2005/09/30

O País continua a saque! É fartar Ladroagem!

Do Editorial:
"Acharam escandalosa a reforma de Santana Lopes?
Então e o que acham destas declarações que recebi por mail?
Estes bandidos que estão no governo ainda têm coragem de pedir sacrificios !!!
APESAR de ter apenas 50 anos de idade e de gozar de plena saúde, o socialista Vasco Franco, número dois do PS na Câmara de Lisboa durante as presidências de Jorge Sampaio e de João Soares, está já reformado.
A pensão mensal que lhe foi atribuída ascende a 3.035 euros (608 contos), um valor bastante acima do seu vencimento como vereador.
A generosidade estatal decorre da categoria com que foi aposentado -técnico superior de 1ª classe, segundo o «Diário da República» - apesar de as suas habilitações literárias se ficarem pelo antigo Curso Geral do Comércio, equivalente ao actual 9º ano de escolaridade (note-se que, técnico superior, é categoria atribuída apenas a licenciados).
A contagem do tempo de serviço de Vasco Franco é outro privilégio raro, num país que pondera elevar a idade de reforma para os 68 anos, para evitar a ruptura da Segurança Social.
O dirigente socialista entrou para os quadros do Ministério da Administração Interna em 1972, e dos 30 anos passados só ali cumpriu sete de dedicação exclusiva; três foram para o serviço militar e os restantes 20 na vereação da Câmara de Lisboa, doze dos quais a tempo inteiro.
Vasco Franco diz que é tudo legal e que a lei o autoriza a contar a dobrar 10 dos 12 anos como vereador a tempo inteiro.
Triplicar o salário. Já depois de ter entregue o pedido de reforma, Vasco Franco foi convidado para administrador da Sanest, com um ordenado líquido de 4000 euros mensais (800 contos).
Trata-se de uma sociedade de capitais públicos, comparticipada pelas Câmaras da Amadora, Cascais, Oeiras e Sintra e pela empresa Águas de Portugal, que gere o sistema de saneamento da Costa do Estoril.
O convite partiu do reeleito presidente da Câmara da Amadora, Joaquim Raposo, cuja mulher é secretária de Vasco Franco na Câmara de Lisboa.
O contrato, iniciado em Abril, vigora por um período de 18 meses.
A acumulação de vencimentos foi autorizada pelo Governo mas, nos termos do acordo, o salário de administrador é reduzido em 50% - para 2000 euros - a partir de Julho, mês em que se inicia a reforma, disse, ao EXPRESSO, Vasco Franco.
Não se ficam, no entanto, por aqui os contributos da fazenda pública para o bolo salarial do dirigente socialista reformado. A somar aos mais de 5000 euros da reforma e do lugar de administrador, Vasco Franco recebe ainda mais 900 euros de outra reforma, por ter sido ferido em combate em Moçambique já depois do 25 de Abril (????????), e cerca de 250 euros em senhas de presença pela actuação como vereador sem pelouro. Contas feitas, o novo reformado triplicou o salário que auferia no activo, ganhando agora mais de 1200 contos limpos (6 185 euros). Além de carro, motorista, secretária, assessores e telemóvel."
Como vêem o analfabetismo compensa. A instrução e competência não interessam nada...

2005/09/29

Quem é "O Polvo"?

Atentem no conteúdo deste post, assunto retomado aqui (e linkado agora, porque aquela página deixou de ser acessível)!
Para além disto, que não me surpreende (os nossos males, crónicos, não caem do céu) eu acho que Soares é um dos principais responsávceis pela situação de descalabro em que o País vive.
Houve um outro blog que publicou uma história, interessantíssima e verosímil (é o comportamento do próprio que a confirma), sobre a vida de Soares. Mas quando fui para fazer o link não a encontrei...
Cavaco é, igualmente, responsável pela situação desastrosa do país! E para que haja democracia, aqui fica outra denúncia:
Constatei que a reeleição de Cavaco Silva foi conseguida à custa da compra de votos (dos quadros superiores e intermédios) de Empresas Públicas como o era a EDP, "compra" concretizada com o dinheiro da própria Empresa (que é como quem diz: dos consumidores e do erário público).
Quem quer dar alguma contribuiçaozinha?
Ou estão todos com medo?
Nos comentários ao post linkado, argumenta-se que, se fosse verdade, Cavaco teria usado a denúncia do caso... Quanta ingenuidade (ou quanta falácia mentirosa)! Então eles não comem todos do mesmo tacho e não têm que se "proteger" uns aos outros? E os "rabos de palha do próprio Cavaco?
Ou será que há quem ache que os nossos males caem do céu? Ou será que há quem pense que continuamos a ser ingénuos e estúpidos?
É por isso (e já não é pouco) que eu não voto neles...
Quanto ao poeta, ainda não me convenceu de que tem clarividência e firmeza suficientes para "lidar", adequadamente, com estas realidades... Parece-me "uma solução" de continuidade...

2005/09/28

As Presidenciais e a Esquerda (II)

No post “As Presidenciais e a Esquerda”, o amigo Charago diz que vota em Louçã, porque lhe parece “um político sério, corajoso e vertical”.
Para não particularizar a questão, vou explicar porque é que não voto nalgum outro candidato (excluindo Cavaco, Soares e Alegre, a quem nunca daria o meu voto).
Quanto às questões gerais, coloco todas as outras candidaturas no mesmo saco, porque se justifica. De facto, eu, por índole e por opção, não votaria, nunca, numa candidatura que o próprio candidato não leva a sério. Além disso, quanto a Louçã e Jerónimo, ambos já reconheceram, implícita ou explicitamente, que vão votar Soares, na segunda volta. E eu já aqui expliquei que, se tivesse que escolher entre Cavaco e Soares, o mal menor, votaria Cavaco e não votaria Soares.
Mas isso não quer dizer que não sinta uma enorme revolta quanto ao facto de toda esta gente, que se diz de esquerda, estar a "estender a passadeira vermelha" a Cavaco, pretextando exactamente o contrário. Não gosto que me vigarizem! Não gosto de ver vigarizar a nossa população. Não gosto que sejamos vítimas, todos, destas cabalas e destas maquinações conspirativas.
Neste momento, se a população procurar um motivo válido para escolher um candidato, não tem outra escolha, senão Cavaco Silva, por menos válido que seja o motivo da escolha. Os outros motivos são menos válidos, ainda. A outra opção é não votar, que é o que vai fazer a esmagadora maioria, mais de 50%, seguramente, como sempre fez.
Ou seja: prepara-se uma palhaçada semelhante às últimas eleições presidenciais, em França, onde a esquerda optou, por culpa própria, em votar no candidato da direita…
Ninguém, no seu juízo perfeito, acredita que algum destes outros candidatos (a que me refiro) acredite que pode ganhar as eleições, ou fazer a menor diferença (a não ser prejudicar os superiores interesses do país e da democracia).
Ninguém, no seu juízo perfeito, acredita que algum destes candidatos saberia o que fazer com o cargo se, eventualmente, ganhasse as eleições.
Candidatos com este perfil não têm hipóteses mínimas de mobilizar a população para votar, porque, nem que seja por instinto, os cidadãos não votam em quem não acredita na sua vitória, nem sequer quer ganhar a eleição. Se eles dizem o contrário, ou são burros, ou são hipócritas e estão a mentir.
Candidatos com estes perfis não contribuem para credibilizar a democracia e estão, objectivamente, a favorecer Cavaco.
O amigo Charago diz que considera Louçã “um político sério corajoso e vertical”. Eu não concordo com nada disso. E a maioria da população portuguesa também não.
Porque é que eu não concordo? Porque só se pode avaliar Louçã pelas suas palavras; e, de conversa, todos eles são muito bons. O pior é os actos, inclusive com Louçã (ou com qualquer dos outros candidatos já anunciados).
Aliás, para falar com sinceridade, acho que algumas das posições de Louçã seguem exactamente a mesma lógica das “posições” da restante oposição, mas revelam, nalguns casos, total ausência de sentido de estado. Louçã fala de alguns assuntos de modo a deixar perceber total irresponsabilidade, de quem se coloca na posição, cómoda, de só ter que estar contra, não precisar de se preocupar com soluções eficientes e exequíveis. Aquilo a que, vulgarmente, se chama “demagogia”. Essa postura transparece para a opinião pública e condiciona a credibilidade das pessoas, bem como a sua “adequabilidade” para se candidatarem a cargos desta natureza.
Pior! Esta constatação deixa transparecer que, se por um acaso, improvável e fortuito, uma pessoa assim fosse eleita, os perigos que adviriam para a sociedade, provenientes do facto de não saber o que fazer com o cargo, seriam muito maiores, porque aparece sempre alguém se aproveita para cometer todo o tipo de desmandos, com todo o à-vontade, até porque não tem que responder por eles…
Louçã, como qualquer outro, tem, sem dúvida, o direito de se candidatar, no actual enquadramento legal, com que eu não concordo.
Acho que os candidatos à Presidência da República (e também ao cargo de Primeiro Ministro, entre outros) deveriam ser obrigados a declarar a sua não filiação em partidos ou outras organizações com filosofia específica e disciplina de grupo, como é o caso da maçonaria, como condição para se poderem candidatar. Estas organizações (partidos e maçonaria) congregam, sempre, um reduzido número de cidadãos, pelo que a escolha dos respectivos membros excluiu os critérios e opinião da maioria das pessoas, sempre. Por isso também o elevado número de abstenções, nestas eleições. Sendo estes cargos de âmbito nacional, para representar TODOS os cidadãos, acho que essa condição prévia seria de primordial importância para se garantir a eleição de um presidente que possa, realmente, ser o “Presidente de todos os Portugueses”.
Estes candidatos (a que me refiro neste artigo) participam nesta campanha (para a Presidência), com a única finalidade de “divulgar” os respectivos partidos e “marcar posição” expressa em número de votantes (que são sempre em percentagens ridículas). Na verdade, desvirtuando, assim, as eleições para a presidência, aproveitando-se delas para fins diversos dos seus objectivos específicos, apenas conseguem comprometer, ainda mais, o prestígio dos políticos e, por arrastamento, os respectivos partidos. Mas eles são cegos e surdos, vivem noutra dimensão, não vêem nem percebem nada disso.
Aliás, se a memória me não falha, o único candidato à Presidência que conseguiu ser eleito, à primeira volta; portanto com uma percentagem mais confortável de votos espontâneos, foi o General Ramalho Eanes, que foi também a única candidatura realmente apartidária que houve, até hoje…
Por isso acho que estas candidaturas se inserem num folclore, em que toda esta gente se viciou, mas que resulta em mais e maiores entraves à resolução dos nossos problemas.
Estas candidaturas aparecem porque os partidos, no essencial, são todos iguais e igualmente sectários.
Para mim, um partido que preze o seu prestígio, deve assumir, de forma construtiva, o seu papel e lugar na sociedade, procurando contribuir para a resolução dos problemas.
Se as candidaturas dos próprios partidos não podem contribuir para isso, devem empenhar-se em encontrar e apoiar candidatos dignos, capazes de mobilizar a população, verdadeiros líderes, que possam contribuir decisivamente para a resolução dos problemas. Sim porque os verdadeiros líderes existem. Se não existem nos partidos, certamente que existirão fora deles.
Mas os partidos não querem a resolução dos nossos problemas; dos problemas da sociedade, com a participação dos cidadãos. As suas “ambições” quedam-se pelos tachitos, pessoais, e esses estão garantidos…
Além disso, todos sabem que considero a valoração da abstenção como uma medida de elementar democracia, capaz de introduzir alguma moralização nos desmandos dos políticos, para além de ser um bom antídoto contra as mentiras eleitorais.
E agora digam-me! Se eu posso lutar por esse objectivo, porque é que um qualquer partido não pode, independentemente da sua dimensão? Porque eles não querem aceitar o veredicto dos cidadãos e reconhecer a “sua verdadeira dimensão”. Preferem usar as dificuldades da sociedade como forma de chantagem e retaliação, por não receberem mais votos, sem se preocuparem com o facto de merecerem, ou não, esses votos. Até usam isso como desculpa para reivindicaram o direito de serem ineficientes (nunca têm nada a ver com nada).
Aqui, os partidos, todos os partidos, descem ao nível mais baixo da dignidade e idoneidade social. Vocês tenham paciência, mas eu tinha que dizer isto, porque as coisas óbvias são para se dizerem.
A Louçã, especificamente, eu já escrevi acerca deste assunto. Mas Louçã, como todos os outros, o que quer, na verdade, é a eleição de Cavaco Silva. Não quer democracia, não sabe lidar com a democracia, não aceita o “veredicto” da população, não sabe nem quer saber, ocupar o seu lugar e cooperar com a maioria para ajudar a resolver os problemas do país. (Idem para os restantes).
É aqui, verdadeiramente, que está a barreira entre os democratas e os que o não são. E os partidos não são democratas. Por isso a “esquerda” que na realidade não existe, aparece tão “dividida”, mas unida num objectivo comum: o de “estender a passadeira vermelha” a Cavaco Silva (ou então eleger um indivíduo como Soares, à semelhança do que fez no passado).
Aliás, isto é comportamento típico de quem não sabe como resolver os problemas da sociedade. Procuram ter, sempre, uma desculpa. A eleição de Cavaco Silva é uma boa desculpa.
A resolução dos problemas do País não interessa nada. Entre esse objectivo (que é o que a maioria da população quer) e a solidariedade entre os políticos, para que mantenham o domínio absoluto da sociedade e assim a destruam, eles preferem se conluiar com os restantes partidos, contra nós.
As pretensas divergências são “fogo de vista”. Aliás, já alguma vez resultou alguma vantagem para o progresso do país e resolução dos seus problemas fundamentais, das posições assumidas por Louça? (Idem para todos os outros). Olhem à vossa volta e concluam.
Se os partidos têm, realmente, os objectivos de contribuir par resolver os nossos problemas, então os respectivos líderes deviam ir, todos, cavar batatas, porque são uns incompetentes; só conseguem exactamente o contrário.
Este texto destina-se a explicar os meus motivos para não votar, não se destina a influenciar as opções de quem quer que seja.

