2005/03/31

Como eu “gosto” deles!

Recentemente apareceu, na cena política nacional, mais um “actor”: António Borges.
Ideias novas? ZERO.
Já outros “blogs”, incluindo “Congeminações”, dissecaram as opiniões que defende.
Eu reparei, particularmente, na subtileza da sua afirmação de que o PSD deve fazer “oposição construtiva” e apoiar o actual governo sempre que proceda bem; quando se trate de implementar As Medidas Impopulares… Sim porque medidas não impopulares não podem ser “implementadas”! Se isto é "oposição construtiva", então eu nem quero imaginar o que sejam "pressões e tentativas de condicionamento criminosas".
Ontem, em perfeita sintonia, o “Financial Times” dizia que a nossa situação vai piorar, que é necessário tomar medidas impopulares, firmes, agravar ainda mais as condições de vida, etc. É claro que toda a Comunicação Social Portuguesa se fez eco destes disparates.
O que eu me pergunto é se é António Borges que está em sintonia com o “F.T.”, ou se é o ”F.T.” que está em sintonia com A.B. Seja como for isto só pode ser uma conspiração.
Será que esta gente acha que nos pode impor a aceitação de semelhantes cretinices, apenas porque são publicadas no “F.T.”? Deve ser.
Afinal de contas isto é um país do terceiro mundo, onde uns, tal como “A.B.” acham que são “zarolhos em terra de cegos” e outros, tais como “F.T.” são chauvinistas, cegos, retrógrados, imbecis e reaccionários a ponto de não perceberem que aqui, como em qualquer outra parte do mundo, existem as pessoas adequadas para cada cargo e função, capazes de resolverem os nossos problemas de forma digna. Para estes, nós somos do terceiro mundo e não podemos, nem devemos, ser outra coisa, porque isso é que é bom para o seu chauvinismo imbecil e reaccionário.
O que eu me pergunto é: porque é que só este tipo de gente cretina é que tem o direito a aceder aos órgãos de comunicação social portugueses, e as nossas opiniões não?
Então isto não é uma conspiração monstruosa?

Democraticidade do Sistema Eleitoral!

Em “Sistema Eleitoral”, o Luís Publicou um artigo “Tudo depende do uso que se lhes dá”, onde deixei dois comentários. O Luís decidiu redizer a sua opinião, citando as minhas opiniões nesses comentários em “Abstenção e Responsabilização”. Para aceder directamente basta clickar no título deste post.
Tentei deixar um comentário (que seria o número 1) neste novo artigo, mas perdi-o quase no final, não sei bem porquê. Irritei-me, desisti, mas acabei por voltar e deixar um pequeno comentário. No entanto, acho que o tema é suficientemente importante para voltar a ele, aqui, e reafirmar as minhas posições quanto a este assunto.
O Luís defende a manutenção do actual sistema de representatividade, com exclusão da abstenção, mas propõe uma outra forma de fazer as contas, para se obter o número de deputados de cada força política, no parlamento. Eu concordo com a sua proposta para “fazer as contas”, mas mantenho que a abstenção deve ser valorada; e ainda que o número máximo de deputados deve passar a ser de apenas 100 ou, no máximo, 150, no círculo nacional, porque não se justifica que sejam mais.
Numa altura em que se diz que o actual governo se prepara para “promover” a alteração da lei eleitoral, este debate recupera a sua actualidade e a sua enormíssima importância.
Quanto à posição defendida pelo Luís e sua fundamentação, vou começar por comentar o último parágrafo do seu segundo artigo, onde “desculpa” a não valoração da abstenção, por causa da “abstenção técnica”.
Já anteriormente tinha dito que “um erro não justifica outro” e, perante a presença de “eleitores fantasma” nos cadernos eleitorais, a atitude não é usar isso como pretexto para justificar o injustificável, mas acabar com esse absurdo. Acresce que, para além da valoração da abstenção e da redução do número de deputados, eu defendo também a implementação (universal) do voto electrónico. E, na implementação (e manutenção) deste sistema, não se justifica a existência de um único “eleitor fantasma”.
Defendo o voto electrónico porque acho que qualquer pessoa deve poder exercer o seu direito de voto, em qualquer parte do mundo, apenas com um simples “carregar no botão”; também para acabar com as desculpas cretinas que actualmente se ouvem, acerca dos “supostos” motivos que levam as pessoas a não votar, a abstenção.
O Luís afirma ainda que as pessoas que se abstêm, também devem ser responsabilizadas, à semelhança dos políticos, que não há qualquer razão para se absterem, nomeadamente porque podem “votar noutros partidos” ou “criar novos partidos”. Dito assim, até parece que tudo está bem, mas não está.
Primeiro porque estas são as opiniões do Luís. Quanto a este assunto e, de acordo com os princípios da democracia, o que interessa saber são as opiniões dos interessados; e essas, até o Luís reconhece, ninguém sabe.
Além disso, esta posição afigura-se uma forma de legitimar a manipulação da opinião pública que é hoje generalizada na nossa sociedade, que se consubstancia numa muralha intransponível à volta do acesso à comunicação social a qualquer opinião diferente, exterior àquelas que são toleradas e autorizadas. Aqui vale tudo: manipulação, mentira, hipocrisia, difamação, chacina, pura e simples, de algumas pessoas, etc. Basta observar o que se passa com esta mesma discussão. Ela não apareceu agora na blogoesfera, mas, apesar de se defenderem, aqui, ideias e opiniões diferentes das que aparecem nos OCS (órgãos de comunicação social), (ainda?) não se ouviu uma única palavra acerca destas opiniões nos grandes meios de comunicação. No entanto, ainda há bem pouco tempo eu me indignava com o facto de uma estação de televisão (de canal aberto) ter dedicado, nos seus blocos noticiosos de maior audiência, longos minutos à dissecação (divulgação) da “maquilhagem permanente”. Assunto que interessa imenso aos 2 milhões de pessoas que vivem abaixo do limiar de pobreza; e também aos mais de 5 milhões que se preocupam com isso e com a nossa desastrosa situação; muito importante e decisivo para a resolução dos nossos problemas colectivos.
Este estado de coisas tem um efeito devastador nas mentalidades das pessoas. Deixa-as à mercê dos actos e desmandos dos actuais políticos, sem alternativa. Por isso a desconfiança generalizada e o descrédito, em relação a todo e qualquer partido, o que põe em causa a própria sobrevivência do sistema de partidos e torna inútil, para a resolução dos nossos problemas, à partida, a criação de novos agrupamentos políticos. Quanto às organizações cívicas, o panorama é semelhante.
Estamos perante uma perniciosa ditadura, que não pode legitimar a sujeição dos cidadãos a serem obrigados a escolher entre gente que não presta, as únicas que conseguem passar a tal muralha e chegar ao contacto com os cidadãos, as que são “promovidas” pelos OCS. Os cidadãos têm de manter o direito a dizer: NÃO. Além disso, os que não querem este tipo de políticos não têm obrigação de ter vocação política, nem engenho, nem disponibilidade financeira e social (podem ter outras tarefas), para terem direito a ter opinião e a verem respeitada a sua opinião.
Curiosamente, a confirmar a ideia, cada vez mais generalizada, de que os partidos não prestam, nenhum deles, basta ver a sua atitude em relação a este assunto. Por acaso algum dos partidos que existem, tenha ou não representação parlamentar, já veio defender esta prática de simples e elementar democracia? Não me consta! Isto porque, por inerência da mentalidade que criam, todos os partidos têm muita dificuldade em lidar com democracia autêntica. No fundo, no fundo, todos os partidos têm aspirações (ou tentações) totalitárias; e por isso se entendem tão bem acerca deste tipo de questões essenciais. Criar um novo partido, neste contexto, seria uma atitude suicida de quem quisesse partilhar esta má reputação. Não contem comigo!
A longo prazo, isto compromete a própria sobrevivência dos partidos (pelo menos da sua participação na governação, na forma actual), porque a sua própria prática se está a transformar em muito mais destruidora do que útil. Mas isso é problema dos partidos, consequência da cegueira que promovem.
No entanto, também no que se refere às posições que defendo, cumpre reivindicar a aplicação das regras democráticas. Tal como o Luís não tem legitimidade para invocar o que os outros devem fazer ou pensar, nos seus conceitos, para validar a sua opção como universalmente boa, também eu não o faço. O que pretendo é que esta minha proposta (que não é só minha), seja discutida publicamente e colocada à votação (referendo) em igualdade de circunstâncias com todas as outras.
Acho que este assunto deve ser decidido através de referendo porque, tratando-se do funcionamento do sistema eleitoral, não deve ser decidido pelos próprios, que são parte interessada. Só os cidadãos têm legitimidade para decidir sobre este tipo de assuntos. Também isso é uma exigência de simples e elementar e séria (honesta) democracia. O resto é a continuação de “mais do mesmo”, a continuação do descrédito e ilegitimidade do sistema que temos actualmente. Que é o que realmente torna o país ingovernável e tem dado origem a todas as crises sem fim, que conhecemos e que ainda vivemos.

2005/03/30

Proposta para Alteração do Sistema Eleitoral!

Em "a Mesa do Costume", no Tema: "Que sistema Eleitoral queremos", deixei uma proposta de alteração do sistema eleitoral. Como se fala em alterar a lei, justifica-se que retome, aqui, a dicussão deste tema, refazendo e aperfeiçoando a proposta:
"Propõe-se a criação de um círculo uninominal por cada distrito, mais um circulo nacional a que corresponda o número máximo de 150 Deputados. A eleição dos lugares de deputados correspondentes à emigração deve ser tratada separadamente, para não serem adulterados os valores da abstenção.
Que passe a ser eleito um deputado por cada distrito, correspondente ao partido (ou coligação, ou individuo) mais votado. Cada força política concorrente só terá que apresentar um nome, em cada distrito.
Que os deputados de cada formação política, concorrente a nível nacional, sejam eleitos na correspondência exacta da percentagem real de votos obtidos; ou seja, a cada um por cento de votos deve corresponder um por cento de deputados, até um máximo de 150 lugares, ficando vagos os lugares relativos à abstenção votos brancos, votos nulos e atribuídos aos pequenos partidos, se estes não se manifestarem em contrário.
O número máximo de deputados passaria a ser de 150, pelo país, mais um por cada distrito, mais os 4 da emigração.
Que os lugares não ocupados, no parlamento, sejam considerados como "opiniões desconhecidas", devendo as matérias mais controversas ser decididas por referendo (que deve poder ser convocado sempre que as "opiniões desconhecidas" possam ser determinantes para a respectiva decisão).
Que a adequação do desempenho governativo e do parlamento sejam referendadas em cada dezoito meses de vigência dum mesmo mandato, devendo o parlamento e/ou o governo, serem destituidos se não obtiverem mais de 50% de votos positivos.
Que estas propostas de alteração sejam referendadas e decididas por toda a população."
A meu ver, alterações desta natureza só são legítimas se decididas, directamente, pelos cidadãos. Os políticos e deputados são parte interessada, pelo que não têm legitimidade democrática para decidir acerca de temas destes.
Esta proposta tem tanto direito a ser discutida publicamente e submetida a referendo como qualquer outra, visto que é diferente de todas as outras conhecidas.

Apelo à Inteligência Nacional!

