências, externamente. Sabendo-se a elevada incidência de paneleiros no corpo diplomático português, nada mais natural do que haver um embaixador entre os acusados, para que os incautos pensem que “bate certo”!
Ainda assim deve ter sido árdua a “negociação” entre máfias: a máfia gay e a máfia de criminosos e conspiradores que engendrou o “Processo Casa Pia”, a julgar pelas hesitações e pelo tempo que demorou a prisão de Jorge Ritto.

Dizem as más-línguas, ou as fontes bem informadas, conforme se preferir, que foi assim, por “merecimento” paterno, que a Maria Monteiro ascendeu ao “Paraíso” e subiu vertiginosamente na carreira, conforme consta no texto abaixo, que chegou à minha caixa de email em Fevereiro deste ano.
Afinal, este Paraíso Gay também admite excepções...

E assim Maria Monteiro passou a ter a honra de integrar a lista das mega chulices nacionais, as tais com que o erário público é delapidado em verba superior a 20% da Despesa Pública Corrente.

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A nossa Maria merece...
"De acordo Com O Correio da Manhã, Maria Monteiro, filha do antigo ministro António Monteiro e que actualmente ocupa o cargo de adjunta do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros vai para a embaixada portuguesa em Londres.

Para que a mudança fosse possível, José Sócrates e o ministro das Finanças descongelaram, a título excepcional, uma contratação de pessoalespecializado.
Contactado pelo jornal, o porta-voz Carneiro Jacinto explicou que a contratação de Maria Monteiro já tinha sido decidida antes do anúncio da redução para metade dos conselheiros e adidos das embaixadas.

As medidas de contenção avançadas pelo actual governo, nomeadamente o congelamento das progressões na função pública, começam a dar frutos.
Os sacrifícios pedidos aos portugueses permitem assegurar a carreira desta jovem de 28 anos que, apesar da idade, já conseguiu, por mérito próprio e com uma carreira construída a pulso, atingir um nível de rendimento mensal superior a 9000 euros.

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A Maria Merece?
É difícil acreditar tendo em conta o contexto. É caso para perguntar quantas outras Marias e quantos pais doutras Marias foram descriminados e lixados para que A Maria "mereça".

A Maria Merece?
Nós é que não merecemos continuar a ser governados por escumalha que compactua com estas situações escabrosas. Ninguém Merece!

A máfia gay não se confina “nas Necessidades”. Penetrou em muitos outros sectores e tem visibilidade desmesurada e absurda, em detrimento dos heterossexuais.
Há casos, por exemplo na televisão pública, que podemos constatar porque nos entram pela casa dentro, de favorecimentos de tal maneira descarados e injustificados, que são de bradar aos céus.

2007/11/05

Acabar Com Esta Palhaçada!

Já me saturam as dificuldades que tenho para aceder aos meus blogues e para responder aos comentários, tentando ajudar quem precisa. É uma situação absurda e sem justificação que tem de acabar!

Está nas vossas mãos acabar com isso, com essa palhaçada. É muito fácil:

Basta que cada um dos visitantes se assuma como pessoa e exerça o seu enorme poder de “consumidor”, pagante.

Para nos fazermos ouvir, os artigos de opinião, as críticas, as denúncias, as manifestações, as petições, etc. não têm qualquer utilidade. Essa gente sabe, como ninguém, ignorar tudo isso; ignorar-nos! Têm feito sempre assim, sem consequências e continuarão a fazê-lo se não houver consequências.

A coisa muda de figura quando exercemos os nossos direitos de consumidores “pagantes”…

Quando iniciei o meu blogue “Remédios Caseiros” fi-lo com o objectivo concreto e assumido de contribuir, de forma decisiva, para que a NET seja um pouco menos uma selva onde proliferam e dominam os predadores, à semelhança do que se passa na(s) própria(s) sociedade(s).

É o carácter e a actuação das instituições e respectivos responsáveis, titulares de cargos públicos, que determina a natureza mais ou menos humana, mais ou menos digna, melhor ou pior, dos comportamentos sociais. Quem detém o poder é que pode e deve castigar os comportamentos anti-sociais, criminosos, perversos; e premiar, favorecer, incentivar, cultivar, os comportamentos dignos, das pessoas de bem.

As instituições e os poderes fazem exactamente o contrário, como se pode comprovar pela situação em que me encontro.

Fazem, porque não têm encontrado oposição à altura.

PROPONHO-VOS QUE ACABEMOS COM ISSO!

Para ter acesso à NET, o cidadão paga, via de regra, um fornecimento de serviço de Internet e, muitas vezes, uma linha telefónica.

Paga mas apenas tem direito a ser prejudicado com vírus e outras porcarias que impedem o funcionamento dos computadores; a ser assediado com publicidade; a ser vigarizado; a receber propostas de vigarices; a ser intoxicado com toda a espécie de “lixo”.

Os conteúdos que podem interessar e ser úteis, ou não existem, ou se existem por carolice de alguém, são boicotados e os seus autores perseguidos.

Se você paga tem o direito de exigir que lhe seja garantido o acesso aos conteúdos que lhe podem interessar e ser úteis; que seja garantida e preservada a existência desses conteúdos.

O que vos proponho é que boicotemos os pagamentos dos serviços de Internet e de telefone durante, pelo menos, 3 (três) meses consecutivos.

Veremos se as pessoas que vêm até aqui em busca de ajuda conseguem se assumir e se ajudar, quando é necessário, fazendo o que necessita ser feito.

Consta-me que existe uma sentença judicial a ordenar “a extinção” de um dos meus blogues. Não sei como isso se fará! Se a cretinice dessa gente vai ao ponto de contarem comigo. O que vos garanto é que, se isso acontecer, o primeiro blogue que eu apago é “Remédios Caseiros”.

Passem esta mensagem aos vossos amigos e conhecidos (e também aos desconhecidos) visto que eu não posso fazê-lo. Não é necessária uma adesão massiva e generalizada para que o boicote resulte, mas quanto maior for o número de pessoas a aderir mais fácil, mais eficiente (e menos doloroso) será

O boicote deve fazer-se em toda a parte e em todos os países onde existam pessoas interessadas nestes conteúdos.

Quem aderir deve informar o seu fornecedor de telefone e/ou Internet de que aderiu ao boicote e vai suspender os pagamentos. Podem fazer o vosso próprio texto ou copiar este texto e enviar…

Quem não tem ligação à NET pode imaginar e pôr em prática outras formas de protesto e de apoio aos restantes.

Experimentem usar o poder que têm e verão que vão gostar, que toda a vossa visão do Mundo e de vós mesmos se altera.

2007/10/05

ATENÇÃO! AVISO IMPORTANTE!

ATENÇÃO!
AVISO IMPORTANTE!

Estou sem ligação à NET e não consigo aceder aos meus blogues. Não posso responder aos comentários nem publicar novos textos que tenho para publicar, acerca doutros tratamentos e doutras doenças.
Mesmo quando uso ciberespaços (pagando o acesso ao minuto), o acesso aos meus blogues demora imenso tempo e não me permite publicar ou responder.
Isto deve-se a perseguição pidesca que conta com a colaboração dos fornecedores de ligações à Internet, porque essa escumalha maldita não tolera quem diz o que pensa sabe e sente, nem quem se disponha a ajudar os outros; perseguem e tentam destruir todas as pessoas de bem. É por isso que o Mundo está tão mal.
Enquanto esta situação durar, não poderão contar com respostas aos comentários em tempo útil no Blog REMÉDIOS CASEIROS (são mais de 150 que estão para responder), a não ser em casos pontuais que demorem poucos segundos... Procurem as vossas respostas noutros textos e nos comentários já publicados porque a grande maioria das perguntas já foram respondidas

2007/06/20

Ele Há Com Cada Uma!

O texto que se segue copiei de "Estúpidos".
Sem comentários!

Perseguições. Aspartame
Nos textos anteriores “abordámos”, muito superficialmente, contra nossa vontade e por falta de tempo, a perseguição de que “somos” alvo, por parte de vários “profissionais” e instituições da justiça. Este foi o principal motivo da criação do blogue…

A abordagem está muito incompleta. Porém, as pessoas que partilham a “nossa desgraça” percebem a dimensão do problema e também, em grande parte, o que (ainda) está por dizer.
Mas hoje “vamos” abordar outras formas de perseguição que assolam o cidadão comum e que nos deixam em grande frustração.

“No meu tempo”, perseguição era crime; portanto o tema não se afasta muito da “linha editorial” do blogue.No final do relato perceberão que as “perseguições” a que estamos sujeitos, todos os dias, são “mais do que muitas”.

Neste caso, a “perseguição” é do ASPARTAME, Aspartamo, Aspártamo, E951Descobri que o Aspartame é um veneno muito perigoso por causa daquela campanha absurda, de medo e desinformação, de mentiras, histórias inventadas e efabulações, montada acerca da Gripe das Aves, com o objectivo de vender Tamiflu aos governos, por todo o Mundo.

Depois de ter feito esta descoberta (de que o Aspartame é um veneno muito perigoso) e de ter assumido a decisão de o banir da minha vida familiar, ainda comprei inúmeras coisas com Aspartame, sem dar por isso.
Compreendem! Eram coisas que eu comprava regularmente, que me eram familiares e, por isso, não me passava pela cabeça que contivessem Aspartame. Refiro-me, especificamente, às Tisanas “Pleno” e a muitos outros sumos.

Quanto aos sumos “Light” e aos produtos “Diet”, passei a verificar os rótulos e excluí imediatamente… A Coca-Cola (que já tem fama, de longa data, de ser envenenada com Aspartame) já tinha deixado de comprar há muito. Contudo, só muito mais tarde percebi que a perseguição do Aspartame não é brincadeira, e que este veneno nos pode aparecer nos produtos mais insuspeitos e inesperados. Depois dessa constatação passei a verificar todos os rótulos, o que não é nada prático e aumenta muito o tempo gasto para fazer compras.

Depois de ter excluído também as tisanas “Pleno” e alguns sumos como o sumo de laranja “Frutis” (que nem é “light” nem nada mas tem aspartame), notei uma melhora considerável no meu bem-estar e no do resto da família…

Passado algum tempo comprei, inadvertidamente, um produto “Light”. Só em casa me apercebi que era Light e tinha Aspartame.
Por descargo de consciência fui verificar todos os rótulos, de todos os produtos. Ia-me dando ma coisinha má!