2005/09/27

Atenção! Novos procedimentos da BT.

A Usura, prepotente, contra os cidadãos, levada ao extremo do desplante e da sofisticação… traiçoeiras.
Esta denúncia foi recebida por “e-mail”, de alguém que tem conhecimento directo (contactos) com estes novos “procedimentos”.

"Por este andar, no fim do ano estamos todos sem carta e sem carro para pagar as multas.
Recentemente, por ter contactos com agentes da autoridade GNR, foi-me "facultada" informação preocupante para quem anda na estrada e que para isso as Brigadas têm:
- Carros Novos;
- Novos Modos de Actuação;
- Detectores de Radares (Caça-B.T.)
- Radares Digitais;
- Bases de Dados Directas.
Assim sendo aqui vão as novidades.
Para provar o que digo, basta andarem fora da lei e mais tarde ou mais cedo têm uma surpresa das más!
Olhem que eles agora nem precisam mandar parar....
Na BT tem viaturas:
- Audi's A4, A6, A8 (sim A8!)
- VW's Golf
- Renault's Laguna
- Subaru's Impreza WRX (mas também há quem diga que já existem STi's)
- Skoda's Octavia (carrinhas c/ 2 ocupantes, cadeirinha de bebé atrás, autocolante de "Bebé a Bordo" e melhor que tudo, radares à frente e atrás. Têm ordens para não parar viaturas, filmam e mandam para casa).
- Opel Astra (8 viaturas)
- Toyota's Corolla (Atenção que têm olheiros nas Auto-Estradas que rola sempre a 120km/h com comerciais, sozinhos, e enviam informações digitalmente para os Impreza, Avensis, BMW, Audis, Nissan, Almera e Primera (A1 e A2 cinzas, brancos, azul claros, e pretos).
Modos de actuação:
Actualmente há ordens para não mandar parar nas Auto-Estradas!Assim, não há maneira de contestar a actuação dos agentes, que fazem o filme e enviam directamente para a DGV.
Depois, a DGV abre o processo e envia para o proprietário da viatura(mesmo que não seja o desgraçado, é ele que tem que informar quem foi o "artista", caso contrário paga o dono!).
Mais radares fixos estão a ser colocados na A1, A2, nas pontes, que depois enviam para o comando da BT tudo o que captam. Já os há também na CREL, CRIL, IC19, IC20 (Costa da Caparica), A5, A8, A23, IP3, IP5 e Via do Infante (Algarve).
Detectores de radar: Dão jeito, mas também dão belas multas que podem chegar aos 5000 EUR a BT tem nos BMW, Audis, Imprezas, Toyotas e Golf, detectores para esses aparelhos e podem legalmente mandar parar a viatura, e com 99.8% de certeza apreender o veículo para inspecção da DGV...
Depois queixem-se! - (o meu irmão ficou sem um Clio para pagar a coima, chegou aos 4800 EUR mais as custas do processo).
Há também, agora, um gabinete nacional na DGV, que canaliza informações diversas a outros departamentos e instituições nacionais, pelo que no final deste ano vão dar cabo de nós! As infracções ao código da estrada vão passar para uma base de dados nacional, à qual as seguradoras podem aceder sempre que haja renovação ou alteração do seguro e mesmo que não tenhamos acidentes.... voilá.... agravamento no seguro pois temos multas pendentes ou já pagas mas somos já "criminosos"! (cada vez melhor...).
Isto aplica-se para o ano também no selo municipal (para o comprar temos que pedir uma certidão do cadastro do condutor/viatura na DGV e só depois podemos comprar o selo (agravamentos até 100%).
Última hora!
Cuidado com os Seat Leon, pretos, cinzas claro e azuis... PSP Divisão de Trânsito tem uns "diabos camuflados" a circular em Lisboa tal e qual como a BT - Toyota Avensis, os tem nas Auto-estradas a circular... Os Seat têm dupla centralina, preparados pela Seat Motosport e os Toyota foram preparados pela Toyota Racing-Germany (ou TTE) com potências bem engraçadas... Seat Leon (bem normal - exterior) têm, meus senhores, um motor 2.0 (Gasolina) com 280 CV e TDI com 180CV.s
Toyota só os há a Gasóleo e têm todos 200 CV...
Atenção também aos Astra da BT...
Há lá uns "diabos camuflados" e já vi um em operação Stop na Ponte 25 Abril que apanhou um Saxo Cup roubado na saída do Fogueteiro com 9 tiros no carro e veio colado a ele a 232 Km/h (está filmado) passou na SIC a semana passada num programa sobre a criminalidade na sociedade Portuguesa....
E sabem, o “Astra” vinha a comer restos de pneu do saxo... a 2/3 metros dele!!! Um Leon da PSP e um Avensis da BT...
Os novos pirilampos estão o máximo, e as sirenes podem fazer tanto barulho que nem se ouve quase-nada!!!
Já agora, eu sei do que estou a falar..."

Agora a sério!

A pobreza, em matéria de candidatos presidenciais, e respectivas estratégias é tal que o que eles estão a fazer, todos, com esmero, é "estender a paçadeira vermelha" a Cavaco.
Se Cavaco ganhar estas eleições, os culpados são os actuais candidatos e os partidos que os apoiam, não sendo de excluir que tudo isto esteja a ser premeditado, preparado, "pelos mesmos"...

Ter, ou não, objectivos!

Augusto, do Klepsidra, ficou muito chocado com o meu post "Uma estranha forma de pensar" e eu aproveito para reafirmar tudo o que disse.
É pena, porque o Augusto costuma escrever bons artigos.
Neste caso, o único problema foi ter incluído a "teoria" de: "a culpa é dos outros" "da populaça, ignara e mal intencionada", (inimigos sem rosto), que é a forma como os culpados se costumam auto-desculpar e auto-legitimar, mesmo quando actuam fora de toda a legitimidade. Estes argumentos (de desresponsabilização de quem é responsável), são o nosso pior inimigo. A eles se deve o fatalismo, nacional, da ausência de soluções e do "destino" dum povo "insignificante e estúpido". Quem é estúpido é quem assim argumenta. Eles não são estúpidos! Pensam é que nós somos mentecaptos.
Em vista da reacção do Augusto, acho que tenho todo o direito de publicar as minhas respostas às suas "insinuações". Era só o que me faltava, a pretexto de reconhecer aos outros o direito de se expressarem, me inibir de dizer o que penso, ou desistir de defender o que acho ser essencial. A Democracia não é isso! Reconhecer o direito de expressão não implica abdicar dos nossos próprios direitos.

Oh amigo Augusto!
Não leve a coisa tão "ao pé da letra"! Porque eu, quando escrevo, mesmo dirigindo-me a si, não estou a pensar em si, nem o meu amigo é o alvo principal das minhas palavras, apesar dos vocativos...
Também "me limito" a expressar as minhas ideias, embora tentando sempre aproveitar para "puxar a brasa à minha sardinha". Se permanecemos caladas, então é que o lodo se acumula. Não se iniba de escrever o que pensa, porque eu também não e isso tem sempre alguma utilidade. Não se esqueça de que "da discussão nasce a luz" e, por acaso, o "ofendeu-me" era apenas uma figura de retórica...
Quando "analisar" as minhas palavras, não se esqueça de que o meu amigo é apenas uma voz, e há por aí quem diga, e repita, coisas muito piores. Quando eu respondo, mesmo falando para si, estou a pensar em todos. Se não, escrevia-lhe um mail, não alimentava a discussão em público. Aliás as discussões públicas servem para isso mesmo: para divulgar e confrontar ideias e opiniões, que é o meu principal objectivo.
Isto tudo para dizer que, no essencial, feitas as contas e as correcções que expressei, até gostei do seu post!
Estará muito mal o país, a democracia e a sociedade, se e quando deixar de haver lugar para todas as ideias. As ideias complementam-se, aperfeiçoam-se... para depois se poderem, ou não, passar à prática. As ideias estimulam ideias...
Mas mantenho que o caminho passa por ser valorada a abstenção. Mais! Em democracia, ninguém tem nada a ver com os motivos que levam as pessoas a recusarem “sujar as mãos" para eleger os sabujos que as máfias promovem e a quem consentem a candidatura. Eu não voto porque os candidatos que há não me merecem o voto e porque os que deviam se candidatar são destruídos, no caminho, por máfias e pela maçonaria.
A instabilidade da repetição das eleições, é muito menos instabilidade do que a que vivemos agora. Além de que permitiria resolver os nossos problemas, o que não é o caso da situação actual.
Até porque deixava de haver espaço para tanta patifaria, cometida pelos governantes. Isto para além da economia de meios, com a redução do número de deputados, com a redução da chulice.
A estabilidade que temos é a da prepotência dos políticos, sem quererem saber da opinião dos cidadãos, impedindo que os nossos problemas se resolvam. Para haver, de facto, estabilidade, é necessário que os nossos problemas colectivos se resolvam.
E mais! Quem é responsável pela desastrosa situação do país é quem vota nesta gente, que são todos iguais e não quem não vota. Mas eu limito-me a exigir direitos iguais para todos: os que votam e os que não votam. Ao passo que o meu amigo acha que alguns não têm direitos, porque não se conformam com as actuais regras, absurdas, e porque decide lhes assacar comportamentos e motivações, de sua autoria. Mas têm culpas da situação, porque não elegeram uns patifes para destronar outros... porque não escolhem entre os patifes...
E os candidatos? Não têm culpa de não serem líderes e de não saberem nem quererem (porque não precisam, mercê de opiniões como a sua) mobilizar os cidadãos? Se houvesse uns que deviam ser eeleitos e votados, para resolver os problemas, não acha que as pessoas perceberiam isso? Que, aliás, é a única forma de "autenticar" o facto!
São tão inocentes, e ingénuos, e bem intencionados esses seus candidatos... Onde foi que os desencantou? Não devia guardá-los só para si! É uma maldade! Assim já percebo que os males do país sejam culpa da população...
De facto há umas coisitas que estão mal entendidas, entre nós...
Só que, não há democracia sem consentimento e envolvimento e apoio da maioria da população. Voz do povo é voz de Deus, disso não tenho dúvidas! Mesmo duvidando de cada deus. Se o povo não quer estes patifes, alguma razão tem e as razões estão à vista. Só não vê quem não quer.

