2005/07/31

Liberdade ou “Lei da Selva”?

Aqui e também em EDITORIAL
O Principal “valor” das chamadas “Democracias Ocidentais” é a “liberdade”!
A Liberdade é um valor que todos prezamos, que tem significado entendida como direito individual… Mas, sendo nós seres essencialmente sociáveis, a Liberdade também tem (necessita de ter) um significado “colectivo”. Nada nem ninguém se consegue subtrair a essa verdade, a da nossa, intrínseca e absoluta, dimensão colectiva. Ninguém seria o que é sem a sociedade, sem essa dimensão colectiva. Sem a nossa dimensão “colectiva”, nenhum valor existe, ou tem significado.
Em boa verdade nem as pessoas têm importância ou valor, porque estes lhes são “consignados” sempre, e apenas, na “dimensão colectiva”.
Impõe-se, portanto, reescrever aqui aquela expressão que define, magistralmente, o que é a Liberdade: “A nossa liberdade termina onde começam os direitos dos outros”!
Os piores atentados à nossa liberdade, individual ou colectiva, centram-se, hoje, na invocação dos valores essenciais da sociedade, não para que os defendamos, intransigentemente, na sua essência e plenitude, mas como via de alienação, demagógica, colectiva, bem ao estilo da “psicologia de massas” do nazismo, para “legitimar” os mais ferozes e soezes ataques e violações desses mesmos princípios fundamentais.
Todos já nos cansámos de ouvir os facínoras que governam o mundo e os biltres, seus lacaios, dizer e redizer que, a luta contra o terrorismo, se justifica pela defesa de (“our way of life”, “our freedom”, “our democracy”), enfim, “not our”, porque eu nada tenho a ver com isso; e, como eu, uma boa parte da sociedade, que neste momento já é a imensa maioria.
Claro que, nesta campanha abjecta, se pretende usar e abusar do “prestígio” dos princípios fundamentais da democracia, para nos impingir a “legitimação” da sua violação, como se esses princípios e seu significado, pudessem ser apropriados e desvirtuados por uns quantos. Mas o terrorismo dos estados sempre se “justificou” deste modo. Bom! Não se pode dizer que tenha sido “sempre”, no tempo da barbárie, de que estamos a tentar sair, não era necessário justificar as guerras. Bastava ter capacidade para as “empreender”. Mas nós não estamos na barbárie (ao nível do desenvolvimento intelectual e filosófico) e não queremos voltar à barbárie e a “justificação” das respectivas barbaridades.
Mas também todos sabem que as campanhas de “psicologia de massas” pressupõem que as pessoas não pensam, se devem limitar a “engolir” a demagogia assim mesmo como vem preparada… Por isso ela é secundada por um coro de vozes concordantes (de lacaios abjectos, vendidos) e pelo silenciamento implacável de todos os restantes, que somos a esmagadora maioria.
Quer ao nível individual, quer ao nível internacional, a liberdade não existem sem que “se respeitem os direitos dos outros”, porque, quando se violam os direitos dos outros, deixa de haver liberdade para passar a ser criminalidade.
Perguntem à população Iraquiana o que é que eles pensam do conceito de Liberdade das “democracias Ocidentais”! Perguntem aos Presos de Guantanamo e dos outros campos de concentração, mantidos pelos USA, o que é que eles pensam desse mesmo conceito de Liberdade! Perguntem às pessoas que têm sido vítimas da CIA, na sua campanha para “fabricar terroristas”, já aqui denunciada, o que eles sabem, agora, depois destas suas experiências surreais, do real significado desse mesmo “conceito”! O real significado deste conceito, agora, na situação que vivemos sintetiza-se assim: TERRORISMO!
Alguém comentava, em Sociocracia, sintetizando, magistralmente, o que estou a tentar dizer desta forma:
A guerra está associada a morte, a destruição, a vandalismo, em suma, a opressão e a terror.
A guerra surgiu para que uns tantos inábeis se pudessem apropriar das criações de outros mais cordatos e, por isso, mais criativos.
Provocando a destruição e a extrema miséria consegue-se uma total submissão, por parte dos deserdados, e torna-se muito fácil enriquecer à sua custa. Este é que é o móbil das guerras!
Tanto quanto penso, a palavra "terrorismo" deve ter a sua origem em "terror" e as guerras - mesmo que (in)devidamente legitimadas - provocam grandes ondas de terror.
Penso que, para uma humanidade que se quer civilizada, é lamentável que se defenda ainda a barbárie, tenha ela a forma que tiver
...”
O sublinhado é meu e expressa o problema essencial, quanto a esta questão, evidenciando a verdadeira dimensão criminosa (contraditória com a liberdade, a democracia) do uso da força.

Num post anterior (aliás, em vários) falei da necessidade de “colocar as pessoas certas nos lugares certos”, de colocar as pessoas a fazerem o que sabem e gostam de fazer, para que a sociedade funcione, para que haja progresso. Também já o disse, várias vezes, que isso é tarefa da democracia, que só a democracia pode garantir.
AS guerras são contrárias ao progresso e à civilização (e os USA haverão de “compreender” isso, talvez da pior forma possível, para eles próprios)
No nosso país, sofremos, de forma dramática, as consequências de, a liberdade como a entende esta escumalha, em conluio com a “iniciativa privada” e a “economia de mercado” impostas pela “força” da perfídia de uns (legitimada por quem detém o poder) não respeitarem as pessoas, não gerirem as “nossas” competências, não colocarem as pessoas certas nos lugares certos. Este sistema não resulta porque aqueles que são espoliados pela violência (ou pelas regras do mercado e pelos tribunais) deixam de ser mobilizáveis, de ser úteis, quer porque são destruídos, socialmente, quer porque não se conformam com a condição de escravos da infâmia.
O que pretendo evidenciar, com isto tudo, é que a apropriação através da violência é contrária aos princípios fundamentais que regem as sociedades civilizadas e prejudica o progresso e o desenvolvimento.
O que pretendo, com tudo isto, é engrossar a contra-corrente que se forma contra a barbárie, fazer valer o facto de sermos a esmagadora maioria, quer da população portuguesa, quer da humanidade.
O que pretendo, com isto, é mobilizar vontades para que, como maioria, vejamos concretizadas as regras básicas da sociedade, e as decisões fundamentais, quanto a estas matérias tenham de passar a ter a aprovação da maioria das populações, só possível através de consultas directas específicas, devido ao elevado número de abstencionistas.
O que pretendo é que conquistemos a concretização dos direitos que nos assistem, como o exige a democracia, o progresso, a civilização. Esta discussão e estas ideias têm de, urgentemente, sair da clandestinidade (destes espaços, na NET) para se poder recuperar a esperança da generalidade da população… É um direito que nos assiste, de liberdade, vermos as nossas opiniões discutidas e divulgadas, em igualldade de circunstâncias com todas as outras... Mas esse direito, teremos que conquistá-lo com muito esforço (apesar de sermos a esmagadora maioria, porque se pretende que a maioria da maioria não tome consciência disso: de que somos a maioria, de que faz parte da maioria. Têm de permanecer pansando que são insignificantes, que estão sós...)
Não pudemos cruzar os braços, perante tanta infâmia, se queremos fazer jus à nossa condição de seres humanos.
Vou terminar por aqui, para me não alongar, mas prometo não esquecer o assunto…

2005/07/30

Programação da RDP1!

Como funciona uma rádio que é paga por todos nós?
Programa "Lugar ao Sul".
Vinda directamente da caixa de "e-mal", aqui fica uma carta que merece atenção:
"Se já contactou a direcção de programas da Antena 1 e a administração da RDP solicitando que o programa "Lugar ao Sul" volte a ser emitido num horário decente, e se não lhe responderam ou se a resposta não foi satisfatória, pode dar conta do seu descontentamento ao ministro da tutela, Augusto Santos Silva (map@map.gov.pt) e ao Primeiro-Ministro (pm.apoio@pm.gov.pt, gseapm@pm.gov.pt ou através do portal do Governo, aqui, para que eles tenham conhecimento do modo como os responsáveis da RDP-Antena 1 tratam os ouvintes e assim possam tomar as medidas necessárias.
Se ainda não apresentou o seu pedido, não deixe de o fazer agora, porque só com o empenho de todos teremos força para fazer valer a nossa vontade.

Já reparou que a música portuguesa de raiz tradicional (a que melhor define a nossa identidade) foi banida quase por completo da emissão da Antena 1?
Artistas que se tornaram referências obrigatórias da nossa música, e que continuam no activo, como: Fausto Bordalo Dias, Vitorino, Janita Salomé, José Mário Branco, Luís Cília, Pedro Barroso, Amélia Muge, Né Ladeiras, Filipa Pais, José Peixoto, Rão Kyao, Júlio Pereira, Pedro Caldeira Cabral, Brigada Victor Jara, Ronda dos Quatro Caminhos, Maio Moço e Navegante, têm sido objecto de uma intolerável marginalização, para não dizer boicote.
A situação não é diferente para os agrupamentos da nova geração como Frei Fado d´El-Rei, Realejo, Danças Ocultas, At-Tambur, Roldana Folk, etc., aos quais tem sido negada a divulgação radiofónica a que teriam direito em razão da qualidade do trabalho que apresentam.

Se gostaria de ouvir estes e outros nomes representativos da boa música portuguesa de inspiração tradicional nos alinhamentos e não apenas nos programas "Lugar ao Sul", de Rafael Correia, "Viva a Música", de Armando Carvalheda e "Vozes da Lusofonia", de Edgar Canelas, aproveite para dar conta desse desejo.

Pode utilizar os seguintes contactos:

<antena1@rdp.pt> (geral da Antena 1)
<tiagoalves@rdp.pt> (actual director de programas da Antena 1)
<isabel.potier@rtp.pt> (secretária do presidente Almerindo Marques)
<almerindo.marques@rtp.pt> (presidente do conselho de administração)
<luis.marques@rtp.pt> (vogal do conselho de administração)

Também pode, ao mesmo tempo ou em alternativa, usar o espaço de sugestões e reclamações reservado no site da Rádio e Televisão de Portugal, acedendo a este endereço.

São os ouvintes que através dos seus impostos e da contribuição do audiovisual (cobrada na factura da electricidade) financiam a rádio pública. Como tal, não prescindem do direito a serem tratados com dignidade e respeito.
Não se acomode! Proteste!
Mas faça-o hoje mesmo! Amanhã pode ser tarde de mais.
Se ficarmos passivos, o director de programas pode concluir que o programa não tem ouvintes interessados e cair na tentação de o extinguir.
Para não ficar com o peso na consciência de nada ter feito para evitar tal crime faça ouvir a sua voz!

Adira ao Grupo de Amigos do LUGAR AO SUL. Para saber como o pode fazer aceda a esta morada
Se quiser partilhar com os membros do grupo as mensagens enviadas para os contactos acima indicados, envie uma cópia para o endereço <lugar-ao-sul@grupos.com.br>.

Nota: Envie esta mensagem aos seus familiares, colegas de trabalho e amigos para que também eles possam participar nesta campanha. Se preferir, envie-me a sua lista de contactos que eu próprio procederei ao envio desta missiva sem revelar os endereços, ou seja, através de BCC ("Blind Carbon Copy").