Este é um apelo com que concordo inteiramente. Não poderia silenciá-lo nunca, até porque parte dum professor.
Mensagem recebida por "e-mail":
"Apelo à inteligência nacional (se é que ainda nos sobra alguma)...
Um professor sozinho na sala de aula é uma tômbola ou uma roleta russa.
Nunca se sabe o que poderá sair dali...
Imagine-se uma criança que tem a infelicidade de aturar, durante os quatro anos do 1º Ciclo do Ensino Básico, um(a) professor(a) absolutamente incompetente (como eu conheço tantos...).
Alguém acredita que essa criança, se não estiver familiarmente protegida e ancorada, "sobreviverá" à experiência?...
O insucesso escolar radica quase sempre no 1º Ciclo e nessa imposição absurda da monodocência...
Depois, o professor do 1º Ciclo "monodocente" tem de ser, cientificamente, um polivalente. Ele tem de saber como se ensina a ler e a escrever, como se desenvolve o cálculo mental e o raciocínio lógico-matemático, como as aptidões criativas e artísticas das crianças podem ser estimuladas, etc, etc, etc. Ele tem de ser, nos planos científico e pedagógico, um especialista em todas as áreas do currículo. O leitor acredita nisso, nos tempos que correm?... Há alguém que acredite, a principiar pelos próprios professores "monodocentes" do 1º Ciclo?...
Claro que eu não defendo apenas a extinção da "monodocência" e do isolacionismo docente no 1º Ciclo; mas já ficaria muito satisfeito se, num primeiro tempo, fôssemos capazes de acabar de vez com essa tragédia nacional, a mãe de todas as nossas tragédias educativas...
Leitor: se acha que aquilo que eu defendo faz algum sentido, não encolha os ombros - passe palavra.
Se tem um blogue, diga de sua justiça.
Vamos tentar fazer alguma coisa (é o apelo que lhe faço) para mudar isto.
Ademar Santos
abnoxio.blogs.sapo.pt"

2005/03/29

Que Fazer com o Óleo de Fritar?

Este "post" roubei de "Sistema Eleitoral". Aqui fica tal como está:

"Por e-mail recebi a seguinte mensagem relativa ao destino a dar ao óleo que usamos na cozinha.
Mesmo que não façamos muitos fritos, quando os fazemos deitamos o óleo na pia ou noutro ralo, certo? Errado!!
Este é um dos maiores erros que podemos cometer! Porque fazemos isto? Porque, infelizmente, ninguém nos disse como fazer ou não nos informámos.
Pois bem, o melhor é colocar os óleos, depois de utilizados, numa garrafa de plástico e colocá-la, fechada, no saco de lixo orgânico, evitando assim que vá parar aos cursos de água ou a uma ETAR, onde será necessário despender milhares de Euros para o seu tratamento.
UM LITRO DE ÓLEO CONTAMINA CERCA DE 1 MILHÃO DE LITROS DE ÁGUA (o equivalente ao consumo de uma pessoa no período de 14 anos)!
Obs.: Passem para mais gente, afinal é para o bem de todos. Vamos cuidar melhor do nosso planeta!
Além da solução apresentada no "e-mail", existem opções ainda mais ecológicas, como fazer sabão (reutilizando o óleo) ou transformar o óleo em biodiesel (reciclando-o)."
Estou aqui a publicar isto, mas não concordo. A NET é um "meio" demasiado restrito para que este tipo de coisas sejam tratadas assim. Nós ficamos com a sensação de que fizemos a nossa obrigação, mas isso não chega, o problema não fica resolvido. Não é assim que se resolvem estes problemas e eles têm de ser resolvidos.
Mesmo assim, mesmo não concordando, aqui fica a reprodução do "post", porque como eu não tinha consciência de qual a melhor forma de proceder, nestes casos, acredito que outros dos que me lêem também não saibam. Toimem nota e procedam em conformidade. A minha parte fica feita, mas...

Castigados por passar multas!

No site da TSF, com data de 24/03, está uma notícia acerca de guardas da GNR castigados por passarem multas a graduados da mesma GNR. A notícia foi referida por alguns “blogs”, incluindo o “Pé de Meias”.
Esta notícia especifica o seguinte episódio:

“Um dos casos aconteceu na A23, perto de Abrantes. O oficial viajava à civil acompanhado da mulher e de um amigo. Parou o carro na berma da auto-estrada, onde foi abordado por uma patrulha da Brigada de Trânsito.
Um dos guardas pediu-lhe os documentos e avisou-o de que iria ser multado. O tenente-coronel foi reticente em entregar os documentos mas acabou por assinar o "auto de contra-ordenação.”
Passado um mês, o soldado que lhe passou a multa foi alvo de um processo por parte do oficial, por não lhe ter feito continência.”

Refiro o assunto, com atraso, propositadamente, para vos fazer pensar neste tipo de situações e no efeito que têm na rectidão de desempenho de cada função. Este caso é apenas um exemplo, mais um, duma situação generalizada de prepotência e arrivismo gratuitos, por parte dos que detêm algum poder, na nossa sociedade, que fazem as regras, as leis; e aplicam a justiça em função dos seus instintos mesquinhos e do seu mau carácter, sem cuidarem de saber do efeito devastador dos seus arbítrios. E ninguém põe cobro a isto!
Mas não temos que nos preocupar, porque o Sr. Ministro da Justiça vai criar um registo de dados genéticos dos cidadãos e, a partir daí, todos os nossos problemas ficam resolvidos. Não haverá mais casos destes, nem acusações infundadas onde se desperdiçam enormes quantidades de dinheiro, nem protecção da mentira e dos mafiosos, nem coisas aberrantes como o Processo Casa Pia, cuja palhaçada continua, apesar de completamente inútil e prejudicial, nem pessoas inocentes nas cadeias, nem utilização dos tribunais e das polícias para a prática dos mais diversos (e abjectos) crimes, nem nada disso.
É a habitual mania de “empreender” grandes e sonantes objectivos, inúteis no dia a dia dos cidadãos e incapazes de resolver os nossos verdadeiros problemas, em vez de actuar na realidade, nos casos concretos, nas situações, aberrantes, que existem; e começar, assim, a resolver, de facto, os problemas da sociedade, aqueles que impedem o nosso desenvolvimento. É a mesma e criminosa covardia de sempre. O que é que se podia esperar deste ministro da justiça?
Santo Deus! Agora que falo nisso, ainda mais o assunto me apavora. Se isto, do banco de dados genéticos, não tem qualquer importância para resolver os nossos reais problemas, só pode ser uma peça (mais uma) duma qualquer conspiração monstruosa.
Sr. Engº Sócrates, é pela vossa actuação, ou não, nos casos concretos, na resolução dos problemas reais, nas situações escabrosas, que vamos cobrar-vos a eficiência, porque é aí que ela se vê. Escusam de tentar utilizar estes estratagemas para desviar a atenção para outras controvérsias, porque as situaçõe aberrantes existentes não são controversas, a não ser na "opinião" falaciosa, dos seus próprios autores. Quanto à crise da nossa sociedade existe um largo consenso e é aí que há que actuar, urgentemente.
Este artigo também vai entrar no tal balanço, que tenho de fazer. Esperemos mais umas semanas, par podermos avaliar a actuação do governo, as suas prioridades e os seus efeitos na realidade, porque é aí que tudo se pode avaliar com isenção…

2005/03/26

Eficiência e "Técnicas de Gestão"!

Hoje apetece-me “mergulhar” nas “teorias”. Por estranho que possa parecer, vem isto a propósito duma das recentes sessões do “Prós e Contras”. Este é um dos programas que já não tenho paciência (nem resistência psicológica) para ver, mas a que dou, sempre, uma ou outra “espreitadela”. Assim do estilo de “estar com um olho no burro e outro no cigano”. A bem dizer, encontram-se as duas espécies neste mesmo programa; a minha colite é que já não aguenta tanta indignação.
O programa a que me refiro “tratava” do magno problema da “Reforma da Administração Pública”. A “grande” ambição de todos os nossos políticos, notáveis e teóricos é transformarem qualquer problema trivial, num “magno” problema, para pavonearem a sua “sabedoria” e (in)competência. Todos sabem o que eu penso da Reforma da Administração Pública e do quão simples é resolver esse problema, desde que se afastem os “obstáculos” que o compadrio, o tráfico de influências, o domínio das máfias e os “interesses”, vis, dos nossos teóricos, criam; nesse como em muitos outros problemas da nossa sociedade.
Nesse programa, numa das vezes que “dei uma espreitadela”, deparei-me com um “teórico” que nem sei quem seja, a dissertar sobre uma coisa a que eu chamaria: “modernização de Procedimentos e Critérios” na avaliação e (reforço da) eficiência da Administração Pública. Parece complicado, mas se não é isto que significa, deveria ser. Dito assim, até parece que existe coincidência de opiniões. E existe! O problema não está aí!
Desde a década de oitenta do século passado que ouço falar, por inerência (e exigência) do título académico, das chamadas “novas teorias de gestão”, que “acabaram” com os conceitos da gestão industrial massificada. Estes preconizavam a maximização da eficiência através da minimização de tempos de execução e optimização de percursos; ou seja: a produção em série, a sujeição a uma disciplina férrea, frequentemente desumana. São estas “técnicas” mais antigas, as que vemos caricaturadas em filmes de Charlot.
As novas técnicas de gestão assumiram, na sua forma final, a designação genérica de “Gestão por Projecto”.
Antes de escalpelizar, mais demoradamente, o que se entende por esta última designação e o que deve ser a sua aplicação, quero deixar bem claro que não concebo (não existem) técnicas de gestão que não impliquem organização, planeamento e exigência de eficiência. Falo de organização e planeamento tanto localizados como a nível geral, do País. Não se esqueçam que estamos num país onde nem sequer há dados (registos) acerca do que quer que seja.
As técnicas de “Gestão por Projecto” pressupõem um planeamento e a entrega de cada tarefa (fase do projecto) a uma equipa auto-gerida. Pressupõem a melhoria de eficiência com a motivação dos trabalhadores através da, designada, “Gestão por objectivos”, em que cada um participa de forma responsável e esclarecida. A evolução destas técnicas demonstrou que, dentro destas equipas, se obtém a rentabilidade máxima se as tarefas de coordenação forem rotativas; embora também se tenha concluindo que, frequentemente, a própria equipa subverte esta regra e exclui alguns da coordenação, entregando-a, sistematicamente, aos mais eficientes, porque só assim consegue alcançar os objectivos que lhe foram fixados. Repare-se que os “coordenadores” não são impostos, à equipa. O cargo começa por ser rotativo e é a própria equipa que os fixa, se for conveniente.
A partir dalguns outros artigos, em que disse que: “existem soluções para todos os nossos problemas e também as pessoas certas para cada cargo e função; além de que compete à democracia conseguir ambos os resultados, (as pessoas certas nos lugares certos e as soluções)” será possível perceber que defendo esta técnica de gestão, que devia ser aplicada extensivamente e intensivamente. Mas não chega. Porque é necessário definir os objectivos correctamente e controlar os resultados firmemente. Isso depende da idoneidade e adequação das pessoas que lideram a sociedade. É aí que entroncam todos os nossos problemas.
Aos que me lêem e desempenham qualquer cargo ou função, inseridos numa qualquer estrutura, peço, por favor, que voltem a ler, duas ou três vezes, o paragrafo acerca da forma de funcionamento da “Gestão por Projecto” e que, depois de compreenderem a ideia, a comparem com o que se passa nos vossos locais de trabalho. Podem generalizar, porque, com certeza, existem muitas outras situações bem mais aberrantes do que a vossa. As situações melhores, em que as coisas funcionam como devem, é que são a excepção. Devia ser o contrário.
É assim, a partir destes conhecimentos, que eu avalio, por exemplo, as “explicações” dos coordenadores da Protecção Civil e Bombeiros, acerca da “inevitabilidade” do flagelo dos incêndios florestais. Ainda há pouco tempo “alguém” veio “desdramatizar a questão” que envolveu a morte de bombeiros, em vez de prestar contas pelos crimes que anda a praticar. Mas este país é assim, está tudo entregue a criminosos!
Voltemos ao tal programa e ao motivo próximo deste meu artigo. Para não variar, a minha indignação atingiu o rubro, quando ouvi o tal “teórico”, que refiro acima, a tentar aldrabar tudo e a pretender, numa de “pavonear a sua sabedoria”, defender a aplicação daquelas técnicas de gestão apenas a uma parte da “Reforma da Administração Pública”, a saber: a avaliação de desempenho. Até me apeteceu rasgar os “certificados” dos seminários em que participei sobre este tema! Será possível?
Não fica por aqui, a aldrabice. Por imperativo dos próprios interesses em “defender a sua dama”, que passa pelos abomináveis estudos e pareceres, entroncando nos “concursos internacionais”, todo a teoria é subvertida e renegada. Quero eu dizer que a “Reforma da Administração Pública”, tal como foi apresentada e defendida é, em si mesma, a própria negação destes princípios “modernos” de gestão. Até porque estamos a falar de "Reforma da Administração Pública", cuja definição deveria ter a participação dos próprios (que não apenas dos Directores Gerais, como defendeu Mário Soares, em consonância com o seu autismo, elitismo absurdo, sectário, primário e prejudicial).
Aliás, se se aplicarem com rigor e seriedade, estes princípios de gestão, em cada organismo e secção, a reforma da administração pública faz-se sem ser necessário gastar um tostão; ao invés, faz-se poupando muito dinheiro. Mas isso não interessa a quem apenas sabe vender “verborreia” absurda e inútil, a preço d’ouro, agravando a nossa desastrosa situação, com isso, todos os dias.