Amigo Augusto!
Acho que se dá demasiada importância insistindo em considerar a questão dum ponto de vista pessoal.
Meu caro!
Eu não perderia tempo com o seu post, se ele não reflectisse uma maneira de pensar mais ou menos generalizada, mas intelectualmente limitada, porque imbuída, sempre das "ideias" impostas pelos OCS e pela "cultura" dominante, que não contribuem para resolver o que quer que seja, pelo contrário: têm como finalidade impedir a resolução, digna, dos nossos problemas, que só é possível mobilizando as pessoas.
Até me abstenho de fazer outras caracterizações porque, certamente, as conhece pelo que tenho dito noutras ocasiões. Refiro-me, especificamente, ao facto de insistir na "legitimidade", "normalidade" e "utilidade" da não valoração da abstenção (que, como sabe, é a minha bandeira), sancionado, assim, a exclusão de uma elevada percentagem de cidadãos, ao mesmo tempo que acha que são esses mesmos cidadãos (quando se fala de culpas dos eleitores, ou dos cidadãos, temos sempre que entendê-lo como relacionado com a maioria) que são culpados da desastrosa situação que se vive, apenas porque não partilham os seus conceitos, nem adoptam as suas opções eleitorais.
Como é que explica a contradição? Ah! Já sei! Elabora uns quantos "processos de intenções", motivações e explicações, insultuosas, para os comportamentos e opções dos outros, porque a sua opção é que é boa e resolve todos os problemas. Ou será, como acontece na maioria dos casos em que os políticos usam os "seus" argumentos, desculpar as responsabilidades próprias, assacando as culpas "aos outros"?
Neste particular, as suas ideias não têm nada de novo, nem de diferente, nem de autónomo. Por isso perco tempo com o assunto.
As opções democráticas não o são por serem nossas ou dos outros; são-no, se puderem ser reconhecidas como tal pela maioria da população.
Luta que me impus? Sem dúvida! Tudo o que em digo tem segundas e terceiras e quartas intenções, tem um objectivo (de contribuir para resolver, decididamente e de forma democrática, os nossos problemas), de contrário não me veria aqui a perder tempo.
Pois! É uma luta dura e prolongada, que exige coragem e determinação, muito esforço, para além de muita clarividência. Os nossos teóricos preferem coisas simples, inúteis, inócuas, de preferência, e, para desculparem a sua falta de capacidade, (ou a sua premeditação) rotulam tudo o resto de UTOPIA. É mais cómodo! O problema é que, dessa maneira de pensar e agir, resulta a perpetuidade do sistema, vil e iníquo, que temos e também do domínio dos actuais bandidos.
Desculpe qualquer coisinha, mas acho que tenho todo o direito de não me conformar com isso e de actuar em coerência.
Está visto que não temos os mesmos objectivos, nem partilhamos os mesmos princípios. Isso fica claro, não precisa se esforçar mais... Mas não me comove! Vou prosseguir "na luta que me impus"!
Mesmo sabendo que enfrentarei outros "dissabores" semelhantes.

2005/09/26

Os limites da saturação!

Publicado também em EDITORIAL
Nesta minha curta permanência na blogoesfera (fez 11 meses, no dia 17) tenho tentado fazer a diferença “puxando” a discussão para os temas que importam, repondo “as coisas no seu devido lugar” em relação às muitas mistificações e demagogias (contra-sensos, até) que por aí circulam, na maioria das vezes, “orquestrados” pelos OCS (órgãos de comunicação social), ao sabor das campanhas do momento, destinadas a promover um dado objectivo (sempre perverso), ou a fazer esquecer um assunto melindroso.
É dura esta luta que me impus! Não encontra o eco necessário e justificado. Nos partidos já eu sabia que não tem eco. Mesmo assim cheguei a escrever a alguns deles, acerca das questões e propostas que me parecem mais importantes e eficientes, no que concerne à resolução dos nossos problemas colectivos. Um dos partidos respondeu-me, repetindo as suas “opiniões” que eu já conhecia e abjuro. As outras respostas, ou não existiram, ou foram irrelevantes, por deixarem tudo na mesma.
O facto é que, entre essas forças políticas, este blog passou a ter visibilidade, bem como o conteúdo dos respectivos artigos, cujo conhecimento chegou a ser “denunciado”, bem em surdina, como convém quando se pretende silenciar…
Mas o que mais me magoa (não acreditem, porque não faz o meu estilo!) é não encontrar o eco suficiente na própria blogoesfera.
Na verdade, quer os partidos quer a maioria dos autores dos blogs, discutem e repetem, até á exaustão, as questões que fazem as manchetes das notícias, quantas vezes absorvendo e reproduzindo o mesmo tipo de demagogia dos próprios OCS.
Estou no meu limite. É uma luta inglória esta…
Já chega de lamentações, porque não é esse o objectivo deste post.
Em plena início de campanha para as autárquicas, discutem-se corrupção (principalmente os casos menores) e presidenciais.
Quanto ao primeiro caso gostaria de dizer, apenas, duas coisas, mesmo correndo o risco de me repetir (o que não tem a menor importâncias; afinal ninguém me ouve…):
(1) A grande corrupção e a grande criminalidade, aquela que condiciona, realmente, os destinos do país, e aquela que destrói o país, respectivamente, estão fora desta discussão e a beneficiar de todo este alarido à volta de casos menores;
(2) A total descredibilização da justiça, conquistada com os muitos abusos e desmandos (crimes) cometidos pelos respectivos agentes, têm uma enorme culpa nesta situação, porque os cidadãos sabem o quanto a justiça é injusta e tendenciosa e parcial; para não falar dos casos em que se cometem crimes abomináveis, que têm, sempre, impunidade garantida.
Quanto ao primeiro caso, basta ter em conta que o exercício correcto dos cargos de responsabilidade, neste país, reduziria em mais de 60% os problemas do dia a dia dos cidadãos, permitiria aumentar, consideravelmente, a produtividade, e a economia de meios. O pior despesismo provém da incompetência dos titulares dos cargos e do consequente compadrio. A gestão rigorosa e adequada dos gastos permite reduzir, muito, o défice. Portanto esta é a corrupção que realmente compromete os destinos do país. A outra, a que se discute, é acessória e apenas existe por obra e graça desta.
Quanto ao segundo caso, basta ter em conta que uma correcta actuação da justiça reduziria, em 60%, o número de processos existentes nos tribunais, isto tendo em conta o civismo e idoneidade da nossa população, que são inegáveis, (às vezes até são excessivos). Mas há factos onde a coisa “fia mais fino”…
Para além das experiências, quase sempre surreais, de cada cidadãos, com o pérfido funcionamento da justiça, não é possível alguém de bom senso exigir respeito pelas decisões (e acusações) judiciais, sem ter em conta o Processo Casa Pia (onde os principais culpados nunca foram, nem serão acusados) e o conteúdo do relatório do GOVD, publicado no “muito Mentiroso”.
Há que ter em conta, também, o caso do desaparecimento da pequena Joana, no Algarve, acerca do qual já escrevi, várias vezes.
Em ambos estes casos os atropelos continuam, com os OCS a colaborarem com as perfídias…
Entretanto, vão-se sucedendo, sem grande alarido, pela calada, os casos aberrantes e absurdos, que sempre existiram na nossa justiça. Desde os critérios “de rigor formal”, aplicados de forma discricionária, usados para garantir impunidade a alguns criminosos (sempre assim foi), com recurso a “omissões” do próprio sistema, até àquele caso, absurdo do traficante Lobo, que a Polícia Judiciária foi buscar a Espanha, para o colocar em liberdade, numa altura em que o mesmo estava prestes a ser preso pela Polícia Espanhola. Acho até que o mesmo traficante foi igualmente “recuperado” do Brasil, também para ser posto em liberdade... Mas sem que houvesse notícias do assunto.
Isto para além daquele caso do piloto retido na América Latina…
Com questões tão importantes como estas (e a investigação do relatório do GOVD) pendentes, não é da máxima conveniência, para a alta criminalidade, que se discuta “Fátima Felgueiras”, que se crucifique “Fátima Felgueiras”. Sim porque o Valentim, por exemplo, mantém todos os seus tachos, gozando, portanto, de protecção e cumplicidade do próprio governo… Até para estes casos (para a protecção do Valentim e quejandos) é muito bom meter tudo no mesmo saco.
A que se deve a repetição da saga dos incêndios florestais, todos os anos, se não à impunidade e cumplicidade do governo com a alta criminalidade?
Entretanto, o que faz o governo? Continua a sua sanha criminosa contra os cidadãos e a economia do país. O que faz a oposição? Fala, fala, fala… e chamam a governo para (dar explicações), no parlamento. A nossa oposição faz, magistralmente, o seu papel de muleta do governo e da desastrosa governação.
É claro que, no meio de tudo isto, vem mesmo a calhar discutir “presidenciais” e intoxicar a opinião pública com a “utilidade” do voto e das candidaturas, para derrotar Cavaco Silva (que, por acaso, ainda nem sequer é candidato).
Querem melhor evidência de que tudo isto é uma campanha falaciosa para desviar a atenção do essencial do que esse absurdo de a “utilidade” das candidaturas ser a derrota de alguém que ainda nem sequer é candidato?
E que excelentes programas de mandato! Têm todas as condições para mobilizar a população. Muito positivos e úteis e construtivos… resumem-se a: derrotar Cavaco Silva.
Daria vontade de rir, pelo ridículo, pelo mesquinho e tacanho, se não fosse o caso de estarem todos a gozar com a nossa cara e a brincar com coisas sérias.
Alguém, no seu juízo perfeito, acredita que fará alguma diferença, para a resolução dos problemas do país, que seja eleito Cavaco, ou Soares, ou Alegre?
Os outros, é claro, não contam, pelos motivos que todos sabem.
O Presidente da República deve ser, por definição e por princípio, eleito entre candidaturas apartidárias, até para poder ser “o Presidente de todos os portugueses”. Eu até acho que há outros cargos que deviam seguir o mesmo princípio.
Vocês vêem alguma candidatura apartidária, no actual espectro de candidatos? Então isto não é a prova provada de que todos eles prevaricam, descaradamente, no que é essencial, ignorando as leis a as regras que nos regem? Porque todos eles são sectários, mesquinhos, fazem parte do mesmo tipo de gente e por isso não têm o apoio e os votos dos cidadãos. Mas teimam em viver noutro planeta, com outras regras e lógica, por mais que isso contribua para destruir o país.
Como é que se pode exigir cumprimento das leis, de leis quantas vezes absurdas, aos cidadãos, com lideres como estes?
Agora venham-me dizer que são os eleitores quem tem culpa desta situação absurda…

Uma estranha forma de pensar!