Excerto de carta enviada ao director de programas da Antena 1, Tiago Alves:
<tiagoalves@rdp.pt>

Gostaria de tecer um breve comentário aos alinhamentos musicais. Já que falei em Pedro Barroso, não posso deixar de referir a sua total ausência nos alinhamentos musicais. E, infelizmente, Pedro Barroso não é caso único pois podia apontar outros nomes de artistas de créditos firmados e de reconhecido mérito. Se os autores de alguns dos programas acima mencionados não tivessem a preocupação e a sensibilidade para divulgar esses cantores ou grupos, o auditório da Antena 1 (pelo menos o mais fidelizado) não teria a oportunidade de contactar com as respectivas obras.
Não se compreende que alguns cantores tenham uma promoção massiva com canções repetidas, até à exaustão, enquanto que outros sejam menosprezados ou, pura e simplesmente, ignorados. Não sei se são os locutores de continuidade que escolhem as músicas, mas quem quer que seja não tem o direito de impingir os seus gostos pessoais à generalidade dos ouvintes. É inconcebível que a música portuguesa de raiz tradicional, que tem tido um grande florescimento nos últimos anos com grupos de grande qualidade (alguns dos quais com sucesso internacional) não tenha lugar no alinhamento da Antena 1, fora dos programas de autor.
A Antena 1, enquanto concessionária do serviço público de radiodifusão, tem a obrigação de divulgar e promover todos os músicos e cantores portugueses (desde que tenham um mínimo de qualidade), de modo a corresponder à multiplicidade de gostos do auditório. Quanto maior for a diversidade da oferta musical maior será a liberdade do público para escolher.
Na expectativa de boa receptividade às minhas sugestões, subscrevo-me com os melhores cumprimentos,

Álvaro José Ferreira"
Fim de transcrição.
Pela minha parte, já o disse aqui que, se "tivesse voto na matéria" fazia uma lei para obrigar a que, em lugares de acesso público e, pelo menos na Rádio de serviço público, fosse transmitida uma quota não inferior a 85% de música portuguesa (quota verificável todos os 15 minutos). É que sinto humilhação quando ando por aí, entro num local qualquer e só ouço música "inglesa"... Nem os turistas, que nos visitam, nos têm consideração ao verificarem isto...
Não devia ser necessário fazer-se uma lei assim. Devia ser natural e "instintivo". Mas vivemos num país onde este tipo de pessoas (que têm estes cargos e desempenham estas funções) não têm referências... (como acontece um pouco em todos os sectores, sobretudo ao nível de quem decide...) Por isso, executam as suas funções com o mesmo cinismo com que os políticos nos governam: fazendo exactamente o contrário do que é necessário fazer, para se resolverem os nossos problemas. Parece que têm vergonha de serem portugueses... Mas, se têm, não devem ocupar estes lugares (onde todos temos de os aturar).
Por isso, façam o favor de pôr os "mails" a funcionar...
Eu já escrevi há algum tempo... mas, até agora, nada. É a velha e repugnante atitude de afrontar os cidadãos, de impôr a respectiva prepotência, de recusar resolver os problemas concretos, de forma civilizada e sensata...

2005/07/28

“Apostar” na Inovação e Desenvolvimento!

Aqui e também em Editorial
Desde há meses a esta parte que temos vindo a ouvir os políticos (e outros teóricos quejandos) dizerem que há que “apostar” na Inovação e no Desenvolvimento.
É caso para dizer, com o outro, eles falam, falam, falam…
É caso para dizer que “ELES” ou acreditam em “milagres” e pensam que as suas palavras têm poderes mágicos, ou então andam a nos enganar (a tentar nos enganar com conversa fiada), como é costume. Vocês não acham que, ao fim de tanto tempo a falar de “Inovação e Desenvolvimento” já era altura de se ver algum efeito?
Já o disse, várias vezes, mas nunca é demais repeti-lo (até que todos percebam bem as implicações do “dito”); a nossa situação está tão má, em tantos sectores que, se em algum desses sectores se começassem a tomar, realmente, efectivamente, as medidas adequadas, isso far-se-ia sentir, de imediato, na sociedade, de forma benéfica e positiva. É por isso que é tão difícil nos enganarmos, quanto à honestidade e idoneidade das promessas e das intenções. A bem da verdade, não é só por isso; por aqui, procuramos manter-nos bem informados, por mais saturante que isso seja.
Porém, acho que temos que colocar as coisas no seu lugar, também nesta questão. A partir das declarações que temos ouvido, nem sequer é possível responsabilizar os respectivos “DECLARANTES”, por não fazerem o que dizem…
Reparem que o que eles dizem, quer quanto à inovação, quer quanto à educação, quer quanto à formação e desenvolvimento (quer em relação a muitas outras matérias) é que… vão (estão a) APOSTAR em…
Ora, se analisarmos bem o significado da palavra “Apostar”, o que é que percebemos? O que é que significa?
Em linguagem comum significa que se selecciona um “palpite”, se investe nele (segundo as regras do respectivo jogo) e se deixa o acaso fazer o resto. Há quem lhe chame, ao acaso, a sorte (ou o azar, conforme o resultado), mas, em rigor, é mesmo o acaso.
A situação (e a confusão que se cria) é tal que até nos fóruns de discussão pública se ouvem estas generalidades, quando se trata de apontar soluções, por isso se impõe desmistificar “a coisa”.
É que, nos jogos de fortuna e azar, cuja terminologia é adoptada, pelos nossos responsáveis, ainda existe alguma hipótese de o acaso (a sorte) “favorecer” uma qualquer aposta. Na “nossa” política, na nossa sociedade, as hipóteses de, apostando e deixando o resultado ao acaso, ganhar a aposta, estão, actualmente, reduzidas a zero…
Porque é que estão reduzidas a zero? Isso é uma questão que se prende com uma série de factores que já aqui foram abordados inúmeras vezes.
Tem que ver com o funcionamento (não funcionamento) da Justiça, da Educação… das Instituições do Estado que, desde há muito tempo, estão transformadas em autênticos obstáculos bloqueadores da economia, etc., etc., etc.. Tem que ver, em suma, com o facto de nada, neste país, funcionar como deve, de ninguém ser responsável pelo que quer que seja, de os nossos políticos e responsáveis se terem acomodado à condição de espectadores das nossas desgraças, cuja responsabilidade empurram, sempre, para os outros; ou então para um fatalismo caído do céu!
Este post foi-me “inspirado” pela mais recente contribuição de Xipsocial, no Editorial.
Porquê?
Porque um bom exemplo do que quer dizer, na terminologia dos nossos políticos e responsáveis, apostar na inovação, pode constatar-se no que se refere à gestão dos recursos energéticos e à questão da opção pelas energias renováveis. Mas, se vocês quiserem, o que se passa com os incêndios florestais, abordados noutro artigo, também pode servir de “ilustração”…
Todos sabem que, se se adoptassem e implementassem as técnicas conhecidas e disponíveis, em matéria de economia de energia e aproveitamento das energias renováveis, a nossa situação económica não seria tão desastrosa.
Mas há muitos outros exemplos…
Então, que tipo de motivação têm as pessoas para se empenharem na “inovação”? Para ser usada onde, se não se faz uso dos conhecimentos e técnicas que existem, apesar da sua premência?
Porque é que isto se passa assim? Isso também já foi referido várias vezes!
Porque há por aí uns obtusos, umas “forças de bloqueia”, que nada fazem nem deixam fazer, a menos que sirva os seus mesquinhos interesses de corrupção! Amuam, fazem birra, queixam-se aos Sindicatos e a outras corporações porque lhes usurpam as competências… e acabam sempre por verem sancionados os seus crimes, com estes e outros estratagemas ainda piores.
Querem um exemplo bem escandaloso? É o que se passa no Processo Casa Pia, com a protecção dos mais abjectos crimes, por parte de gente com cargos de alta competência que, ainda assim, mantém os cargos e a “confiança” dos políticos do topo da hierarquia. Esta gente é louca e imaginam-se “reis da porcalhota”, pensam que, tal como acontecia no regime feudal, em relação aos soberanos, bastam eles para prestigiar, ou não... Não vêem que, com isso, apenas conseguem comprometer o seu próprio prestígio, ao afrontarem os sentimentos dos cidadãos.
Não adianta escamotear o essencial das questões! É este tipo de situações, de irresponsabilização de alguns, seja qual for a gravidade dos seus actos, que impede o nosso desenvolvimento, que impede a inovação, que impede… (tudo o que não seja as suas negociatas mafiosas). Aqui dá vontade de perguntar se somos seres humanos (capazes de resolver problemas) ou se somos ratos… e espero que não se encostem, todos, a um canto a roer queijo…
Portanto, meus amigos, se nós queremos sair disto, temos de responsabilizar os políticos, para que eles tenham de responsabilizar todos os outros. A abstenção tem de ser valorada, porque só vendo o tacho em perigo é que esta gente vai aprender a ter dignidade e vergonha. Só quando não tiverem outro remédio é que eles vão olhar para as coisas como deve ser e deixar de “Apostar”, para passarem a FAZER o que tem de ser feito para resolver os nossos problemas.

2005/07/27

Abertas as Portas do INFERNO!

O amigo Sofocleto, publicou, em Citadino, um post, recebido dum internauta, donde tirei este excerto: Dois e dois já não são quatro... são, pelo menos, vinte e duas...
"Porque eles abriram as portas do inferno, que não são quatro mas vinte e duas, como toda a gente sabe:
Paris (fez agora mesmo dez anos), Nova Iorque há quase quatro anos, Cabul, Bagdad, Grozny, Nairobi, Djerba, Moscovo, Casablanca, Bali, Madrid, Londres, Charm El-Cheykh, etc., etc e tal, contem bem... Dá pelo menos vinte e dois.
Sem contar Stalingrad e Leningrad, Hiroshima e Nagasaki, Dresde, le Havre e Caen, Sarajevo e Belgrado e o raio que os parta a todos, os terroristas que se fazem explodir e os terroristas que bombardeiam confortavelmente instalados na carlinga dos seus aviões e os terroristas que lhes dão as ordens para eles irem bombardear os insectos que somos, vistos lá de cima... E soma e segue.
Em breve serão quarenta e quatro ou oitenta e oito portas do inferno, abertas, escancaradas para o que der e vier.
De mãos dadas, a CIA , tal Frankenstein, criando os talibans contra os ímpios soviéticos da altura, a Mossad sustentando o Hamas contra a OLP, e outros pequenos ou grandes serviços mais ou menos secretos, franceses, ingleses, italianos, espanhóis, marcianos, lunáticos, acendendo fósforos por aqui e por ali, para que a chama continue a alimentar a insegurança que vai permitir novas ofensivas, em nome da "liberdade", contra, precisamente, a liberdade."
Os comentários já os fiz, por aí, noutros posts... Vale a pena ver como se pode ser executado com 8 tiros na cabeça, por causa do aspecto... e por ter um visto de trabalho caducado!
O resto do artigo pode ser lido lá mesmo.