2005/03/25

Boa Páscoa para TODOS!

Mesmo assim, quero desejar BOA PÁSCOA, a TODOS.
Páscoa significa (dizem) passagem. Independentemente da interpretação de cada um, o que eu desejo mesmo é que consigamos começar a "passar" para um MUNDO MELHOR!

"Quo Vadis", José Sócrates?

No dia 13 de Janeiro, publiquei, neste “blog” uma denúncia copiada do “blog” “rprecision”, porque foi nomeado, para Director Nacional da PSP, um juiz que estava reformado por “incapacidade” do foro psicológico.
Essa notícia tinha sido referida na imprensa, anteriormente, foi publicada por vários “blogs” e voltou às páginas da imprensa (Público de 14 de Janeiro).
No dia seguinte tive de esclarecer que, afinal, o juiz não tinha sido "recuperado" (ou será reciclado?) devido ao “mau governo” de Santana Lopes, mas sim devido ao compadrio de Bagão Félix, que foi quem o nomeou, em primeira mão, para a Inspecção da Segurança Social, apesar de ele estar reformada por incapacidade do foro psicológico.
Já há algum tempo que tenho intenção de fazer “um balanço” das denúncias que passaram por aqui (e por outros locais) e respectiva evolução; só para documentar a total ausência de vergonha e dignidade dos nossos políticos e titulares de cargos de responsabilidade. Porém, neste momento, mesmo sem esse balanço, não podia deixar de relembrar esta denúncia.
É que, corrijam-me se for erro meu, este mesmo “juiz”, recuperado da sua fingida loucura, foi um dos que apareceram a falar, na televisão, a propósito do recente assassinato de dois polícias, por indivíduos envolvidos em alta criminalidade.
Ou seja: o governo mudou. Mas o que era essencial que mudasse, continua na mesma. Será que o Sr. Engº José Sócrates não percebe que este tipo de coisas são o que bloqueia o nosso desenvolvimento?
Vejamos se conseguimos nos entender: O Sr. primeiro ministro, por um lado, faz uma espécie de chantagem emocional com os cidadãos, (a evidenciar o baixo nível, generalizado, dos nossos políticos) sugerido que só vai aumentar os impostos se não for possível reduzir as despesas e combater a fraude e evasão fiscal. Ao mesmo tempo, mantém, em lugares tão sensíveis e exigentes como este, uma pessoa que, nitidamente, obteve uma reforma enganando a respectiva instituição.
É claro que, assim, nunca será possível combater o que quer que seja… Portanto, o aumento de impostos será inevitável. O aumento dos tais impostos que até poderiam descer.
Perante estes casos, os cidadãos indignam-se e denunciam. Neste caso, até os jornalistas o fizeram, ao contrário do que é habitual. Mas as respectivas instituições e o governo não actuam e deixam tudo na mesma. Então o que é que o Sr. primeiro ministro quererá que os cidadãos façam, para que seja possível combater a fraude e…?
Como isso não é possível com pessoas destas a ocupar cargos destes, talvez o sr. primeiro ministro esteja a sugerir que algum cidadão perca a cabeça e comece a caçar estes “maus exemplos”, a tiro, para que seja possível combater a fraude e…? Para que o sr. primeiro ministro não tenha de ter “a maçada” de fazer o que deve fazer, o que tem de ser feito?
Com tanta coisa para fazer, o sr. primeiro ministro pensará que vai fazer tudo sozinho? Que bastará “amandar umas bocas”? Que não precisa de gente séria e válida, em todos os cargos para poder governar bem?
Isto é apenas um exemplo. Um pequeno (mas muito importante) exemplo. Imaginem o que não será quando fizer o tal balanço.
Como é que se pode ter paz e sossego num país assim? Só quem for muito estúpido, ou pertencer a alguma destas “seitas” que nos têm destruído.

2005/03/23

Mondlane foi Assassinado pela PIDE!

Eduardo Mondlane, dirigente da FRELIMO (Moçambique), na década de sessenta, do século passado, foi assassinado por ordem do Estado Português.
Os factos que vou relatar, foram descritos, na minha presença, numa conversa entre familiares e amigos, por um “filho da escola” que foi “desmobilizado” em 1970 e que terá, agora, cerca de 58 (ou 59) anos!
E perguntarão vocês: a propósito do quê, vem isto agora?
É que comprei, recentemente, (com a minha prenda de anos) um livro acerca da influência da NET no jornalismo e do jornalismo na NET, onde se referem, resumidamente, os “processos de descolonização”, incluindo o de Moçambique. Ao ler, lembrei-me desta história (que conheço há décadas) e achei que devia contá-la, por dois motivos:
(1) Porque nunca vi este facto assumido, como o é, por exemplo, o assassinato de Humberto Delgado.
(2) Porque me preocupam (abjuro) estas distorções dos factos históricos, de que todos estamos fartos, que tanto mal continuam a fazer, à humanidade, porque as mentiras em que assentam se repetem, todos os dias.
Além disso, eu não partilho aquela ideia niilista de que: isso de decidir o que é importante, ou não, para a história, é assunto de “quem de direito”; o que eu sei não tem a menor importância. Esta afirmação quase que é uma redundância, mas vale a pena relembrar. Acresce, também, que esta história se insere, perfeitamente, na “linha editorial” deste “blog”, de tratar factos verídicos e confirmáveis, ou abordar perspectivas plausíveis, sempre preocupantes, nem que seja apenas pelo facto de serem “plausíveis”. Neste “blog”, se alguma vez for referido algum facto duvidoso, será porque me enganaram, sem eu dar por isso (o que não é fácil, mas é possível). Vocês percebem o que eu quero dizer…
Deixemos os circunstancialismos e voltemos aos factos. Antes disso, apenas esclarecer, para quem não esteja familiarizado com o termo, que “filho da escola” é (era?) a designação assumida pelos fuzileiros.
Uma companhia de fuzileiros, que foi desmobilizada em 1970, partiu, em 1969, de Moçambique (de Lourenço Marques, actual cidade de Maputo), num navio da marinha de guerra portuguesa, com destino a Lisboa. Porém, antes de “tomarem o seu rumo” deslocaram-se, numa missão ultra secreta, a uma praia bem ao norte de Moçambique. Nesse navio, embarcou um indivíduo de porte “distinto”, muito bem vestido e cuidado, de raça negra. Quando o navio se aproximou da referida praia, a norte, esse mesmo indivíduo foi levado para terra, agora aparentando ser um qualquer nativo (preto) desgraçado, do mais ignaro e insignificante que se possa imaginar.
O navio retomou o seu caminho, rumo a Lisboa e, no alto mar, (não posso precisar se já no Atlântico), foi ouvida a notícia do assassinato de Eduardo Mondlane. Ao ouvir esta notícia, o comandante desse navio exclamou, para os homens que estavam próximos e podiam ouvi-lo: “Missão cumprida, rapazes!”. Donde “os rapazes” concluíram que tinham transportado o assassino de Eduardo Mondlane, na tal missão secretíssima.
Estes factos são facilmente confirmáveis, porque são homens de cerca de sessenta anos, hoje, estes “rapazes” que os testemunharam, que participaram deles.
Como, quando ouvi esta história, não me passava pela cabeça que haveria de “fazer crónica” dela, nem sequer fixei o nome do navio. Só posso dizer que fez escala em Luanda, porque me encontrei lá, com este meu conhecido. Eu tinha chegado a Angola havia poucos meses, com a “intenção” de ficar por dois anos (ou mais) e ele estava a regressar, para “passar à peluda”, ao fim de mais de três anos de ausência.
Portanto, esclareçam-se, descrevam-se, com verdade, os acontecimentos do passado, para melhor podermos aprender a interpretar os “acontecimentos” do presente, para não continuarmos a ser “presas fáceis” das mentiras ditadas pelos imperativos das estratégias das guerras, em que assenta a “lógica” destes crimes repugnantes.

2005/03/22

Quem não sabe governar...