- Descobri que as Águas “Frize” tem Aspartame, numa garrafa duma embalagem donde já tinham sido consumidas outras garrafas;
- Descobri que as Cervejas da Super Bock designadas “Tango” e “Green” também têm Aspartame.
- Descobri até, imagine-se, que as Batatas Fritas “Lays” designadas “Campesinas” também têm Aspartame… Que cinismo! Qualquer pessoa percebe que o Aspartame é um ingrediente típico de qualquer cozinha camponesa…

Tudo isto, na minha casa, comprado e PAGO por mim, … Senti uma enorme frustração e revolta porque nunca me passaria pela cabeça que alguém se lembraria de envenenar as águas, as cervejas, a até as batatas fritas, com Aspartame. Acredito que se passa o mesmo com muitos outros milhões de cidadãos que andam a ser envenenados e a sofrem por consumirem Aspartame sem saberem. Alguns nem saberão (nem lhes passa pela cabeça) que o aspartame é veneno e que há quem o junte a uma tão grande variedade de produtos alimentares…

Para mais informações sobre o veneno Aspartame cobultem este texto

2007/05/07

As Desgraças do Dia.



As desgraças que vamos "analisar" são:
Presidenciais em França

Regionais na Madeira


O desaparecimento duma menina inglesa, a pequena Madeleine, levada da Praia da Luz, Algarve.

O resto é o espectáculo grotesco, habitual.

Por onde começar?

Comecemos pelo mais trágico, pelo mais importante: o desaparecimento da pequena Madeleine.

Esta história faz-nos lembrar outras “histórias” já aqui trazidas inúmeras vezes, nomeadamente aquela desgraça que serviu de pretexto a que a P.J. e as restantes instituições da Justiça cometessem mais um dos seus arrepiantes crimes, condenando dois inocentes a pesadas penas de cadeia, chegando ao ponto de usar como “justificação”, imagine-se, a sua própria incompetência.

Agora, mais uma vez salta à vista a incompetência, absurda, dos investigadores, com a imprensa britânica a gritá-lo aos quatro ventos. Só que, desta vez, não será fácil engendrar uma fantasia macabra, como no Caso da Pequena Joana. Pelo menos esperamos que não tenham a ousadia inconsciente e estúpida…
Este é um país de absurdos, onde até aberrações como o Caso da Pequena Joana são possíveis… e talvez isso incentive a prática deste tipo de crimes… no Algarve.

É provável que o crime tivesse sido planeado e preparado vigiando a família; mas também é MUITO provável que o autor (ou autores) seja (sejam) habitué(s), frequentadores habituais do Algarve, porque ali é que é fácil e tem êxito garantido, mercê da incompetência dos investigadores e da perfídia das instituições que permitem tal situação…

Presidenciais Francesas

Sarkozy ganha por culpa de Royal (que não soube ser, verdadeiramente, alternativa)

Num universo de cerca de 44,5 milhões de eleitores, Sarkozy recebe 18,98 milhões de votos a que corresponde a percentagem de 42,69% (arredondado às centésimas por aproximação).
Royal recebeu 16,79 milhões de votos; ou seja: 37,76% dos votos (idem); considerando em ambos os casos, claro está, o total de eleitores, como tem de ser em DEMOCRACIA.

Somando abstenções com os votos brancos e nulos, constata-se que 8,7 milhões de leitores se recusaram a votar em algum destes candidatos. Repare-se que são mais eleitores do qe
ue a totalidade dos eleitores portugueses. Portanto, há um pequeno "país" maior do que Portugal que não quis nenhum destes candidatos.
Portanto, Royal perdeu por mérito próprio… mas Sarkozy também não ganhou. É o mesmo cenário em toda a parte onde vigora este sistema eleitoral vigarista e nazi.

Os estúpidos alienados pela política e pela propaganda dominantes, que não sabem pensar pela sua cabeça, acham “isto” normal. Não percebem, esses cretinos, que estando em causa a governação dum país, não é admissível alguém seja eleito, sem restrições, com uma percentagem tão diminuta de votos.

Para governar bem um país, com genuína legitimidade, é imprescindível o apoio duma maioria esmagadora da população…
Ou então vivem-se crises atas de crises, instabilidades e bloqueios, conflitos e problemas sociais, num ciclo vicioso maldito, porque não pode ser doutro modo, porque os dados estão viciados.

Estou a não considerar o facto de Sarkozy ter fama de neo-con e de estes serem useiros e treinados em fraudes eleitorais (fraude mesmo, viciação dos votos e dos números), fraudes para cujas costumam preparar a “opinião pública” através da manipulação das sondagens. Ainda resta saber se Sarkozy ganhou mesmo ou se foi eleito pela fraude…

Mais uma vez se constata a imprescindibilidade e urgência na implementação da valoração da abstenção.

Quanto ao Soba da Madeira pouca coisa há a dizer. Já tudo foi dito e redito. Apenas acrescentar e frisar que, mais uma vez, foi eleito com uma “esmagadora maioria” duns reles cerca de 36% dos votos dos madeirenses…

2007/05/04

Grandes Portugueses???

Sofocados pela demagogia mesquinha e pateta!

Esta é outra "história" que eu não podia deixar passar...

Meia dúzia de neo-cons decidiram se empenhar nessa fantochada (dos "grandes Portugueses") e logo uma chusma de palermoides aproveitou o facto para "ir na onda" e, validando a fraude dos números, nos insultar a todos. Se eu tivesse "dado bola" para o assunto podia ter "contribuido" com 3 TRÊS votos, de telefones diferentes... Nem o assunto me interessa nem eu faria tal coisa, mas isso não quer dizer que não haja (não tenha havido) quem faça (tivesse feito). Mesmo assim o resultado resumui-se a uns reles 60 mil votos, num universo de 8,2 milhões de eleitores (sem contar com os emigrantes). O resultado resumui-se a uns reles 0,7% do total de cidadãos adultos. Vocês acham que podemos ou devemos consentir que nos insultem a todos com semelhante pretexto?

Este assunto (e as atitudes pérfidas e cretinas que desencadeou) vem me incomodando há muito tempo; por isso decidi copiar, para aqui, um comentário que deixei em Editorial:

Vocês ainda não perceberam que só existirá, REALMENTE, democracia quando estas coisas não fizerem a menor diferença, COMO NÃO FAZEM?

Preocupa-me muito mais que o país esteja a ser (des)governado, destruído, alienado por gente muito pior do que o Salazar (embora vestidos de democacas) do que o facto dos Santa Combenses fazerem um museu ou porem-se todos a coçar a sarna. Todos, ponto e vírgula, porque não se pode fazer aos outros o que não queremos que nos façam e confundir as coisas.

Preocupa-me muito mais que o País gaste mais de 20% da despesa corrente alimentando gangsterismo (incluindo um parlamento de inúteis que reivindicam o direito de sê-lo);
Preocupa-me muito mais que os mentores do anterior regime e os novíssimos neo-cons, neo-nazis, misturados com os grandes mafiosos, a alta criminalidade, dominem e controlem todos os sectores da nossa vida pública, com especial destaque para a justiça; e pratiquem todo tipo de crimes a abusos de dentro das instituições destruindo o Estado de Direito e, consequentemente, o País e os seus cidadãos;
E tudo isto tem protecção e impunidade, inclusive por parte do parlamento... isso é que é grave e tem importância, porque influencia (dificulta) as nossas vidas.

Isto a juntar ao facto (e muito por via do facto) de se manter o regime eleitoral vigarista e nazi que permitiu a aleição de Hitler mas que, apesar disso, nunca foi alterado. Para acabar com isso eu defendo que seja valorada a abstenção...

Portanto, tenho muito mais, e muito pior com que me preocupar, não tenciono mover uma palha a favor nem contra um qualquer museu. Até porque Salazar, no museu, não nos pode prejudicar; os seus seguidores a controlarem todas as nossas instituições são uma peste, uma praga que tem de ser banida.
Tanto Salazar como os seus pupilos no activo não têm a menor possibilidade de "passar" em algum sufrágio popular digno desse nome. Assim como os crimes dos actuais governantes também não passam em algum sufrágio.

Nesta questão não sei o que é pior: se ter havido meia dúzia de reaccionários que se deram ao trabalho de vigarizar a tal votação se o facto de todos os outros demagogos se servirem disso para insultarem e injuriarem toda a população.

Os reaccionários estão no seu direito. Os outros é que não!

O número de votos é o único factor que deve ser tido em conta por parte de qualquer pessoa digna, honesta e íntegra.

A eleição alimenta a máquina da propaganda nazi? E eu com isso???
Alimenta a máquina da propaganda nazi e só preocupa quem não pensa pela sua cabeça, não sabe o seu lugar e se deixa ir na onda.

Quando é que vocês perceberão que, nestas coisas, a única postura correcta é fazer contra corrente e colocar as coisas no seu devido lugar, referindo os números e o seu real significado, dizendo e redizendo as vezes que for preciso?

Ao invés, todos os patetas vão atrás da demagogia e da vigarice dominantes. Deve ser para assegurarem uns segundinhos de "tempo de antena", visto que quem diga as coisas como elas são é ignorado...

Por mim dispenso esse tempo de antena que só se obtem vendendo a alma ao diabo e colaborando com os provocadores!

2007/04/12

José Sócrates, o Lacaio Descartável.

José Sócrates, o Lacaio Transformado em Bode Expiatório.

Todos os lacaios são descartáveis; só os próprios não percebem isso José Sócrates não foge à regra.

Isto está complicado. Não tenho conseguido disponibilizar o tempo necessário para actualizar este blog. Mas este tema não podia deixar passar.

A questão das habilitações literárias, do “canudo”, ou do Curso de José Sócrates é tema recorrente na blogoesfera nacional desde, pelo menos, Fevereiro de 2005.
A forma como o tema apareceu não é inocente nem desprovida de interesses obscuros, como evidencia a natureza do blog que o “explorou” a partir dum comentário.
Numa perspectiva completamente diferente, o tema foi também referido neste blog, SOCIOCRACIA, em Março de 2006 (quando tropecei nele). Publiquei este texto no âmbito dum conjunto onde se tentava encontrar “explicação” para “A maldição de José Sócrates”.

Justifica-se que se recuperem esses textos porque, para nossa desgraça, continuam actualizados; continuamos a viver as consequências. São eles:

José Sócrates o Amaldiçoado!
A Maldição de José Sócrates (I)
A Maldição de José Sócrates (II)
Qual O Nível de Instrução de José Sócrates, ou: a Maldição de José Sócrates (III)

A questão voltou agora à ribalta, com direito a campanha nos OCS, “arrastada” pela crise da Universidade Independente onde o P.M. José Sócrates terá “comprando” o seu diploma.

Sucedem-se os mentidos e os desmentidos, as explicações e as “justificações” mas a bola de neve cresce.