Delapidação dos recursos do Estado!

Somos governados por Gangsters!
Os escândalos sucedem-se, sem que haja alguém com um mínimo de vergonha, que ponha cobro a isto.
Neste blog, publicou-se, neste post, o caso do Juiz que se reformou por “incapacidade do foro psicológico”, vulgo loucura, mas que depois foi recolocado, no governo, por Bagão Félix. E, neste post, a situação de mais um “reformado” a exercer funções no governo, acumulando reforma e vencimentos. E também a reforma escandalosa de Mira Amaral, obtida em poucos anos de administração na CGD. Depois foi a vez do anterior ministro das Finanças, Campos e Cunha, reformado com 49 anos, a acumular reformas e vencimentos, enquanto preconizava, propunha e aprovava leis para aumentar as idades de reforma... dos cidadãos, claro está… O mesmo se passa com o Ministro da Agricultura…
Agora, mais esta:
UM QUADRO superior contratado pela Galp, quando António Mexia assumiu a administração, em 2002, recebeu uma indemnização de 290 mil euros para sair da empresa, apenas dois anos depois de ter entrado. Este quadro acompanhava Mexia desde que este era responsável pela Gás de Portugal - e negociou o contrato com vários anos de antiguidade, que acabaram por lhe dar direito ao elevado montante.
Poucos dias depois de Mexia sair da Galp para o Governo, o mesmo quadro foi admitido (com a indemnização no bolso) na Refer, uma empresa tutelada pelo seu ex-patrão.”
Claro que Mexia se sente no direito de aplicar a forma actualizada de "lei da rolha" e vai processar quem publicou a notícia, porque a perfídia, refinada deste tipo de gente chega a este ponto. Bonita "Democracia" esta...
Mas a coisa não se fica por aqui…
Todos se recordam da indemnização absurda dada a Emídio Rangel, para deixar a RTP… Sem que se perceba se as “alegadas” divergências existiram mesmo, ou se foram encenadas de conluio…
Todos conhecem a história de Valentim Loureiro e da sua, inexplicável e anti-natura, acumulação de cargos…
Todos e cada um de nós conhece algum caso concreto, de gente que andou por aí, protegida pelos partidos e pelos que controlam o poder, cometendo crimes e destruído a sociedade e a economia, para depois serem “punidos” com uma reforma antecipada, de valor escandaloso.
Eu até conheço um caso duma jovem que, através da inscrição no partido Socialista, acedeu a um cargo de Secretária, durante o governo de Guterres; lugar onde nunca escreveu uma carta, sequer, mas onde lhe pagavam um chorudo vencimento e ainda podia sair mais cedo para ir às aulas na Faculdade, dispondo de motorista para as deslocações. O governo de Guterres caiu e a jovem foi para o desemprego. Como nada sabia fazer, apesar do seu elevando "vencimento de referência", não arranjou emprego e manteve-se a receber o subsídio de desemprego até acabar o curso de Direito! É assim a gestão dos partidos na adminidtração pública...
Todos sabemos o quanto é imoral e criminoso o sistema de remunerações e regalias dos políticos e de toda essa gente.
Chegados a este ponto, temos que concluir como se impõe! Somos governados por gangsters!
E é isso que tem destruído a nossa economia e a nossa sociedade, que nos deixa sem soluções e sem esperança de futuro, que tem multiplicado o número de pobres (de gente a viver abaixo do limiar de pobreza) e todo o rol de outras infâmias sociais que todos lamentam. Ou melhor; que uns lamentam e outros fingem lamentar, enquanto fazem tudo para agravar a situação.
Mas, afinal, quem são os gangsters?
São todos eles! Os que cometem estes crimes e os que deixam cometer, deixando impunes os seus autores! De entre os “que deixam cometer”, os mais responsáveis são os políticos, porque é a eles que é entregue o poder.
Diz cada um destes implicados, destes gangsters, que o facto de o próprio receber estas verbas roubadas à sociedade, ilegitimamente e prepotentemente apropriadas, não “influencia” o valor do défice. O que é que se espera que os criminosos digam dos seus próprios crimes?
E o que dizer dos parlamentares, de todos os parlamentares e respectivos partidos, que convivem com isto todos os dias, na santa paz, que ocultam e acobertam as inúmeras situações que conhecem, gerindo a publicação destas notícias, em função dos seus próprios interesses propagandísticos e de luta pelo poder?
Isto enquanto discutem “o sexo dos anjos” e lamentam as desgraças de nós, coitadinhos, que devemos permanecer “coitadinhos” para seu gáudio e orgulho do que dizem (que não do que fazem).
Perante tanta infâmia, impõe-se repor a verdade: é falso que estes casos “não afectem o valor do défice”! Bem pelo contrário! Eles são absolutamente determinantes para bloquear o nosso desenvolvimento. E o desenvolvimento é a única forma de resolver, realmente, o problema do défice.
Poderia continuar a escrever aqui uma série de exemplos concretos que provam que esta desvalorização da importância destes casos para a situação de descalabro da nossa economia é falaciosa e falsa, mas não creio que seja necessário, para que todos percebam.
Apenas clamar por democracia, que é o único sistema que pode permitir a resolução dos nossos problemas. Porque em democracia, a minha opinião ou a de qualquer outro cidadão deve valer tanto como a opinião do primeiro ministro ou a de qualquer destes gangsters! Sendo que as decisões devem ser tomadas por maioria (das opiniões de todos).
Por isso, se os governantes e os políticos não sabem, ou não querem, pôr cobro a estes absurdos, então que passem as respectivas decisões para as mãos dos cidadãos, que façam referendos sobre estes assuntos e apliquem os respectivos resultados, com rigor. Isto não pretende ser uma democracia? Então porque é que devemos continuar impedidos de resolver, de vez, os nossos problemas?
E que dizer da atitude, imbecil e hipócrita, do primeiro ministro, que se recusa a pôr cobro a estes escândalos, duma vez por todas, fazendo aprovar (em referendo) regras que acabem com isto e implementando-as desde agora? Pois é! Ele está a repetir o que fez na campanha eleitoral. Mentiroso é mesmo assim, nunca se cansa de mentir. Ninguém acredita nas suas “boas intenções”. A gente só acredita no que vê! Além disso, desculpar a conivência e o conluio com estes escândalos, com o pretexto dos “direitos adquiridos”… quando ataca, de forma feroz e cruel, os direitos adquiridos, justos e comedidos, da maioria dos cidadãos, diz bem a que tipo de gente pertence o primeiro ministro.
Sabe? Sr. Primeiro Ministro! Se o senhor analisar bem, no meio disto tudo, há factos e actos (só pode haver para que isto seja possível) passíveis de serem considerados crimes, capazes de levar os respectivos autores à cadeia… E são aos milhares.
Portanto, o que o senhor primeiro ministro faz, a coberto dos direitos adquiridos, é proteger criminosos, ajudando a destruir ainda mais a nossa economia e a nossa sociedade. Garanta os direitos adquiridos que são dignos e não arme em gangster!
Alguém pensará que seja possível um país se desenvolver governado por gangsters, ou enquanto gangsters tiverem impunidade e garantia de “direitos adquiridos” (através de crimes)?

2005/07/25

É, por demais, Evidente...

Deste post, publicado em Limite, retirei este pedacinho:

"pensem na questão levantada pelo escritor uruguaio Eduardo Galeano, referindo-se a Bush II, o mais eficaz promotor do antiamericanismo, na actualidade:
"Quem o elegeu presidente do planeta? A mim ninguém me convocou para votar nessas eleições. E a vocês?"

O Resto podem ler lá mesmo...

2005/07/24

Acabar com os Incêndios Florestais!