Acerca da corrupção e deste post do Editorial
Deixe-me ver se eu percebi!
A pior corrupção e a pior criminalidade estão lá bem em cima, ao nível de quem faz e executa as leis.
As piores máfias, ligadas aos piores tipos de criminalidade, controlam o governo, (e o funcionamento do sistema judicial também) como quem controla marionetes, mas querem mais; querem ir mais longe, querem total controlo do poder.
Essas máfias até integram uns caciques, promovidos, todos os dias, pelas TVs, que erguem a "bandeira" da luta contra a corrupção, como forma, demagógica, de se auto-promoverem. Parece que a sua própria prática criminosa não é afectada por este "combate à corrupção". Alguma coisa não está certa... Ah! passam o tempo a queixar-se da partidarização "disto e daquilo"...
Entretanto, os cidadãos, a esmagadora maioria, está farta desta gente maldita, a quem não dá o seu voto, há muito, por culpa e mérito e opção dos próprios políticos (e respectivas máfias).
Nas legislativas a abstenção já estabilizou, há muito, acima dos 35%, enquanto que, nas autárquicas e presidenciais, a abstenção ultrapassa os 40%, chegando, não raro, aos 45% ou mais.
Deixe-me reproduzir aqui um trecho duns meus apontamentos de há mais de 14 anos:"a eleição (ontem), para Presidente da República, com uma percentagem superior a 70% (cerca de 30% do total do eleitorado) do Dr. Mário Soares".
Estes apontamentos datam de 14 de Janeiro de 1991 e, se o meu amigo se der ao trabalho de fazer as contas, a abstenção foi superior a 55%, quase a chegar aos 60%...
Por isso estou aqui a reclamar (atenção, pelo menos). Isto repete-se em todas as eleições, como tenho vindo a denunciar.
Para que as pessoas possam ser responsabilizadas, como pretende, é necessário que possam exercer os seus direitos e competências. Como vê, não é o caso.
Portanto, razão tenho eu para exigir que a democracia o seja, de facto, em exigir que se valore a abstenção (encurtando os mandatos, na proporção da percentagem real de votos obtida), etc. etc. etc.
Não percebo a sua lógica! O meu amigo adopta como bons e únicos aceitáveis e a considerar, os critérios, vigaristas, de eleição e de contabilização dos votos, sem se preocupar com a violação dos direitos e vontades da maioria da população, para depois assacar a essa maioria responsabilidades que ela não têm, porque não foi ouvida nem achada na feitura das leis e regras e métodos, sendo "eliminada" de forma nazi, do mapa dos cidadãos com direitos?
Essa não! Ofendeu-me!
É que os cidadãos, essa maioria, perdem o direito, até de serem ouvidos quando reclamam e se queixam e denunciam as situações escabrosas que vivem ou conhecem. É aí que está o cerne dos nossos problemas a a via segura de resolução deles (problemas): a forma como são tratadas e encaradas as denúncias e queixas dos cidadãos é que nos diferencia das sociedades civilizadas e minimamente decentes.
E o meu amigo? O que é que tem feito (qual a sua eficiência) para fazer valer os critérios dignos e correctos? O que fez para que prevaleçam os seus critérios? Repare que, se os 70% (em alguns casos chega aos 80%, como já referi) que não concordam com o governo, nem com a corrupção, nem com as máfias, nem com cada uma das decisões do governo, fizerem, cada um, como o meu amigo faz, tudo continua na mesma (porque ser-lhes-à dado o mesmo crédito e valor que é dado a si) e, no entanto, somando-os a todos, são a maioria...
Mas se nem o meu amigo reconhece que são maioria, como se pode esperar que os patifes, os nazis o façam?
Agora... o que é que o meu amigo pretende? Que os nossos problemas só possam ser rescolvidos quando não houver criminosos, bandidos, corruptos, oportunistas, máfias?
Lamento desiludi-lo, mas não é esse o caminho. Gente dessa existirá sempre. O que não podem é deter o controlo do poder, como agora. Têm de ser combatidos. Porém, só será possível combatê-los se se respeitarem os direitos e opções e opiniões de cada cidadão, valorando a abstenção, repondo as coisas no seu lugar.
Como é que se pode fazer isso, se o controlo dos "merdia" está nas mãos das mesmas máfias e aí só se promovem as máfias e as suas propostas?
As pessoas não podem apoiar propostas que não conhecem...
Só se podem assacar responsabilidades aos cidadãos pelas decisões que tomam, não por aquelas que ignoram e rejeita e que, em todo o caso, não legitimaram...

2005/09/25

As Presidenciais e a Esquerda!

Acerca deste post de Editorial
Amigo Hammer!
Uma "esquerda" que assim se "desalinha" tão facilmente, não é esquerda nem é nada!
São uma cambada de bacocos, primários, convencidos e tacanhos, que não vêem um boi.
Manuel Alegre, para mim, perdeu a sua grande oportunidade, de se afirmar como candidato alternativo, quando desistiu a favor de Soares e pôs o partido à frente do dever cívico.
Alegre não é alternativa!
Mas o essencial do que eu queria dizer é que a sua "esquerda", de facto nada tem de ESQUERDA, entendida no sentido de gente um pouco mais progressista, lúcida e humanista...
Aliás, o resultado destas eleições e o elevado número de abstencionistas, me confirmará.
A abstenção é culpa da falta de qualidade dos candidatos.
Se os candidatos fossem os "adequados", as pessoas mobilizar-se-ia para votar neles.
Infelizmente, a classe política está tão desacreditada que isso vai ser um objectivo difícil de atingir, mas que tem de ser atingido, para bem da democracia, credibilizando a política, através da idoneidade da acção dos políticos.
Isso só pode ser conseguido valorando-se a abstenção, para que deixemos de viver num país de "faz de conta", de mentiras e de mistificações, dirigido por falsos lideres, que, por sua vez, são promovidos, em rigoroso exclusivo, pelas máfias.
Se se valorar a abstenção, a probabilidade de êxito dessas cabalas diminui, porque as coisas adquirem outra verdade e transparência.
Assim, criam-se as condições para que apareçam as pessoas dignas, que possam conduzir os destinos do país, mobilizar os cidadãos e tirar-nos deste atoleiro, de há séculos...
P.S.:
Além do que fica dito, não pudemos esquecer que Alegre faz parte do Grupo Parlamentar do P. S., há muito tempo, onde apoia as medidas abjectas e destrutivas do governo. Afinal, mesmo dizendo o contrário, ele faz parte da pandilha... (sem que isso lhe cause repugnância de maior, como a mim me causaria).
Ele próprio reconhece que são necessárias rupturas... Mas não conseguiu romper com o status, quando devia... Agora aparece como tábua de salvação, consentida e incentivada, constatada que está a total desacreditação de Soares.
Ainda havemos de ver Soares desistir a favos de Alegre... Porque não há grande diferença. Essa é a nossa desgraça...
E a da "esquerda", também, que assim se deixa "enganar".
Ou será que estas esquerdas existem para isso mesmo?

2005/09/22

As manifestações dos militares!

Saldanha Sanches acha que os militares devem ser mandados para casa (perder o emprego), para aprenderem a lição (assim à laia da lei do chicote). Acha que as Forças Armadas são inúteis!
Aqui fica o que eu acho do que Saldanha Sanches acha. Este é o comentário que deixei em Editorial:
Curioso! eu discordo, totalmente, deste artigo!
Nem sei bem como "catalogá-lo".
Não há nele sentido cívico, nem sentido de Estado, nem sequer um pingo de solidariedade humana, muito menos de dignidade. Não sei o que deu a Saldanha Sanches (por acaso nunca foi pessoa da minha particular simpatia), para "elaborar" esta conversa! Vendeu-se, definitivamente ao PS e respectiva máfia?
O problema dos militares é comum à generalidade da população, deve ser encarado de igual modo e, portanto, é natural que a agitação social se tenha estendido às forças armadas.
Agora, a coberto dumas quantas "constatações de factos" debitar todas estas bacoquices... tenham dó!
Por acaso foram os militares (praças, sargentos, etc.) que transformaram as forças armadas numa estrutura inúitil? Por acaso alguém vê os coronéis e generais (os tais do comportamento estratégico do mínimo esforço) a manifestarem-se? Esses negoceiam nos gabinetes e ficam com a melhor parte...
As Forças Armadas são inúteis? O parlamento também o é, até é prejudicial e nenhum deputado (ou funcionário) tem vencimentos parecidos com os dos praças e sargentos das forças armadas.
As Forças Armadas são inúteis? Os políticos e o governo e os gestores nomeados pelos governos (os da cunha e do tráfico de influências) também o são e não vejo Saldanha Sanches a pedir as respectivas cabeças; que é como quem diz: a exigir que sejam mandados para casa (ou para a estiva, ou para o raio que os parta, a esses bandidos todos), com o que se pouparia muito dinheiro e um montão de problemas ao País.
Saldanha Sanches vendeu-se, definitivamente.
É natural.
Deve ser para manter o tachito de escrevinhar umas cretinices e poder vê-las publicadas (e pagas).
O país está mal e são precisos sacrifícios?
O País está mal porque se dá a palavra a pategos, demagogos, como Saldanha Sanches, em vez de se ouvirem as pessoas que têm ideias de como resolver os problemas e relançar, definitivamente, a economia.
A situação económica do País é má por acção e opção de quem governa (e de acólitos como Saldanha Sanches), não por acção ou omissão dos elementos das forças armadas.
Quem, em primeiro lugar, devia perder o emprego, era Saldanha Sanches e os que lhe encomendam tais recados, porque, eles sim, são culpados da destruição do paìs, que prosseguem, na sua cegueira vil e presunção, apesar de haver soluções dignas, justas, democráticas e eficientes para os nossos problemas mais prementes.
É preciso mudar muita coisa, incluindo o papel a desempenhar pelas forças armadas?
Claro!
Mas espero e desejo que Saldanha Sanches nada tenha a ver com isso, porque senão, com toda esta reaccionarice e demagogia, ficamos ainda mais perdido do que já estamos.
Saldanha Sanches que vá para o diabo que o carregue, porque a manutenção do seu próprio tachito não justifica que desça tão baixo.
Resolver os problemnas do País implica resolvê-los para todos, incluindo para os militares, como ó óbvio. Ou será que Saldanha Sanches, a seguir, vai dizer o mesmo em relação a cada um dos outros sectores da sociedade?
Além disso, aquela chantagem vil do "deviam ir para casa, perder o emprego" é tão reles e tão baixa que não podia deixar de "mexer comigo".
Ponham as Forças Armadas a fazer alguma coisa de útil. A ajudar a resolver alguns dos problemas da nossa sociedade, porque há muito onde podem e devem actuar, mas tratem-se todos os cidadãos como tal, com dignidade, porque é para isso que servem os governos.

Terrorismo no Iraque praticado por Ingleses!