Quem me costuma ler, e quem se der ao trabalho de visitar os textos linkados, perceberá que não tenho ilusões acerca de Sócrates; não tenho dúvidas de que comprou o diploma (a venda de diplomas é uma das acusações que pendem sobre os responsáveis de U.I.), como também não tenho dúvidas ou ilusões acerca dos motivos e objectivos da actual campanha de “denúncias” nos OCS.

Não é crível que a questão tenha sido abordada (e mantida) nos blogues há tanto tempo e por tanto tempo (vários blogues se fizeram eco do assunto) sem que os OCS convencionais dessem por nada.
O que é crível é que os OCS (e quem os controla) conhecessem o assunto e o tivessem “guardado na manga” para usar quando fosse conveniente. Consequentemente, o que é crível é que estejamos a viver mais uma conspiraçãozinha: a utilização e manipulação de notícias acerca duma denúncia atrasada, a cheirar a mofo, em função dos interesses da agenda política e de propaganda de algum partido (partidos) ou máfias.

José Sócrates “explicou” ontem, na RTP1, o imbróglio.
Nem me dei ao trabalho de o ouvir, porque não se pode explicar o inexplicável: por quê a escolha da Universidade Independente que até tem fama de vender diplomas? Por quê escolher um curso e uma Universidade sem credibilidade? Mas também isso não interessa nada. O que interessa é o seu comportamento vil como P.M.

Apesar de todas as patifarias que tem cometido e da constante contestação social, apesar da sua arrogância e do desprezo que demonstra pelos cidadãos, pelos nossos sentimentos e opiniões, Sócrates continua a ser apresentado nas sondagens como detendo o mais alto “índice de popularidade” entre os políticos no activo.
Estas sondagens são manipuladas; ou seja: são fabricadas e vigaristas (nazis porque ignoram os abstencionistas, a maioria da população), não reflectem os sentimentos e opiniões maioritários. Mesmo assim, há necessidade de “alterar” a realidade que evidenciam, despromovendo Sócrates para "promover" outro espantalho e manter o "espectáculo".

O resultado das sondagens é terrível do ponto de vista das estratégias nazis de perpetuar a alternância dos lacaios, dos “homens de mão” fiéis às máfias que nos dominam, no exercício do poder. Significa que Sócrates se irá desgastar mas não tem substituto entre a escumalha que actualmente domina a cena política.

O esforço de propaganda e de promoção de Marques Mendes tem sido enorme… mas não resulta.

Também o ressuscitado “líder do PP”, Paulo Portas tem beneficiando de escandalosa promoção por parte dos OCS, mas sem qualquer efeito prático.

Os outros acólitos menores não justificam preocupação… Continuam a cumprir o seu papel de “falar”, falar”, “falar”… para fazerem nada nem deixarem fazer.

Há que promover outros lacaios a “protagonistas” para que não se crie o vazio, não vá o diabo tecê-las.

Concluindo: esta campanha de denúncias faz parte da estratégia de manipulação, de desinformação e de propaganda nazis…

As pessoas estão fartas desta palhaçada e cansadas de aturar tanta escumalha e de sustentar tanto chulo, bandido, para verem os problemas a agravarem-se continuamente, deixando-nos cada vez mais desesperados; e esse é o verdadeiro perigo, se não for possível promover outro lacaio… nem que seja à custa de desfazer "o prestígio" de Sócrates e apesar dos “bons serviços” que tem prestado à escumalha.

A notícia agora transformada em campanha não foi divulgada antes, quando apareceu nos blogues, porque não convinha destronar ou desmascarar “o lacaio” que tão útil foi. Mas, tal como acontece com qualquer produto, também a “utilidade” dos lacaios tem o seu ciclo. Todos os lacaios são descartáveis. É chegada a hora de promover “outro produto” para manter “a quota de mercado”.

A questão destina-se, ainda, a manter Sócrates sob chantagem, lhe colocar “rédea curta”, impondo a salvaguarda dos interesses de alguns grupos mafiosos nas decisões governamentais.

Sócrates prepara-se para decidir sobre coisas importantes, incluindo negócios de muitos milhões como a OTA ou TGV, e cada máfia joga as suas cartadas para impor o “respeito” pelos seus interesses. Só assim se justifica que “a questão” tenha sido censurada e ocultada da opinião pública durante tanto tempo e provoque, agora, semelhante alarido.

Em qualquer caso (e tal como aconteceu com Paulo Portas em relação ao Processo Casa Pia) Sócrates está agora sob chantagem, à mercê dos ditames de gente tenebrosa, e devia demitir-se se tivesse um pingo de vergonha… Até porque “à mulher de César não basta ser séria…”. Mas, honestidade é um vocábulo totalmente desconhecido de Sócrates.

O que vos pergunto é: que “utilidade” têm estas denúncias para a resolução dos problemas do País?
Sócrates está a aplicar, à economia nacional, a “receita” do FMI que tem destruído a economia de tantos e tantos países e lançado na mais desesperante miséria a maioria dos seus cidadãos, por todo o Mundo, por isso eu lhe chamo “lacaio”.
Quem se der ao trabalho de ler “A globalização da Pobreza”, de Michel Chossudvsky, encontrará aí a descrição das medidas que têm sido adoptadas por Sócrates, que foram aplicadas aos países mais pobres e as suas desastrosas consequências. Na Somália, exemplo bem conhecido de todos, foram essas medidas que provocaram a fome generalizada, que antes não existia.

Que propostas defendem os “denunciantes” de Sócrates? Que soluções preconizam para os nossos problemas?

Não se iludam! Eles são tão desonestos como Sócrates, ou mais; eles são tão lacaios como Sócrates, ou mais.

Começa a ser chegada a hora de cada cidadão se fazer ouvir, exigir ser ouvido e levado em conta nas decisões que nos afectam a todos, INCLUINDO, obviamente, os abstencionistas que são em maioria e que suportam a maior fatia dos custos com toda esta escumalha.
NÃO EMBARQUEM EM CANTIGAS. Mantenham-se firmes no vosso posto e nas vossas opiniões.

É para acabar com todas estas palhaçadas, de vez; para acabar com todas estas manobras mafiosas que nos mantêm reféns da pior escumalha que existe; para permitir colocar as pessoas certas nos lugares certos e resolver os nossos problemas colectivos, que eu defendo A VALORAÇÃO DA ABSTENÇÃO.

2007/03/12

Perseguição Pidesca

Ou: You Have he Right To Remain Silent (V)
Ou ainda: Violação dos Direitos Fundamentais sem justificação

Neste post intitulado "You have the right to remain silent", iniciei a exposição desta história absurda que agora teve novos eventos, denunciados em "Estúpidos", neste post que transcrevo:

Pacto da Justiça é Publicidade Enganosa

A Impunidade e a ausência de responsabilização e punição dos autores dos crimes cometidos de dentro das instituições são as ÚNICAS causas do descalabro da nossa situação política, económica e social.

Esta situação generalizada é mais grave no sector da justiça, porque os efeitos desastrosos e destrutivos dos crimes que aí se cometem são piores.
A justiça (e seu correcto funcionamento) é um sector essencial para o bom funcionamento da sociedade (e para a democracia).

Já o outro dizia que: "A mais cruel das tiranias" é a praticada em nome da justiça.

No nosso País, este estado de coisas implica (tem a cumplicidade de) todos os notáveis, com especial destaque para os políticos.
Ao clamor que se vai levantando e intensificando respondem com "publicidade enganosa" para disfarçarem e esconderem a sua cumplicidade, anunciando novas leis e pactos e medidas QUE NADA RESOLVEM, até porque ninguém vigia e garante a sua efectiva aplicação.
Passado algum tempo e constatado o fracasso, inevitável e planeado, das "novas medidas e leis e pactos", "promovem-se" outras campanhas de publicidade enganosa, novas "medidas" e "leis" e pactos, destinados a terem o mesmo resultado...
É o que se passa com O PACTO DA JUSTIÇA.

Ouvimos nós falar em "moralizar" as escutas telefónicas, que só podem ser usadas nos casos de crimes graves.
Ah é? Então porque é que eu tenho a sensação de que os meus telefones estão a ser escutados e tenho fortes indícios disso?
Relembremos que "o meu caso" é um caso típico de perseguição pidesca, motivado APENAS porque exerci o meu direito de indignação e escrevi umas coisas que não agradaram a mafiosos...

E quanto às buscas e apreensões? Podem-se fazer buscas e apreensões COMPLETAMENTE INÚTEIS do ponto de vista da produção de prova, por "dá cá aquela palha", como no meu caso?

Na terça-feira da semana passada, dia 2007/03/06, acordei com a PJ a bater à minha porta, às 7 horas da manhã, porque vinham com mandado de busca, apreender o computador, no âmbito do Proc. nº 731/07.4TDLSB (mais um processo para a colecção).

O acto (apreender o computador) é completamente inútil do ponto de vista da produção de prova... mas mesmo que o não fosse ainda deveria ser avaliada a "gravidade" do crime (que não é crime nenhum, antes é o exercício dum direito fundamental) para justificar medida tão excessiva e lesiva.

A apreensão não produz prova mas molesta, e muito, quem é visado.
É esse o único objectivo de todos os actos policiais e judiciais, nestes processos: molestar, perseguir, fazer o trabalho sujo das máfias que controlam a justiça. É para isto que é usado o dinheiro dos nossos impostos.

Claro que vamos todos, a correr, pedir facturas para lhes facilitar a vida e para "eles" disporem de muitos meios para nos vitimar.

Na terça-feira, a minha tentação foi ir, no mesmo dia, a um ciberespaço, para escrever umas coisas bem contundentes sobre o tema. Mas isso provocava-me transtornos e garantia "eficiência" à provocação policial que produziria os efeitos desejados. Por isso tive de esperar até "acomodar" os problemas de logística.

2007/03/09

O Acórdão da Vergonha (II)

Na verdade são muitos os acórdãos da vergonha...

Em Abril de 2006 dediquei dois artigos a este tema, que me valeram insultos e ameaças por parte de “Um profissional da Justiça”.

Os artigos são:

Este, intitulado “A Caminho do Abismo
E este, intitulado “Sobre o Acórdão da Vergonha

O Acórdão do STJ avaliado nos dois textos linkados era ESTE ACÓRDÃO, referido nesta notícia, o mesmo que motivou a condenação do Estado Português, por parte do Comité Europeu dos Direitos Sociais.