Aqui e também em EDITORIAL
Os incêndios destroem a floresta, comprometem o nosso futuro, destroem o País, são actos de terrorismo sobre toda a população!
Os incêndios impedem-nos de ser felizes, de dormir descansados, de ter paz e sossego, de acreditar na vida, na sociedade e no futuro… transformam-nos em pessoas ainda mais acabrunhadas, zangadas com a vida (e, quantas vezes, com os outros também, por arrastamento e por saturação).
Por tudo isto e não só impõe-se acabar com esta saga maldita, com este “terrorismo caseiro” a que todos estamos sujeitos, ano após ano.
Digamos que eu vos fazia uma proposta para acabar com os incêndios florestais! Quem vota a favor? E quem vota contra?
Digamos que eu, na minha “ingenuidade” (ninguém acredita nessa da ingenuidade, nem eu, mas também não é para acreditar; é apenas uma figura de retórica, para aliviar o negrume do tema), acreditava que o problema dos incêndios é específico e distinto de todos os nossos outros problemas e concretizava, com uma série de medidas, essa proposta (melhor dizendo, esse conjunto de propostas). Escrevia-a aqui, enviava para todas as entidades (deveria bastar escrevê-la aqui) e depois? O que é que vocês acham que acontecia?
Vá lá! Imaginem! Ou então aproveitem para relatar as vossas próprias experiências acerca disso.
Vivemos numa sociedade refém do pior tipo de gente, onde não adianta fazer propostas, ter ideias, saber como se resolvem os problemas, porque somos ignorados (todos nós) e continuamos sujeitos às mesmas situações abjectas, que se repetem, e repetem, e repetem… Enquanto que os responsáveis, ao mesmo tempo que nos ignoram, repetem as mesmas desculpas e repetem e repetem e repetem… tomando-nos por estúpidos.
Sim! Porque eu sei (inclusive já ouvi, algumas vezes, em debates públicos ou fóruns) que têm sido enunciadas, propostas, algumas medidas para acabar com este flagelo. Aliás, têm sido enunciadas todo o tipo de medidas; desde as aplicáveis, simples, funcionais, a custo zero, que são as mais eficientes e não permitem as, costumeiras e absurdas, desculpas da falta de meios, até propostas disparatadas, repetindo, ou sugerindo, no essencial, as “desculpas” de que só é possível acabar com o flagelo desde que se mobilizem mais meios, muitos mais meios. É falso!
Basta criar condições para se mobilizar, organizadamente, as pessoas. Só os interesses obscuros, inconfessáveis, de meio dúzia de mafiosos tem impedido que o problema se resolva, que se mobilizem, organizadamente, as pessoas. O governo está de conluio e por isso garante impunidade a estes mafiosos e aceita as “desculpas”, repete as desculpas, gozando com a nossa cara!
Estou aqui a falar disto também para exemplificar que não basta participar em debates ou em fóruns (ou escrever em blogues) para ter razão, ou dizer, ou fazer as coisas certas.
Mas, o objectivo desta “discussão” não é permitir fazer essa caracterização. Bem pelo contrário.
Porque, se as pessoas, ao nível das sugestões, têm todo o direito de dizer o que pensam, nem que seja disparate, já ao nível da governação e do exercício de cargos de responsabilidade, tal não pode ser admissível.
Aos governantes, e titulares de cargos públicos, exige-se que sejam suficientemente competentes, honestos e esclarecidos que possam discernir quais as propostas eficientes e quais as pessoas adequadas, eficientes, para as implementar.
Portanto, as propostas existem e, como todos vocês já sabem, as pessoas adequadas para as “executar”, também. Então porque é que continua o terrorismo, com total impunidade, quer de quem o pratica quer de quem o deixa praticar, sobretudo dos que fingem combater os incêndios mas se limitam a “deixar arder”? Sim porque se as matas ardem é porque os incêndios são ateados, mas sobretudo porque não são apagados! É aí que está o verdadeiro crime!!!
Desculpas? Justificações? Balelas? Falta de meios? Tudo “conversa” de gente infame que pretende assim nos impor este terrorismo, deixando-nos sem esperança e sem saída.
As pessoas, a sociedade, sempre tiveram “saídas” e soluções para tudo! Quem as impede e obstrui é criminoso. O governo e os responsáveis por esta área são criminosos! Se não já teriam resolvido o problema, ou deixado que fosse resolvido por quem sabe fazê-lo. Tudo o que se ouve, das suas bocas, são desculpas de criminosos nazis!
Já o afirmei, noutras ocasiões, em relação às situações, também calamitosas, doutros sectores da nossa sociedade, como por exemplo a justiça, a educação, a comunicação social, a segurança e combate à criminalidade, a saúde, o funcionamento dos organismos públicos, etc., que não é possível que um qualquer sector chegue a um tal descalabro sem que isso comprometa o prestígio de todos os respectivos profissionais (ou “operadores”, conforme os casos) e sobretudo dos responsáveis. Até porque, via de regra, todos sabem onde estão as falhas, todos contribuem para elas (quanto mais não seja obedecendo e abstendo-se de denunciar e estar contra) e todos conhecem quem são os personagens que integram as “forças de bloqueio”, bem como os seus interesses obscuros. É assim, também, no que se refere aos incêndios. E nem os bombeiros, mas muito menos as suas chefias e cadeias de comando, podem se subtrair a essa lei…
A propósito deixem-me registar aqui um relato feito por um participante dum fórum do programa da manhã da RDP1, acerca deste assunto. Dizia ele ter ouvido, à entrada do serviço de urgência dum dos Hospitais Civis de Lisboa, uma conversa entre dois elementos do INEM. Um dos “conversantes” dizia que não é possível que deixe de haver incêndios, porque as pessoas envolvidas no combate, os bombeiros, portanto, aproveitam as quantias que recebem, pela participação no combate aos incêndios, para resolverem os seus problemas financeiros. Normalmente são pessoas que ganham pouco e “precisam” desse dinheiro…
É verdade? É mentira? É conjectura? A questão não é essa! É que, à mulher de César não basta ser séria… E aqui, se é, não parece nada…
É claro que se podem criar, ao nível da governação, condições para acabar com isso tudo, acabando com as “justificações”, que é como quem diz, com os “interesses” que se diz estarem por detrás da repetição, absurda, desta calamidade.
Aliás, a propósito disso, não posso deixar de referir aqui o quanto me soam ridículos e absurdos, e criminosos, os números do “combate aos incêndios”. Da última vez que ouvi notícias dessas, falava-se de menos de dois mil bombeiros e mais não sei quantos meios… Dois mil bombeiros? Se se mobilizasse apenas um por cento da população, teríamos cem mil pessoas envolvidas… Que são cerca de dez por cento dos desempregados, segundo as minhas contas, porque não se pode confiar nas contas “oficiais”. Mas mesmo que se “confie” nas contas deles, serão cerca de 20% dos desempregados…
Estou a exagerar no número de pessoas? Reduzam-se para metade, ou para um quarto, ou para um quinto. Para um número que seja suficiente para acabar com este flagelo, mas não continuem a nos tomar por parvos, por mentecaptos, que não sabem pensar… Mesmo um quinto do valor que indico, seriam 20 mil pessoas… muito diferente dos mil e tal “bombeiros”…
Só os bombeiros é que sabem combater incêndios? E os outros todos? Não podem aprender?Até porque, para fazer o que os bombeiros fazem: deixar arder, qualquer pessoa sabe! Mas não acredito que fosse possível, entre tanta gente, conseguir que todos fossem tão perversos ao ponto de se limitarem a “deixar arder”… Até porque, isso implicava a imposição de muita desorganização, de muita sabotagem dos responsáveis; além de que, nesse caso, aumentava-se o número para até cem mil…
Há por aí uns “teóricos” que gostam muito das teorias de Keynes… Para mim, que não sou de me “submeter” a teorias, que privilegio a “inovação” e as capacidades das pessoas “concretas”, para resolver os problemas “concretos”, porque isso é uma lei da vida e uma certeza com que pudemos contar sempre, não se me dá o Keynes, ou outro qualquer… Digamos que a imaginação da humanidade não se esgotou em Keynes…
Porém, sou dessa opinião (ou da contrária, se for preciso), desde que as medidas sejam eficientes; e aplicadas, com inteligência, à realidade. Por isso gostaria de sugerir, à reflexão desses tais teóricos que tanto gostam do Keynes, que pensassem no efeito que teria, para o relançamento da economia, a mobilização e envolvimento das pessoas (das pessoas reais, que temos, de forma massiva mas organizadamente e esclarecidamente), na resolução deste e doutros problemas da nossa sociedade…
Passa por aí, aquilo a que eu chamo: “aproveitar para alterar a nossa estrutura económica e lançar o país, definitivamente, num patamar superior do nível de desenvolvimento”.
Tudo isto para me (nos) questionar se, sendo certo que o panorama calamitoso do combate aos incêndios é igual ao panorama calamitoso em muitos outros sectores da vida nacional, em todos os sectores da vida nacional, será possível resolver este problema sem que se processem profundas alterações nas causas de todas as nossas desgraças; a saber: a alteração do sistema eleitoral (incluindo a valoração da abstenção), criando, por esse via, condições de responsabilização, severa, dos políticos, que são quem está na origem de todos os nossos problemas, porque a eles é entregue o poder e são eles que garantem impunidade aos outros todos…
Tudo isto para me (nos) questionar se não será cada vez mais urgente resolver todos os nossos problemas; isto é: até que ponto de degradação a situação é sustentável, antes que seja tarde demais… no que concerne ao comprometimento do nosso futuro.
Tudo isto para questionar a consciência de cada um para o que terá de ser feito a seguir, para a atitude a adoptar, para não termos de assumir a nossa parte de responsabilidade nisto (a que corresponde à nossa quota parte de responsabilidade colectiva)…
Se alguém tiver ideias concretas…

2005/07/22

Comentário em "O Rumsfeld da Europa"!

Devido ao seu tamanho, decidi passar a post, este comentário:
"Meu caro Filipe...
Por estas bandas, já há algum tempo que eu não lia um tão grande chorrilho de disparates, como esses seus escritos.
Das duas uma:
ou você é um simples provocador, dos muitos que a CIA e outros terroristas quejandos mantêm, pelo Mundo fora, para repetir essas falácias reaccionárias, como forma de tentar "legitimar" e branquear os crimes deles (vossos?);
ou então é um daqueles tipos mesquinhos, estúpidos e, consequentemente, intelectualmente e socialmente covardes, que avalia os outros à sua medida.
Sabe? (Não! Você só sabe, ou só repete, o que os donos mandam e deixam!) Nem nós temos que "agradecer" a ninguém, a democracia e a liberdade (os nossos conceitos, quanto a essas matérias, impedem-nos disso), nem temos que nos auto-censurar e inibir de dizer o que pensamos, porque exitem uns "donos do mundo" que nos podem calar. Poderão? Mesmo que possam... Isso você não compreende!

Tão pouco vamos deixar de fazer uso da democracia com medo de a perder, porque quando deixarmos de a usar... já a perdemos.

Meu caro! Isto é uma guerra e cada um luta com as armas que tem, enquanto as tiver. E como estas armas não matam... podem ser usadas à vontade, até porque talvez se consiga parar a chacina, a da guerra com armas letais, incluindo a dos atentados terroristas, antes que seja tarde demais...
Mais! Invadir um território qualquer é um acto de agressão infame, sejam quais forem as "desculpas".
Quem são e a que têm direito os "verdadeiros resistentes iraquianos" é assunto que diz respeito, apenas e só, aos iraquianos, que só eles podem resolver condignamente... Por acaso você é iraquiano, para estar a ditar sentenças sobre essa matéria?
Ah, pois! Você é dos que acha que os iraquianos são um povo inferior, que tem de ser "pacificado", porque não sabe tratar dos seus próprios assuntos... Isso é um conceito NAZI.
A democracia exige o respeito, integral, por todos os povos. Além disso, o que a realidade mostra é que a situação dos iraquianos é agora bem pior do que era antes da guerra, como seria inevitável...
Pretextos para permanecer no Iraque 30 ou 50 anos é o que pretendem os atentados terroristas e todo o restante terrorismo psicológico que com eles tem sido praticado pela CIA e cia, com o apoio de lacaios como você. Pretextos para permanecer no Iraque, para o "Patriot Act", para a "aceitação" das propostas de Blair, quanto ao aumento da vigilância dos cidadãos e eliminação dos direitos, liberdades e garantias...
Foi com o apoio de gente assim, como você, que Hitler governou e chacinou o quanto quis. Também ele praticou actos terroristas, cuja autoria assacou aos "comunistas", que usou para iniciar a chacina, assassinando Rosa Luxemburgo e outros; assassinando aqueles que tinham formação intelectual e defendiam princípios que permitiam qualificar os actos monstruosos, de chacina, como eles devem ser classificados sempre, sejam quem forem os autores.
Hitler também estava "legitimado", democraticamente, segundo o seu conceito (que não segundo o meu), não era?
Não há legitimação de espécie alguma, para chacinas ou agressões como as que têm sido levadas a cabo pelos "governos ocidentais". Os crimes não são legitimáveis, nem sequer democraticamente, sabia?
Até porque, analisando objectivamente as coisas, a legitimação democrática que você invoca, não existe... mas isso não tem qualquer importância. Chegados a este ponto, com todos os factos conhecidos, quem tenta vir aqui "justificar", pior, "legitimar" o injustificável e criminoso comportamento dos USA, também é capaz de vender a própria mãe, se tal for necessário para esse seu objectivo.
Já que você não tem respeito por si próprio, ao menos seja sensato o suficiente e respeite a inteligência dos outros.
Legitimação democrática? A maioria das populações dos países ocidentais (e não só), envolvidos na guerra, ou não, manifestou-se contra esta infâmia.
Ah! Já sei, o seu conceito de legitimação democrática pára nos corredores do poder, mesmo que este seja alcançado com mentiras infames e abjectas (que o tornam, automaticamente, ilegítimo)... Gente sem coluna vertebral também procede assim.
Legitimação democrática? Pois então os seus queridos "Governos ocidentais" (incluindo os USA) que o provem, referendando as decisões quanto a estas matérias. É que nós, os abstencionistas, que já sabemos que tipo de escumalha se candidata a eleições e pulula dentro dos partidos, continuamos a ser cidadãos e a ter o direito de participar nestas decisões, que não dizem respeito apenas aos partidos, ou aos partidários dos partidos.
Legitimidade democrática? Mas o que se vive no ocidente é uma mascarada, um sistema partidocrata, onde se cometem, impunemente, todo o tipo de crimes para chegar ao poder, incluindo mentir, enganar, torpedear, corromper, tráfico de influências, etc. O que se passa na América, inclusive no que concerne à guerra, é a versão mais refinada disso tudo.
Ah! Já me esquecia! Todos nós sabemos o que se passou nas "eleições" iraquianas e a forma como foram usadas as senhas de racionamento para obrigar as pessoas a irem votar.
Mas agora pergunto: as eleições não eram para que houvesse um governo legítimo? Porquê então a continuação da ocupação?
Não sei o quanto você se identifica com os facínoras, mas que fala como eles, tentando os justificar e branquear os seus crimes, disso não tenho dúvida!
Continua a me interessar a questão da "legitimação democrática"! Gostaria muito de ver, para acreditar! Mentiras, embustes, falácias é tudo o que vocês conseguem!
Para além de tudo o mais, você evidencia que só agora me começou a ler.
Não desista! Vá por aí fora! Porque existem aí Muitas evidências de que a CIA montou uma monstruosa engrenagem para fabricar terroristas e lhe dar a si pretextos para defender, desde a sua visão tacanha e imbecil, a continuação da "permanência no Iraque".
Ao menos, lendo isso, já sabe com o que conta e porquê; escusa de se expor desta maneira...