Soldados Ingleses apanhados a praticar atentados no Iraque.
Este artigo, de Prison Planet, merece ser lido com atenção.
Resumo:
Tal como foi noticiado, recentemente, dois soldados ingleses, das forças especiais (SAS), foram detidos em flagrante, a disparar contra elementos das autoridades locais, de dentro dum carro-bomba (com explosivos) e disfarçados de árabes.
Existem notícias e versões desencontradas, acerca deste assunto:
As autoridades militares inglesas afirmam que se tratava duma acção de espionagem, para localizar “terroristas”.
Mas as autoridades Iraquianas dizem que estes terroristas (os soldados ingleses) dispararam contra elementos da polícia Iraquiana, mataram um polícia e feriram outro.
Os militares ingleses dizem que o incidente foi esclarecido (e sanado) e os dois elementos das SAS libertados.
As autoridades iraquianas dizem que eles foram “resgatados” através dum ataque violento, como documentado nesta foto:



Em consequência desse ataque, fugiram, também 150 prisioneiros iraquianos.
Transcrevo a caracterização, do original, porque acho que dispensa tradução:
"In the past we’ve asked questions about why so-called car bombings leave giant craters, in addition with eyewitness reports that helicopters were carrying out the attacks.
Throughout history we see the tactic of divide and conquer being used to enslave populations and swallow formerly sovereign countries by piecemeal. From the British stirring up aggression between different Indian tribes in order to foment division, to modern day Yugoslavia where the country was rejecting the IMF and world bank takeover before the Globalists broke it up and took the country piece by piece by arming and empowering extremists."
De facto, já há muito que as marcas deixadas, no terreno, elucidavam bem acerca dos autores da maioria dos atentados terroristas, como o que assassinou as 32 crianças. Este episódio é apenas mais uma confirmação...
Mais palavras para quê? Não é isto mesmo que temos vindo a denunciar, a par e passo, como sendo evidenciado por todos os factos conhecidos e percebidos do “palco” dos acontecimentos?

2005/09/21

Favorecimento na RDP1!

Esta denúncia foi-me enviada por “e-mail”. Aqui fica a reprodução:
Em vésperas de Autárquicas, a RDP/Antena 1 não hesita perante um grosseiro (e grave) exercício de manipulação político-partidária: nos últimos 3 meses, o espaço semanal que aquela rádio dedica aos municípios foi quase exclusivamente preenchido com autarquias onde o PSD é a força maioritária, com especial incidência nalgumas que os social-democratas poderiam correr o risco de perder.
Em 14 emissões (entre 19 de Junho e 18 de Setembro), apenas duas (Alijó e Peniche) constituíram excepção e aconteceram em municípios onde não chegou a onda “laranja” que, em 2001, submergiu o governo de António Guterres.
Numa altura em que o PSD, apostado em manter a liderança da Associação Nacional de Municípios, não se pode arriscar a perder nenhuma Câmara Municipal, a RDP/Antena 1 sai em socorro de Marques Mendes e transforma o seu espaço dominical “Passeio Público” num instrumento de propaganda de alegadas capacidades de gestão do poder local “laranja".
Estranha-se sobretudo que o Conselho de Opinião da RDP não tenha, até ao momento, denunciado este escândalo nem responsabilizado o Conselho de Administração da Rádio e Televisão de Portugal pelo modo como aquela Sociedade Anónima de capitais públicos está a violar a Lei e a pôr em causa as mais elementares normas de convivência democrática e de transparência eleitoral.
Comentário:
É claro que, para mim, não apenas deve haver igualdade de oportunidades, em relação às diferentes forças partidárias (coisa que o PS também nunca assegurou, nem assegura), como deve haver igualdade de oportunidades, e democracia, em relação a todas as opiniões diferentes, sobretudo as que podem contribuir para resolver os problemas do país (que parece já não ser o caso das “opiniões” partidárias).
Vocês sabem do que estou a falar…
No entanto, não é consentindo neste tipo de favorecimentos que se chega a uma comunicação mais isenta e democrática. Isto mesmo que corramos o risco de “deitar pérolas a porcos” reproduzindo estas denúncias, de descriminação em relação a outros que procedem de igual modo…
Só para dizer que a reprodução da denúncia é para haver igualdade para TODOS, sejam do PS ou não, tenham partido ou sejam abstencionistas.

2005/09/20

Campos de Concentração nos USA!

Sofocleto deixou, neste post, em Editorial, um link que contém um vídeo que tem de ser visto:
http://www.crooksandliars.com/2005/09/02.html
Logo a seguir ao furacão Katrina li, em Prison Planet, um artigo onde se dizia isto mesmo, que se pode ver no vídeo:
Que as pessoas estavam confinadas a campos de concentração e eram tratadas de forma desumana, sem respeito nem sequer pelas pessoas e sua integridade, muito menoopelos seus direitos fundamentais
Não fiz eco da notícia porque, confesso, tive dúvidas, achei que podia haver algum exagero.
A imagem do vídeo é ilucidativa. A situação merece toda a nossa repulsa e tem de ser insistentemente denunciada.

Quem são os melhores?

Nos comentários, em Editorial, foi feita a pergunta:
E como saberia quais os mais aptos para ocupar os lugares cimeiros? E como é que se mede o valor social de cada função? E dentro de cada função, o valor de cada pessoa?
A minha resposta:
Amigo Anónimo!
Há muitas formas de saber quais os mais aptos! A mais fiável é pelo respectivo desempenho, pela responsabilização. As próprias pessoas, via de regra, têm noção das suas limitações, mas também a educação e a instrução podem fazer maravilhas nessa matéria...
Dizia eu que as pessoas têm noção das suas limitações; e a bandalheira reduzir-se-ia se soubessem que seriam responsabilizadas (e punidas, sempre que se justificasse) pelos seus desempenhos...
O que sucede agora é que, quando essa cáfila de abutres e mafiosos "localiza" alguém realmente competente e que saia da mediania, destrói!
Não se esqueça que falo de cátedra! Sei bem o que digo!
As pessoas indesmentivelmente mais competentes e eficientes existem! Só que, agora, são perseguidas e destruídas, em processos de autêntico "vale tudo"!
Se os desempenhos passassem a ser controlados e os respectivos titulares responsabilizados e punidos, esses mesmo se afastariam dos cargos, ou então aprenderiam as técnicas de trabalho em equipa, procurando o concurso dos melhores!
Para que servem os governantes e responsáveis, se não sabem fazer a correcta gestão dos recursos humanos, condição essencial para o êxito de qualquer “empreendimento”? Se não sabem identificar, mobilizar e obter o concurso dos melhores e das sua ideias?
Hoje nada disso se faz, porque não é preciso, porque os mais incompetentes (e defensores da bandalheira e da irresponsabilização) são os governantes e os seus protegidos.
A sociedade não pode funcionar assim e o que temos é fruto do que tem sido plantado.
Nos outros países é mau, mas em Portugal é muito pior e por isso tem de acabar mais urgentemente...
Esta "estratégia" resulta porque a maioria das pessoas também não sabe como resolver os problemas (nem têm, necessariamente, de saber) e, por isso, também não se exige aos outros, aos que ocupam os cargos.
Mas, se todas as pessoas fossem capazes de perspectivar as melhores formas de resolução de todos os problemas, porque haveriam os responsáveis de auferir tão elevados vencimentos? Se auferem os vencimentos porque é que têm o direito de ser ineficientes?
O que as pessoas têm de saber, o que tem de ser dito e redito, até que todos compreendam é que essas pessoas existem (os melhores, as pessos adequadas para cada cargo e função) e que "dão nas vistas", sendo afastadas pelos oportunistas. Portanto há que cercar e punir os oportunistas, responsabilizando-os, a todos, pela sua incompetência.
Há que começar na classe política e é por esse motivo que defendo a valoração da abstenção; para que, no mínimo, percam o tacho se não forem dignos, honestos e eficientes.
Eles acenam com muitos "papões", para rejeitar estas mudanças, como, por exemplo, a "instabilidade", mas eu garanto-lhe que essa é uma boa via de chegar à estabilidade que nos interessa (da resolução dos problemas) e ao progresso, enquanto que a instabilidade actual, que vivemos, vai se agravando continuamente e não leva a nada, não transmite qualquer esperança.
Um outro "papão" é a ditadura! E eu garanto-lhe que não há pior ditadura do que esta, onde os partidos se apropriam de representatividade e legitimidade que não têm, para destruírem o país e os cidadãos. A ditadurta nazi vivemos nós agora!
Se conseguirmos avançar para que a democracia se aperfeiçoe e evolua, só temos a ganhar com isso. Eles falam assim porque são todos nazis, têm medo da democracia e do povo, têm medo dos cidadãos, a quem querem se impor como dirigentes, a qualquer custo, sabendo que são desprezados e detestados. Por isso invocam um conceito distorcido e desacreditado de democracia para nos imporem o nazismo.
O sistema em que vivemos é nazi, bem como o são todos os que o defendem!
Quanto ao valor de cada pessoa, não creio que isso continue a ter importância se houver uma menor dispersão salarial.
Quero dizer: se todos auferirem vencimentos que, quer em relação ao custo de vida, quer em relação aos vencimentos maiores, permitam que as pessoas sejam mobilizadas para trabalhar em equipa e para se empenharem nas suas funções e em atingir os objectivos comuns.
Claro que não é possível fazer isso quando o imbecil que dá as ordens (algumas delas absurdas) ganha um balúrdio e quer que os outros façam (os disparates que ele pensa) as "tarefas", ganhando vencimentos de miséria.
E não digo mais nada porque não se justifica.
Estou a falar de coisas que são vulgares e muito repetidas em seminários sobre gestão e outros. Foi só para que perceba que tenho ideias exactas de como resolver os problemas e garanto que conseguiria fazê-lo...
A minha diferença é que não me fico pelas teorias. Acho que as coisas são úteis se forem aplicadas.
Talvez seja "deformação" por ter iniciado a minha carreira contributiva a trabalhar numa fábrica, com apenas doze anos... Assimilam-se, sempre, outro tipo de "conceitos" e também se tem, dos conceitos, outra visão... mais virada para a utilidade.

2005/09/19

Burlas, uma “Indústria” em crescimento!

As burlas e vigarices são das poucas indústrias rentáveis, e em crescimento, que florescem no país, com a conivência (envolvimento?) da justiça e do governo.
Este país é um paraíso para todos os tipos de criminalidades. O pior é que a criminalidade, institucionalizada e generalizada, é um bloqueio para qualquer forma de desenvolvimento e progresso; são características próprias de países atrasados e subdesenvolvidos, tal como a corrupção
Agora mesmo, uma senhora que eu conheço me contou uma história “de bradar aos céus” mais uma…
Aqui fica a história:
A senhora em questão mora num bairro social, na periferia de Lisboa. É uma pessoa sem grande instrução e de boa-fé, como se pode ver pelo relato que se segue.
Há já alguns anos, bateram-lhe à porta para pedir a sua opinião acerca duns produtos. Afinal era para lhe venderem uns cadeirões. Era um casal que dizia representar uma firma com loja no Porto, que vendia a prestações, sem mais problemas. Como a compra se justificava, a senhora fez a encomenda, assinando os papéis que lhe foram apresentados.
Não teve mais notícias dos “vendedores”, nem dos cadeirões, até que lhe apareceu uma primeira letra para pagar ao BBVA. Dirigiu-se a um balcão e disseram-lhe que era uma compra que tinha feito. Ali mesmo desfez o engano, dizendo que nada lhe fora entregue e que, portanto, nada tinha a pagar.
Disseram-lhe que telefonasse para o Porto, para a Dra. Edite Correia, advogada. Telefonou e a Sra. Doutora respondeu que não se preocupasse, porque se não recebera a mercadoria nada teria a pagar, que a firma é que teria que devolver o dinheiro emprestado pelo Banco.
Também se deslocou à DECO, que escreveu uma carta à dita firma, tendo recebido como resposta que a loja tinha fechado. Constatou que havia outros casos semelhantes.
A senhora ficou descansada com a resposta da advogada do Banco e não pensou mais no assunto, nem lhe foram apresentados quaisquer outros pedidos de pagamento.
Agora, acaba de receber uma carta, datada de 2005-08-16, duma firma que se intitula Intrum Justitia Portugal, Lda., informando-a de que esta firma obteve a cedência, por parte do BBVA, dos “créditos sobre V.Exa”, no valor de 2 957,42 €, que deverão ser pagos no prazo de oito dias.
Ao que pude perceber, a firma faz parte do próprio banco.
Várias questões se me colocam:
- A senhora em questão não tem qualquer hipótese de ter acesso a crédito bancário, seja em que circunstâncias for: nem crédito directo nem crédito para compras, porque não reúne as condições mínimas, que todos sabemos quais são. Então porque é que obteve este crédito? Que raio de Burla é esta? Quem está implicado nela?
- A julgar pelo contexto, nem a firma referida reunia as ditas condições, (para acesso ao crédito), a menos que fornecesse a correspondente garantia.
- Todos sabemos que, em condições semelhantes, o Banco cobra imediatamente este tipo de créditos a quem recebeu o dinheiro (e prestou a garantia) que não foi a senhora em questão, até porque não tinha como o fazer.
Portanto, podemos concluir que se trata duma burla premeditada, que implica pessoas com responsabilidades no próprio Banco
Resolvi telefonar para a firma identificada e, posso garantir-vos: a conversa é a mesma, típica dos vigaristas, dos burlões, que argumentam de modo a ilibar quem burla, a exigir, a cada cidadão, que saiba tanto como os advogados e a achar que as pessoas de boa-fé é que são culpadas de o serem (de boa-fé) e de procederem como tal... Argumentos de vigaristas. É a lei da selva!
Assim, tal e qual como funciona a nossa justiça, que sanciona estas burlas e até algumas bem piores, como vos contei neste post.
É por isso, para garantir o êxito desta indústria das burlas e vigarices, que o governo se tem empenhado em facilitar as execuções judiciais, sem garantir aos cidadãos e necessária protecção contra este tipo de crimes e de criminosos.