Os meus textos (contundentes, como é meu timbre) sobre este Acórdão da Vergonha, têm data de 18 e 19 de Abril de 2006

No entanto, logo a seguir, a 27 do mesmo mês e ano, já estava a escrever sobre mais um Acórdão infame, este acerca dum assunto também (re)abordado recentemente

Foi uma ocasião cheia de motivos de desgosto e desesperança… que se mantêm, até agora, como se mantêm nos mesmos cargos os autores destes crimes.

Nos artigos sobre o Acórdão que voltou agora às notícias escrevi:
“O tribunal pode atentar às circunstâncias específicas e não criminalizar (por ausência de malvadez) os actos; o que não pode, EM CIRCUNSTÂNCIA ALGUMA, é considerá-los “lícitos”, generalizadamene adoptáveis, ao arrepio da lei, abrindo um precedente grave de impunidade e anulando, assim, as garantias das vítimas, expressas na lei.”

“o que se pode depreender disto tudo é que os senhores juízes aproveitam os acórdãos para nos intoxicarem com o pior tipo de literatura, para divulgarem (e imporem) os seus conceitos e critérios absurdos, reaccionários, retrógrados, fascistas, ignorantes. No essencial, este acórdão é uma peça de propaganda reaccionária (abusivamente a fazer jurisprudência) e merece todo o repúdio. Os senhores juízes devem compreender (e aceitar) que vivemos em democracia e que, em democracia, os conceitos e critérios políticos adoptados pela sociedade, (que podem fazer jurisprudência e devem ser respeitados também pelos juízes), têm de ser sancionados pela escolha dos cidadãos, pelo voto.
Este comportamento abusivo e prepotente, ditatorial, é o mesmo que vemos ser adoptado pelos, auto-intitulados, partidos do poder, cuja expressão eleitoral é insignificante, mas que se servem dos cargos a que lhes dão acesso para imporem à sociedade os seus desmandos, os seus “critérios”, sem que estes tenham sido, alguma vez, aceites em escrutínio…
Perante um caso tão grave esperar-se-ia que “os representantes do povo”, os Deputados, eleitos para garantirem a democracia e nos representar, erguessem um clamor de protestos e não deixassem prevalecer este tipo de abusos de poder, de infâmias que nos fazem retroceder muitas décadas; deviam fazê-lo, se não, por indignação própria, ao menos em nosso nome, em nome da sociedade e da democracia ultrajadas e violentadas.”

“Em qualquer caso, temos de reconhecer o óbvio: quem usa as "palmadas", como forma de educação é porque não tem nada para transmitir (não tem outros argumentos), nem ao nível de educação, nem de conhecimentos, nem de exemplos, nem de carácter.
É um conceito absurdo, própria da mentalidade da época da barbárie, pensar que a violência "corrige" o que quer que seja. Estamos a falar de seres humanos, de pessoas inteligentes... E até os animais são ensinados com outros métodos...
A violência só gera (e ensina) violência (ou revolta, indignação e frustrações, tudo coisas que não contribuem, em nada, para melhorar a sociedade e o papel dos seus elementos)! Os ciclos de violência e respectivos conceitos têm de ser quebrados, urgentemente, começando por não os incutir, às crianças, como se fossem normais... através dos maus tratos.
As crianças também são pessoas, com dignidade que deve ser respeitada. O respeito (por nós própriso e pelos outros) aprende-se respeitanto e sendo-se respeitado...
Além disso, já a minha avozinha dizia que "quem dá o pão dá a educação (conceito que, nessa época, significava, de facto, "palmadas")" e, se uma palmada dada por um progenitor pode ser "aceitável" ou tolerável, até porque é um erro que só o progenitor pode corrigir, já uma palmada dada por outrém não tem qualquer cabimento nem legitimidade, é um acto covarde e primário, um acto de violência pura, humilhante e destrutivo para o carácter do menor”

De tudo o que disse então e repito agora há uma questão que quero sublinhar:

Se uma palmada aplicada por um progenitor pode “ensinar” alguma coisa, porque o menor conhece também os momentos de carinho e não quer “merecer” palmadas, já uma palmada dum estranho dever ser e tem de ser considerada uma AGRESSÃO covarde. Portanto, se a lei pode “fechar os olhos” (não considerar lícitas) as palmadas dos progenitores, tem de punir severamente qualquer agressão de estranhos.

Mas nem essa distinção elementar é feita no acórdão, bem pelo contrário, porque estamos no reino das falácias. Quem não tem as responsabilidades do “bom pai de família” não pode usufruir de idêntica tolerância…


Relativamente a questões tão graves as “atitudes” que registámos, internamente, para além da passividade e cumplicidade daquele antro de inúteis que é o PARLAMENTO, foi a alteração da lei para ajustá-la a uma decisão absurda e infame, a fazer jurisprudência, ao invés de se punirem severamente e de serem demitidos os autores de semelhante aberração de acórdão.

Agora, O Comité Europeu dos Direitos Sociais condenou o Estado Português que pode vir a ser multado…. E nós, a sociedade portuguesa continuamos a sofrer nas mãos de semelhante gente, reféns da sua perfídia, e ainda a “pagar” multas motivadas pelos seus actos vis, sem que essa gente seja punida ou sancionada.

È forçoso reconhecer que um País assim, sequestrado por gente vil e pérfida, nunca poderá ser diferente desta porcaria, desesperante, que é.

É para acabar com tudo isto e com a cumplicidade dos políticos que eu defendo A VALORAÇÃO DA ABSTENÇÃO.É também para acabar com esta bandalheira, com esta pouca vergonha que nos avilta a todos e nos destrói, como sociedade e como nação, que eu proponho que este e outros assuntos sejam referendados

2007/03/08

O Filtro da Cretinice e da Tacanhez!

Eu ouço pouco rádio e veja cada vez menos televisão. Há muitas outras pessoas que fazem o mesmo.

Porém, nalguns desses raros e ocasionais momentos, tropecei com um programa, no canal UM da RDP, chamado “Janela Indiscreta” apresentado pelo Rolo.

O programa diz que comenta “A BLOGOESFERA NACIONAL” e, vai daí, a gente fica de orelha em riste. Bem vêem! É um tema que nos interessa e que conhecemos bem… Será que, finalmente, existe uma janela de DEMOCRACIA na comunicação social?

Desiludam-se! Aquilo a que o autor chama “blogoesfera nacional” não são mais do que meia dúzia de blogues (sempre os mesmos) onde se reproduzem, ipsis verbis, com mais ou menos falácia, mais ou menos maledicência, mais ou menos arrivismo, mais ou menos primarismo, mais ou menos tacanhez, os temas da “actualidade” jornalística, lançados ao sabor dos interesses da campanha de desinformação e propaganda… nazi.

O Rolo até se regozijou com a criação dum blogue de direita a cujo dá destaque diário. Nõ tivesse ele feito isso e nós pensaríamos que haveria algum critério baseado em “audiências bloguísticas” a cujo nós, simples e comuns cidadãos, não conseguiríamos aceder… Mas um blogue acabadinho de criar não tem histórico de visitas e a publicidade gratuita e tendenciosa de que beneficiou provoca distorção desse parâmetro.

O meu bloguíto (este, SOCIOCRACIA) não tem muitas visitas. Aliás, até tem demasiado poucas para o meu gosto… Mas, mesmo assim, é um do mais visitados e mais polémicos da blogoesfera nacional, sobretudo pelos temas que aborda e pela forma como são abordados… excepto para o Rolo, é claro, cujos entrolhos não lhe permitem ver para além do seu núcleo restrito de amigos e “notáveis”.

Porém, se o critério são (fossem) as visitas, então o meu blogue “REMÉDIOS CASEIROS” que anda agora PELAS CERCA DE MIL VISITAS DIÁRIAS, teria de merecer referência…


Mas não é só o meu bloguíto, SOCIOCRACIA, que está aqui em causa; é toda uma imensidão de blogues que não falam a linguagem do Rolo, de blogues onde se abordam as questões dum outro qualquer ponto de vista filosófico, DIFERENTE do ponto de vista do Rolo (também ele bloguer), de blogues que, no conjunto, interessam a muito mais gente e têm muito mais visitas do que os blogues dos amigos do Rolo.

Tropecei naquela porcaria de programa (que alinha com a permanente campanha de desinformação e propaganda… nazi) uma vez, duas vezes, três vezes… e calei-me. Mas agora já é demais, sabem porquê?

Porque aquela porcaria de estação radiofónica que paga o vencimento do Rolo é sustentada por TODOS NÓS, nomeadamente através duma taxa, OBRIGATÓRIA, de rádio-difusão, incluída nas facturas da electricidade;

Porque ao menos ali, no Serviço Público, deveria haver democracia e rigor nos critérios.

Porque os temas abordados pelo Rolo e pelos blogues dos seus amigos não são os que interessam à generalidade da população que é obrigada a pagar o vencimento do Rolo… (desafio qualquer pessoa a povar o contrário)

Porque a ausência de SOLUÇÕES PARA OS PROBLEMAS DO PAÍS e da sociedade decorre, exclusivamente, da ausência de DEMOCRACIA de cuja (ausência de democracia) o programa do Rolo é um (mais um) exemplo;

Porque aquilo que o Rolo faz tem um nome: CENSURA fascista!

Porque havendo, no meu blogue, temas e propostas diferentes eles devem ter direito a existir (liberdade de expressão) independentemente da visibilidade (que o Rolo “fabrica” para os seus amigos).

Refiro-me, como todos já perceberam, À VALORAÇÃO DA ABSTENÇÃO… Mas também a outros assuntos prementes que mantêm em constante estado de indignação e revolta a maioria da população deste País.

Resumindo:
Temos um programa de rádio (na rádio que é paga por todos nós – todas o são, mas esta é-o directamente) que reduz a “BLOGOESFERA NACIONAL” a meia dúzia de blogues seguidistas, sem ideias próprias, tacanhos, que abordam os temas da campanha de desinformação e propaganda… nazi.
Temos um programa de rádio (na rádio que é paga por todos nós – todas o são, mas esta é-o directamente) que assim nos insulta (porque nós também somos “Blogoesfera Nacional”) reduzindo as nossas opiniões e propostas à mesquinhez dos textos sobre os “assuntos da moda”, para depois nos “exterminar”, banindo-nos dum espaço público que também pagamos e dum espaço que ocupamos por elementar direito de democracia...
Temos mais um exemplo de “cachorros que não conhecem dono e mordem a mão que os alimenta”!

Já referi aqui que os textos deste blogue estão a ser objecto de investigação judicial e servem como fundamento de acusação. Não acham que temos o direito de exigir que sejam tratados de igual modo (com o mesmo valor) em todas as outras situações.