Quem não sabe governar encomenda “Estudos”.
Vocês sabem o que eu penso das regras eleitorais, dos “nossos” governantes; da falta de idoneidade e pudor da “nossa” classe política e "notáveis"; e da total ausência de democracia que caracteriza o sistema em que vivemos.
Vocês sabem que olho com muito cepticismo a actuação do actual governo que, mais uma vez, por motivos que já expliquei, considero “um governo a curto prazo”. Neste momento começo a duvidar que se mantenha muito mais de um ano. Vamos aos fundamentos desta minha, crescente, apreensão acerca do actual governo (e do consequente agravamento da nossa situação política económica e social; isto é: da “nossa” crise).
Logo no discurso da tomada de posse, Sócrates brindou-nos com:
(1) A afirmação do respeito pelos “compromissos” internacionais, sem ter em conta que o seu primeiro e principal compromisso deveria ser com a democracia interna e com a vontade da nossa população. Refiro-me ao apoio e participação na guerra do Iraque, relativamente ao qual ainda não se lhe ouviu uma palavra que reflectisse os anseios da maioria da população: a retirada imediata das forças da GNR.
(2) A afirmação de que “não vai ajustar contas com o passado”; ou “não vai atrás de…” (ou lá o que seja de semelhante), numa sintonia assombrosa e aterradora com o teor do discurso da tomada de posse de Durão Barroso (vulgo: o Cherne).
Entretanto, têm-se sucedido as “pressões”, vindas dos mais diversos quadrantes e “personalidades” (sem personalidade), no sentido de influenciar, decisivamente, as opções do governo. Neste “blog” já autopsiei algumas dessas pressões (que são anteriores às próprias eleições), mas muitas outras passaram em branco; no “blog” que não na minha, hiper sensível, consciência de cidadania.
O que me leva a retomar este tema são as afirmações mais recentes do Primeiro Ministro José Sócrates. Diz ele que:
(1) Não está nos planos do governo aumentar a idade da reforma, a não ser que os resultados dum estudo o imponham (vá pentear macacos, sr. Sócrates, e enganar a sua avozinha, porque o resultado dessa conversa nós já conhecemos).
(2) Não está nos planos do governo aumentar os impostos (para manter as SCUTS), mas sim controlar a despesa e combater a fraude e evasão fiscal.
À semelhança de todos os governos anteriores, o governo continua a propagandear “boas intenções”, daquelas de que o inferno está cheio, mas a preparar a opinião pública para aquilo que realmente pretende fazer. Para isso conta com as pressões de todos os abutres, onde se inclui o governador do Banco de Portugal. Até Carvalho da Silva, dirigente da CGTP, embarcou “de alma e coração” nesta campanha e nos vem dizer que é difícil o governo manter as suas promessas e, nomeadamente, criar 150 mil postos de trabalho!
Ou seja: estamos na ditadura da cretinice, todos em sintonia, para destruírem ainda mais e mais este país que só é pobre nas ideias (e idoneidade) dos seus notáveis, políticos e governantes.
Apetece-me dizer, ao sr. Primeiro Ministro: desiluda-se que já não consegue enganar ninguém! Quem sabe governar governa e mostra trabalho; quem não sabe governar, encomenda estudos, para esconder, covardemente, atrás deles, a sua incompetência (se não perfídia premeditada).
Entretanto, relativamente às medidas urgentes para nos devolver um pouco de dignidade, de justiça, de idoneidade, de democracia: ZERO. Sim porque o Sr. primeiro ministro não vai “ajustar contas com o passado”, vai, isso sim, deixar “o passado” continuar a perseguir-nos a todos e a destruir-nos como povo e como nação.
Eu já disse, aqui, mais do que uma vez, que:
(1) É possível criar, em pouco tempo (meses), não apenas 150 mil, mas mais de 300 mil postos de trabalho!
(2) É possível reduzir, muito, o défice, reduzir todos os impostos, recuperar a confiança (e permitir a mobilização) dos cidadãos e pôr a economia a crescer muito acima da média europeia, repito, muito acima!
(3) É possível resolver, duma vez por todas, alguns dos nossos problemas crónicos e melhorar, consideravelmente, as condições de vida de toda a nossa população, fazendo renascer a esperança no futuro, quer entre os jovens, quer entre os adultos mais velhos! Basta um pouco de organização e rigor, na nossa vida social e económica.
Já afirmei isto não sei quantas vezes. E sei que muitas outras pessoas me compreendem e sentem como eu. Vocês pensam que alguém me veio questionar ou pedir explicações e responsabilidades pelo que digo? Não! É que estamos a falar de gente desonesta e bronca, que não sabe o que diz e que, por isso, também não sabe distinguir quando é que alguém fala de forma fundamentada, com conhecimento de causa. Eles têm “profissionais de marketing”, pessoas desonestas e pérfidas, para lhes fazerem os discursos e as campanhas. Fartam-se de dizer coisas que não sentem e de cujas não sabem o significado; por isso não entendem o que é falar “com conhecimento de causa”, dizer-se o que se pensa e sente e sabe. Eles não sabem nada! Porque é que teremos de continuar a sustentá-los?
É possível fazer, em meses, tudo o que digo acima. Em meses, porque este tipo de coisas não se prometem; fazem-se duma vez, ou então nunca serão feitas.
É possível, é necessário, é urgente. Mas para isso é necessário aumentar, muito, o nível de exigência; reduzir a zero a impunidade, corrigir todo o tipo de infâmias, pôr cobro, com urgência, às situações aberrantes. Isto também tem de ser feito com determinação, com coragem, com firmeza e sem hesitações. É necessária (e urgente) uma operação “Consciências limpas”, como alguém diz, aí noutro local, para podermos avançar sem os obstáculos da lama.
Sr. Primeiro Ministro, governe, mostre trabalho, que é por isso, pelo que fizer, que vamos cobrar-lhe. Não pense que nos engana com estudos e “condicionalismos”. Porque os estudos são uma porcaria, que só servem para gastar o dinheiro que devia ser utilizado a resolver os problemas. Só precisa de estudos quem não sabe o que anda a fazer, ou quem não quer fazer o que deve. Vá à realidade e actue, de forma digna e honesta e justa, sobre ela, que já não precisa de estudos.
A propósito de estudos, gostaríamos de saber quanto é que o país tem gasto em estudos e pareceres, ano após ano, para melhor pudermos avaliar a “inutilidade” dos estudos e o seu peso económico.
O sr. Primeiro Ministro pretende impingir-nos, ao mesmo tempo, as suas boas intenções e a “aceitação” da perfídia das medidas que pretende tomar, fazendo uma espécie de chantagem “emocional” com a população. Sugere o sr. Primeiro Ministro que só se não for possível reduzir a despesa e reduzir a fraude e evasão fiscal é que terá de aumentar os impostos.
Muito bem sr. Primeiro Ministro! Estamos a falar a mesma linguagem; assim até parece que nos pudemos entender. O único, pequeno, senão é que: ser, ou não, possível reduzir a despesa e a fraude e evasão fiscal depende, exclusivamente de si e do seu rigor. Eu disse: exclusivamente. Que tal começar por demitir o Sr. Governador do Banco de Portugal, que está a transformar-se num porta-voz das “forças de bloqueio”? Ou será que ele fala por sua “encomenda”? Que tal demitir o PGR, coisa que já deveria ter feito há muito tempo? Que tal… Que tal mostrar que é você o primeiro ministro e que não vai prestar-se à vil tarefa de se ver condicionado, na sua actuação e nos seus propósitos, pela pressão das máfias que actuam de dentro do aparelho do estado? Que tal começar a mostrar trabalho sério, para que possamos acreditar em si e no futuro? De contrário, será a sua cabeça a primeira a cair. Isso é garantido (e contará com a nossa colaboração).
Quanto às organizações cívicas (ONG), começa a ser tempo de perguntar se estão realmente interessadas em lutar, de forma firme e eficiente, pela democracia, ou se estão mais interessadas em manter o “folclore” inútil das suas formas gastas e desacreditadas de reivindicação e contestação ao governo. Até agora só se tem visto o folclore. É tempo de passar à fase seguinte. As pessoas e as ideias válidas andam por aí (provavelmente: “aos papeis”).

Weapons of Mass Deception!

Na Audiência portuguesa do Tribunal Mundial contra a Guerra no Iraque foi exibido o filme-documentário: «Weapons of Mass Deception», do jornalista norte-americano Danny Schechter. O filme tem 98 minutos, está legendado em português e fez a sua estreia em Portugal.
Segundo foi informado ao público presente, o filme pode ser solicitado, à Audiência Portuguesa, para ser exibido em qualquer local.
Estou a dizer isto aqui, porque vale a pena ver este filme. Por isso, quem quiser e puder solicitá-lo, para ser exibido, faça-o; quem não tiver condições para exibi-lo, pode sempre ligar, enviar "e-mail", etc., para as televisões, a perguntar quando é que vão exibir o filme e a manifestar interesse em vê-lo.
Já é tempo de a programação dos nossos órgãos de comunicação social deixar de estar dependente dos arbítrios e vontades dos criminosos americanos. Quem os paga somos nós, por isso devemos ter uma palavra a dizer.

2005/03/19

Audiência Tribunal Mundial sobre IRAQUE!

Caros amigos,

A Audiência Portuguesa do Tribunal Mundial sobre o Iraque (AP-TMI) realiza-se proximamente, de 18 a 20 de Março de 2005, data que assinala 2 anos sobre a agressão ao Iraque.
A abertura, os painéis de depoimentos e a leitura das conclusões terão lugar no Auditório da Torre do Tombo (Alameda da Universidade em Lisboa). Para dia 20 estão previstas sessões de encerramento simultâneas em Lisboa e no Porto, na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa e no Rivoli (Porto).
Precisamos da vossa ajuda:
- na divulgação da data da Audiência;
- na contribuição com donativos para produção da AP-TMI (aluguer de espaços, edição de um jornal de grande tiragem,...);
- na aquisição de obras que artistas ofereceram, em exposição em Lisboa e no Porto e com o catalogo disponível no site
e contamos com a vossa participação na AP-TMI.
No site http://www.tribunaliraque.no.sapo.pt/ iremos mantendo a informação actualizada.
A AP-TMI não tem outros apoios que não seja os dos seus aderentes. A ajuda que pretende dar para a condenação dos crimes cometidos no Iraque e para abreviar o sofrimento do povo iraquiano depende da vossa mobilização.
O êxito da AP-TMI está nas vossas mãos.

Solidariamente,
A Comissão Organizadora

2005/03/18

Mensagem especial, para uma “amiga”!

No final do mês passado, vagueando por aí, na NET, encontrei um comentário que me pareceu merecer atenção. Escrevi para o respectivo “mail” e recebi resposta. A um dado passo esta “querida amiga” dizia:

“Envio-lhe este e-mail nem sei bem porquê, talvez por andar um pouco perdida e desorientada. Infelizmente, tenho alguém que me é próximo detido num estabelecimento prisional, e sei que, por vezes, existem situações bastantes cruéis.”

E especificou, ainda:
“Um dia, esta cruel realidade bateu-me à porta e agora tenho que apreender a viver com ela.
A pessoa que me está próxima, também foi presa injustamente. De nada valeu reclamar, pedir clemência, etc….,
Ainda não me sinto capaz de contar a minha história, pois todos os dias choro pela “má sorte”, pelo medo e pelas injustiças que vejo…”

Estou aqui a referir isto para enviar um abraço de amizade, carinho (para transmitir coragem) a esta querida amiga.
E para dizer mais: não chore nem lamente a “má sorte”. Vá à luta, porque estes problemas só se resolvem com a luta de todos. Quanto menos nos conformarmos mais próximos estaremos da sua resolução. Até porque “a má sorte”, sua e de todos os restantes cidadãos deste país, foi ter nascido aqui, num país governado por gente sem vergonha e sem pudor, sem respeito por eles próprios ou pelos cidadãos.
A nossa “má sorte” é o facto de este tipo de coisas poderem acontecer e de ninguém fazer o que tem de ser feito para acabar com elas, de vez. Desde que possam acontecer, acontecem a qualquer um, independentemente da má ou boa sorte, apenas por um mero acaso, que não devia ser possível. O pior é que acontecem, já, generalizadamente, a demasiada gente, para se poderem atribuir à “má sorte”.
Mais uma vez a minha solidariedade. O mundo vai melhorar, tem de melhorar; e estas coisas têm de deixar de ser possíveis!

Mensagem para Endovelico!


Tentei colocar um comentário em “autocracia”, mas não consegui (ou pelo menos “ainda” não apareceu). Por isso aqui fica o “recado”. Dizia, mais ou menos, isto:
Oh meu amigo Endovelico, isto aqui é apenas discussão de ideias! Mas eu posso, sempre, retirar-me…Longe de mim a intenção de “obstruir” a livre expressão dos outros. Pois se não consinto que mo façam… Isto só para dizer que não se justifica o tom.
Mas, para não continuarmos a falar sem nos entendermos, ou seja: a dizer NADA, eis o desafio (que pode ser na forma de “post”?): Qual é o próximo passo da sociedade, executável agora, para se chegar à “Autocracia”?
É que eu já publiquem uma série de propostas concretas, de procedimentos e regras para atingir a democracia, que pretendo divulgar para que se transformem num objectivo de muitos cidadãos e possam (tenham de) ser referendados e implementados. Coisas praticáveis, possíveis, que podem ser implementadas hoje, que são objectivos atingíveis, que vão melhorar, muito, a nossa vivência social.
Quanto ao que faço, no meu “blog”, meu amigo… isso só eu é que decido, de acordo com os meus critérios. Mesmo que seja com "coisas" escritas por outros. É que as "ideias", desde que passem a ser escritas e divulgadas, deixam de ser "propriedade privada" (eu acho que as ideias nunca têm dono), quanto mais tratando-se de relatos. Pois se foi exactamente para isso, para poder dizer o que penso, que me meti nesta aventura... visto que, doutro modo, não podia falar…
Ah! A especificação do que seria o próximo passo “executável” do caminho para a Autocracia, pode ser aqui, em comentário, no meu “blog”, para o caso de achares que não queres publicar isso.
É que talvez assim, a partir das coisas fazíveis, a gente se entenda… ou talvez não… na imensidão do universo isso não tem a menor importância.
Um abraço!

2005/03/17

O Caso da Joana é só mais um exemplo?