A sociedade não pode ser dimensionada para a má-fé, porque não funciona. As pessoas têm o direito de agir de boa-fé, sem serem molestadas de formas tão infames. Estes criminosos têm de passar a ser implacavelmente punidos, para que a sociedade possa funcionar e as pessoas possam ser pessoas; não se vejam na necessidade de adoptar a má-fé como regra. A má-fé não pode ser regra, nem sequer pode ser tolerada, muito menos incentivada com a protecção e cumplicidades garantidas a estes criminosos. É aqui, na correcta resolução deste tipo de situações, que as instituições se prestigiam, não é com discursos, eventos ou propagandas.

A desumanização da sociedade é provocada por episódios destes e pelo facto de os governos e autoridades judiciais estarem do lado dos burlões. Porque não se pode ter confiança em ninguém, sem se correr o risco de ser punido por isso.
Os profissionais das áreas comerciais não se podem queixar de serem mal tratados pelos cidadãos, enquanto coisas destas continuarem a ser possíveis.
Nada melhor para recuperar a confiança dos cidadãos e a credibilidade do governo e da justiça do que continuarmos a ser confrontados com episódios desta natureza…
Prometo que voltarei a dar notícias do caso.

2005/09/17

Segurança alimentar.

Todos sabem que criei um blog sobre remédios caseiros, para anotar umas coisitas...
Muita gente relaciona o aumento, exponencial, de certas doenças (tais como alergias e asmas, etc.) ao empobrecimento dos alimentos que ingerimos, para além do efeito da poluição.
Já vários comentadores "reclamaram", aqui, das imposições, destrutivas, da PAC (política agrícola comum) e dos efeitos devastadores sobre a vida rural e a desertificação do interior.
Até houve quem fizesse uma campanha a favor da opção pelos produtos nacionais...
Por outro lado, escrevi um post em que reclamava dumas fiscalizações, absurdas, que tornam impossível o labor, sobretudo das pessoas de bem (porque as outras safam-se sempre)!

Então atentem nesta história:
Há uns meses, um amigo que exerce acupunctura, contou-me que um motorista de longo curso, lhe disse, indignado, que não se podem comprar alfaces, em alguns Super Mercados e Hiper Mercados.
Disse ele que as alfaces são plantadas, pequeninas, dentro de contentores, em camiões de longo curso, na Holanda, e chegam, já crescidas, ao mercado nacional (principalmente super e hiper mercados),
ao fim de três dias, porque são “alimentadas” com um produto, a pingar, dentro do contentor…
É por isso, diz, que se compram algumas alfaces, em supermercados, que se estragam dum dia para o outro, no frigorífico.
Uma boa alface, colhida na terra, aguenta 4 ou 5 dias, no frigorífico, sem degradação significativa.
É para sermos envenenados com porcarias destas que os produtos da agricultura nacional não têm escoamento…
E quem é que fiscaliza estas coisas?
E quem é que me garante a “liberdade de escolha”, informando convenientemente e permitindo que opte por produtos nacionais?
Pois é! Os ficais andam a “fazer a vida negra” à nossa própria população, contribuindo para destruir, ainda mais, a nossa economia…
Até se dão ao luxo de se “enganarem” e, com isso, deixarem apodrecer 50 toneladas de peixe, como aconteceu, recentemente, no Algarve…

Censura na TV!

Ontem o Primeiro Ministro foi insistentemente vaiado por uma manifestação de professores. Os professores tentaram entregar, à ministra da educação, uma carta aberta, que foi rejeitada.
O Primeiro Ministro foi "mimoseado" com os epítetos de "Mentiroso" e "Fascista" (pelo menos estes foram os que ouvi na reportagem da rádio.
O canal 2 da RTP apresentou o Primeiro Ministro a "queixar-se" de ser insultado... mas não transmitiu o que disseram os professores, em manifestação...
Tudo o que o Primeiro Ministro ouviu, merece! Ainda devia ser pior!
Por isso, para que não pegue "a moda" (que já pegou), a TV decidiu censurar as imagens e favorecer um dos lados, o do Primeiro Ministro.
Depois não me venham dizer que eu exagero, quanto aos tiques ditatoriais...

2005/09/16

Agitação Social!

O Governo está em grande… Conseguiu, em poucos meses, generalizar a agitação social e a contestação em todos os sectores da vida nacional.
De permeio com toda a espécie de medidas reaccionárias e déspotas, o governo vai anunciando uma medidas (e umas lutas) demagógicas, das quais as mais importantes nunca passarão de promessas.
Na mesma linha, anuncia grandes eficiências e resultados espantosos, no fisco e na segurança social, quando todos nós sabemos que são usadas, na base deste tipo de propaganda, mentiras colossais, números inventados (que incluem, até, actos criminosos contra os cidadãos).
Enquanto isso vai-nos enterrando cada vez mais. A crise económica e social aumenta, bem como o desemprego (que rondará os 20%). A recessão e o descrédito estão instalados e não param de aumentar; não há controlo das contas públicas, nem dos gastos na administração pública.
Na economia, sr. José Sócrates! Na economia é que tem de actuar, fazendo-a avançar. Sem isso tudo o resto são cantigas e publicidade enganosa. E nem imagina como isso é simples de fazer… A sua imaginação está toda ocupada com tentações ditatoriais e actos de mistificação e demagogia.
Para se perceber bem o rumo que o governo leva, basta olhar para o exemplo dos incêndios. Enquanto houve incêndios, o governo nada fez para resolver o problema (e muito poderia ser feito). Depois, veio prometer umas quantas medidas (mas não as essenciais e eficientes), ao mesmo tempo que cedeu a uma parte das chantagens, sobrecarregando a administração pública com efectivos, sem que isso dê a menor perspectiva de resolver o problema… resolução que fica prometida... para o ano; ou seja: promessas… Agora nem quer ouvir falar do assunto e os OCS fazem-lhe a vontade, como sempre.
No que diz respeito à reforma da administração pública fez exactamente a mesma coisa (o que já foi feito inúmeras vezes sem qualquer resultado)… nomeou uma comissão… Medida muito imaginativa e inovadora, sem dúvida… e também de resultados comprovados...

Quanto às questões essenciais, como sejam os vencimentos escandalosos dos “nomeadas” e os problemas da corrupção e da alta criminalidade, nada faz. Não esqueçamos que Sócrates foi cooptado precisamente por essa gente, para Chefe do PS.
Chegados a este ponto, as medidas de (dês)moralização que pretende introduzir nos diferentes sistemas de assistência, nivelando pelo mais baixo e mais penoso, nivelando pelo pior, a par com outras medidas igualmente déspotas, fizeram com que a contestação se estenda a todos os sectores.
É assim na Justiça, na Educação, nas polícias e militares, etc., etc., etc.
Relativamente à Educação (e respectivas medidas do governo) escrevi um comentário no BDE, que decidi reproduzir aqui.
Porquê? Porque o que digo relativamente à Educação pode ser dito, com as convenientes adaptações, para todos os outros sectores.
O facto é que a resolução dos nossos verdadeiros problemas permanece adiada…
Aqui fica o comentário:
Os que defendem as medidas do Ministério da Educação estão, de facto, muito longe da realidade e não têm em conta os objectivos do Governo!
Não há uma única medida deste governo que seja digna, que se destine a resolver os nossos problemas, que não tenha como finalidade atacar e molestar os cidadãos, no que é essencial: a sua dignidade; a nossa dignidade colectiva. Nem mesmo estas medidas, relativas ao ensino, embora eu, em abstracto, concorde com algumas delas; como, por exemplo, o ensino do inglês (por mim podia ser uma língua qualquer, adoptada como comum, na UE) a partir dos primeiros anos de escola e o prolongamento do horário escolar. Curiosamente, essas medidas vão abranger uma pequena percentagem de escolas... Mas estou em total desacordo com a forma como os professores são tratados pelo Ministério, nomeadamente quanto ao facto de serem obrigados a leccionar a muitos quilómetros de casa. Para que um trabalhador possa estar disponível para as respectivas funções, convém que não lhe sejam criados, artificialmente, problemas e contratempos, como o faz o Ministério.
Ninguém me convence (neste como em muitos outros problemas da nossa sociedade) que não haja soluções dignas, justas e eficientes, que possam garantir, também aos professores, condições aceitáveis.
Eu, que não gosto de imposições absurdas e déspotas, acho que o cumprimento do horário deve ser rigoroso q.b. para que o profissional seja eficiente... Portanto, o que se deve medir e exigir, com rigor, é a eficiência (incluindo a presença na escola, até às 35 horas, sempre que necessário e justificado)... Há muitos professores que fazem trabalhos espectaculares, com os alunos, mesmo sem terem de estar na escola durante x horas, mas que nunca obtêm o reconhecimento devido.
Para finalizar (se não ainda escrevo mais do que o autor do post) mas longe de esgotar a questão, apenas quero dizer que a atitude do governo para com os professores é semelhante à que tem para com todos os outros cidadãos. Portanto, talvez cada um possa "compreender", a partir da sua própria experiência, ou da de pessoas que lhe sejam próximas.
Aquilo que o governo deveria resolver não resolve, os problemas e bloqueios que nos impedem de "avançar" não são "removidos", nem o governo tem qualquer intenção de o fazer (até porque, talvez, o próprio governo faça parte do "pacote").
A educação funciona mal? O que é que funciona bem, neste país?
Será possível que a educação passe a funcionar bem sem "mexer" no essencial?Até sou capaz de acreditar nas "boas intenções" da Ministra, mas é bom, para todos, que ela deixe de ser ingénua (se for o caso), porque pode estar a comprometer a exequibilidade de medidas imprescindíveis.