2005/07/21

Vitorino, o "Rumsfeld" da Europa!

António Vitorino um alto responsável terrorista!
Quatro anos de Intifada matam 3.459 palestinianos e 1.017 israelitas.
Ou seja: o número de Israelitas mortos é, apenas, 29% do número de Palestinianos
Mas o (lacaio de) Rumsfeld, da (na) Europa, António Vitorino, disse, à RTP1, esta coisa fantástica:
“Não temos uma definição de terrorismo… Isto tem que ver com o terrorismo palestiniano… (comparando o número de mortos, dum lado e doutro, tendo em conta que os palestinianos estão naquela terra há séculos e os Israelitas chegaram apenas há umas dezenas de anos, quem é que vocês acham que são os “terroristas”?)
Mas diz mais o tal (filhote de) Rumsfeld:
Pretende-se como definição de Terrorismo, “todo o acto violento que visa tirar a vida a inocentes, independentemente da causa que o motive” (excluindo, está claro, os objectivos perversos de propaganda americanos que têm “justificado” os actos terroristas como os de Londres, os de 11 de Setembro, todo o terrorismo da CIA, de Israel, etc)…
E conclui, branqueando, despudoradamente, o terrorismo do estado de Israel e outros terrorismos, como o que os americanos têm praticado por todo o Mundo e praticam, actualmente, no Iraque e não só:
“…isto visa colocar os países árabes na situação de terem que se definir… Esta definição de terrorismo, que vai ser levada a uma conferência internacional, da ONU, em Setembro, torna ilegítimo o uso de métodos terroristas por parte dos activistas palestinianos, nos atentados contra Israel”.
O menos que se pode dizer é que, Vitorino, o Rumsfeld da Europa, é um alto responsável terrorista, que está de conluio com todos os actos terroristas praticados pelos USA, pela CIA, por Israel, etc.
Gente louca e maldita nunca aprende as lições da História!
O destino dos povos do mundo é derrotá-los!
Cumpramos o nosso destino!

Estratégias NAZIS para o Século XXI!

O amigo Sofocleto enviou-me, por “e-mail”, um artigo publicado em: Citadino.
Aqui fica um excerto:
“Em Setembro de 2000, poucos meses antes do acesso de George W. Bush à Casa Branca, o “Project for a New American Century” (PNAC) publicou o seu projecto para a dominação global sob o título: "Reconstruindo as defesas da América" ("Rebuilding American Defenses") pág 51.
O vice-secretário da Defesa Paul Wolfowitz, o secretário da Defesa Donald Rumsfeld e o vice-presidente Dick Cheney adoptaram o projecto PNAC antes das eleições presidenciais.
O PNAC esboça um roteiro da conquista.
Apela à "imposição directa de bases avançadas americanas em toda a Ásia Central e no Médio Oriente" tendo em vista assegurar a dominação económica do mundo, e ao mesmo tempo estrangular qualquer potencial "rival" ou qualquer alternativa viável à visão americana de uma economia de mercado”.
O projecto do PNAC também esboça uma estrutura consistente de propaganda de guerra.
Um ano antes do 11 de Setembro, o PNAC fazia apelo a "algum evento catastrófico e catalisador, como um novo Pearl Harbor", o qual serviria para galvanizar a opinião pública americana em apoio a uma agenda de guerra":
Os arquitectos do PNAC parecem ter antecipado, com cínica precisão, a utilização dos ataque do 11 de Setembro como "um pretexto para a guerra".
A referência do PNAC a um "evento catastrófico e catalisador" reflecte uma declaração semelhante de David Rockfeller em 1994 ao United Nations Business Council:
"Estamos à beira da transformação global. Tudo o que precisamos é da grande crise certa e as nações aceitarão a Nova Ordem Mundial".
Fim de transcrição.

Podem ler, em citadino, o comentário de Sofocleto.
O meu comentário é:
Isto é a repetição, ”moderna, sofisticada e refinada” das velhas lógicas das guerras, como a de Hitler, Napoleão, etc. São as “modernas” estratégias para dominar o Mundo.
Gente louca e maldita nunca aprende as lições da História. O destino dos povos do mundo é derrotá-los. Cumpramos o nosso destino!
O Mundo tem de se ver livre desta gente maldita, para pudermos ter paz e progresso e dignidade…
Ainda haverá por aí alguém disposta a negar as evidências e lhes conceder “o benefício da dúvida”? Ainda haverá por aí alguém disposto a creditar em fábulas e a não ver que são estes os verdadeiros monstros que temos que derrotar?
Não sejamos loucos, desculpando (e ilibando) os loucos!

Festival de Música Africana!

Festival de Música Africana!
Começa hoje!
Não esqueçam!

O amigo BIN diz:
Ali Farka Touré em Portugal!
Quem gosta de Música Africana, não perca!
África Festival
O continente da diversidade!
Lisboa, Parque de Monsanto - Auditório Keil do Amaral
De 21 a 24 de Julho de 2005, às 22h.

2005/07/20

Os “media” e os “Arrastões”!

Nos comentários do “post”: Ainda os Atentados Terroristas, um dos temas discutidos é o papel dos OCS (órgãos de comunicação social).
Aqui ficam as transcrições dos comentários:
tnt said...
Partilho das suas opiniões. Finalmente encontro um blog que não se deixa manipular pela opinião dos "merdia".
Luís said...
Oh amigo TNT,
não concordar com o que os media dizem é uma coisa, agora chamá-los de " merdia" eu penso que é um exagero que roça o mau gosto. Até porque quando algo acontece no mundo, eu acho que o amigo vai aos tal "merdia" para se informar.
Ou estarei errado?
tnt said...
Chamo "merdia" àqueles que fedem. Que propagam a mentira que os nossos algozes nos querem impingir.
É preciso ler nas entrelinhas.
Biranta said...
É forçoso reconhecer que, quer nos "media" quer em vários outros sectores da vida nacional, não seria possível a situação se ter degradado tanto, se fossem respeitados critérios mínimos de idoneidade.
Ainda ontem, num programa da 2, se dizia que a esmagadora maioria do "trabalho" dos jornalistas é "decidido" pelos chefes. Isto é um absurdo, desde há muito tempo.
Segundo as modernas técnicas de gestão, a coordenação das equipas de trabalho deve ser rotativa, como forma de "se poderem aproveitar", na íntegra, as potencialidades de todos, para que o mundo possa evoluir...
Mas cá resiste-se, estoicamente, a quaisquer "rasgos" de modernidade. E, todavia, nós precisamos, desesperadamente, de progredir; o que implica criar condições para se aproveitarem as potencialidades de todos...
A situação, deplorável, é assim em toda os sectores...
No entanto, as classes profissionais que se "conformam" com o estado das coisas, não se podem queixar da reacção dos cidadãos...
E, por acaso, chegados a este ponto, eu tenho sempre enormes dúvidas acerca de quase tudo o que dizem os "media", seja qual for o assunto...
Enfim! Só para dizer que me parece positivo que os profissionais da comunicação social tomem consciência da situação real e de o quanto ela "compromete" o prestígio de todos eles
...
Luís said...
os verdadeiros profissionais da comunicação já se aperceberam da situação em que se encontram. Mas é que a situação na comunicação social portuguesa é a seguinte: ou fazes o que o chefe diz, ou então das duas uma, passas a fazer uma secção menor do jornal ou vais para a rua. E como o emprego não abunda em Portugal, eles têm de se sujeitar às regras dos directores. Infelizmente!
Fim das transcrições.
Apenas mais uma pequena achega para dizer que é tempo de os profissionais dos OCS começarem a “usar a imaginação” para romper o cerco, tal como se fazia com a censura e a PIDE. Não se percebe que exista essa “vontade”. Parece que se conformam com a situação (e o uso das desculpas) esperando merecer o mesmo prestígio, devido a quem não abdica do seu sentido cívico…
Nem de propósito, voltou às páginas dos jornais o tema do Arrastão em Carcavelos…
Agora diz-se:
“Não houve arrastão. A conclusão é da PSP que, num relatório final sobre os acontecimentos do dia 10 de Junho, na praia de Carcavelos, em Cascais, admite que os jovens que apareciam nas imagens estavam, na realidade, a fugir dos agentes de autoridade e não a provocar uma onda de assaltos, conforme foi divulgado na altura.”
Ou seja, as instituições acordaram para o facto de a versão que divulgaram os colocar numa situação melindrosa, de desfazer as sucessivas mistificações que fazem da realidade e da sua incompetência (ou conivência).
É claro que, a meu ver, a realidade é qualquer coisa entre o Arrastão e o Não Arrastão.
Se é verdade que a tese do Arrastão é, de todo, inverosímil, também é verdade que os factos são suficientemente graves para nos preocupar, nomeadamente quanto à demora e inadequação das respostas das autoridades.
Além disso, a propósito do Arrastão (e na mesma linha de propaganda meio racista) as notícias referiram os inúmeros assaltos, com recurso a violência extrema, ocorridos na linha de Sintra.
Não há qualquer justificação para estas ocorrências, a não ser a conivência e impunidade garantida, de forma consciente e premeditada, pelas autoridades.
Em face disto o que fazem os OCS?
Por um lado deixam-se usar e abusar, na divulgação de notícias incorrectas e alarmistas; por outro lado nem capacidade têm para defender o seu prestígio e idoneidade, recolocando as coisas no seu lugar…
Portanto, quer no caso dos atentados terroristas, quer no caso doutros assuntos mais domésticos… Assumem a posição de autênticos lacaios, sem coluna vertebral…
Os barretes servem a quem servem!

O que “eles” ganham com os atentados!