Tal como na campanha, permanente, de desinformação e propaganda.. nazi a que estamos sujeitos continuamente, nos OCS, também no programa do Rolo e nos blogues que ele “vê” a sociedade, os cidadãos e os seus problemas constantes e diários não existem; só existe a “realidade virtual” dos notáveis, dos políticos e seus exibicionismos, criada, propagandeada e imposta á sociedade pelos OCS.
Que falta de imaginação e civismo da "blogoesfera nacional"...

É isto que impede a resolução dos problemas reais; é isto que nos mantém amarrados àquele estado de mesquinhez colectiva, absurda e ancestral, que impede o nosso progresso e desenvolvimento… que impede, em absoluto, a resolução dos nossos magnos problemas.

Este texto é uma queixa e reclamação para o provedor do ouvinte, José Nuno Martins.

2007/02/21

A Crise da Justiça e as Falácias.

Voltamos ao caso da pequena Joana, a criança desaparecida duma aldeia do Algarve, e àquele absurdo de sentença que condenou aqueles dois desgraçados (mãe e tio) apesar de, OBVIAMENTE, ESTAREM INOCENTES.
Voltamos a este assunto agora com os “elementos” duma reportagem exibida pela RTP.

Na pomposa abertura do Ano Judicial repetiram-se os discursos da treta, as falácias e as mentiras manipuladoras que se repetem para além da saturação.

Apesar de todo este espalhafato, de todas as exibições e “protagonismos”, a crise da justiça continua, de “vento em popa”, a agravar-se todos os dias.

Vamos então, mais uma vez, tentar perceber os porquês.
Vamos então demonstrar, mais uma vez, usando um exemplo concreto, que a crise da justiça resulta dos crimes praticados pelos próprios agentes da justiça (com a cumplicidade e encobrimento de todas as instituições) e não se deve à falta de meios, nem a alguma das outras “desculpas” dos próprios implicados nesses crimes.

Nos dias que se seguiram à abertura do Ano Judicial a nossa sociedade reconheceu, quase unanimemente, que a “cerimónia” nada trouxe de novo, que tudo cheira a bafio (sobretudo das ideias e da retórica falaciosa e oca).

Poucos dias depois, António Cluny apareceu na Jornal 2 a dizer o contrário. Foi linda aquela conversa. Até pareceu, por momentos, que falávamos a mesma língua… Mas a ilusão desapareceu completamente quando se tornou visível a estratégia demagógica com o objectivo de “dourar a pílula”, de “demonstrar" que o que falta são “mais meios”. Já é preciso ter muita lata e nenhuma vergonha para fazer tais afirmações quando se sabe que temos a justiça mais cara da Europa e também a menos eficiente, para além de não ser confiável...

Diz o Sr. Cluny que os meios são praticamente inexistentes… Mas a nossa experiência diz-nos exactamente o contrário e os casos que são notícia também.

Nos casos referidos neste texto tem-se desperdiçado enorme quantidade de meios, apenas para retaliar quem se indigna e denuncia… Não há falta de meios.

No Processo Casa Pia têm sobrado meios (enorme quantidade de recursos e elevadíssimos custos) apenas para garantir o êxito duma conspiração monstruosa destinada, entre outras coisas, a garantir protecção aos verdadeiros implicados, uma vez que, à excepção do Bibi, só inocentes se sentam no banco dos réus.

Acresce ainda que, como é inevitável, esta monstruosidade de processo (Casa Pia) originou uma infinidade doutros processos a contribuir para entupir os nossos tribunais.

Mas vamos então á dissecação do caso que escolhemos como exemplo ilustrativo para demonstrar que o problema não é a “falta de meios”, mas o uso perverso que se faz deles.

Neste vídeo que a RTP exibiu podemos ver, para além duma cronologia dos acontecimentos, o responsável da PJ de Faro, Guilhermino Encarnação, defender a investigação do caso da Pequena Joana dizendo que:

- Foram percorridos 50 000 km (cinquenta mil quilómetros);
- Produziram-se 2 100 actos processuais;
- Estiveram destacados 40 (quarenta) inspectores
- Foram requeridos 46 análises periciais ao LPC/IML (Laboratório de Polícia Criminal)

Pergunta o meu “senso comum”:
Tendo sido usados (desperdiçados) tantos meios, numa investigação mal feita e mal conduzida que redundou em nenhuma prova, não se deveria concluir, imediatamente, pela inocência dos acusados?

Isso seria num País a sério, onde cada um responde pelos disparates que faz e onde não se toleram absurdos destes em assuntos de tal gravidade. Mas aqui cada alucinado faz o que lhe passa pela cabeça e obtém, sempre, total cobertura e cumplicidade, por mais perversos que sejam os resultados.

Eis que aparece um outro “artista”, Gonçalo Amaral, a explicar que detectou incoerências nos depoimentos das pessoas e: “a partir daí foi tentar perceber o que aconteceu”.

Se ele se tivesse limitado “a perceber” (coisa que ainda pressuporia capacidade para tal) estaria tudo bem; mas o que os factos subsequentes demonstram, sem margem para dúvidas, é que construiu uma fantasia macabra, própria de mente perturbada em busca de protagonismo, e a impôs à realidade, a todo o custo.

Vejam o vídeo com atenção e poderão verificar que, em casos de desaparecimento, Guilhermino Encarnação diz que podem estar por detrás: “os crimes de rapto, sequestro, tráfico de pessoas, associação criminosa”. Mas nenhuma dessas pistas foi seguida e nós ficámos sem saber o que aconteceu à pequena Joana…Só sabemos que dois dos seus familiares foram espancados e condenados por um crime que não cometeram.

Ao invés de seguir aquelas hipóteses e pistas, Gonçalo Amaral decidiu-se por outra tese e empenhou-se em “prová-la” contra todas as evidências. Vai daí, arma em grande “psicólogo” e “percebe” logo que João Cipriano está a “passar uma mensagem”. Raciocínio sublime, não me digam que não… o problema é que o papel dum investigador é PROVAR, objectivamente (e não com conjecturas) o que afirma. Elucubrações filosóficas não são PROVA

Mas há mais (e pior, se tal for possível): este “artista” ainda afirma esta coisa absurda e fantástica: O facto de a polícia ter realizado as várias diligências (sem quaisquer resultados concretos) permitiu-lhes (aos polícias) testemunhar em Tribunal e isso “constitui prova”. E acrescenta referindo-se a João Cipriano: “podia ele ter-nos indicado o sítio onde estava o corpo, ou (…) E NÓS NÃO VERMOS”

Isto é prova? Mas prova de quê, pergunto eu? Só se for da cretinice e incompetência quer de polícias quer dos tribunais. Desde quando é que conjecturas, meras hipóteses, cuja probabilidade de acontecerem resulta, em exclusivo, da incompetência policial, são prova? “Prova” de quê?

Tenham cuidado e tomem nota de tudo o que os vossos familiares vestem porque, se acaso não souberem bem pode vir a polícia acusar-vos de coisas horríveis. Nunca vos aconteceu não saberem o que vestem os vossos familiares? A mim já aconteceu.

Temos, portanto, um exemplo dum caso onde se desperdiçaram muitos meios e recursos para depois a prova apresentada em Tribunal se resumir às conjecturas das mentes alucinadas duns quantos “investigadores” sem escrúpulos, que assim se revelam analfabetos funcionais. Essas conjecturas incluem, até, a confissão e exibição da própria incompetência, como nesta frase: “podia ter indicado… E NÓS NÃO VERMOS”.
Estes investigadores conseguem “fazer prova” até com aquilo que “podia” ter acontecido e e eles, de tão incompetentes “não verem”. Podiam?
Mas então para quê desperdiçar tantos meios? Nenhuma das provas usadas foram encontradas ou apuradas com esses meios!
Estes sim (os investigadores e seus superiores) é que deviam estar na cadeia.

Depois disto não nos venham falar de falta de meios para justificar a “CRISE DA JUSTIÇA”, nem de procedimentos, nem de regras processuais, nem da lei.

Ah! E também não nos venham falar de “falta de provas” ou de “garantismos” para “justificar” a impunidade assegurada aos grandes criminosos, aos corruptos, aos traficantes, aos mafiosos; ou para justificar os fiascos das grandes investigações anunciadas com pompa e circunstância de cujas resulta nada, sempre.

É para acabar com tudo isto e com a cumplicidade dos políticos que eu defendo A VALORAÇÃO DA ABSTENÇÃO.

É também para acabar com esta bandalheira, com esta pouca vergonha que nos avilta a todos e nos destrói, como sociedade e como nação, que eu proponho que este e outros assuntos sejam referendados


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APELO!
Atenção às campanhas mais recentes:
-- Petição Para Valoração da Abstenção
-- Assine a petição AQUI, ou AQUI ou AQUI, ou AQUI, ou AQUI
-- Denúncia de Agressão Policial
-- Petição contra os Crimes no Canil Municipal de Lisboa
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2007/02/13

Os Assuntos Que Queremos Referendados!

Referendo sobre a Despenalização da IVG!
O SIM Ganhou! Parabéns a todos os que participaram e se mobilizaram por uma sociedade mais digna e mais evoluída.

Os resultados do referendo acerca da despenalização da IVG (despenalização das mulheres que recorrem ao aborto) abriu novas esperanças.

Com uma participação de 43,62% dos Eleitores (Abstenção de 56,38%) o Sim teve, ainda assim, um resultado expressivo de 59,26%, contra 40,74% do não.

Em 1998, no mesmo referendo sobre a despenalização da IVG, a abstenção foi de 68,11%, ficando-se a participação dos eleitores por uns escassos 31, 89%

Segundo os números oficiais, os resultados de 1998 foram de 48,28% para o Sim e de 50,07% para o Não.
Em 1998, o Não ganhou com uma diferença de 48 624 votos. Agora, em 2007, o Sim ganhou com uma diferença de 699 491 votos.

Os defensores do Não fazem notar que o referendo não é vinculativo e pretendem usar esse argumento para distorcerem a vontade expressa nas urnas, de modo a criar condicionalismos na lei que tornem inacessível a prática da IVG no sistema nacional de saúde. Nós já sabíamos isso e sempre alertámos para esse perigo. Isto é gente que detém o controlo do poder, contra a vontade expressa pelos cidadãos e não se espera que abdiquem das suas prerrogativas absurdas e prepotentes numa questão que envolve tantos e tão obscuros interesses…

Este referendo não é vinculativo? O anterior também não era mas a lei, absurda, ilegítima e abusiva, manteve-se em vigor, violando os direitos fundamentais das pessoas, perseguidas sem o consentimento e a concordância expressa da sociedade… Já neste post publicado em Novembro de 2004 abordei essa questão

Mesmo não sendo vinculativo o resultado expressa bem a vontade, esclarecida, da população. E, não tenham ilusões os reaccionários, nem tenhamos nós dúvidas. Se este referendo não resolver o problema, se for necessário outro referendo, o problema será resolvido, porque as pessoas acabarão por perceber o que têm de fazer e fá-lo-ão.