Quanto aos professores acho que deviam "parar para pensar" e perceber que não é possível algum sector da nossa sociedade funcionar tão mal, sem que isso afecte o prestígio de todos os respectivos intervenientes. E eu não vejo que sejam apontadas alternativas.
Nesta questão os alunos são os menos culpados e os pais são os que temos: se não podem ajudar os filhos isso não pode ser usado como desculpa para a situação do ensino. É apenas mais um problema a ter em conta, a exigir soluções adequadas, mas que não pode comprometer o futuro do país! Um problema que tem de ser erradicado, a começar pela educação e formação dos jovens...
A propósito de "alternativas": Como é que as medidas do governo permitem diferenciar os bons dos maus professores? Ou será que, por cumprir o horário, o professor já pode ensinar nada, falhar completamente, em matéria de eficiência, sem qualquer problema?
E os alunos? Quando é que se institui o sistema de proibir, terminantemente, os "furos" dos alunos motivados pelas faltas dos professores?
Se um professor falta alguém tem de o substituir! Para que as escolas não continuem a ser "a casa da mariquinhas", em matéria de exemplo para a formação dos alunos!
Muito mais haveria a dizer mas, embora as palavras também sejam importantes (sobretudo quando se repõem as coisas no lugar), não serão as palavras que vão resolver o problema; desgraçadamente, nem as medidas do Ministério, por ausência de muitas outras condições essenciais.
É preciso começar a analisar estas coisas de fora do controlo, da limitação intelectual, determinada pela conformidade com realidade que vivemos, para não andarmos às voltas, sem sair do mesmo sítio, apesar do muito labor e esforço!

Só uma pequena adenda para a questão da Justiça.
Como todos sabem eu defendo que a justiça funciona mal, principalmente por acção e omissão de quem a exerce. Mas quanto a isso, quanto a exigir que o funcionamento da justiça seja de molde a recuperar o prestígio e credibilidade que devia ter, nada é feito! Bem pelo contrário! A continuação da palhaçada que é o processo Casa Pia, com o governo a garantir impunidade (e tacho) aos respectivos conspiradores, aí está a prová-lo. É que estes fazem parte dos "boys" de Sócrates.
Os juízes e magistrados judiciais não podem contar com a solidariedade dos cidadãos, por culpa próprio.
Mas seria aí que o governo devia actuar, tendo em conta a opinião generalizada dos cidadãos.
Quanto ao nivelamento entre os diferentes sistemas de assistência, eu até sou capaz de achar bem que se faça… desde que se nivele pelo que é mais favorável aos respectivos utentes. Até porque, mesmo assim, todos eles têm falhas absurdas e intoleráveis.

2005/09/15

A Situaçao no Iraque!

Justifica-se linkar este post de Sofocleto, no Editorial, embora eu não concorde com a sugestão, como podem ver nois meus comentários:
Estes actos terroristas praticados no Iraque, indiscriminadamente, sobre os cidadãos daquele país, incluindo mulheres e crianças (ou seleccionando principalmente crianças) têm a mesma marca da CIA que todos os outros atentados terroristas praticados pelo Mundo, para "justificar" a guerra.
É a estratégia que permite perpetuar, "ad eternum" a ocupação por parte das tropas americanas (ou passar os custos da ocupação para outros países, usando a ONU, mantendo os USA o controlo do território e os benefícios, incluindo a posse do petróleo)...
O que eu me pergunto, por vezes, é: que raio de gente são os governantes, actuais, iraquianos, para serem assim tão rafeirros dos USA? Serão também agentes recrutados pela CIA desde há muito?
A origem e autoria dos atentados é tão óbvia que até um cego vê (até nós, de tão longe). Como é que eles não vêem?
Ou será que sabem bem o que se passa e são cúmplices de tão nefandos crimes?
Piores do que os inimigos só mesmo os traidores!
P.S.:
Não concordo com a sugestão de guerra civil (que, em todo o caso, interpreto como sarcástica), porque esse é exactamente o objectivo das provocações da CIA.
Sunitas e Chiitas e todos os outros iraquianos deviam, isso sim, denunciar estas provocações (já o fizeram, uma vez ou outra, mas têm sido silenciados pelos OCS) e dar caça, sem tréguas, a todos os terroristas, provocadores a soldo e sob o controlo da CIA, ao mesmo tempo que combatem os invasores, porque isso faz parte do combate aos invasores.
Entre os iraquianos, o sentimento de que tudo isto é obra dos invasores, é bem patente nas suas reacções aos microfones dos reporteres. Por isso eu acho que o que realmente se passa é que esse tipo de "declarações" são censuradas pelos "merdia" ocidentais, incluindo os rafeiros dos OCS nacionais, que são, de entre eles, os piores.

2005/09/11

Sondagens e Embustes!

Publicado também em Editorial
O que pretendo denunciar, aqui, é o papel das "sondagens" no embuste em que se estão a transformar as candidaturas à presidência da república.
Para forçar Cavaco a se candidatar (e assim monopolizar as probabilidades relativamente aos candidatos), as máfias que governam o país, publicaram uma sondagem.
Segundo as "parangonas", os portugueses querem Cavaco, que obtem uma percentagem de 48% de intenções de voto, seguido de Soares, com 32%, Jerónimo com 12% e Louçã com8%.
Suponho que todos eles ficam "muito felizes". Nós é que continuamos desesperados!
Entretanto, perante estes resultados, Jerónimo já disse claramente que ajudará a eleger Soares, à segunda volta (e Louçã lá chegará).
Nós é que continuamos desesperados e sem solução!
Mas, perante os números do inquérito publicados no post anterior, não se compreendem os resultados desta sondagem... Até porque seria a primeira vez que se elegeria um candidato da direita (facto que é absolutamente contra-natura, em Portugal).
Pois é! Só que, no inquérito publicado no psot anterior, a abstenção é inferior a 2%, enquanto que, nesta sondagem, a abstenção é superior a 45%.
Deste facto resulta que, em opção livre, Cavaco terá apenas 26,5% dos votos... portanto inferior à votação obtida pelo actual governo que, como sabem, foi de 29,3%.
Ora, uma maioria “fabricada” a partir de 26,5% de intenções de voto, é obra… de muitas vigarices; a exigir uma montanha de vigarices (e de não se sabe o que mais?)!
Em opção livre, as intenções de voto em Soares descem para 17,6%; em Jerónimo, para 6,6% e em Louça, para 4,4%...
Mas “eles” preferem ficar, todos, “orgulhosamente sós” a empenharem-se numa solução para o país, com o país…
Vocês desculpem-me a insistência mas, ao contrário de TNT, eu sou capaz (e tenho determinação para) repetir as coisas as vezes que forem necessárias are que se tornem perceptíveis, q.b.
Vocês desculpem-me a insistência, mas eu acho que, quando as pessoas perceberem, bem, que não é possível governar um país, correctamente, dignamente, democraticamente, com um tão reduzido apoio da população.
Quando as pessoas perceberem bem que, esse reduzido apoio é culpa e “mérito”, e opção, dos políticos, aliás confirmado, todos os dias, pela desastrosa situação que vivemos, que não tem razão de ser.
Quando as pessoas perceberem bem que é exactamente isto que tem de mudar para que os nossos problema possam ser resolvidos.
Quando as pessoas perceberem bem como é que tudo isto é possível; isto é: quais as ideias absurdas (que são repetidas pelos OCS), que permitem tal; e quais as ideias e propostas, que podem alterar este estado de coisas, possíveis de mobilizar os cidadãos, que são censuradas, de forma arrivista, pelos OCS.
Quando as pessoas perceberem que as mudanças só se fazem mobilizando a população e que só é possível mobilizar a população para acções concretas, de eficiência evidente.
Quando as pessoas perceberem isto tudo, e também o papel, insubstituível, que compete a cada um, para tudo isto, então a resolução dos nossos problemas estará próxima e aparecerão as vias (as propostas de acções) para lá chegar.
Mas enquanto cada um se barricar no papel absoluto (e absurdo) das “mudanças” individuais, de culpabilizar “os outros” e a “natureza humana”, (como convém aos abutres e como é propagandeado pelos abutres, para perpetuarem o seu poder, dividindo para reinar), nada feito…

Manifesto anti Soares (II)

Publicado também em Editorial
Enquanto Soares repete, de forma patética e absurda, que "é fixe" (assim parecido com um peixe fora de água) e que a sua candidatura é nacional (de que país? em que país será que ele vive?), o JN online pergunta:
- "Concorda com a recandidatura de Mário Soares à Presidência da República?"
Às 16:50 horas, de hoje, dia 11 de Setembro de 2005, de entre os 8398 leitores que responderam a esta pergunta, as percentagens eram as seguintes:
Sim - 15,8%
NÃO - 82,7%
NS - 1,6%
É só para que se saiba que as nossas opiniões são (muito) fundamentadas e até são, amplamente, maioritárias, nesta como em muitas outras questões da nossa sociedade.
Reparem que, aqui, na consulta online, a abstenção é inferior a 2%.
A confirmar o que temos vindo a dizer: que a abstenção não se deve a desisteresse, mas ao facto de as pessoas não se conformarem com as limitações nas "opções" que lhes são impostas pelas máfias...
O que as pessoas, talvez, ainda não tenham percebido é o quanto a situação é pérfida, porque existem soluções, existem as pessoas dignas, que são cilindradas pelos mafiosos e pelos OCS, para eliminar as possibilidades doutras "escolhas".
Em face disto o que fazem os restantes partidos?
Candidatam os seus líderes, contribuindo para tornar a situação ainda mais caricata e absurda; prestando, objectivamente, um excelente serviço às máfias.
Mas, que digo eu? Eles não serão todos mafiosos, do mesmo grupo e do mesmo quilate? Bem, talvez não do mesmo grupo...
Por isso, para acabar com estas conspiraçõs contra a democracia, para acabar com os abusos e crimes, cometidos por toda esta gente, contra o país, contra a população, contra a justiça, contra a dignidade das funções políticas, contra o nosso progresso e bem-estar, impedindo a resolução dos nossos problemas, eu defendo que seja valorada a abstenção.
Até porque, tal como as pessoas têm opiniões claras acerca deste tipo de coisas, também as têm acerca das vias de resolução dos nossos maiores problemas.
Estas opções têm de passar a ser referendadas, e os governos e deputados têm de passar a "conformar-se" com as decisões dos cidadãos, executando as decisões dos cidadãos, porque assim é que é democracia.
Eles, que assim se esmeram por merecer o desacordo e a oposição da esmagadora maioria dos cidadãos (e não têm emenda, mesmo sabendo disso), é que justificam e nos fazem exigir este tipo de medidas de controle democrático, do exercício do poder...

Em directo de New Orleans!

Estou a linkar, este post de Cultura e Liberdade, onde se pode ver, em directo, as notícias do Furacão Katrina.
Já vi algumas reportagens bem interessantes e elucidativas... Por isso, se quiserem "dar uma espreitadela", basta clickar neste título, ou no endereço abaixo.
Os meus agradecimentos a Al-Maqqari.

http://www.wwltv.com/perl/common/video/yahooPlayer.pl

2005/09/08

Moralizar os vencimentos dos gestores!