No mesmo dia em que transcrevi, do “Afixe”, partes do artigo e dos comentários acerca da devolução de dois irmãos à mãe biológica, a SIC apresentou um outro caso, dum jovem de 11 anos, igualmente retirado, à força, à família de acolhimento.
Na televisão foi evidente que, quer o juiz quer a responsável pela Instituição, falavam do caso como se se tratasse de disputa acerca duma qualquer mercadoria (com regras do mercado e de posições contratuais, etc.).
Quando ouvimos coisas destas temos de nos interrogar porque é que gente com este tipo de mentalidade exerce funções destas, ocupa estes cargos.
Este artigo é para falar do Caso da Joana. Estas palavras iniciais são apenas um “desabafo”.
Para aqueles que “eventualmente” me lêem de pontos mais distantes, especifico que “O Caso da Joana” se refere ao desaparecimento duma menina de 9 anos, numa aldeia do interior do Algarve. Quando a criança desapareceu os jornais (especialmente o da provocação sistemática do costume), disseram que a criança tinha sido “vendida” pela própria mãe. A seguir, apareceu a P.J. (Polícia Judiciária) a “tomar conta das investigações” e a dizer que a criança tinha sido assassinada pelos próprios familiares (mãe e tio), em casa. Até inventaram um móbil (digno de tão vis cabeças): a criança teria sido assassinada por causa de uns 20 euritos que a avó (emprestada) lhe dera.
Para provar a sua tese, a P.J. mobilizou para o local uma quantidade absurda de meios. Tantos que, ao fim de 3 semanas de buscas infrutíferas, já eu tinha chegado à conclusão de que aqueles familiares estão inocentes, de que a criança não foi morta, pelo menos em casa. De tal modo que o disse, com indignação, para os jornais e televisões, com este “mail”:
“Lisboa, 2004-09-27
Mais uma vez, no jornal da noite, a minha indignação atingiu o limite.É que, até agora, nada do que ouvi, ou li, sobre este assunto, me permitiu concluir que os acusados sejam realmente culpados.
Já antes eu tinha essa opinião, mas depois do processo Casa Pia, onde se acusaram pessoas inocentes, para proteger “as testemunhas”, eles sim pederastas confessos; devido a interesses de circuitos tenebrosos de criminalidade institucionalizada; acusações que, apesar de totalmente e claramente absurdas, se mantêm ainda, com a “colaboração” de polícias, investigadores, juízes, procuradoria e dos media, já não acredito no funcionamento da polícia (muito menos da justiça), se as situações não forem claras e inequívocas.
Neste caso, (da Joana) acho que não aparece o corpo, porque os acusados são inocentes e, por isso, não sabem do corpo. O pior é que, agora, mesmo que o corpo apareça, eu já não acredito, porque pode muito bem ter acontecido que alguém tenha feito mal à menina e sejam os familiares a pagar por uma coisa que não fizeram. É típico do comportamento, obtuso, das nossas instâncias judiciais, que nunca corrigem, nem assumem, os seus próprios erros!
A polícia devia ter reunido, primeiro, provas inequívocas e depois acusar. Mas quem é que, neste país, se preocupa com inocentes nas cadeias, (que são vários) e com a respectiva protecção garantida aos criminosos? Nem mesmo no processo da Casa Pias, que envolve “gente” importante, quanto mais nos casos destes simples “e tristes” anónimos! Isso era se isto fosse uma democracia, mas é apenas bandalheira, onde os criminosos é que são protegidos!
A forma como a polícia consegue, muito facilmente, fazer com que pessoas, assim tão simples, digam o que eles querem ouvir, eu conheço bem!
Na minha frente ninguém diz que o tio ou a mãe são culpados, porque eu não deixo! Até quando, meu Deus, veremos a nossa inteligência insultada, assim?”

Na altura em que enviei este “mail”, a comunicação social todos os dias fazia referência ao caso, transmitindo sempre a “certeza” de que a criança teria sido morta pelos familiares, e apesentando-os como “monstros”.
Há dias, passando os olhos por um outro pasquim, encontrei, num artigo sobre as conclusões da polícia científica, esta maravilha: “habitualmente estes relatórios têm entre 30 a 50 páginas. Mas neste caso, como as provas não são consistentes, o relatório é interminável" (aprenderam todos pela mesma cartilha; as sentenças judiciais também são, normalmente, assim).
Há menos tempo, quando foram publicadas as notícias sobre os espancamentos da mãe da Joana, pensei que, tal como no “roubo” das cassetes do Processo Casa Pia, se estaria perante uma manobra para que a polícia pudesse encerrar o processo (pretextando os maus tratos), sem se retratar e assumir a enormidade de erros cometidos.
Agora, o Ministério Público diz que não há provas mas, neste como em todos os outros casos parecidos, que são muitos, os familiares continuam presos e, de qualquer modo, têm a sua vida desfeita. De facto, só é possível acabar com estes crimes da justiça, se os seus autores passarem a ser condenados, automaticamente, a penas de prisão efectivas duplas das que aplicaram ou fizeram aplicar. Só assim esta gente obtusa, vesga e reaccionária, passará corrigir os seus erros, rapidamente. Mas não! Eles são uma espécie de casta, todo poderosa e intocável, a quem tudo é permitido e tolerado.
Vem isto a propósito das declarações, recentes, do Director Nacional da P.J. que, em vista deste fiasco e das suas graves consequências, enumera a quantidade absurda de recursos e meios usados na investigação, para tentar nos impingir a ideia de que “foi feito tudo o possível e mais não se pode fazer, por isso tudo está bem”. No dizer deste, a P.J. deve continuar a gozar do mesmo prestígio (e candura), da mesma “fama”, falsa, de eficiência, porque usou uma enorme quantidade de meios, na descoberta da verdade.
Oh Sr. Director Nacional da P.J., lá porque isto é um país do terceiro mundo, isso não lhe dá o direito de o afirmar, assim, à descarada e de no-lo impor. É um país do terceiro mundo por causa de gente como você que, ocupando um cargo como esse, não faz a sua obrigação e fala como se nós fôssemos todos estúpidos.
Sim, porque é devido à total falta de consideração pela inteligência (e indignação) dos cidadãos, que se cometem “erros” destes que, pela sua frequência, mais parecem crimes. (Eu acho que são crimes premeditados).
Num outro artigo, escrevi, acerca deste caso, em 13/12/2004:
“Sabemos que a pequena Joana tinha sido “referenciada” (e localizada) pela Segurança Social. Sabemos que logo foi “desaparecer”, por mero acaso (apenas por mero acaso, é claro) num dia de festa da aldeia onde morava, que se encontrava, então, repleta de visitantes. Sabemos que, segundo a comunicação social, a criança começou por ter sido “vendida” pela mãe, para a Alemanha. Sabemos que a PJ decidiu prender a mãe e o tio, como autores dum imaginário assassinato (que até terá sido confessado, imagine-se). Porém, apresentar provas, simples, palpáveis, credíveis, quer do assassinato, quer da confissão, ZERO! Não precisam! Eles são a “todo poderosa e prepotente” PJ, cujas “decisões”, por mais absurdas e criminosas que sejam, devem prevalecer!
Então agora sigam o “meu” raciocínio: e se a Joana foi levada por “alguém” que a localizou através da Segurança Social? E se esse “alguém”, dispõe de “protecção” e capacidade de influenciar as “decisões” policiais? E se a PJ, conscientemente, montou esta “tragicomédia”, premeditadamente, para favorece e proteger os raptores (nada melhor, para quem rapta uma criança do que ela ser dada como morta; assim ninguém mais a procura) e ao mesmo tempo, poder dar como “resolvido” um caso, para não se ver, novamente, confrontada com outro “processo” como os do Rui Pereira, ou do Rui Pedro, de que todos já ouvimos falar, mas que a PJ sempre se recusou a resolver?
O que eu sei, o que todas as evidências conhecidas clamam ensurdecedoramente, é que aqueles familiares nada tem a ver com o desaparecimento da criança. É óbvio que não têm, mas se, por mera hipótese absurda, tivessem, então teríamos que concluir que se trata duma demonstração, clamorosa, da irrecuperável incompetência da PJ, igualmente a exigir punição severa, porque intolerável.
De facto, se a tese da PJ se verificasse, não há como explicar a sua incapacidade para obter uma confissão positiva, dos culpados, obviamente com localização da criança, viva ou morta! E não adianta virem-nos com delírios falaciosos e perversos.”

O que há de aterrador, nisto tudo, é que, se esta minha “teoria” estiver certa, ela pode “explicar”, também os últimos casos aqui relatados, das crianças "roubadas" pelos tribunais às famílias de acolhimento, cujo rasto se perde…
Portanto, Sr. Director Nacional da PJ, ponhamos as coisas como elas devem ser postas: Se os serviços que dependem de si usaram tantos recursos e gastaram tanto dinheiro para pavonearem a sua incompetência, devem ser punidos. Quem dirigiu a investigação deve ser afastado, com perda de regalias sociais entretanto adquiridas e sem possibilidade de voltar a funções idênticas. Sim porque até eu, apenas com as notícias dos jornais e apesar de toda a demagogia e falsidade, percebi, já há seis meses, aquilo que “a ausência de provas” vem confirmar agora. Até porque a minha suspeita mantém-se apesar da enormidade de meios usados. Ou melhor: reforça-se exactamente por causa deste argumento. Nós sabemos muito bem que, quando se trata de patifarias, de proteger e exercer “criminalidade institucionalizada” não faltam meios. Pudemos testemunhar isso.
Se a minha suspeita, de que a polícia actuou premeditadamente para proteger o rapto e os raptores, estiver certa (como é mais do que provável), as pessoas dos serviços que dependem de si, envolvidas neste caso, devem ser punidas criminalmente e civilmente, para reporem os prejuízos materiais que causaram (porque os prejuízos humanos e cívicos já não podem repor) e a investigação deve ser conduzida correctamente, para se saber o paradeiro da criança.
Ou então, o Sr. Director Nacional deve demitir-se e explicar porque é que não faz a sua obrigação; quem ou o quê o impede.
Ou então alguém deve olhar bem para estes “desempenhos” e demitir o Sr. Director Nacional, pondo, no seu lugar, uma pessoa capaz, que faça o que tem de ser feito e puna, com rigor e severidade, quem tem de ser punido.
Será a estes que o Sr. Eng. Sócrates promete impunidade e cumplicidade, quando diz que não vai atrás de…?
Estou aqui a vociferar contra este estado de coisas para perguntar quando é que alguém, neste país, percebe que não é possível resolver os nossos problemas económicos, sociais e políticos, enquanto não houver um pouco de ordem neste tipo de coisas; enquanto não houver dignidade, idoneidade e transparência na actuação destas nossas instituições.
Sr. Eng. Sócrates, quando é que vai dar algum sinal de começar a resolver, realmente, os problemas do país? E o Procurador? Quando é que o demite?

2005/03/15

Protesto, HOJE, na Embaixada do Canadá!

ULTIMA HORA - HOJE, entre as 12H30 e as 13H30,
Activistas da "ANIMAL" protestam em frente à Embaixada do Canadá em Lisboa contra o massacre de 300.000 focas bebés no Canadá PART
A Embaixada do Canadá situa-se na Av. da Liberdade, nº 198-200.
Este anúncio, e seus motivos, estão em "Bio Terra". Pode-se aceder directamente "clickando" aqui no título.
O texto, de "bioterra", apela a que se ligue e envie protestos para a Ambaixada e fornece os nºs. e endereços. Adiram!

2005/03/14

Justiça. Coisas que todos percebem…

Com o título: "Uma História Triste", Emiéle, do "Afixe", publicou um artigo, do qual extraí os seguintes excertos (para aceder, directamente, ao texto, basta clickar no título deste "post"):
“Quando tinha aproximadamente 3 anos de idade, estes “pais” (de acolhimento) tinham ficado sensibilizados com este abandono e, de acordo com a instituição, trouxeram-na para a sua casa, onde lhe deram o mimo e carinho de uma filha. Tanto quanto a sua memória podia recuar, a Mariana só se lembrava da mãe a dar-lhe banho, de ir passear com os pais, de a aconchegarem com o beijinho da noite, das comidas de que mais gostava, de a irem levar e buscar à escola. Manteve contacto com o irmão, porque ele tinha sido recebido por outra família, mas sempre com o cuidado de se reuniram muitas vezes. Faziam as festas em conjunto, davam passeios juntos e eles sabiam que eram irmãos apesar de “terem pais” diferentes."