O artigo “Ainda os Atentados Terroristas em Londres”, gerou dois tipos de discussão que decidi passar a “post” um deles tem a ver com “as vantagens” de a CIA executar estes atentados.
Aqui ficam os respectivos comentários:
Hélder Beja said...
Que os governos e governantes ocidentais não exemplo para ninguém, já se sabe e não é novidade.Mas daí a suspeitar ou a insinuar que eles praticam atentados, como os de Londres, contra as suas próprias gentes... Não sei, mas parece-me um pouco (para não dizer muito) extremista.
Biranta said...
Amigo Hélder!
As evidências falam por si. Claro que há os que preferem "acreditar" nas versões oficiais, por mais incoerentes e absurdas que sejam, porque é mais cómodo. Mas este blog foi criado pelo acumular de motivações contra essa corrente que nos impõe a continuação e agravamento da situação no País e no Mundo.
Por mais dura que seja a realidade, por mais incómoda, aqui dir-se-á, sempre, o que tiver de ser dito, desde que coerente com os factos. E os factos, todos os factos conhecidos, provam, inequivocamente, que estes atentados são cometidos com o envolvimento dos "senhores da guerra", para justificar a guerra. Se assim não fosse, a própria guerra já teria acabado!
Essa verdade há-de vir ao de cima, com todas as consequências, mais cedo ou mais tarde. Quanto mais cedo for melhor será para todos os cidadãos do Mundo e para a nossa segurança colectiva; para a paz, para o progresso... Por isso aqui se assume a árdua tarefa de dizer o que, apesar de ser mais do que óbvio, é silenciado por uns e "recusado" por outros, que preferem "deixar-se ir na corrente" a usar a própria cabeça, com objectividade.
Para quem não tenha coragem para "ir contra a corrente" isto tem de ser apelidado de extremismo, por uma questão de "auto-estima", mas para mim é uma obrigação de elementar cidadania dizer o que penso, analisar objectivamente os factos, fazer evidenciar o óbvio. Felizmente que não estou só! Até porque estas coisas são mesmo assim: têm pés de barro! Mas mesmo que estivesse só, continuaria a afirmar o óbvio, até que fosse evidente para todos. Afinal de contas, no meio de tanta mentira e mistificação, em forma de campanha intoxicadora, alguém tem de "fazer a diferença”, não é? Para que as "leis da vida" se concretizem...
The Studio said...
A sugestão de que os ataques terroristas foram cometidos pelo próprio governo Inglês é evidentemente inconcebível. Em primeiro lugar porque ninguém no seu estado de perfeita saúde mental comete um ataque contra o seu próprio povo. Em segundo porque o governo só tinha a perder com isso, e nada a ganhar. Em terceiro, porque razão teriam vindo quatro muçulmanos juntos do norte de Inglaterra nesse dia para depois se separarem seguindo cada um por sua linha com uma mochila às costas? E poderia continuar por aí diante...
Biranta said...
Amigo the studio,
Você acha que alguém, "no seu estado perfeito de saúde mental" engendraria a actual guerra, com mentiras e monstruosas manipulações da opinião pública?
Você acha que alguém "no seu estado perfeito de saúde mental" manteria a guerra, mesmo depois de desmascaradas as mentiras?
Você acha que alguém "no seu estado perfeito de saúde mental" cometeria as atrocidades que se cometem, actualmente, na guerra e não só?
E Guantanamo? É de gente "no seu estado perfeito de saúde mental"?
Sabe qual é o "erro" duma grande parte das pessoas? É não perceberem que estamos a lidar com novos Hitlers, refinados, modernos, sofisticados, mas Hitlers. É não perceberem que Hitler, no seu tempo e sobretudo para os alemães, também era um "prestigiado governante".
Tudo o que você disse não prova absolutamente nada acerca da autoria dos atentados. Os desgraçados que são apresentados como autores até podem ter transportado as bombas. Porém, nada lhe garante que eles o soubessem, que não tenham sido "suícidas" sem darem por isso.
É a "vantagem" de os atentados serem cometidos pela CIA...
Além disso, Guantanamo e a operação Rendition, de que já aqui falei, destinam-se, precisamente, a "fabricar" terroristas.
Se você quisesse fazer um atentado em Lisboa, acha que tinha dificuldade em contratar meia dúzia de "indigentes" para lhe transportarem as mochilas? O difícil seria obter as bombas e o restante material necessário… Mas isso é fácil para os serviços secretos, ou agentes do próprio governo… portanto, junte-se sal q.b. e….
Pense nos alvos, no tipo de pessoas que morreram, quer nestes atentados, quer nos de Madrid, quer nos do Iraque, actualmente! Pois, segundo dizem, isso é absolutamente contra a religião Muçulmana. Logo, os facínoras loucos existem!
Há quem prefira acreditar em "fábulas", em "histórias bem contadas" mesmo quando toda a realidade demonstra que os monstros estão aí, a governar o Mundo, a destruir o Mundo, à vista de todos.
Foi a CIA sim, não tenha ilusões!
Eu não estou a dizer que foram aqueles os "transportadores das bombas".
Apenas a demonstrar que, mesmo que isso seja verdade, não prova o não envolvimento dos serviços secretos...
Nada tinham a ganhar? Isso é segundo o seu conceito! Eles são facínoras loucos, que já entraram, há muito, numa viagem sem retorno.
Enquanto houver quem "acredite em fábulas" eles têm a ganhar. Por isso se impõe desmascará-los.
7:37 AM
Anonymous said...
Até parece que os "insignes" governantes se preocupam muito com o povo - que consideram uma autêntica "escumalha" - vê-se pelo número de excluídos que vão produzindo. Se assim não fosse, não fariam tudo para proteger as grandes corporações económicas, explorando o povo até ao tutano...
Os grandes defensores do neoliberalismo (política pró-corporação e extra-exploração) estão preocupadíssimos com a vida de quem quer que seja... são uns humanistas de primeiríssima qualidade.
Se ganham alguma coisa com os ataques terroristas?
Ora, é mais do que evidente: conseguem pôr os basbaques todos a seu favor para invadirem territórios ricos em recursos naturais. Será que os "seus" prejuízos não são cobertos por lucros extraordinários?
«Mais cego do que o que não vê é o que não quer ver»!!!
Fim de transcrições
Nem de propósito, para esclarecimento dos “ingénuos” aqui está a confirmação, via “media” das “vantagens”, dos objectivos, conseguidos com os atentados em Londres.
Intensifica-se a operação “Rendition”. A CIA usa os atentados terroristas de Londres como pretexto para reanimar e intensificar as acções tendentes a “fabricar terroristas”.
Notícia da SIC:
“Foi detido pela polícia paquistanesa um dos principais nomes da Al-Qaeda. Haroon Rashid Aswad é suspeito de ter ligações estreitas com os autores dos ataques de 7 de Julho, em Londres. Aswad estava entre os mais de 200 militantes islâmicos presos ontem numa operação em todo o Paquistão relacionada com os atentados de Londres, de acordo com um novo balanço fornecido pelos serviços de segurança paquistaneses.”
Portanto, a CIA obtém, assim, renovação dos presos de Guantanamo e de outros campos de concentração, os mesmos que destrói, para fabricar terroristas…
Aquando da última discussão do Estado da Nação, no respectivo programa, do canal 1 da RTP, o representante do CDS reconheceu que os ex-presos de Guantanamo já têm sido “apanhados”, no Iraque, a preparar atentados terroristas.
Claro! Se eles só são libertados de Guantanamo depois de torturados e descaracterizados a ponto de serem transformados em terroristas; depois de concordarem em “trabalhar para a CIA”, na execução de atentados terroristas…

2005/07/18

Festival de Música Africana!

O amigo BIN diz:
Ali Farka Touré em Portugal!
Quem gosta de Música Africana, não perca

África Festival
O continente da diversidade
Lisboa, Parque de Monsanto - Auditório Keil do Amaral
De 21 a 24 de Julho de 2005, às 22h. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
África Festival enche por completo o Auditório Keil do Amaral, do parque de Monsanto de Lisboa, com o melhor da música de raizes africanas. Com Zap Mama, Ali Farka Touré, Ray Lema & Chico César, Tito Paris, Manecas Costa, Mabulu, Waldemar Bastos e Lura.

Ainda os Atentados Terroristas em Londres!

O amigo Sofocleto, de "O Homem das Cidades", teve a amabilidade de me enviar, por "e-mail", uns quantos artigos que publicou, acerca deste assunto e seus desenvolvimentos, que contêm os aspectos (os factos) silenciados pelos OCS, que permitem perceber quem são, realmente, os autores dos atentados: a CIA e cia.

Aqui está uma transcrição:
O metropolitano de Londres às moscas!
Os Londrinos desconfiados com o encerramento de estações de metropolitano antes das explosões

Muitas pessoas no fórum do London Evening Standard website, falam das suas experiências no dia dos atentados.

Um dos membros escreve:

Alguém que tenha viajado no metro no dia dos ataques, e antes de estes terem acontecido, notou alguma coisa de especial?

Eu apanho o metro em Piccadilly às 7.45 todas as manhãs e chego ao meu emprego em Kensington por volta das 8.00. Normalmente, todos os lugares já estão ocupados em Finsbury Park e as carruagens já estão cheias em Kings Cross.

Contudo, ontem, a minha viajem foi misteriosamente calma. Pela primeira vez havia lugares vagos na minha carruagem em toda a extensão da zona 1. Isto foi às 7.45 – mais de uma hora antes de os ataque começarem. Ouvi também pessoas a dizer que a linha do Norte estava a ser fechada na mesma altura. Há alguma coisa que não nos tenha sido dita?

Outro membro do fórum respondeu:

"Eu ia de carro e tinha ter de apanhar um colega de trabalho, em Balham às 7.15 , mas quando lá cheguei, estavam lá carrinhas de emergência do metropolitano, polícia e muita gente a ser mandada afastar de uma estação fechada.

Tudo muito estranho! Eles devem ter sabido que alguma coisa ia acontecer, tinham seguramente informações acerca disso. À medida que ia avançando pela estrada, que acompanha a linha do metropolitano, as estações estavam todas fechadas e centenas de pessoas estavam nas bichas para os autocarros.

Quando cheguei a Oval, que estava aberta, estavam dois polícias junto à estação, o que, numa área tão calma como aquela, é extremamente raro. A linha do Norte estava fechada de Morden até Stockwell. Sabiam que ia acontecer alguma coisa, mas estão à espera que ninguém diga nada. Enganaram-se!"

Conclusões:

Quando combinado (este diálogo) com as ameaças de bomba a diferentes grandes cidades inglesas antes dos atentados, dos avisos israelitas e para lá dos simulacros de atentados coincidentes no dia, na hora e nos lugares, com os verdadeiros atentados, estas declarações tornam mais clara a natureza do ataque (perpetrado por agentes secretos dos governos ocidentais).

Que mais se pode dizer?

Perante as declarações "compromitidas", sem nexo e demagógicas de Tony Blair, apenas perguntar:

Foste tu Brutus?

Em Citadino, estão outros artigos, muito elucidativos, sobre estes assunto, como este:

"As premonições da Scotland Yard!
A Scotland Yard avisou, com meia hora de antecedência, o ministro das finanças de Israel, Benjamin Netanyahu, para não ir para o local dos atentados, de acordo com um telegrama da Associated Press (um deslize que foi subsequentemente negado, mas que ainda aparece no site da Al Jazeera)."