Vejamos, com mais detalhe, a evolução dos resultados do anterior para este referendo. Este exercício é importante para percebermos um conjunto de coisas e para podermos perspectivar o futuro também em relação à resolução doutras questões.

Neste referendo votaram mais 1 150 mil eleitores do que no anterior. Os votos Sim cresceram 71%, enquanto que os votos não cresceram apenas 13%. Registe-se o facto de os brancos + nulos terem duplicado e o esforço dessas pessoas para tornar o referendo vinculativo, mesmo não querendo optar em relação à pergunta.

Não vou refazer as contas, porque não se justifica, ao contrário das eleições, onde está em jogo a credibilidade e o apoio expresso a quem é votado e, consequentemente, a sua legitimidade para decidir em assuntos que dizem respeito a TODOS. Aqui trata-se duma decisão; decide quem participa… A diferenciação ainda se justifica porque os eleitos são aldrabões, mentirosos e vigaristas (e reivindicam o direito de continuar a sê-lo mesmo contra a opinião maioritária).

Os defensores do não (e os intelectualoides misantropos que passam o tempo a se desculpar com “os outros” para disfarçarem as suas limitações e a sua influência negativa) fazem notar que o referendo não é vinculativo, devido ao valor elevado da abstenção, usando isso como arma de arremesso contra quem se queixa dos políticos e da situação, mas há muitas outras coisas que se devem “fazer notar”

1- A influência da abstenção técnica (devida à manutenção, absurda e perniciosa, de eleitores fantasma nos cadernos eleitorais) na vinculabilidade do resultado;

2 - A urgência na institucionalização do voto electrónico, seguro, não vigarizável; permitindo a todos e cada um dos eleitores votarem em qualquer parte, sem necessidade, sequer, de se deslocarem a uma mesa de voto, como forma de reduzir, substancialmente, a abstenção. (Mas com o funcionamento, também, das mesas de voto… electrónico). Até o Brasil já conseguiu, embora de forma ainda insípida e insuficiente, adoptar o voto electrónico; só neste atraso de país é que não se consegue, apesar dos choques tecnológicos, da “aposta” na inovação e apesar do “Simplex”. Na prática o que se quer e o que se impõe à sociedade e aos cidadãos é o “Complicadex”

3- A urgência na institucionalização do voto electrónico, seguro, não vigarizável, permitindo a abolição da abstenção técnica e prevenindo as vigarices eleitorais que sempre acontecem em todas as eleições, permitidas pelo “papelinho na urna” à mercê da maior ou menor honestidade e idoneidade de cada um dos elementos das mesas… e dos outros que estão a seguir.

Colocadas estas questões prévias e a necessidade de avaliar os resultados com estas condicionantes, vamos às questões que considero realmente (e transcendentemente) importantes, quanto à leitura dos resultados do referendo.

A questão do aborto é uma questão particular, delicada, acerca da qual se tem gerado muita confusão e dito muitos absurdos em forma de campanha nazi. Nestas questões, os que não estão directamente envolvidos tendem a alhear-se porque ainda existe uma grande quantidade de pessoas manipuláveis pela PROPAGANDA e pela demagogia. Até alguns dos que estão directamente envolvidos se alheiam porqque acham que os seus casos são especiais (só eles é que devem decidir e decidem sempre bem...), mas quando se trata "dos outros" há que ter cuidado porque, se não, é uma desgraça... Por isso a questão é pouco mobilizável…
Idem para o referendo sobre a regionalização. Este nem a mim mobiliza porque não creio que a resolução dos nossos problemas passe por aí…

Os Referendos Que Nós Queremos!

Ao invés de fazerem referendos sobre questões controversas, pouco mobilizadoras e particulares, os nossos políticos deviam referendar as questões importantes, que permitem resolver os nossos problemas colectivos, aqueles que dizem respeito a todos.

Esses problemas (esses assuntos a referendar) são:

a) A alteração deste sistema eleitoral vigarista e a valoração da abstenção (para que os cidadãos possam responsabilizar e punir os políticos pelos seus actos perversos e pela sua cumplicidade para com a perversidade doutras instituições, com especial destaque para a Justiça)

b) Redução do número máximo de deputados para 150 (correspondentes a 100% dos votos), para acabar com aquela chulice vergonhosa dum parlamento inútil mas que absorve 10% da despesa corrente do Estado.

c) Acabar com os vencimentos escandalosos, com as acumulações de reformas com vencimentos, de reformas com reformas. Estabelecer limites superiores para reformas e vencimentos indexados aos valores mínimos e médios.
P. Ex: valor máximo de reforma ou pensões (ou de acumulações de reformas ou de pensões) nunca superior a dez vezes a pensão mínima ou 5 vezes as pensões e reformas médias. Idem para os vencimentos. Princípios de aplicação universal, sem excepções de qualquer natureza, porque em situações criminosas como a actual não se aplicam os princípios dos “direitos adquiridos”; chulice e roubo não são “direitos” mas crimes. Faço notar que as regras que aqui proponho em conjugação com o ponto 2, permitem economizar mais de 20% da despesa pública corrente

d) Eliminação dos prazos de prescrição judiciais para crimes graves. As prescrições só devem manter-se para pequenos crimes e desde que não haja danos de terceiros ou estes tenham sido reparados. Os direitos do estado nunca prescrevem. Aumento, considerável, das penas de prisão para crimes graves. Estabelecimento do princípio da equidade em matéria de sentenças; isto é: dois crimes iguais não podem ter sentenças muito diferentes, nem os crimes mais graves podem ter sentenças inferiores às dos crimes menores.

e) Estabelecimento do princípio da responsabilização individual dos profissionais públicos e da justiça e da sua punição, devendo as indemnizações pagas pelo Estado às pessoas injustiçadas ser suportadas pelos respectivos decisores e intervenientes, que devem ser punidos criminalmente, afastados das suas funções e perder as regalias sociais adquiridas no exercício dessas funções.

Tudo o que se diz aqui é ÓBVIO mas, nas mãos dos nossos políticos, legisladores e decisores, nada é o que deve ser, bem ao contrário: tudo se subverte e perverte deixando-nos reféns da perfídia da aplicação das regras de forma cega, tendenciosa e premeditadamente perversa.

Visto que os políticos não sabem resolver os nossos problemas colectivos (ou sabem e não querem) deixem-nos ser nós a decidir, para podermos correr com eles e permitir que os cargos sejam ocupados por quem sabe e quer resolver os problemas, porque há quem saiba e queira e porque TODOS os problemas têm solução.

Asseguro-vos que, mais facilmente e mais depressa do que no caso do referendo do Aborto, as pessoas irão compreender estas questões e perceber o que tem de ser feito para acabar com esta bandalheira em que vivemos... e fazê-lo.

Peço a todos que reenviem esta mensagem.

2007/02/08

O Caso da Esmeralda e o Habeas Corpus

A nossa justiça está sequestrada pelo pior tipo de gente que existe. Esta é uma das situações que nos mantêm em constante sobressalto, que nos mantêm reféns do “atraso ancestral” e endémico de que padecemos, de que todos se queixam, mas em que TODOS colaboram.

Tal como eu temia e o afirmei, o STJ decidiu, mais uma vez, afrontar a cidadania e, numa manifestação de arrivismo e prepotência gratuitos, recusar o Habeas Corpus do sargento Luís Gomes, mantendo a prisão preventiva deste pai adoptivo, confirmando a punição que lhe foi imposta, por uma “justiça” infame, por ter socorrido uma criança em situação de necessidade…

Afrontar os cidadãos com decisões pérfidas e escandalosas é o comportamento habitual do STJ. Vejam-se Este Caso, Ou Este.

A generalidade dos pedidos de Habeas Corpus apreciados pelo STJ são liminarmente recusados.

Ah! Mas não são todos recusados. Alguns dos pedidos atendidos (decididos favoravelmente) também são motivo de escândalo.

Lembram-se deste caso já aqui referido várias vezes, ocorrido em Outubro de 2004?

“Franclim Pereira Lobo, um dos mais importantes narcotraficantes portugueses, libertado na passada quinta-feira, depois de o Supremo Tribunal de Justiça ter deferido um pedido de habeas corpus, conforme o JN noticiou ontem, terá abandonado o país no mesmo dia, fugindo para o estrangeiro”.
Depois, cada um veio contar a sua mentira, apresentar a sua conjectura e argumento falacioso para “desculpar” o indesculpável: o facto de todas as instituições da justiça se terem conluiado para garantir impunidade e fuga a este traficante, amigo e comparsa deles.


Também este caso, do traficante Franclim Lobo, provocou escândalo e o STJ decidiu afrontando a cidadania, tal como agora.

Claro que, estando o sargento Luís Gomes preso por praticar o bem e não por ser um grande traficante de droga, não tem direito “aos favores” dos membros do STJ, que estão exclusivamente reservados a mafiosos, porque os cidadãos e os seus sentimentos, esses nunca são considerados e são sempre afrontados.

Há uma outra questão que gostaria de colocar à vossa consideração:

Esta situação teria sido muito facilmente evitada quando o casal acolheu a criança, se as pessoas não estivessem de boa-fé e se não confiassem na boa-fé da justiça que, como vemos, não existe.

Para resolver este problema bastaria que o pai adoptivo, com a colaboração da sua mulher e da mãe biológica, se tivesse deslocado à Conservatória do Registo Civil e este se tivesse declarado pai biológico, confirmado pela mãe biológica e com o consentimento da mulher, procedendo a um novo registo de nascimento. Isso determinaria a extinção do processo de investigação de paternidade e o pai biológico viveria o resto da sua vida na ignorância (que é, ao que parece, o seu estado natural).

Eu defendo que todas as pessoas têm o direito de conhecer a sua “informação genética”; isto é: têm o direito de saber quem são os seus pais biológicos. Também acho que, nos nossos dias, não se justifica que as pessoas corram o risco de descobrir que não são filhos daqueles a quem consideram pais por força de alguma emergência e eventual necessidade terapêutica…

Mas, como podemos verificar com mais este exemplo (do caso da Esmeralda), o preço que a perfídia das nossas instituições nos obriga a pagar, (a toda a sociedade) por esse direito (de cada um saber de quem é filho) é demasiado elevado e incomportável.