“A nossa menina, para quem os pais eram os que sempre tinha conhecido, é confrontada com a presença de uma mulher, que ela sabia existir, mas que nunca tinha visto e por quem não sentiu a menor simpatia. A rejeição foi enorme e aí começaram os pesadelos e o mau dormir. Quando falei com ela, vi-a apavorada, nem queria imaginar que pudesse perder os seus pais! E o mesmo se passou com o irmão.
Entretanto o processo foi decorrendo, ela e o irmão foram, várias vezes, levados à força a encontros com a mãe, de onde voltavam perturbadíssimos e em pânico. As suas famílias viam-nos sofrer e sofriam com eles”

Nos comentários encontram-se as seguintes opiniões:
(1) “É que a lei foi cumprida Gibel!! Tem é buracos, pelos vistos. E o dito "superior interesse da criança" é, afinal, paleio. Porque é obvio que o superior interesse daquela criança não era aquele final desastrado. Parece que aqueles pais não tinham ainda a tal regulação ou lá o que raio é. E o juiz (o advogado disse aos pais "a Mariana não podia ter tido mais azar em apanhar este juiz" ) nem sequer deu uma olhadela às opiniões da professora, da pediatra, da psicóloga, mandando arquivar esses depoimentos.”
(2) “Azul: nesta altura, tendo uma pena imensa daqueles pais, que pareciam um farrapo quando falaram depois comigo, a minha grande, grande, preocupação é com as crianças. Mas, tanto quanto me disseram, só se pode fazer alguma coisa se estiverem em perigo de vida (coisa que também não penso que se ponha!) O perigo para o equilíbrio psicológico não é levado em conta... Quanto ao juiz não acho que seja novo. É sim, muito rígido, e tem a visão de que os pais de sangue têm todos os direitos. Creio que o senhor já é conhecido por isso”
(3) “Com tanta literatura nos escaparates das livrarias acerca deste assunto...; o desenvolvimento infantil..., não pode nunca um Juiz passar ao lado do que os especialistas concluem dos trabalhos de investigação que duram há vidas. Os estudos sobre psicologia infantil e seu desenvolvimento duram há muitas décadas e em vários países; tudo somado dava para entreter mil Matusaléns. O pobre do Juiz viverá nem uma milésima parte disso. E em consciência poderá decidir com base num pedacito de tempo correspondente a um bocejar, o tempo que dedicou a pensar o assunto? O Juiz não lê? Não tem tempo para ler outra literatura que não a que consta dos processos? Não sabe procurar quem o ilucide de tamanha ignorância? Porquê? Porque não é obrigado? Porque não se sente obrigado? Porque a inconsciência das suas decisões não é a medida da sua incompetência, afinal? Quem não é então competente dentro dos limites da sua consciência? Até o meu cão aparenta nexo causal mais consistente de cada vez que come o que não deve, sabendo que não deve. Um processo semelhante não deveria durar menos de o tempo de a Mariana e o irmão chegarem à idade da razão para se decidirem é o que eu acho. A menos que tudo se conjugasse por bem de todos. Quanto ao Juiz... é leite derramado, que o coza o Diabo. Retire-se, retire-se, que vá curar o Espírito. Que a sua ignorância armada do poder que detém dá no que aqui se pode ler...”
(4) “O revoltante e problemático no sistema judicial continua a ser a morosidade com que tudo isto se processa. Quanto tempo passou desde o aparecimento da mãe, até à decisão do tribunal? Quanto tempo passará até que possa ser analisado um pedido de recurso dos pais adoptivos? Que Justiça é esta que permite este tipo de violentação sobre o saudável processo de crescimento de uma criança? Quantos anos viverá esta criança num ambiente de instabilidade e insegurança? Alguém se responsabiliza pelas consequências traumáticas que isso terá no seu futuro? E a lei prevê ou analisa de alguma forma afectos ou só condições materiais?
Nesta matéria estou absolutamente com gibel. Embora não seja área do meu domínio, pelo número de casos de amigos e familiares que recorrem à justiça, pela percepção geral de casos mais ou menos mediáticos, há muito que deu para entender que o nosso sistema judicial é, verdadeiramente, uma merda.”
(5) “Olha Mário, o absurdo desta história kafkiana, é o que dizes e muito bem, que inicialmente se tinha o cuidado de ver a quem se entregava uma criança, ainda assim não fosse maltratada. Nada de mais correcto. Contudo, uma menina como esta, com 9 anos agora e ainda por cima muito inteligente, já seria bem capaz de dizer claramente como se sentia nesta família. Eu aliás sugeri isso, que ela fosse ouvida, num ambiente tranquilo por técnicos qualificados: assistentes sociais ou psicólogos. Mas, pelo contrário, os relatórios que iam não foram levados em conta e ela não foi minimamente ouvida. Por outro lado, o paradoxo é que esta mãe tem outros filhos, mais crescidos, 14, 15 anos, que esses sim, estão ainda em instituição, e esses não os foi buscar. ( ??? ) Dá para acreditar?!”
Transcrevo, para aqui, este texto e os comentários, apenas para ilustrar, mais uma vez, o que tenho vindo a dizer e redizer: o principal problema da nossa justiça são as pessoas que a aplicam. Qualquer cidadão com um mínimo de sensatez (afinal até o cão do João tem mais sensatez do que estas decisões!) percebe que seria muito simples, com um mínimo de dignidade, resolver "BEM" este problema, respeitando todas as partes interessadas, de forma civilizada e salvaguardando os interesses, os direitos e o equilíbrio psicológico das crianças.
Neste como em muitos outros casos, não se admitem estas actuações criminosas, dos juízes, que provocam tanto sofrimento inútil e podem destruir, definitivamente, o equilíbrio psíquico, emocional e cívico das crianças.
Esta é a justiça que temos... Que é assim, tão pérfida nas suas consequências, por acção e opção de quem a aplica (e de quem mantém, nestes cargos, este tipo de pessoas).

2005/03/13

Uma História de Terror “Sem Limites”!

A série chama-se: “Os limites do terror”, mas aqui, nesta história, trata-se, mesmo, de: “Terror sem Limites!”.
Há oito anos, um médico (que nós já conhecemos e que está preso desde então), vivia a sua vida, confiante, sem sobressaltos. Nos seus contactos sociais, foi-lhe apresentada, por um conhecido, como doutora, uma mulher que posteriormente verificou ser uma simples técnica de laboratório. A mulher passou a assediá-lo, mas ele, um pouco porque mantinha uma relação estável com uma enfermeira, um pouco porque a tal mulher não “fazia” o seu género, resistiu e afastou-se.
Despeitada e mau carácter, a dita mulher decidiu acusá-lo de tentativa de homicídio. Como tinha (tem?) relacionamento de amizade (que incluiu colaboração em negócios clandestinos), com uma “delegada do ministério público”, esta tomou a seu cargo a tarefa de destruir, por pura vingança, a vida do Dr. L.J.N.S., mandando-o para a cadeia.
Antes, no mesmo dia em que teria “cometido” o tal crime, de tentativa de homicídio, foi procurado por um filho da “vítima”, que lhe endereçou todo o tipo de ameaças, através de quem encontrou, que não o próprio. A isto o Dr. L. respondeu com indiferença, tentando despreocupar os seus familiares, porque não tinha feito nada de mal, não se justificavam as ameaças, era gente louca, era a forma de manifestar despeito, por parte da tal mulher. Mal sabia o que o esperava.
O processo foi conduzido pela tal delegada do ministério público e incluiu todo o tipo de abusos, prepotências e provocações policiais. De nada valeu ao Dr. L. ter reclamado da situação e ter denunciado as relações de amizade entre as duas (pretensa vítima e magistrada), ao juiz, porque este, em vez de o ouvir, ainda o puniu por desrespeito.
No dia e hora em que teriam ocorrido “os factos”, segundo a tal mulher, o Dr. L. tinha 4 testemunhas (incluindo um doente com problemas de coração) que testemunharam que estavam com ele, em local diferente, onde, nomeadamente, atendeu doentes; por isso não podia ter atentado contra a vida da mulher.
Tinha mais umas quantas testemunhas (dispensadas pelo tribunal, não ouvidas), para comprovarem que é pessoa de bem, incapaz de fazer semelhante coisa. De nada serviu! As 4 testemunhas foram ouvidas pelo tribunal, foram acusadas (pelo Ministério Público, pela pessoa do “actual” procurador João Aibéo; sabem quem é?) de perjúrio e processadas por isso (e eu a pensar que não havia, em Portugal, processos por perjúrio; afinal há, mas apenas quando as testemunhas dizem a verdade, como forma de impor a infâmia e a mentira).
Em contrapartida, a “vítima” não apresentava marcas de agressão, não tinha provas nem testemunhas (a não ser ela própria e a filha), mas foi o que bastou para ver "executado", pela própria justiça, o seu crime. Sim porque mandar para a cadeia uma pessoa inocente, destruir, assim, a vida e saúde de alguém, sem mais motivo que não seja a sua própria maldade e despeito, desejo de retaliação e de vingança absurda, é um crime hediondo, dos mais arrepiantes.
Depois todas e cada uma das 4 testemunhas do Dr. L. foram aterrorizadas, perseguidas e maltratadas pela polícia judiciária, inclusive fisicamente, foram feitas buscas às suas casa, etc.. O doente viu agravado, com estes maus tratos, o seu estado de saúde. Estes processos, por perjúrio, foram todos arquivados, por falta de provas, porque as testemunhas mantiveram os seus depoimentos e forneceram todas as evidências de que falavam verdade.
Mas, para o que era importante: a produção de prova no processo, infame, do Dr. L. isso de nada serviu. Os seus depoimentos já tinham sido anulados, com a falsa acusação de perjúrio (do procurador João Aibéo) e o Dr. L. tinha sido condenado a 10 anos de prisão, por tentativa de homicídio. Pode-se acreditar numa coisa destas?
Afinal, o Sr. Procurador João Aibéo é que devia ter respondido por crime de denegação de justiça, consciente e premeditado. Nessa altura, porque, agora, devia estar a ser condenado a 16 anos de prisão efectiva, por ter mandado, conscientemente, um cidadão inocente para a cadeia, que lá permanece há quase oito anos. Será por causa deste seu “currículo”, desta sua “competência” e “capacidade” para mandar inocentes para a cadeia que é o procurador encarregado do Processo Casa Pia?
Depois, como este tipo de infâmias também não são fáceis, o Dr. L. permaneceu em prisão preventiva mais de 3 anos (tempo limite), mas mesmo assim não foi libertado. O Tribunal Constitucional chegou a decidir a seu favor, mas o Supremo recusou-se a apreciar o recurso. Acresce o laxismo e comodismo dos advogados (que aproveitaram para cobrar quantias absurdas, sem nada fazerem), a cumplicidade da perfídia ou da covardia de todas as instituições e respectivos titulares. Pior! De cada vez que o Dr. L. reclamava, ou recorria da sua situação, ainda era punido por isso.
Entretanto ocorreram vários episódios que evidenciam a total falta de escrúpulos e corrupção destas instâncias judiciais, tendo mesmo havido um caso dum polícia que tentou extorquir suborno e que, perante a recusa, respondeu: “Então, sendo assim ele vai para a cadeia e vai muito bem!”.
Houve um advogado, ex-agente da PJ, que recusou o caso, porque envolvia interesses e procedimentos incorrectos de agentes da PJ (com quem não queria problemas).
A tal mulher também foi abordada e questionada acerca da ausência, evidente, das marcas da tal agressão (com faca), respondeu, sem hesitar e sem qualquer pudor ou vergonha: “Está na cadeia e estará enquanto a mim me apetecer”! Nem mais.
O Dr. L.J.N.S. permanece, ainda, na cadeia, a evidenciar bem o quanto infames são todos os funcionários da justiça, e não só, que já contactaram com este caso, e que são muitos. O Dr. L.J.N.S. é, actualmente, o preso nº4 da Prisão da Carregeira.
Este deve ser o único país onde os bandidos se podem assumir, assim, à descarada, sem que nada aconteça. Há milhões de exemplos destes em que, uma vez que este tipo de pessoas vejam os seus crimes sancionados pelos tribunais, adquirem o estatuto de impunidade total e até podem exibir toda a sua perfídia.
Acho que o cidadão comum não consegue perceber, convenientemente, uma coisa assim (a não ser as pessoas que já passaram por experiências parecidas, como é o meu caso), se não fizerem o exercício de se imaginarem numa situação semelhante. É difícil e inacreditável, não é? Sim porque isto não é uma história inventada, não é nenhum enredo romântico, ou cinéfilo; não é ficção. São factos, por mais inacreditável que isso pareça.
Olhem bem à vossa volta, porque se é verdade que a dignidade e idoneidade da justiça portuguesa “bateu no fundo”, com o Processo Casa Pia, também é igualmente verdade que isso não aconteceu assim, de um dia para o outro. A prová-lo aí estão os exemplos como este. E a provar que estes exemplos de perfídia não se esgotaram no Processo Casa Pia, aí está o exemplo, aberrante, do caso da Joana, onde os investigadores demoram mais de seis meses a “descobrir” o que era óbvio ao fim de 3 semanas, para qualquer pessoa que use a cabeça.
Voltarei a estes assuntos, mas, por ora, vou ficar por aqui; até porque um relato tão monstruoso deve ser o mais curto e conciso possível, para não perder impacto.
Será a estes (e ao PGR) que o Engº Sócrates promete impunidade e cumplicidade, quando diz que não vai atrás de…? Se quiser, realmente, resolver os problemas mais prementes do país, não tem escolha, Sr. Engº José Sócrates.

