Pelo conteúdo deste “blog” facilmente se percebe que não faço parte do grupo de pessoas que estão na blogoesfera “para fazer número”; ou para “desabafarem as suas angústias pessoais”; ou para “entrar na onda” de comentar as “notícias” oficiais e “falar sobre o que está na moda”; ou para “dizer umas coisas e aparecer”. O “papel” que escolhi (ou que “o destino” me deu?) é outro e não vou “virar as costas”! Afinal, se falamos de liberdade de expressão, nada como assumi-la em toda a sua plenitude.
Vem isto a propósito “das minhas angústias”, daquelas que me ficam depois de, às vezes por mero acaso; ouvir as enormidades, os disparates (para não lhes chamar coisa pior), daqueles que nos entram pela casa dentro, à hora do jantar, ou durante a intimidade do serão, sem pedir licença (porque lhes seria recusada, sem sombra de dúvidas). Falo das “avantesmas” que se ouvem na televisão e que tentam, a todo o custo, manipular-nos até a consciência, baralhar-nos as ideias ou, pelo menos, inibir-nos de expressar as nossas próprias opiniões. De qualquer modo a sua arrogância demonstra que, para estes, só eles e as suas perversas vontades é que contam. O que me pergunto é: porque é que um serviço de televisão que deveria ser público, que é pago por nós, e que deveria ser democrático, apenas tem lugar para este tipo de gente, todos escolhidos a dedo, entre o pior que há?
Estas são “as minhas angústias”! Quando ouço tanto disparate e “comparo” com o descalabro da realidade à nossa volta (e com o que deveria ser feito para o corrigir, ao descalabro), vejo, com clareza, que o descalabro tem origem na actuação desses espécimes (dos que eu não convidei) e que as soluções tardam e nunca virão, enquanto estivermos sujeitos a, ou condicionados por, esses mesmos farsantes (e pelo que dizem e fazem de forma prepotente). “Espécimes”, “farsantes” serão os termos adequados?
Na segunda-feira (e desde então), lá fiquei eu, novamente, com aquela minha “azia” e com a colite irritada, por causa do que ouvi, no “Prós e Contras”. Mesmo tendo sido muito pouco o que ouvi. Até parece sina…Má sina, obviamente; porque não consigo fingir que não é nada comigo e “deixar para os outros resolverem”, sobretudo porque não encontro “outros” que estejam “dispostos” a resolver, entre os que têm essa possibilidade…
O referido programa tinha como tema a criminalidade, (ou seria a segurança?), ou coisa parecida. Sei que, num dos poucos momentos em que dei atenção ao que diziam, ouvi o responsável do Sindicato dos Magistrados (uma daquelas estruturas que o advogado António Marinho Pinto considera “contra-natura”, com toda a razão) dizer que, para combater a grande criminalidade, o que há a fazer é “punir severamente” a pequena criminalidade, aplicar penas efectivas mais severas “porque esses é que vão transformar-se em grandes criminosos”.
Portanto, podemos concluir que, para o “ilustre” magistrado, a alta criminalidade deve ser deixada em paz; e até incentivada com este tipo de actuação sobre a pequena criminalidade, em cuja as cadeias “fazem” o resto do trabalho. Reparem que o homem não falou de “prevenir”, nem de actuar, corrigir, acompanhar, recuperar; não! Falou de “punir severamente”. Impressionante como este tipo de discurso “se encaixa” nos interesses duns esquemas estranhos, existentes na nossa sociedade, que permitem, a criminosos que actuam de dentro do aparelho judicial, “dispor” de “mão d’obra” abundante, entre os marginaizecos. Falei disso num dos artigos “Partilhando Informação”, publicado já há muito tempo.
Curiosamente, neste programa, não ouvi falar das sentenças absurdas, injustas e criminosas; nos crimes que se cometem de dentro das instâncias judiciais, sua detecção, correcção e punição dos respectivos autores. Dos direitos das pessoas inocentes molestadas pelas instâncias judiciais, das pessoas condenadas à prisão e que estão inocentes; nada disso. Sobre este tipo de situações, que são o que molesta e destrói a sociedade, nem uma palavra. Ou seja, prevaleceu o “critério”, nazi, de que as instâncias judiciais se justificam a si próprias; que os respectivos titulares têm direitos discricionários sobre a sociedade e devem gozar de total impunidade, mesmo quando se dedicam, descaradamente, à criminalidade…
O amigo Rajodoas, de “Congeminações”, publicou um post com o Título: “Autênticas “Forças de Bloqueio” é a reacção dos responsáveis dos magistrados judiciais”, com link aqui. Nesse artigo deixei o seguinte comentário:
“É só uma amostra. É apenas "a ponta do iceberg". Mas o governo está a perder a sua oportunidade de ouro, para inverter, definitivamente, esta situação (e outras). Se eu mandasse, punia, severamente, o dirigente do sindicato dos magistrados, apenas pelo que disse na televisão, na segunda-feira. Uma vergonha sem tamanho, uma autêntica infâmia, uma confissão, descarada, de envolvimento no pior tipo de criminalidade deste país.