Mais grave é que as pessoas se vejam na necessidade de recorrer a estratagemas para se defenderem e poderem defender os que amam (com especial destaque para as crianças) dos actos pérfidos, criminosos e socialmente destrutivos das instituições da Justiça…

Este tipo de decisões de que aqui se dá exemplos e esta forma perversa de actuar (e de decidir) por parte do STJ deveria provocar um coro incessante de protestos a todos os níveis, com especial destaque para os deputados (e jornalistas se entre estes houvesse gente digna) que foram eleitos para garantir a democracia e nos representar, mas que não fazem uma coisa nem outra.
O coro de protestos e a indignação deveria ser tal que estes escândalos tivessem de ser corrigidos e não se pudessem repetir.
Mas, nestes casos, os cidadãos ficam a falar sozinhos...
Ao contrário, alguns deputados participam nisto no âmbito das suas “actividades” profissionais, como se pode ver aqui: “Ainda há uns dias ouvi, na antena aberta do canal 1 da RDP, um relato impressionante duma senhora que lutou, durante anos, contra os arbítrios da justiça, em processos pejados de ilegalidades e que vem assistindo, agora, ao sucessivo arquivamento, por parte do Ministério Público, das denúncias que fez dessas mesmas ilegalidades, em que está envolvida a actividade, como advogado, dum deputado à Assembleia da República.”

Mas mesmo os deputados que não estão directamente envolvidos integram, nas calmas, um Parlamento que trata de protagonizar os seus próprios escândalos.
Coitados! Não percebem que são eles que dependem da democracia e não a democracia que depende deles. Não percebem que a Democracia Representativa é apenas um modelo de democracia. Não percebem que, ao serem inúteis para a democracia e ao destruírem a democracia, estão a cavar a sua própria ruína…

2007/02/07

O Meu Blog Mais Visitado!

Pensava eu que este blog, SOCIOCRACIA, a minha "página principal", era o meu blog mais visitado.

Na passagem da blogger para o google decidi aproveitar para colocar um contador de visitas em "REMÉDIOS CASEIROS" e descobri que aquele meu blog tem, aproximadamente, O TRIPLO DAS VISITAS deste.

Espero e desejo que possa ser útil a muita gente...

Actualização em 16 de Março de 2010

Quando escrevi o texto acima, o meu blor "Remédios Caseiros" tinha cerca de 300 visitas diárias. Actualmente tem mais de 7 mil visitas diárias e já ultrapassou as 8 mil visitas, várias vezes...


Como espero e desejo que as opiniões expressas aqui possam motivar muita gente a participar (com a sua contribuição insubstituível, com a legitimidade que é só sua) para melhorar a sociedade e o Mundo, para resolver os nossos magnos problemas...

APELO!
Atenção às campanhas mais recentes:
-- Petição Para Valoração da Abstenção
-- Assine a petição AQUI, ou AQUI ou AQUI, ou AQUI, ou AQUI
-- Denúncia de Agressão Policial
-- Petição contra os Crimes no Canil Municipal de Lisboa

2007/02/06

Os Vôos da CIA!

O PGR vai abrir um inquérito para investigar a questão dos vôos da CIA.

Talvez fosse mais produtivo o PGR "tratar de arrumar a casa", fazer o que lhe compete e lhe foi determinado pelo Pacto da Justiça, antes de se aventurar em inquéritos de desfecho duvidoso em matéria criminal, duvidosa utilidade prática para os cidadãos deste país, já que a questão é essencialmente política e são os políticos que devem responder por isso. Não creio que esteja nas mãos do PGR punir as decisões políticas, e muito menos creio que ele o pretenda fazer. É, portanto, um inquérito para entreter e para gerar notícias.
eu até concordaria com um inquérito desses, se estivéssemos num país onde se pudesse confiar na justiça, onde a justiça não enfrentasse problemas gravíssimos de funcionamento e de impunidades absurdas, que destroem a sociedade e o País. Assim Não! A utilidade dum tal inquérito, promovidopor uma "justiça" que funciona como a nossa é nula!

Francamente, com tantos problemas gravísssimos que a justiça enfrenta, devido ao seu mau funcionamento (coisas, essas sim, da competência do PGR), o anúncio dum inquérito destes cheira a encenação; mais uma desculpa para virar a cara aos problemas que realmente importa resolver...

Ms eu disse, desde o início, que este PGR está destinado a ser o "Santana Lopes" da justiça... parece que ele próprio está apostado em me confirmar... dispenso e preferiria me enganar...

2007/02/01

Pai Adoptivo Condenado Por Sequestro (II)

Voltamos a analisar os meandros daquele caso “esquisito” do pai adoptivo que foi condenado a 6 anos de cadeia por sequestro.

Os meus amigos ir-me-ão desculpar por voltar a este assunto, mas os recentes desenvolvimentos (e as opiniões que li e ouvi) a tal me obrigam.

A mobilização da opinião pública e o pedido de “Habeas Corpus” obrigaram o CSM (Conselho Superior da Magistratura) a divulgar o acórdão que condenou o pai adoptivo… Já é um começo que S. Exas reconheçam, ao cidadão, o direito de estar informado e de se pronunciar.

Acresce que, como vem sendo usual, ao jeito de uma qualquer praga, alguém veio aqui, ao texto anterior, deixar um daqueles comentários torpes, de neo-nazi, a “exigir" que se lesse o tal acórdão (e se concordasse com tamanho absurdo…)

Acresce que o STJ já veio assumir a sua intenção de recusar o "habeas corpus"… assinado por mais de 10 mil pessoas.

Acrescem outras “análises” por onde perpassa muita confusão e “desordem”.
Para mim foi um choque e uma surpresa encontrar algumas dessas “análises” em “O Jumento”, onde deixei alguns comentários contundentes que irei usar para “construir” este texto

Para além disso, já o disse neste comentário e repito, a atitude de divulgação do acórdão: “Para mim, é um indício claro de que os juízes se preparam para afrontar a indignação das pessoas e manterem, contra tudo e contra todos, as decisão absurda, “produzidas” até agora.”

Mais recentemente noticiou-se que o Tribunal Constitucional deu razão aos pais adoptivos e reconheceu o seu direito como partes no processo… mas também isso nada significa, porque as nossas instâncias judiciais são exímias em ignorar as decisões do T.C., como são exímias em ignorar a lei, o direito, a justiça, ou o que quer que seja que contrarie os seus actos e decisões pérfidas, infames e absurdas, como é este caso.

Iremos iniciar esta “opinião” pela transcrição dos FACTOS existente no tal acórdão, porque, como é nosso apanágio na avaliação de casos desta natureza, restringimo-nos à análise, CORRECTA, dos FACTOS. Deixamos aqui os factos para que se confira que nada do que vamos dizer os ignora ou adultera...
São eles:
1. A menor E... nasceu no dia 12 de Fevereiro de 2002,
9. Em 28 de Maio de 2002, a mãe da menor, através de terceira pessoa (uma sua amiga), entregou-a ao casal Luís/Adelina
16. Em 11 de Julho de 2002, o pai biológico é ouvido no âmbito do processo de averiguação oficiosa da paternidade
18. Baltazar é notificado do resultado dos exames que o dão como pai biológico da E..., perfilhando-a de imediato no dia 24 de Fevereiro de 2003, tendo sido o termo de perfilhação rectificado em 30 de Abril de 2003 (REPP e PC);
19. Entretanto, em 20 de Janeiro de 2003, o casal Luís/Adelina intenta no Tribunal Judicial da Sertã um processo de adopção (PC);”

Antes de passarmos à “leitura” dos factos vejamos a questão da “investigação de paternidade”.
A INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE é uma acção intentada pelo Ministério Público (em representação da respectiva criança), na sequência de informação, OBRIGATÓRIA, do oficial do Registo Civil, da existência de registo de nascimento sem a comparência e reconhecimento de paternidade por parte do progenitor masculino.
A acção de investigação de paternidade é um direito da criança e, nela, o presumível pai é o RÉU.

Esta questão é trazida aqui porque, no caso em apreço (à semelhança do que acontece em todos a decisões pérfidas, absurdas e criminosas da justiça, que são muitas, demais), toda a argumentação a favor (dos direitos) do pai biológico subvertem a lógica e os objectivos de tal acção, que passa a corresponder não a um direito da criança (onde o pai é réu), mas a um direito do pai (do réu), sem cuja decisão não existem deveres.
É nesta lógica que assentam os fundamentos da decisão judicial e do acórdão que a confirmou…

Meus senhores! Ponhamos as coisas no seu lugar, porque assim torna-se fácil resolver os problemas de forma eficiente, sem escândalos.

Os deveres que a lei especifica para o pai biológico iniciam-se com a existência da criança e não com a condenação do pai em acção de investigação de paternidade

Todo este imbróglio se iniciou com a acção, CONDENÁVEL e ILEGÍTIMA, do pai biológico de recusar assumir (ou sequer ponderar) a paternidade da criança em causa. Donde se concluiu que tudo o que vem a seguir é culpa dele.

Claro que os machistas inveterados, acharão que, enfim… coitado do homem… estava no seu direito.
Estaria? Não é isso que diz a lei!
Mais grave! Não é isso que dizem a regras de civismo, de honestidade e de idoneidade
.

Ao rejeitar a paternidade e, sequer, admitir a hipótese, o pai biológico maltratou mãe e filha. É, portanto, um progenitor mal tratante!

Ele (e os que pensam como ele ou o apoiam por outros motivos inconfessáveis) pode argumentar, machistamente, que não confiava na honestidade da mãe. Nesse caso não se devia ter envolvido com ela. Que dizer de pessoas que se envolvem intimamente com outras de cuja honestidade duvidam?
Porém, nem o facto de duvidar da honestidade da mãe lhe dava o direito de proceder de forma tão pérfida, até porque, como se confirmou, a única honestidade de que se deve duvidar é da dele, porque ela falou verdade não teve dúvidas na identificação do pai da criança. Ele nem duvidou de que pudesse ser o pai. Estava convicto (de que não era)!

O pai biológico não actua como quem tem dúvidas (mesmo assim infundadas e, portanto, motivadas pela sua falta de idoneidade), mas como quem se acha no direito de molestar, os outros, impunemente, mesmo que sem qualquer fundamento. O pai biológico é um mal tratante.