“Negócios” Com as Carências Sociais!

O Bairro Zambujal, na Buraca (limite de Lisboa), é um bairro de casas de rendas económicas (ou pelo menos parte dele?), que pertence ao Fundo de Fomento da Habitação.
Recentemente, ouvi uma história que não resisto a contar aqui, porque ela ilustra uma situação (mais uma) muito comum, nas nossas “instituições”, daquelas que bloqueiam o nosso desenvolvimento, que dificultam as condições de vida das pessoas, que fazem de nós pessoas acabrunhadas, descrentes, descontentes e zangadas com a vida (e, quantas vezes, uns com os outros). Pudera! Com exemplos destes que, dum modo ou doutro, nos atingem a todos, em todos os sectores da nossa vida…
Vamos à “história”:
A D. Maria mora no bairro Zambujal e relatou, na minha frente, estes factos. A casa dela, que lhe foi entregue há mais duma década, (pela qual paga renda ao Fundo de Fomento) tem carências de reparações e obras, desde que lhe foi entregue a chave, que nunca foram solucionadas. Quando a casa lhe foi entregue o chão estava degradado e nunca foi reparado. Depois, a casa foi-se enchendo de “bichos da madeira” que completaram a degradação dos quartos, a ponto de haver dependências em condições inabitáveis. A cozinha também começou a evidenciar os efeitos duma construção sem o mínimo de qualidade: o chão enchia-se de água, quando se abria a torneira, e apareciam todo o tipo de bichos, inclusive lagartas. A casa é demasiado húmida e insalubre.
A D. Maria, cansada de se dirigir “ao Fomento”, durante mais de um ano, mês após mês, semana após semana, para lhe resolverem o problema, acabou por (aceitando a ajuda duma senhora que se condoeu da situação) mandar arranjar a cozinha a um familiar dessa senhora, a quem ainda está a pagar a prestações, com dinheiro que não tem e que agrava as suas outras “muitas” carências. Mas os quartos continuam inabitáveis e, agora, dorme-se na cozinha.
Ao que parece, a casa é acanhada para as necessidades de toda a família e a D. Maria, ao ver vagar uma outra casa, pediu para lhe atribuírem uma casa maior (por exemplo aquela). Durante um ano prometeram-lhe que o seu pedido seria atendido. Ao fim desse tempo viu a casa ser ocupada por outra família e deixou de alimentar esperança na resolução dos seus problemas e também de perder tempo a dirigir-se às respectivas instituições. Escreveu à Câmara, foi, inúmeras vezes, à Junta de Freguesia, foi ao Fundo de Fomento, vezes sem conta, inclusive com as declarações do médico, mas nada. A sua saúde e a de toda a família é que se ressentem.
Entretanto foi vendo, com espanto, algumas casas à sua volta, com menos carências que a sua, serem reparadas e modificadas, serem-lhes colocados azulejos nas cozinhas e casas de banho (que a sua casa também não tem) enquanto que os seus problemas continuam a ser ignorados (e a agravar-se).
Depois ouviu algumas pessoas desabafarem que tiveram que pagar 300 contos, pela chave, ao Sr. Dias, para poderem ter “direito” às casas. O Sr. Dias, que já está reformado, era o “fiscal” que verificava o estado das casas, o mesmo que ignorou as suas carências.
Existem outras situações de carências de obras, que não são solucionadas e também continuam a existir casas vazias (à espera da melhor oferta, certamente).
Não sei se a D. Maria sabe que tem direito às obras, porque elas são da obrigação do senhorio, a quem paga a renda. Também não sei se essa informação lhe seria útil, ou se seria, apenas, mais uma forma de a desgastar e fazer perder tempo e paciência e saúde, de um lado para o outro, de instituição para instituição, sem que nada se resolvesse.
O que pudemos concluir, de tudo isto é que:
- Por imposição dos extorcionistas a quem o Fomento dá emprego e cobertura, as casas (e as obras) não são para quem mais precisa delas, mas para quem melhor puder pagar os subornos.
- Em vista das inúmeras visitas da D. Maria (e de outros moradores) ao Fomento e dada a diversidade de pessoas com quem falou, a situação (destes actos de extorsão) tem de ser conhecida de todos, de ter a “cumplicidade” de todos, inclusive de quem decide e dirige o organismo.
É escandalosa e intolerável a inconsciência criminosa e despudorada com que se mantêm situações destas, ao longo de décadas, com o conhecimento e conivência de todos, apesar da sua influência funesta para a saúde e bem-estar dos cidadãos, para a sua produtividade, para a sua confiança na vida e no futuro; enfim um bom exemplo de como, neste país, se “fabricam” abstencionistas. Tudo isto para proteger uns quantos criminosos que actuam de dentro das instituições; a chamada “criminalidade institucionalizada”. Será destes “bandidos” e de quem os protege que o Engº Sócrates “não vai atrás?”. Será a estes que está a prometer impunidade e cumplicidade? Depois não se queixe Sr. Sócrates. Você é que escolhe de que lado quer ficar: se do lado do país e suas necessidades, se do lado dos criminosos a impedir a resolução de todos os nossos problemas.
Nota: Ao que me informaram, o Fundo de Fomento da Habitação (no dizer da D. Maria: o Fomento), já não existe. Agora chama-se IGAPHE (Instituto de Gestão e Alienação do Património Habitacional do Estado). As casas deveriam passar para as Câmaras? No dizer da D. Maria, essa hipótese (de que também falou, espontaneamente), não se concretiza por divergências entre as duas entidades. E mais não sei...

2005/03/12

Madrid, 11 de Março e o Terrorismo!

Faz hoje um ano que o mundo voltou a sobressaltar-se com mais um atentado terrorista arrepiante. Um comboio cheio de trabalhadores e estudantes, que se deslocavam para Madrid, para as suas respectivas ocupações, foi o alvo. Uma parte das vítimas eram imigrantes do norte de África… Como se vê, tudo gente “muito envolvida na e responsável pela” situação actual do Mundo, pela guerra no Iraque, pela situação palestiniana, pela guerra no Afeganistão, pela política norte americana.
É aqui, neste tipo de coisas que não fazem sentido, que se esconde a “marca” dos verdadeiros autores dos atentados e “seus motivos”, seus objectivos.
Já o disse, e vou repeti-lo: cada dia que passa, mais se reforça a minha convicção de que este atentado foi, é, apenas mais um a juntar à lista, que cresce todos os dias, de atentados orquestrados pela CIA, executados por ordem e encomenda da CIA, tal como o foram os atentados de 11 de Setembro na América e como o são a maioria dos atentados executados, actualmente, no Iraque.
Para “esclarecer”, devidamente, esta questão, temos que começar por ter em conta o facto de a Al Qaeda ser apenas uma “sucursal” da CIA, criada pela CIA exactamente para “fazer trabalho sujo”, fomentar e promover conflitos violentos, que dificultassem a vida aos países do leste. Portanto, a CIA pode sempre pôr a Al Qaeda a fazer, seja o que for, ou, pelo menos, a “levar com as culpas”.
Quanto ao 11 de Setembro, as constatações que me levam a manter esta suspeita (a mais provável e mais plausível), são:
- Bush, quando se manteve apático, durante 7 minutos, depois de ter sido informado de que “a América estava a ser atacada”, denunciou bem que sabia o que se estava a passar. Ninguém consegue esperar sete minutos para reagir a uma notícia desta natureza, nem sequer a outras mais vulgares, a não ser que saiba, de antemão, o que se passa realmente.
- Se o 11 de Setembro tivesse sido o que se pretendeu que foi, toda a administração americana teria caído, juntamente com os responsáveis da CIA e outros. Se não por que foram eles que o “encomendaram”, pelo menos por que não o evitaram, como era sua obrigação. É o mínimo de responsabilização que se exige a gente com tanto poder.
É a própria reacção e actuação dos responsáveis americanos que os denuncia: eles já sabiam, já tinham tudo preparado.- Não foi surpresa, nem um choque. Por isso avançaram para a manipulação da opinião pública e para a execução dos propósitos que queriam ver “justificados” com os atentados, com frieza, de forma calculista e sem emoções, como é próprio de gente premeditadamente pérfida. Dinamitaram o WTC e depois vêm dizer que "não esperava que as “twin towers” caíssem. Pensavam que seriam afectados, apenas, os andares superiores. ESte é apenas um pequeno exemplo da fórmula usada para manipular a opinião pública; ou então sobrou algum "ingénuo "bem ointencionado" palerma, para dizer estas patranhas acreditando nelas. Eu acredito que foi tudo encenado, o que é bem provável em gente tão pérfida, abjecta e louca... que não respeita nem admite a inteligêmcia dos outros
- O 11 de Setembro não justifica a guerra no Afeganistão, nem no Iraque, porque tudo se passou dentro da América e, por isso, deveriam ter sido apuradas, em primeiro lugar, as responsabilidades internas; deveriam ter sido identificados, inequivocamente e claramente (para que toda a gente percebesse) os culpados. A circunstância de a América ter avançado para essas guerras, sem sequer apurar os factos, também prova que os atentados foram executados com o objectivo de servirem de pretexto para “justificar” esses actos, bárbaros, de agressão contra outros povos. Só os governantes americanos estavam interessados no pretexto.
- Porém, esta não foi a única mentira usada pela América, nem a única demonstração de total ausência de civismo ou dignidade. A América usou de todo o tipo de mentiras, impôs a mentira para “justificar” o injustificável. Com o apoio dos outros rafeiros e o apoio e testemunho de Durão Barroso. (Lembram-se? Ele “viu” as provas!). Quem usa a mentira para “justificar” a barbárie, quem é capaz de semelhante barbárie, duma guerra tão infame, violentando, ao mesmo tempo, os sentimentos, os desejos, a integridade, a idoneidade e o civismo do mundo inteiro (da maioria dos cidadãos do mundo) e a integridade física e territorial daqueles povos, também é capaz de praticar acto tão aberrante como os próprios atentados de 11 de Setembro. Afinal foram só mais uns 3 milhares de mortos (nem se esperava que fossem tantos). Portanto, é também o próprio desencadear da guerra (e dos seus actos pérfidos) que evidencia quem é que, afinal, revela total ausência de escrúpulos, de dignidade e de sentimentos; ou seja, quem são os principais (e únicos) suspeitos.
A manutenção de guerra (no Iraque e no Afeganistão), até agora, apesar de se terem comprovado as mentiras e de já terem sido eleitos governos, é outra prova de que, gente assim, faz tudo, mesmo tudo, para se auto-justificar e impor o seu terror ao mundo. O que são, para este tipo de gente, uns quantos atentados terroristas? Afinal eles não fazem isso, todos os dias, sob o pretexto da guerra? E não continuam a fazê-lo, mesmo sabendo que o mundo está contra?
Os atentados de 11 de Março, os actuais atentados no Iraque (que só matam iraquianos) e o atentado que matou Sérgio Vieira de Melo, são apenas a continuação desta lógica de facínoras loucos.
No caso do 11 de Março, para além de se tentar “reeleger” o governo de Aznar, seguindo a lógica de usar o terror para incentivar o medo e a “adesão” ao combate ao terrorismo, o atentado também serviu para “justificar” a “luta contra o terrorismo” e a respectiva paranóia, demonstrando que, afinal, o terrorismo sempre existe. A ideia era fazer com que as pessoas, assustadas, quisessem reeleger Aznar, para se “vingarem” dos terroristas, por ele “apoiar” o “combate ao terrorismo” e, ao mesmo tempo, incentivar o actual pavor e terror intelectual, para “promover” e justificar a “luta contra o terrorismo”; isto é: a guerra.
No caso de Sérgio Vieira de Melo foi, pura e simplesmente, para o eliminar (assassinar). Havia muitos motivos (de facínoras loucos e déspotas, que não toleram críticas), para o fazer. Com um meio tão fácil e eficiente, porquê hesitar? Este “processo” até garante total impunidade…
No caso dos actuais atentados, no Iraque, o que se pretende, claramente, é desestruturar o Iraque e a sociedade iraquiano, provocar e agudizar divergências e conflitos internos, não permitir a organização da sociedade e das forças da ordem, de modo a que a presença americana continue “imprescindível”.
Por tudo isto, e não só, mantenho a minha afirmação de que o principal terrorismo, o mais mortífero e pérfido, provém dos governantes e outros dirigentes e responsáveis americanos.
Aliás, para manterem “acesa a chama” do terror psicológico e do medo, da paranóia em que nos querem ver a viver, que intentam provocar nos cidadãos do mundo, para continuarem a sua saga assassina, rotulada de “combate ao terrorismo”, continuam os seus actos de propaganda, periódica, agora de maneira quase subliminar. O último era a repetição, por parte dos serviços secretos ingleses, de que esperam, a qualquer momento, um atentado em Londres, ou na Inglaterra. (Esperemos que estes loucos não se lembrem de que precisam de “provar” o que afirmam). Há tempos esperava-se, em qualquer momento, um atentado com armas químicas, ou biológicas; depois foi com armas atómicas. Sempre com a “certeza” de que é inevitável, só não se sabe quando nem onde. Muito gosta esta gente de incentivar a paranóia.
À conta disso, desta destruição intelectual e filosófica, da sociedade e das pessoas, também a Inglaterra está em vias de aprovar leis absolutamente fascistas, fortemente limitadoras dos direitos e garantias individuais, que permitem toda a espécie de arbítrios, praticados “legalmente”, seguindo o exemplo da América. O que pensarão do futuro estes facínoras? Já sei! Para eles não há futuro, graças a Deus!
Entretanto, para colaborar com este tipo de propaganda, a comunicação social refere que a CIA interceptou uma mensagem de Bin Laden (o tal que nem sequer se sabe se existe), com ameaças. Estão mesmo desleixados, estes tipos: agora já nem se dão ao trabalho de gravar mensagens, de as entregar na Aljazeera, para depois confirmarem a sua “autenticidade”. Devem ter começado a perceber que já há muita gente que não podem convencer e, para manter amarrados ao pavor uns quantos mentecaptos, não se justifica mais esforço porque, para esses, para os que querem "acreditar", qualquer coisa serve.
Acabamos por chegar à conclusão de que este tipo de “propaganda” se destina apenas a auto-convencimento, auto “justificação”. Não importa se nós acreditamos, ou não, se o mundo concorda, "engole", ou discorda. A maioria dos cidadãos portugueses estiveram e estão contra a guerra e, todavia, o governo apoiou (e apoia) a guerra; a maioria dos cidadãos ingleses estiveram e estão contra a guerra, mas Blair continua, qual rafeiro, a apoiar a guerra; em Espanha idem; a maioria dos cidadãos do mundo estiveram e estão contra a guerra, provavelmente, até a maioria dos cidadãos americanos estão contra a guerra mas, mesmo assim, com todos contra, a guerra aconteceu e continua. Só podemos concluir que este tipo de propaganda se destina aos próprios e aos seus rafeiros dos órgãos de comunicação social.
Até porque, o que a realidade nos diz, é que o mundo está bem pior e menos seguro desde que começou o "combate ao terrorismo". Tal como acontece com a situação no Iraque.
Os cidadãos do mundo vão ter que compreender um dia, a bem ou a mal, que o mundo não terá paz, nem nós teremos a segurança a que temos direito, nem o terrorismo pára de crescer, enquanto os atentados terroristas forem considerados, por estes facínoras, como forma eficiente de manipulação da opinião pública. É aí que há que actuar urgentemente! Os países têm de passar a ser obrigados a consultar as suas respectivas populações acerca dos conflitos armados internacionais. É a ONU que tem de passar a exigi-lo.