Vão até lá, ao blog; para apreciarem a nova personagem assumida pelo nosso "idiota útil" (Pacheco Pereira). Sempre com a mesma cretinice rasteira e abjecta., a negar as evidências e a colaborar com a manipulação e a mentira...

E é a gente desta que o Presidente dá atenção (e tempo), como se nada tivesse, de útil, para fazer...

É preciso expor os verdadeiros terroristas, para acabar com o terrorismo e a chacina!

Este assunto dos Atentados Terroristas está actualizado AQUI - Teorias da Conspiração

O Desespero da Nação!

Aqui e também em EDITORIAL
Os Deputados foram de férias (cansados de nada fazer, coitados! Ou será que estão cansados de tantas asneiras?); os Tribunais foram de férias (nós estamos cansados de tanta falta de justiça e de tanta indignidade); as escolas foram de férias (os alunos estão cansados de tantos insultos, gratuitos, de gente sem vergonha) e, por isso, os arautos da palhaçada decidiram discutir: “O ESTADO DA NAÇÃO”.
Como Espectáculo, não está mal! O pior é que continua a ser um triste espectáculo, de consequências desastrosas.
Discutiu-se “o Estado da Nação” mas, se os meus amigos me permitem, não vou perder um segundo ou adiantar uma palavra mais acerca dum assunto tão consensual, sobre o qual não restam quaisquer dúvidas.
Até porque, sendo um assunto consensual, não existindo dúvidas acerca da situação abjecta, degradante e calamitosa que é “O Estado da Nação”, mas que, todavia, se mantém inalterável, temos que concluir que a questão não está aí, que essa discussão é inútil, pelo menos nos moldes em que tem sido feita e apresentada nos OCS (Órgãos de Comunicação Social).
Por isso, e embora haja por aí muita gente que não se cansa dos disparates, que insiste nos mesmos disparates e que volta, repetidamente, aos disparates, permitam-me que “não vá por aí”!
Nesta discussão do “Estado da Nação”, como em tudo, o que mais me interessou foi tentar vislumbrar uma saída coerente e credível, objectiva e eficiente, para a situação absurda que vivemos.
Já todos perceberam que, neste momento, martelo, com raiva, as teclas do computador de tamanha frustração.
Gorada a expectativa (legítima), empenhei-me em perceber os porquês!
Enfim, os porquês estão por aí, em muitos posts, não apenas mas também neste blog. Então porque é que os governantes insistem, de forma infame, em nos privarem de toda a esperança?
No mesmo dia e hora da discussão do “Estado da Nação”, o Ministro das Finanças, pavoneando toda a sua cretinice, incompetência e reaccionarice, toda a sua prepotência também, achou por bem esclarecer-nos dos objectivos (ou ausência deles) que norteiam o sua acção governativa.
Disse o Ministro que “gostaria muito de poder anunciar uma redução dos impostos, logo que a situação financeira do país melhorasse”. Mas, INFELIZMENTE, não previa que tal pudesse acontecer, pelo menos até ao fim da legislatura.
INFELIZMENTE para nós, repito eu, que temos gente tão vil, tão abjecta, tão incompetente, tão cretinamente presunçosa e tão prepotentemente reaccionária a nos governar!
Venho dizendo, há muitos meses na NET, e há vários anos (antes de ter acesso à NET), que sei como se resolvem os nossos problemas (e que não sou só eu que sei).
Disse-o, inúmeras vezes, durante a campanha eleitoral e depois disso, que é possível reduzir os impostos, reduzir, muito, o desemprego, reduzir, consideravelmente, o défice e relançar a economia, pô-la a crescer bem acima (muito acima) da média Europeia, em poucos meses, desde que se adoptem as medidas adequadas.
Quando o governo montou toda aquela encenação ridícula para nos fazer engolir como inevitável o aumento dos impostos, eu repeti que a medida era um absurdo sem qualquer justificação, fundamento ou utilidade, porque não só não iria resolver os nossos problemas como iria agravar a nossa situação económica. Agora, o Ministro das Finanças veio, ao fazer estas declarações, confirmar tudo o que eu disse, com o máximo despudor.
O que eu não compreendo é como pode, ainda, haver gente (muita gente) que acha (ou pelo menos diz) que este ministro é muito competente, com provas dadas.
Serei eu que vejo as coisas ao contrário? Se sim, então porque é que a realidade me confirma?
Por seu lado, o Primeiro Ministro e os restantes “notáveis” do PS e não só, fazem discursos laudatórios (pena que não sejam fúnebres – ou talvez sejam) à actuação “corajosa” do governo que toma “medidas impopulares”, sem olhar a resultados eleitorais.
Neste momento a minha revolta é tal que estou a bater com a cabeça no écran.
Quanto a isto não há insulto suficientemente contundente que possa ser usado…
Vocês sabem que a DEMOCRACIA é a minha única “religião”. Já expliquei, inúmeras vezes, porquê. O principal motivo é ser o único sistema que permite resolver os nossos problemas, que permite ter esperança no futuro.
Mas esta cáfila (desculpem-me os dromedários) de monstros abjectos, de facínoras neo-nazis, “modernos” e “refinados”, descobriram, de repente, que um governo digno, eficiente e corajoso, de “valor” é um governo retrógrado e incompetente, que toma medidas reacccionárias, anti-democráticas e “IMPOPULARES”.
Um governo que governa, não se sabe bem para quem, mas não para o povo; um governo que acha que pode resolver os problemas da sociedade contra os cidadãos e sem os cidadãos. Um governo lacaio de máfias criminosas, que são os únicos espécimes que podem “louvar” medidas tão abjectas e criminosas, tão destruidoras.
Ao mesmo tempo, levanta-se um coro de oposição, que clama que os governos têm de “falar verdade”, censurando a atitude do Primeiro-ministro, de ter mentido à população.
Analisando melhor, percebemos que estes, como por exemplo Medina Carreira, pretendem que o governo fale não a verdade, mas a “verdade” deles, como via de nos impor a aceitação do mesmo tipo de medidas nazis, de agravamento das nossas condições de vida, de ausência de soluções, de destruição da nossa economia e da nossa sociedade.
Espero que percebam a tarefa gigantesca que temos pela frente, para empreender sem tréguas, se queremos contribuir para resolver os nossos problemas colectivos de forma digna…
Claro que, chegados a este ponto, temos que reconhecer que o nosso maior problema é esta questão, grave, de concepções políticas reaccionárias e abjectas e de opções fascistas, por parte do governo e desta “oposição”.
É esse problema que tem de ser resolvido! É isso que tem de ser desmascarado sem tréguas!
Não há nada de digno, e muito menos de corajoso, no facto de o governo ceder às pressões das máfias e prosseguir nas habituais medidas destruidoras da nossa sociedade e da nossa economia, afrontando os cidadãos, ignorando as opiniões da maioria dos cidadãos, maltratando a maioria dos cidadãos.
O Governo tem de governar para o povo, contando com a opinião e o apoio dos cidadãos, de acordo com as opções e opiniões da maioria e não para meia dúzia de mafiosos, a quem prometeu fidelidade.
Portanto, muito mais do que o Estado da Nação, interessam-nos as “Perspectivas da Nação”, que são negras, conforme nos prometem, por opção de todos os políticos.
Será que vamos ficar de braços cruzados?
Para terminar, apenas afirmar, claramente, que tudo isto é consciente e premeditado, por parte dos políticos (com o apoio dos OCS).
Primeiro porque eles sabem que existem soluções e optam pelas não soluções, ainda assim;
Segundo porque adoptam as não soluções, como única solução, para depois virem dizer que, afinal, não são solução, como o faz o ministro das finanças, ao reconhecer que não será possível baixar os impostos;
Terceiro porque mentiram e enganaram, se deram ao trabalho de engendrar (encomendar) estudos, de encomendar as conclusões do estudo, como forma de manipulação da opinião pública.
Quem pratica, de forma tão premeditado, este tipo de actos conspirativos, tem consciência do que está a fazer e do carácter abjecto dos seus actos.
Eles foram de férias mas, pelos vistos, nós não nos pudemos dar ao luxo de ter férias…

2005/07/17

Para onde vamos, como e com quem?

Acerca deste post
e, também, deste
Comentário:
"Discordo, em absoluto!
Não de que se criem infra-estruturas dignas para turismo, no alto Minho ou noutro ponto qualquer do País, mas de que se faça do Turismo a única saída para os nossos problemas; por dois motivos:
primeiro, o turismo não tem essa capacidade (de resolver os problemas da nossa economia), depois porque exitem outros países que igualmente apostam no turismo e, por isso, lutam igualmente por atrair turistas.
O nosso país tem muitas soluções para sair da crise e para crescer. Algumas delas bem simples!
Até porque, quer se queira quer não, os turistas não se sentem atraídos por um país de gente triste e acabrunhada, ignara e refém das cretinices dos governantes e outros quejandos.
A degradação da situação económica é factor de "desatracção" de turistas, pela imagem negativa que dá do país e da sua gente...
Claro que as soluções existem, mas quem governa é que terá de "ir atrás delas", para que se possam concretizar. Por isso eu defendo a valoração da abstenção, como forma de responsabilização dos políticos e para os obrigar a "ir atrás das soluções".
Agora... lá porque os meus amigos não vêem outras soluções, não quer dizer que elas não existam.
Uma das questões essenciais é o correcto funcionamento das instituições.
A justiça não funciona e isso tem um peso decisivo na ausência de soluções e de desenvolvimento.
O estado, nas questões do dia-a-dia, de relacionamento com os cidadãos e com as empresas, nos encargos obrigatórios que nos impõe, etc. constitui um entrave, um autêntico bloqueio ao nosso desenvolvimento.
O ensino não funciona mas, em vez de resolver o problema, os diversos intervenientes (e culpados) inventam desculpas infantis.
No entanto, no que concerne à população activa, o sistema de cunhas e de outros processos igualmente mafiosos, mandam para o desemprego, destroem, as pessoas mais capazes, mais eficientes e com mais elevado nível de formação, para manterem no tachito, toda a espécie de "afilhados" imbecis.
Imbecis que, no desempenho dos seus cargos, pagos a peso d'ouro, nada fazem nem deixam fazer.
Neste país, quem tiver inteligência e competência suficiente para não conseguir evitar "dar nas vistas" é lixado em pouco tempo.
E isso é um entrave absoluto ao nosso desenvolvimento.
Tem de haver organização da nossa economia e condições (organizativas e estruturais) para que possa funcionar. Não existem...
Resolvendo estes e muitos outros problemas CONCRETOS da nossa sociedade, não apenas se criam as condições básicas, essenciais, imprescindíveis, para o nosso desenvolvimento, como se começam a resolver, realmente, os problemas sociais, nomeadamente o do desemprego...
Ninguém pense que pode haver algum projecto ou objectivo magalómano, ou não, com capacidade para permitir o progresso, sem que estes problemas básicos sejam resolvidos, de forma digna e socialmente honesta...
É preciso ver a realidade, com objectividade e não ir atrás da verborreia e conceitos ocos, dos nossos teóricos, porque isso não dá em nada, como já se viu.
O importante é resolver os problemas concretos, de todos e de cada um dos cidadãos, colocar as pessoas certas nos lugares certos...
Acabar com a bandalheira da cunha e do tráfico de influências, ou então iremos todos para o fundo...
E mais não digo, porque não se justifica e porque ficaria aqui o resto do dia.