A atitude do pai biológico agrava-se pelo facto de a sua recusa ter colocado em causa e feito perigar a sobrevivência de ambas, mãe e filha, a ponto de a mãe se ver obrigada a entregar a criança aos cuidados de terceiros para garantir o seu bem-estar. E aqui, revelando, uma outra idoneidade e bondade de carácter, aquele casal acolheu a criança e amou-a, cuidou-a, MESMO SABENDO QUE NÃO ERA FILHA DELES.
O pai biológico foi quem originou todo o problema e “legitimou” as pretensões dos pais adoptivos que o substituíram nas suas obrigações.

Atenhamo-nos aos factos e às regras da vida. Se todos nos queixamos da burocracia e morosidade dos tribunais e restantes instituições, que têm produzido efeitos catastróficos em casos destes, porque a vida e a satisfação das necessidades das crianças não se compadecem com tais delongas, não podemos admitir que este pai biológico mantenha todos os seus direitos de progenitor impoluto, depois de demorar tanto tempo a se “decidir” a assumir as suas obrigações. Repito que a investigação de paternidade é um direito da criança e não do pai, cujas obrigações sociais e legais se iniciam com a existência da criança.

Ou seja: estamos em presença dum pai biológico que se recusa a amar e socorrer uma criança, MESMO SABENDO QUE PODIA SER SUA FILHA, e dum casal que se disponibiliza para socorrer, acolher e amar uma criança, MESMO SABENDO QUE NÃO É FILHA DELES.
Estou a tentar explicar a pessoas como o nosso “amigo” jumento que teima em afirmar que não sabe o que quer dizer “pai do coração” ou “pai afectivo” os direitos inalienáveis que os pais adoptivos têm sobre a guarda da criança e como os adquiriram; isto é: quem lhos “deu”.
Já a minha avozinha dizia que: “parir é dor, criar é amor!”… E este pai biológico nem sequer pariu… para ele apenas quis o prazer inconsequente e as atitudes condenáveis que quer impunes.
Portanto, para o nosso amigo jumento ou para outros que falam a mesma língua, se você não percebe o defeito é seu, não nosso.

Têm toda a razão os pais afectivos ao fazerem tudo para proteger esta criança da decisão, pérfida e absurda, do Tribunal.

O Tribunal decidiu afastar, pela violência e cruelmente, esta criança do seio duma família que a ama incondicionalmente para a entregar a um pai biológico e a um “núcleo familiar” onde aparece com o estigma de ser “a filha da galdéria”, da “oportunista” que engravida para obter a nacionalidade, segundo um comentário de cariz nazi e xenófobo que apaguei. Não há dúvida de que a nossa justiça está dominada e refém do pior tipo de gente que existe. As injúrias e calúnias que esta gente vil “inventa” para se “justificarem”.

Acresce que, agora, (com a paternidade estabelecida e a consequente obrigação do pai de prestar alimentos), a situação da mãe biológica alterou-se, até porque já tem emprego e esta também tem direito a reclamar a guarda da criança.

Aliás, do meu ponto de vista, a criança só poderia ser entregue ao pai mal tratante desde que não houvesse qualquer outra possibilidade de assegurar a sua sobrevivência.

Se for retirada à família de acolhimento então que fique com a mãe, para evitar o estigma… Ao menos a mãe pariu-a e cuidou-a o melhor que pode, o pai nem isso…

Mas estas são as questões relacionadas com a guarda da criança e respectivas decisões. Porém (e ao contrário do que assume o Jumento) o movimento de cidadania mobilizou-se para assinar um habeas corpus contra a prisão, CRIMINOSA, do pai adoptivo, por um crime que não cometeu, que nem intentou cometer.

Eu percebo a atitude dos pais adoptivos de protegerem a criança dos perigos que qualquer pessoa percebe menos aqueles antros que são os nossos tribunais. Mas a questão é mais grave, porque o pai adoptivo foi condenado por sequestrar uma criança que lhe foi entregue pela mãe (mais uma vez a mãe e os respectivos problemas, legitimidade e direitos a serem tratados abaixo de cão. Afinal parece que também o tribunal decide confirmar, para a criança, o epíteto de “filha da galdéria” desprezível e desprezável).

O pai adoptivo não praticou qualquer crime de sequestro e, portanto, não pode nem deve ser ou estar preso por isso. Ao contrário, o Tribunal condenou-o, CRIMINOSAMENTE, praticando um acto de retaliação, punindo a sua atitude de socorrer, acolher e amar aquela criança, ao serviço e ao jeito do pai biológico, que se deve sentir inferiorizado por não ter sido capaz de amar uma criança, nem mesmo pensando que podia ser sua filha.

Neste caso tem toda a razão a “cidadania”.

Resta a revolta “da cidadania” por ver serem tratadas assim as pessoas que agem correctamente, socorrendo as crianças em perigo. Estes pais adoptivos merecem outro tratamento e outro reconhecimento. Têm-no, por parte da cidadania. Esperemos que a justiça arrepie caminho e decida como deve.

Claro que, depois de criadas estas situações absurdas, as soluções óptimas (e as únicas que deveriam existir, nestes casos que envolvem crianças), as soluções de consenso, são muito difíceis de obter.
Até porque não se espera do pai biológico, que sempre actuou mal, que agora arrepie caminho na sua “prepotência” arrogante, depois de ver um tribunal incentivá-lo decidindo a seu favor.

Também não se pode esperar de pessoas que estão convictas da sua razão (e a têm toda) que abdiquem de proteger a criança que amam, destas decisões de gente louca e sem alma.

O consenso e o acordo que seria possível (e fácil) obter no início (confrontando cada um com as suas responsabilidades e respectivas consequências), para assegurar a estabilidade da criança, a estabilidade do casal que a acolheu e também o direito da criança de conhecer os seus pais biológicos, é agora difícil, se não impossível porque, mais uma vez, a “justiça” actuou da pior forma possível, agravando os problemas e promovendo antagonismos.

Talvez este casal necessite de apoio e de “solidariedade” para a enorme tarefa que os espera, com todas as suas possíveis consequências; o que não necessitam, nem é justo que tenham, é retaliação, condenações e maus tratos físicos e psicológicos, por terem praticado o bem acolhendo e amando a criança.

Mas a nossa sociedade é mesmo assim: há pessoas que gostam de “criar” bodes expiatórios da sua própria falta de idoneidade e de civismo, estigmatizando outros sem motivo e crucificando-os publicamente com juízos de valor e processos de intenções que só aviltam quem os emite.

Quanto à justiça, a perfídia nas suas actuações e decisões também é habitual… O que não pode ser é normal ou tolerável.

É para acabar com tudo isto e com a cumplicidade dos políticos neste descalabro de situação que se vive na nossa justiça e isntituições que eu defendo A VALORAÇÃO DA ABSTENÇÃO

2007/01/31

Esclarecimento!

Na passagem do blogger para o Google (e porque fiz a asneira de aproveitar para alterar o "Template") perderam-se todos os links da margem direita.

Agora há que refazer tudo, mas vai levar algum tempo.

Peço desculpa a todos.

2007/01/29

Que Se Passa Na Fundação D. Pedro IV?

O Blog "Randomblog 02" tem vindo a publicar um conjunto de textos e comunicados em que são relatadas situações "tortuosas" ocorridas na, e com a, Fundação D. Pedro IV que, entre outras actividades, também tem "Estabelecimentos de Infância".

A situação mais recente prende-se com a degradação da assistência prestada às crianças, com a natural preocupação dos respectivos pais, e com a "promessa" da direcção da Fundação de despedir mais 10 pessoas.

Nós sabemos que as situações absurdas, como esta, acontecem todos os dias, por todo o País, ignorando as opiniões, as preocupações e as denúncias dos cidadãos envolvidos e engrossando a "Bola de Neve" do descalabro social em que nos encontramos.

Todos os casos merecem atenção mas nem todos chegam ao nosso conhecimento... Porém, este caso, para além de ter chegado ao nosso conhecimento, é mais uma situação que envolve crianças e a qualidade da assistência que lhes é prestada, área de particular sensibilidade... PELO MENOS DO NOSSO PONTO DE VISTA.

As condições de prestação de assistência às crianças deve ser tal que nenhum pai (ou mãe) possa ver recusada a admissão da sua criança em "estabelecimento" apropriado, quer na qualidade quer na localização. Ora, segundo os relatos, esta Fundação tem vindo a despedir (e intenta continuar a fazê-lo) trabalhadores, ao mesmo tempo que recusa a admissão a crianças...

Compreende-se, porque, a julgar pelos relatos existentes aqui, a "assistência" não é, nem de perto nem de longe, a principal preocupação dos responsáveis da citada Fundação, Instituição Particular de Solidariedade Social.

Na sua história, assumida, podemos ler: "Em 2004 expande a sua actividade na acção social assumindo a gestão da Mansão de Santa Maria de Marvila, um dos maiores equipamentos da Segurança Social em Lisboa. Deixa de prestar serviços exclusivamente relacionados com a infância e a habitação social."

Esta Fundação D. Pedro IV (o seu fundador está a dar voltas no túmulo) já é nossa conhecida (das notícias) pelos piores motivos. Por isso eu diria que a "principal" actividade da dita Fundação é a especulação imobiliária...

Todos se recordam destas notícias (dos aumentos, absurdos, das rendas das casas do IGAPHE) que esta Fundação "adquiriu" desta forma:
"Apostada em alargar ainda mais a sua actividade a novas áreas de intervenção a Fundação concorre e ganha dois concursos públicos para a gestão de arrendamento social e em 2005 passa a administrar cerca de 1500 fogos na zona da Grande Lisboa." Tal como pode ser "conferido" na sua assumida História...

Na nossa sociedade existem muitas pessoas interessadíssimas nos pobres e carenciados a cujos se empenham em prestar "assistência" mas, na generalidade dos casos, o verdadeiro interesse reside na "rentabilidade" dos negócios que tal "actividade" proporciona.
Afinal, tal como tudo o resto, os pobres e carenciados também têm o seu valor (um elevado valor), no "mercado"... Por isso parece existir tanta gente interessada em engrossar esse contingente (dos pobres e carenciados), ao contrário de resolver, condignamente, os problemas que nso afectam e que estão na origem dessas situações.

Como podem verificar nos documentos de origem, existe uma infinidade de "incidentes", envolvendo esta Fundação, que têm sido ignorados pelas instâncias competentes.

Este post vem a propósito da sinceridade das preocupações da nossa sociedade e seus protagonistas em relação à resolução dos problemas e carências sociais... com especial destaque e cuidado quando eles incluem o apoio e assistência às crianças e seus pais...

Estes problemas são fáceis de resolver. Mas se as nossas instituições nem os problemas fáceis resolvem...

E por isto e para acabar com isto que eu defendo a VALORAÇÃO DA ABSTENÇÃO.