Entretanto continuam a usar o Processo Casa Pia, para manietar toda a gente, para prosseguirem na alta chantagem. O "www.reporterx.com" tem um artigo sobre isso, com que eu estou inteiramente de acordo. As pressões são de todo o lado e de todos os tipos (dos piores tipos) e o governo continua a adiar o que tem de ser feito, dando mais tempo e "margem de manobra" a estes abutres... Isto assim não vai longe. A convocação de eleições permitiu, a alguns dos piores criminosos, ganharem tempo para obstruírem as investigações que não lhes convinham. Agora é só "continuar o trabalho". E, dessas investigações, nem vestígios se vêem. Até o PGR se mantém em funções... O que é que se espera? Está tudo nas mãos de criminosos! Nas mãos de máfias da pior espécie!”
O amigo Hammer, acrescentou: “Este é o verdadeiro poder instalado. Passando ao largo do que é comum, no meio do pó dos arquivos... decidem segundo as suas normas. Aqui está uma reforma, a sério, a fazer! Resta saber se este governo vai em frente ou não. São os poderosos...”
Pela minha parte referia-me àquelas “ideias nazis”, propagandeadas na televisão, perante a passividade de todos os presentes. Isto é absolutamente inadmissível!
Já o disse, várias vezes, e repito: se, nos nossos tribunais se fizesse, bem feito, apenas metade do que se faz, não estaríamos numa situação tão calamitosa. Mais de 60% dos processos, recursos e quejandos, que existem nos tribunais não têm qualquer razão de existir e evitar-se-iam com actuação efectiva e adequada, atempada, das instituições judiciais (com outras colaborações, eventualmente, nomeadamente ao nível do acompanhamento psicológico e da assistência social; enfim: um mínimo de organização; a sociedade a funcionar como tal).
No que se refere aos tribunais de família, é vê-los a “fazer tudo ao contrário” e a contribuir para gravar as situações reais e os seus efeitos perniciosos. Mas o mais importante é mesmo recuperar o prestígio destas instituições todas.
Portanto, Sr. Primeiro Ministro, antes de colocar os magistrados a acompanhar as diligências policiais, trate de fazer cumprir a lei, no que se refere à actuação dos próprios magistrados e polícias. Trate de corrigir, imediatamente, as situações criminosas, aberrantes, já detectadas, para que possamos acreditar em si (e na justiça, também). De nada vale criar mais leis e mais formalismos, se a realidade evidencia que, no essencial, nada mudou, que esses formalismos serão aplicados pelos mesmos criminosos e podem ser usados, de igual forma, para prosseguir os crimes actuais, praticados por agentes das instâncias judiciais.
Vem isto a propósito “das minhas angústias”, daquelas que me ficam depois de, às vezes por mero acaso; ouvir as enormidades, os disparates (para não lhes chamar coisa pior), daqueles que nos entram pela casa dentro, à hora do jantar, ou durante a intimidade do serão, sem pedir licença (porque lhes seria recusada, sem sombra de dúvidas). Falo das “avantesmas” que se ouvem na televisão e que tentam, a todo o custo, manipular-nos até a consciência, baralhar-nos as ideias ou, pelo menos, inibir-nos de expressar as nossas próprias opiniões. De qualquer modo a sua arrogância demonstra que, para estes, só eles e as suas perversas vontades é que contam. O que me pergunto é: porque é que um serviço de televisão que deveria ser público, que é pago por nós, e que deveria ser democrático, apenas tem lugar para este tipo de gente, todos escolhidos a dedo, entre o pior que há?
Estas são “as minhas angústias”! Quando ouço tanto disparate e “comparo” com o descalabro da realidade à nossa volta (e com o que deveria ser feito para o corrigir, ao descalabro), vejo, com clareza, que o descalabro tem origem na actuação desses espécimes (dos que eu não convidei) e que as soluções tardam e nunca virão, enquanto estivermos sujeitos a, ou condicionados por, esses mesmos farsantes (e pelo que dizem e fazem de forma prepotente). “Espécimes”, “farsantes” serão os termos adequados?
Na segunda-feira (e desde então), lá fiquei eu, novamente, com aquela minha “azia” e com a colite irritada, por causa do que ouvi, no “Prós e Contras”. Mesmo tendo sido muito pouco o que ouvi. Até parece sina…Má sina, obviamente; porque não consigo fingir que não é nada comigo e “deixar para os outros resolverem”, sobretudo porque não encontro “outros” que estejam “dispostos” a resolver, entre os que têm essa possibilidade…
O referido programa tinha como tema a criminalidade, (ou seria a segurança?), ou coisa parecida. Sei que, num dos poucos momentos em que dei atenção ao que diziam, ouvi o responsável do Sindicato dos Magistrados (uma daquelas estruturas que o advogado António Marinho Pinto considera “contra-natura”, com toda a razão) dizer que, para combater a grande criminalidade, o que há a fazer é “punir severamente” a pequena criminalidade, aplicar penas efectivas mais severas “porque esses é que vão transformar-se em grandes criminosos”.