2005/07/16

O Referendo à despenalização do Aborto!

O PS decidiu anunciar que vai insistir na realização do referendo à lei do Aborto ainda este ano.
E logo toda a escumalha, que vive chulando o País, decidiu emitir as mais absurdas opiniões acerca do assunto.
Uns porque continuam fieis à sua cretinice e ideias retrógradas, em nome das quais pretendem impor a manutenção da actual situação, independentemente das ideias e sentimentos da maioria da população, ou de qualquer respeito pelas regras básicas da democracia. Falo, obviamente, do PSD e do CDS.
Outros porque, fazendo jus à sua mentalidade igualmente reaccionário, não sabem viver em democracia, conformar-se com as regras da democracia. E, como não confiam na inteligência e critérios dos cidadãos, como não confiam na sua “capacidade” para esclarecer os cidadãos, como não sabem ser, nem querem ser verdadeiramente democratas (só de conversa, da boca para fora), acham que o parlamento é que devia decidir. Falo, nomeadamente, do PCP.
Todos aproveitaram para, como é seu hábito de gente abjecta, “atacarem” o governo, porque usou este assunto para desviar as atenções da grave situação económica.
Se o governo pretendeu se credibilizar através desta questão, desviando as atenções doutros problemas, que dizer dos restantes partidos e do “barulho” que fizeram acerca do assunto?
É apenas um exemplo a ilustrar o quanto é deprimente o panorama intelectual entre os nossos políticos todos.
Já anteriormente o Presidente tinha recusado a realização do referendo, com um pretexto absurdo. Pois logo veio o PCP proteger a atitude condenável do Presidente e dizer que a culpa é do PS, que deveria resolver o assunto na AR.
Agora, o Presidente voltou à sua atitude inqualificável, desrespeitando o parlamento e o seu trabalho, ao dizer que reservava a sua posição para quando o assunto lhe fosse apresentado… ou seja: dizendo claramente que o parlamento podia estar a perder tempo e recursos e esforço, porque ele, como sempre, irá decidir o que as máfias lhe impuserem. Seria mais digno que o Presidente esclarecesse a sua posição e não brincasse com o esforço de instituições que já estão tão desacreditadas.
No entanto, todos reconhecem que existe um largo consenso acerca desta questão, na nossa sociedade…
Das atitudes, quer do Presidente quer do PCP, percebe-se, com clareza, que são “instituições” entregues a pessoas que não se conformam com a democracia, não sabem o que é democracia, não lutam pela democracia nem estão interessadas em fazê-lo e, pior do que isso, não têm uma atitude de liderança e de luta por um objectivo, de forma digna e mobilizadora. Ao contrário, deixam-se condicionar pelo resultado do referendo anterior, que usam como pretexto para abdicarem da democracia e da defesa intransigente dos princípios mínimos de dignidade colectiva.
Do oportunismo e primarismo dos restantes partidos nem vale a pena comentar.
O certo é que, também aqui, cada um a seu modo, estão todos de acordo, quanto ao essencial: usarem qualquer pretexto para violarem as regras básicas da democracia e obstruírem a resolução dos problemas reais.
Que grandes líderes nós temos!
Estou aqui a falar disto tudo, novamente (já abordei o tema aqui e aqui) a perder tempo, também, porque acho que é uma questão simples, de fácil resolução, se houvesse dignidade e pudor entre os nossos políticos. Ao contrário, todos eles, cada um a seu modo, mistificam o quanto podem para “fazer render o peixe”, na ânsia de obter, por essa via (porque são todos muito espertos) créditos que não merecem.
Já noutras ocasiões esclareci a minha posição acerca deste assunto. Mas, em face da situação real, justifica-se voltar ao tema:
(1) Sou pela despenalização do aborto e condeno a acção de manipulação exercida pela Igreja, nesta questão, porque perniciosa, abusiva e reaccionária;
(2) O resultado do referendo anterior torna a actual lei democraticamente ilegítima (devido à reduzida percentagem de eleitores que votaram a favor da lei). Porque a aplicação da lei implica que o estado (a justiça) moleste os cidadãos e viole direitos fundamentais. Para que um estado tenha legitimidade para molestar os cidadãos é preciso que seja legitimado pela esmagadora maioria dos cidadãos; isto é: é preciso que a sociedade reconheça, inequivocamente que a punição é merecida, que o “crime” é socialmente condenável. A manipulação exercida pela igreja e por outras crenças e o oportunismo duma parte dos políticos, criaram muita confusão e, por isso, impediram uma decisão inequívoca. Mas o resultado é esclarecedor e torna a aplicação da lei (e consequentes actos de agressão pessoais exercidos pelo estado) claramente ilegítimos. O resultado do referendo indica, claramente, que a lei “aplica” critérios de “moral e religião”, tendenciosos e particulares (próprios de grupos religiosos) e não o entendimento geral, comum, democrático, único critério válido para legitimar leis. As leis são para serem aplicadas a toda a sociedade, não devem consagrar critérios apenas válidos para as religiões.
(3) Eu acho que a aplicação desta lei já devia ter sido suspensa há muito. Mas isso implicaria que os critérios dos políticos e da justiça eram genuinamente democráticos. E isso, por sua vez, conduzir-nos-ia, mais cedo ou mais tarde, à necessidade de, na mesma linha, adoptar o critério de valorar a abstenção… Que é coisa de que os partidos nem querem ouvir falar, porque é democrático demais para os seus entendimentos, porque “prejudica” os seus interesses mesquinhos, porque, na essência, são todos iguais e igualmente reaccionários.
A aplicação desta lei deve ser suspensa, por a lei ser democraticamente ilegítima.
Porém, estou absolutamente contra que a questão seja decidida, em definitivo pela AR. Ela deve ser decidida em referendo, visto que o assunto já foi referendado. Neste País há referendos a menos e não a mais. Além disso deve-se ter confiança no discernimento da população e aceitar as suas decisões. Até porque as pessoas, no conjunto, acabam sempre por perceber o que têm de fazer. Ademais, uma boa forma de mobilizar as pessoas para resolver os problemas do país é chamá-las a participar, permitir que reconquistem a auto-estima, que percebam a sua importância e o seu papel. Chamá-las a tomar parte nas decisões permite atingir esses objectivos…
Eexistem questões mais importantes e bem mais consensuais e mobilizadoras que deviam ser referendadas. Mas os partidos não vão deixar de fazer o referendo da lei do aborto para fazerem outros referendos, pelo contrário; todos pretendem, a pretexto deste resultado e da dificuldade (que os próprios criam) em resolver esta questão, ignorar cada vez mais os cidadãos e continuarem a decidir, abusivamente, a seu bem-prazer, mesmo que de forma absurda.
O meu lema é: Referendo sim! E não apenas da lei do aborto! Abaixo os demagogos e reaccionários, que têm medo do povo e não sabem ser democratas, nem contribuir para o nosso progresso colectivo, com a participação de todos!

ESPERAR ANOS...

Em comentário, no Blog Editorial, está esta carta, que já tinha sido publicada no Blog dos apelos e também em o meu e-diario

“OS INSTITUTOS SAO PARA ISTO ?????
AO I.G.A.P.H.E. (INSTITUTO de Gestão e Alienação do Património Habitacional do ESTADO)
Ass: LUIS ARTUR TEIXEIRA FERREIRAArrendatário Bloco 678 Fogos, B1 E1 – R/c H
Santo André
Exmºs. Senhores
Venho por este meio levar ao conhecimento de V.Exªs., que em Dezembro de 2002, recebi uma carta, do IGAPHE de Santo André, para alienação do Fogo supracitado à qual respondi dois dias depois. Fui àquele Organismo, e assinei um CONTRATO PROMESSA DE COMPRA E VENDA do já referido Fogo.UM MÊS depois, recebi uma carta suspendendo o contrato, por alegados motivos familiares, com quem coabitava (um irmão, parente em 1º grau).
Em 04 DE JULHO 2004, esse familiar foi entregar a respectiva chave ao IGAPHE de Santo André, deixando de coabitar neste Fogo.
Não compreendo que hoje 15 DE JULHO DE 2005, o Sr. Dr. LUIS GONÇALVES que Interesse tem neste Fogo, já que, por algo que eu desconheço, continua a EMPERRAR a consumação da escritura, através de burocracia desnecessária.
Lembro V.Exªs., QUE TENHO PAGO AS RENDAS mensalmente na TESOURARIA DO IGAPHE em Santo André, e o mesmo IGAPHE tem a respectiva chave em seu poder, negando entregá-la ao arrendatário.
O fogo está assim fechado desde JULHO DE 2004,
Fogo este, que já poderia ter sido alienado em 2002. SERÁ ESTE PROCEDER NORMAL?
OU EXISTE ALGO PARA ALÉM DA MINHA COMPRENSÃO?
Antecipadamente grato a V.Exªs, pela melhor atenção dispensada.”

Da leitura da carta não consigo entender o que realmente se passa… Mas já aqui publiquei outro artigo acerca de procedimentos condenáveis, por parte do IGAPHE, em relação a estas casas, envolvendo extorsão 8 a substituir os critérios propalados…
Além disso eu acho que, quando as pessoas se queixam, se dirigem às instituições, alguma razão têm, mesmo que não saibam explicá-la claramente.
Além disso eu acho que, quer as pessoas tenham razão quer não, estes problemas são simples e fáceis de resolver, quando as instituições e seus funcionários estão de boa-fé; o arrastar dos problemas sem solução só serve “objectivos escusos e inconfessáveis”, para além de emperrarem o desenvolvimento do País.
Além disso eu acho que devia haver um limite de prazo par resolução dos problemas deste tipo (dois, três meses?), extensível à obtenção de qualquer LICENÇA, porque é aqui, neste tipo de “coisas”, que está um dos factores mais importantes para o papel que tem sido desempenhado pelo Estado, de bloqueio ao nosso desenvolvimento. Ainda por cima cobrando caríssimo, em tudo; extorquindo dinheiro (nomeadamente em impostos) aos cidadãos, para alimentar esta máquina infernal.
O nosso problema não é de termos muito ou pouco estado! É de termos mau Estado; um Estado que tem actuado como bloqueio do desenvolvimento, tolerando todo este tipo de situações, úteis para alimentar e “proteger a corrupção” (e negociatas particulares) de alguns.
Não é o facto de se poder constituir uma empresa, no momento, que compensa o efeito nefasto desta bandalheira. Têm de ser instituídos, urgentemente, limites de tempo sensatos (de poucos meses) para a resposta, eficiente e digna, a todos estes assuntos (incluindo, como já disse, licenças, etc.).