2005/03/11

Relação entre tabaco e morte súbita de crianças!

Esta mensagem foi-me enviada por "e-mail".
Hi Friend,
What would you think if you found out that a scientist was paid to mislead the public about the dangerous health effects of a product - especially if that product were linked to a major killer of infants?
It sounds outrageous, but the latest revelation about Philip Morris, the world's largest tobacco company, is that the company engaged in an active misinformation campaign to cast doubt on the proven link between tobacco smoke and sudden infant death syndrome (SIDS), a serious killer of infants.
You can help stop Big Tobacco today:
http://www.care2.com/go/z/22186
A new study this week of once-secret industry documents showed that on at least two occasions, the company sought out and paid scientists to write articles challenging the documented link between secondhand smoke and SIDS. One of these articles was published in a respected journal and cited at least 19 times by other scientists!
Here's what you can do: our government is right now suing the tobacco industry to end their marketing to children.
If the government wins, the trial judge can order the industry to stop its harmful practices and pay billions of dollars to fund programs to prevent kids from starting to smoke and help smokers quit.
Please urge newly confirmed Attorney General Alberto Gonzales to continue to aggressively pursue this federal lawsuit to end tobacco marketing to children:
http://www.care2.com/go/z/22186
Thank you for making a difference!
- Rebecca,
Care2 and ThePetitionSite team
http://www.care2.com/go/z/rebecca
P.S. Read more about this latest study:
http://www.care2.com/go/z/22188
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Thank you for signing up to receive Health Alerts via ThePetitionSite or Care2 website! Your email address has not been bought from other sources. If you learned something interesting from this newsletter, please forward it to your friends, family and colleagues.

2005/03/10

Dia do "Choque Tecnológico"!

Aqui, neste “burgo” eu decidi que, hoje, é o “dia internacional” do desenvolvimento tecnológico.
Por isso vou dar a palavra a “NeuroGlider”, transcrevendo um comentário que deixou, no artigo acerca do programa “Feira Franca”:
“Caro Biranta, se fosse só na RDP a existir este tipo de comportamentos! O mais gritante ainda se passa nas universidades portuguesas. Não só os bons porfessores, empreededores, são obrigados, pelos mais velhos, a “abrandar o ritmo” como também os alunos, mais exigentes, são alvo de represálias, por parte de muitos professores instalados!
É o que se tem em Portugal: uma cultura de mediocridade, baseada numa maneira de pensar fascista, que “nos” foi incutida e que a dita Revolução não conseguiu revolucionar!
É aí que temos de agir: na maneira de pensar dos portugueses! É altura de se deixar de parte a cultura de mesquinhez! Não admira os políticos serem como são!!” Fim de transcrição.

Agora vou contar a minha própria história:
No quarto ano do meu curso (de engenharia), a maioria das cadeiras integravam uma parte prática (chamado trabalho de grupo). Numa delas podíamos escolher o “tema”, que, no entanto, teria que ter a aprovação do prof. Orientador.
Eu tinha conhecimento dum problema “estranho” existente nas tubagens das centrais térmicas, onde frequentemente existiam problemas de “colapso”. Numa outra cadeira, tinha ideia de ter ouvido fazer referência à existência dum “eutético ternário” a 550º centígrados nos aços com aquela composição. Também sabia que esta temperatura (550º) era exactamente a “temperatura de trabalho” mais frequente, daquele material. Em metalurgia, os diagrama binários são relativamente bem conhecidos. Mas a mais de dois componentes, as coisas complicam-se. Para os que não sabem, um “eutético” corresponde a uma transformação, onde os elementos em presença dão origem a compostos estáveis, com características específicas (que, neste caso, fragilizavam o aço, impedindo que “desempenhasse a sua função").
De posse de todas estas ideias e tendo acesso a amostras do material substituído por colapso, decidi aliciar um colega (com quem fiz alguns dos mais interessantes e melhores trabalhos de grupo) para propormos este estudo, como objecto do nosso trabalho.
Quando falei do assunto quase caiu “o Carmo e a Trindade”. O professor e dois assistentes que se encontravam na sala, juntamente com um outro prof. acharam um disparate ridículo eu fazer semelhante proposta. Porquê? Porque aquilo era um assunto de tanto interesse para a indústria que certamente estaria estudado e seria conhecido. Ou seja: “se era para ser feito e era útil, certamente já estaria feito” e se não estivesse, certamente não era para nós, simples e insignificantes alunos, podermos ou devermos fazer.
Argumentei que não conhecia a existência de tal tipo de estudos, e perguntei porque é que nós não poderíamos fazer o trabalho; se não éramos tão “gente” como quaisquer outros, ou se as nossas cabeças não eram feitas da mesma massa, ou se não tínhamos o direito de usar a cabeça. O prof. não conseguiu responder-me e nós fizermos mesmo o tal trabalho.
Foi um dos melhores trabalhos desse ano, nessa cadeira. Os técnicos da empresa em questão, que tinham o problema nas mãos, acharam muito interessantes as conclusões (documentadas e verificadas com os exames analíticos necessários), até queriam uma cópia do relatório, mas o meu colega não consentiu na entrega. Se isto fosse num país civilizado, talvez eu e o meu colega (e mais algumas pessoas) estivéssemos hoje a trabalhar na área, dando seguimento àquele trabalho e fazendo o que gostaríamos tanto de fazer.
Portanto, devido à minha teimosia e irreverência, consegui mostrar que somos tão bons como os outros (estrangeiros) e que temos iguais direitos. Mas como isto é um país governado por mentecaptos, dominado por gente mesquinha e vil, não ganhei nada com isso, o país não ganhou nada com isso, a tecnologia não ganhou nada com isso, o mundo não ganhou nada com isso.
É apenas mais um exemplo. Como este há milhares, no nosso país; não apenas na ciência. É apenas um dos muitos exemplos que poderia relatar, num dos muitos sectores de actividade.
Por isso estou em total desacordo com NeuroGlider quando diz que “agir na maneira de pensar dos portugueses”. Com a proliferação deste tipo de exemplos, muitos milhares de pessoas pensam “bem”; pensam como nós, que isto não está certo. O que realmente tem de ser feito é: colocar as pessoas certas nos lugares certos. Acabar com a mesquinhez e a incompetência em cargos dirigentes, para que possa haver democracia.
Por aqui vocês podem imaginar o que eu me rio, quando ouço falar de “choque tecnológico”. Ah! Ah! Ah!...
Alguém me há-de explicar, um dia, como é “choque tecnológico” nas mãos de imbecis mentecaptos, mesquinhos e incompetentes, que querem manter, a todo o custo, o tachito, não importa o quanto isso custe, de destruição, ao país.

Dia Internacional da Mulher (08/03)!

Sabem que mais? Venho aqui "penitenciar-me" por não ter escrito nada acerca do dia da mulher. Acham que devia? Eu não gosto de fazer coisas destas por obrigação e não achei outro motivo para o fazer.
A propósito: quando é que é o dia do homem? Então porquê esta descriminação? É tal e qual como as quotas, etc. É a ditadura dos formalismos, do respeito por regras absurdas e "procedimentos" perniciosos.
Decididamente os critérios têm de mudar: as pessoas têm de ser avaliadas (e seleccionadas e "legitimadas") pelo que valem e mostram valer e não pelo facto de serem homens ou mulheres. Até porque, este como todos os "preceitos" absurdos, são usados para "justificar" esta inversão fundamental dos critérios justos, que é o que realmente importa.
Quando forem respeitados os critérios básicos, haverá igualdade entre homens e mulheres, porque, entre as mulheres, há pessoas tão enormemente competentes, válidas e úteis como entre os homens.
Olhem que eu sei bem do que estou a falar! Mas também sei que muitas outras pessoas me compreendem (concordam comigo) independentemente de serem homens ou mulheres.
O "dia internacional da mulher" é, apenas, a consagração de mais uma forma de descriminação, a tentar legitimar e "apagar" outras formas de descriminação bem piores, que nos atingem a todos, homens e mulheres.
O que eu quero mesmo é que todos os dias sejam Natal, dia Internacional da Mulher, do homem, da criança, dos trabalhadores, da justiça, da Paz... Sobretudo da paz, porque, sem ela, nada mais faz sentido ou tem cabimento.
E olhem, para terminar:Um bom Dia Internacional (do que vocês quiserem)!