Portanto, podemos concluir que, para o “ilustre” magistrado, a alta criminalidade deve ser deixada em paz; e até incentivada com este tipo de actuação sobre a pequena criminalidade, em cuja as cadeias “fazem” o resto do trabalho. Reparem que o homem não falou de “prevenir”, nem de actuar, corrigir, acompanhar, recuperar; não! Falou de “punir severamente”. Impressionante como este tipo de discurso “se encaixa” nos interesses duns esquemas estranhos, existentes na nossa sociedade, que permitem, a criminosos que actuam de dentro do aparelho judicial, “dispor” de “mão d’obra” abundante, entre os marginaizecos. Falei disso num dos artigos “Partilhando Informação”, publicado já há muito tempo.
Curiosamente, neste programa, não ouvi falar das sentenças absurdas, injustas e criminosas; nos crimes que se cometem de dentro das instâncias judiciais, sua detecção, correcção e punição dos respectivos autores. Dos direitos das pessoas inocentes molestadas pelas instâncias judiciais, das pessoas condenadas à prisão e que estão inocentes; nada disso. Sobre este tipo de situações, que são o que molesta e destrói a sociedade, nem uma palavra. Ou seja, prevaleceu o “critério”, nazi, de que as instâncias judiciais se justificam a si próprias; que os respectivos titulares têm direitos discricionários sobre a sociedade e devem gozar de total impunidade, mesmo quando se dedicam, descaradamente, à criminalidade…
O amigo Rajodoas, de “Congeminações”, publicou um post com o Título: “Autênticas “Forças de Bloqueio” é a reacção dos responsáveis dos magistrados judiciais”, com link aqui. Nesse artigo deixei o seguinte comentário:
“É só uma amostra. É apenas "a ponta do iceberg". Mas o governo está a perder a sua oportunidade de ouro, para inverter, definitivamente, esta situação (e outras). Se eu mandasse, punia, severamente, o dirigente do sindicato dos magistrados, apenas pelo que disse na televisão, na segunda-feira. Uma vergonha sem tamanho, uma autêntica infâmia, uma confissão, descarada, de envolvimento no pior tipo de criminalidade deste país.
Entretanto continuam a usar o Processo Casa Pia, para manietar toda a gente, para prosseguirem na alta chantagem. O "www.reporterx.com" tem um artigo sobre isso, com que eu estou inteiramente de acordo. As pressões são de todo o lado e de todos os tipos (dos piores tipos) e o governo continua a adiar o que tem de ser feito, dando mais tempo e "margem de manobra" a estes abutres... Isto assim não vai longe. A convocação de eleições permitiu, a alguns dos piores criminosos, ganharem tempo para obstruírem as investigações que não lhes convinham. Agora é só "continuar o trabalho". E, dessas investigações, nem vestígios se vêem. Até o PGR se mantém em funções... O que é que se espera? Está tudo nas mãos de criminosos! Nas mãos de máfias da pior espécie!”
O amigo Hammer, acrescentou: “Este é o verdadeiro poder instalado. Passando ao largo do que é comum, no meio do pó dos arquivos... decidem segundo as suas normas. Aqui está uma reforma, a sério, a fazer! Resta saber se este governo vai em frente ou não. São os poderosos...”
Pela minha parte referia-me àquelas “ideias nazis”, propagandeadas na televisão, perante a passividade de todos os presentes. Isto é absolutamente inadmissível!
Já o disse, várias vezes, e repito: se, nos nossos tribunais se fizesse, bem feito, apenas metade do que se faz, não estaríamos numa situação tão calamitosa. Mais de 60% dos processos, recursos e quejandos, que existem nos tribunais não têm qualquer razão de existir e evitar-se-iam com actuação efectiva e adequada, atempada, das instituições judiciais (com outras colaborações, eventualmente, nomeadamente ao nível do acompanhamento psicológico e da assistência social; enfim: um mínimo de organização; a sociedade a funcionar como tal).
No que se refere aos tribunais de família, é vê-los a “fazer tudo ao contrário” e a contribuir para gravar as situações reais e os seus efeitos perniciosos. Mas o mais importante é mesmo recuperar o prestígio destas instituições todas.
Portanto, Sr. Primeiro Ministro, antes de colocar os magistrados a acompanhar as diligências policiais, trate de fazer cumprir a lei, no que se refere à actuação dos próprios magistrados e polícias. Trate de corrigir, imediatamente, as situações criminosas, aberrantes, já detectadas, para que possamos acreditar em si (e na justiça, também). De nada vale criar mais leis e mais formalismos, se a realidade evidencia que, no essencial, nada mudou, que esses formalismos serão aplicados pelos mesmos criminosos e podem ser usados, de igual forma, para prosseguir os crimes actuais, praticados por agentes das instâncias judiciais.