O Governo “à deriva”!
A notícia que merece destaque, no dia de hoje é a “promessa” do governo de aprovar “Novas Regras para as remunerações dos gestores públicos”.
Estas novas regras, baseiam-se, dizem, em três princípios:
(1) Prevenir os abusos nas auto-atribuições de vencimentos, devendo “as remunerações ser consentâneas com as praticadas no respectivo sector”;
(2) Moralização, atribuindo os prémios de gestão conforme os objectivos atingidos, e proibindo que recebam as pensões antes de se reformarem;
(3) Transparência, devendo ser descriminados, publicamente, em cada ano, as verbas destinadas a vencimentos e demais regalias dos gestores, nos relatórios e contas.
Até aqui tudo parece bem! Os objectivos merecem o meu total apoio, pecando, apenas por insuficientes...
PARECE (bem)! Porque, em boa verdade, a legislação a aprovar mantém as actuais mordomias, ilegitimamente apropriadas (a lei não tem efeitos retroactivos), o que implica que o país vai ter que continuar a esvair-se com encargos para sustentar a gula criminosa, as benesses escandalosas e injustificadas, apropriadas pelos que agora as têm.
Por isso se prevê que esta lei só venha a fazer efeito em 2007.
Portanto, podemos concluir que esta azáfama legislativa não passa dum projecto de intenções, falacioso, demagógico, propaganda enganosa pré-eleitoral, com que o governo pretende, mais uma vez, enganar os eleitores, de modo a limitar os estragos eleitorais provocados pela sua política e medidas de governação desastrosas.
Isto é apenas um, baixo e reles, golpe publicitário, a cujo se deve dar o mesmo crédito que o governo deu às suas promessas eleitorais de não aumentar os impostos e de actuar no desemprego, criando 150 mil postos de trabalho.
É claro que, para credibilizar o embuste, logo vieram os comentadores económicos discordar, com o velho e falacioso argumento de que isso afasta os melhores, destas funções.
Os melhores? Como os que se têm cumulado de benesses, à custa dos cidadãos, ao mesmo tempo que destroem o país e arrasam a nossa economia?
Os melhores? Mas essa gente é toda criminosa, incapaz, incompetente e mafiosa, a ponto de nos terem conduzido para a situação degradante em que nos encontramos!
Os melhores? Gangsters, talvez! Porque gestores, governantes, responsáveis, nem idóneos e íntegros, bem intencionados, eles conseguem ser, quanto mais “os melhores”.
Dizem, estes comentadores, que estes técnicos devem ser remunerados segundo o seu valor…
Estou inteiramente de acordo, desde que esse “seu valor” seja determinado em função do impacto económico, para o país, do bom exercício das respectivas funções; isto é conforme a evolução da situação económica. E ainda que seja ratificado pelos cidadãos, após discussão livre e aberta e consulta directa à população.
Aliás, se houvesse, de facto, um objectivo de moralização, consequente, não se compreenderia porque é que o governo faz uma lei especial, para os gestores; porque é que estes não são enquadrados nas medidas gerais, aplicáveis a todos os trabalhadores. Porquê um regime especial para estes?
É que, no que se refere aos trabalhadores, as medidas são aplicadas imediatamente, aos que agora estão no activo, sem preocupações com os “direitos adquiridos” pelos que agora são trabalhadores no activo; o que implicaria que as medidas só seriam aplicáveis às futuras gerações de trabalhadores, ou seja: daqui por 30 ou 40 anos…
Os aumentos de impostos também entram em vigor de imediato, agravando as condições de vida, de todos, e de sobrevivência, de muitos.
Além disso, não vejo grandes alterações nas regras de decisão. Os vencimentos dos gestores, que me conste, sempre foram ratificados pelas respectivas assembleias gerais, portanto dependentes de acordo do respectivo ministro, que nomeia quem as aprova...
Mas estas medidas têm um outro perigo (para além de consagrarem os privilégios de quem os não merece e de serem publicidade pré-eleitoral enganosa).
É que, sendo elas decididas por um governo tão desacreditado, por um governo que pode cair, em qualquer momento, serão, certamente, postas de lado, por outro qualquer futuro governo, no âmbito dos jogos de apoios e negociatas pré-eleitorais, sendo incluídas nas decisões desastrosas que desgraçaram o governo. Sempre assim foi com os governos socialistas.
O que pretendo dizer é que os governos têm de escolher uma via de governação, coerente e digna, eficiente, que resolva os problemas da população. Não podem anunciar medidas desta (que nem sequer tencionam aplicar) ao mesmo tempo que tomam todo o tipo de medidas criminosas e infames, ao mesmo tempo que protegem e garantem impunidade a toda a espécie de crimes. Não serão medidas destas que irão salvar o governo. Por isso elas destinam-se a “cair juntamente com o governo”, “resolvendo”, pelo menos por agora, os problemas de consciência dos gangsters, que lhes advém da enorme quantidade de pessoas que se fazem ouvir contra estes abusos.
Por isso tenho dito e repito:
É imprescindível valorar a abstenção, para cortar o passo a estas tramóias, para que os governantes e deputados tenham de prestar contas dos seus actos e tenham que ter em conta a opinião dos cidadãos.
Quanto aos abusos materializados nos vencimentos e mordomias apropriados pelos gestores públicos, nem a lei deve ser esta, nem deve ser decidida assim.
Já o disse e repito, deve ser criada uma lei que limite o valor dos vencimentos e pensões de reforma máximos a um valor indexado aos respectivos valores mínimos e médios, aplicável a toda a gente sem excepção! Uma lei assim, para ser credível, deve ser referendada, aprovada pelos cidadãos, para não ficar dependente dos caprichos e compadrios de cada governo, nem das necessidades de propaganda demagógica em épocas específicas.
Não se preocupem com a motivação das pessoas de valor. Porque as pessoas que têm, realmente, valor, não são motiváveis pelo valor absurdo e escandaloso dos vencimentos, porque sabem que isso prejudica os propósitos e objectivos determinados pelos superiores interesses do país, os que motivam as pessoas dignas e de bem. Só os mafiosos se “motivam” com vencimentos escandalosos, de que se apropriam a qualquer custo, à nossa custa e do estado degradante da economia do país, que destroem com a sua incompetência e prepotência, com a sua tacanhez
Esta gente faz da governação do país um jogo, uma palhaçada de mau gosto, brincam com coisas sérias!

2005/09/06

Campanha de Solidariedade!

Proponho que se faça uma Campanha de Solidariedade para com as autarquias e entidades que não deixaram arder as respectivas matas!
A Campanha destina-se a mostrar o nosso reconhecimento a estas entidades, que assim confirmam o que aqui temos vindo a dizer, acerca das responsabilidades, irrefutáveis, das entidades coordenadoras.
Será que, nestes locais, existem meios muito diferentes, (muito mais meios), gente muito mais bem preparada, diferente da que existe no resto do país?
Ou será que se adoptaram os procedimentos, a prevenção, a gestão dos meios e a disciplina adequados?
Quem souber que informe!
Agora que o governo promete medidas, para o próximo ano, sem ter feito o que quer que seja, do que podia e devia, durante este ano, que demonstre que a lição foi aprendida (recordo que o governo iniciou funções em Fevereiro), justifica-se que reconheçamos quem merece reconhecimento, pela competência e idoneidade demonstrada.
No mínimo, todas essas entidades terão aqui um espaço de publicidade gratuíto, basta que nos sejam referidas...

Vergonhoso!

Funcionamento do Sistema Nacional de Saúde…
Um relato, (mais um, são aos milhões) para ilustrar o que digo quando falo de mafiosos à solta, de criminalidade institucionalizada, que goza de total impunidade e cumplicidade, dos políticos, e outros responsáveis; de todos os responsáveis.
Este relato está, em comentário, no post anterior, e foi trazido por BM, a quem se agradece.
“Não tomei nota do blog. Se couber:
SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE UMA REFINADA VERGONHA - dos médicos.
Anonymous said...
Denunciem o Sistema de Saúde em Portugal!
Permitam-me que lhes transcreva, de forma sintética, um artigo que li no Boletim Informativo do Clube de Campismo do Concelho de Almada, datado de Junho de 2005, da autoria de José Chitô.
Leiam, porque vale mesmo a pena!
Este senhor acordou um dia com um problema no olho direito. Pareceu-lhe grave.
Deslocou-se ao Hospital Garcia de Orta, em Almada (16 Abril 2005).
Diagnóstico: deslocamento de retina. Só poderá recuperar com operação.
Segundo a opinião do oftalmologista, a situação é grave e urgente.
Mas a lista de espera é muito grande: talvez 6 meses a um ano.
O nosso amigo fica abismado, pois uma situação destas requer internamento imediato.
Qual a solução que veio da boca do médico?
A existência de um bom especialista, em Setúbal, que ele próprio conhecia.
Lá vai o homem à consulta do referido especialista que lhe confirma diagnóstico: tem que ser operado!
- “Eu levo 3.000 euros por operar, mais 3.000 para a clínica e assistentes."
TOTAL: 6.000 euros (1.200 contos).
Por esta consulta desembolsou 60 euros.
Por achar este orçamento brutal, resolve marcar consulta para uma clínica emBadajoz.
Devido à urgência do caso, marcam-lha para o dia seguinte.
É atendido meia hora depois de ter chegado. Confirmam-lhe o diagnóstico.O especialista diz não haver tempo a perder, não tem datas livres, por issovai ter de adiar operações menos urgentes para poder encaixar a dele.
Volta passado 10 minutos, com a data da operação: AMANHÃ ás 17 horas.São 1.200 euros (240 contos). Custo da consulta: 35 euros.
A operação foi um êxito! Nos 30 dias seguintes e sempre que se deslocou à Clínica, não pagou mais nada.
COMENTÁRIOS?
Este país não tem salvação possível!
E não sou daqueles que gostariam de ser espanhóis!
Reenviem para quantos amigos e conhecidos tenham, para que sejamos cidadãos informados e denunciantes deste SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE, completamente PODRE!”
Resta acrescentar mais uma história:
Um jovem, com menos de 20 anos, faz uma rotura de ligamentos, num joelho, a praticar judo (que tem seguro obrigatório, assegurado pela Federação). Vai ao Hospital de Santa Maria, de imediato. Sai de lá com um diagnóstico do tipo “Não sei nem quero saber e tenho raiva a quem sabe!”, que é como quem diz: “Talvez seja rotura de ligamentos, Só se pode saber fazendo um exame específico, que o Hospital não faz e que custa uma pequena fortuna! Sucede que a família do jovem atravessa graves dificuldades financeiras, de tal modo que nem sequer pode encarar a hipótese de consultar o especialista recomendado, porque o simples custo da primeira consulta é incomportável. E assim andou, o jovem, durante dois anos, estropiado e comprometendo a sua integridade física para o resto da vida, de hospital, de recomendação em recomendação… Até ao Garcia de Orta o mandaram, indicado para um profissional que não se encontrava ao serviço, nem foi possível localizar. Isto a pagar deslocações e outros encargos, todos insuportáveis para a grave situação económica familiar.
Ao fim de dois anos acabou por ser operado, na sequência de novo episódio que lhe agravou a situação.
Começou por pagar uma consulta, caríssima, a um dos melhores especialista, que o encaminhou para uma unidade hospitalar especializada, onde se propunha fazer-lhe a operação (dum joelho muito danificado, não apenas pela lesão, mas pelo tempo decorrido sem tratamento); mas recebendo mais de mil contos. Até que, perante o desespero de familiares, percebendo que não lhes seria possível pagar esse dinheiro, acabou por a operação ser feita a expensas do seguro, custando, ao seguro, pouco mais de cem contos…
Também este jovem teve de desenbolsar 90 euros, por uma consulta dum outro especialista que lhe indicaram, posteriormente, porque continuava a ter queixas, apenas para ele olhar para o joelho e lhe dizer que não havia nada a fazer...
E não há um pingo de vergonha, nem uma entidade fiscalizadora que ponha cobro a estas patifarias, que atentam contra a integridade física da nossa população.
Assim, de repente, sou capaz de me lembrar de mais meia dúzia de casos concretos…