Em "A Mesa do Costume" um novo tema de debate. Decidi transcrever, para aqui, a minha contribuição, porque é necessário criar uma "nova" opinião pública forte, para que as coisas comecem a mudar. São necessários todos os contributos.
"Que esperamos do novo governo?
Esta questão traz-me à lembrança algumas peripécias da “Guerra do Ópio”.
Para os mais distraídos, lembro que a “Guerra do Ópio” ocorreu entre a China Imperial e a Inglaterra, tendo dado origem à ocupação de Hong Kong pela Inglaterra. Este conflito, mais este, é um bom exemplo da arrogância do Império Britânico daquela época (e não só), mas não é o conflito, em si, que ilustra os riscos da nossa actual situação.
O episódio que me vem à cabeça, relacionado com aquele conflito, quando penso na situação política do nosso país, é o facto de a China ter sido obrigada a ceder perante a arrogância impertinente dos “mandatários” de “sua majestade”, apesar do seu enorme poderio, se tivermos em conta os seus mais de 500 milhões de habitantes.
No auge da agudização do conflito, os detentores do poder, na China, ainda levantaram a hipótese de distribuir armas pela sua população, para que as pessoas se defendessem (e defendessem a China) da arrogância Britânica. Mas, alguém “mais avisado” “segurou-lhes a mão”, fazendo ver que a população chinesa nada sabia acerca dos súbditos de “sua majestade” e, por isso, não os identificavam como inimigos. Ao contrário, devido à forma infame como eram tratados pelos seus governantes, os chineses os consideravam seus inimigos mortais, pelo que, se se vissem armados, certamente não hesitariam em virar as armas contra “os inimigos” que conheciam bem (os seus governantes), em vez de lutarem contra, de combaterem, os Ingleses. E assim a Inglaterra ganhou, sem dificuldades, esta disputa.
Daqui pode-se concluir que a China não foi vencida (e humilhada) por mérito da Inglaterra, mas sim por ter sido “vencida” (atraiçoada) pela perfídia dos seus próprios governantes, contra o seu povo.
Os mais distraídos perguntarão, o que é que isto tem que ver com a nossa situação. Tem tudo! Primeiro porque a força, o poder e a capacidade duma nação reside principalmente, na sua gente, na sua população. Não há governo estável, eficiente, poderoso, sem o apoio da generalidade da sua população. Governantes que “maltratam” a sua população deviam ser fuzilados por traição.
A nossa população é uma população maltratada, sem direitos. Os nossos governantes não têm respeito por nada, nem sequer por si próprios, e muito menos pela opinião ou vontade da população, por isso espezinham e aviltam a nossa dignidade colectiva, com o maior desplante e descaramento.
O governo actualmente eleito, com uma falsa maioria absoluta, porque não tem o apoio da maioria da população, nunca vai poder tomar as medidas necessárias e urgentes para resolver os nossos problemas. A sua situação de fragilidade (que os próprios escondem da população, mas que os mafiosos conhecem bem) deixa-o (governo) à mercê, de todos os grupos de tráfico de influências (vulgo máfias) e das sua pressões. À população eles escondem a realidade e as suas consequências, mas esta escumalha não deixa de a utilizar a seu favor, instigando e manipulando a opinião pública contra o governo, se as suas exigências não forem atendidas. Não precisam de se esforçar muito, porque o governo só representa 29,3% da população.
Por outro lado, as cedências, mais que previsíveis, do governo, às pressões das máfias, vão agravar ainda mais a nossa situação económica e social, facto que acabará por ter consequências imprevisíveis. Quaisquer que sejam as consequências, uma coisa é certa: a contestação (mesmo que apenas aquela a que estamos habituados a assistir) provocará instabilidade e agitação social, impedindo o governo de se manter por muito tempo.
O que eu quero dizer é que, enquanto este sistema de vigarice dos resultados eleitorais se mantiver, não será possível haver estabilidade, nem os governos se manterem por muito tempo, porque eles começam, logo de início, fragilizados de tal maneira que não conseguem “aguentar-se” aos “abanões”.
Por isso eu defendo a alteração das regras eleitorais, no sentido duma verdadeira democracia; defendo que só devem tomar posse os deputados que sejam eleitos, defendo a proporcionalidade directa entre o número de deputados de cada formação política e a respectiva percentagem de votos (porque assim o parlamento reflecte melhor a realidade). Defendo, enfim… tudo aquilo que já disse inúmeras vezes.
Mas há coisas que têm de ser ditas e repetidas, muitas vezes, para se poderem “ouvir”, por entre o barulho ensurdecedor da demagogia e mistificações, estupidificantes, em que estamos atolados e de que estamos cercados por todos os lados.
Eu defendo, principalmente, que a nossa população tem direito à esperança e a ter confiança no futuro, porque a esperança existe. Defendo (como sendo uma lei da vida) que existem, em todos os tempos e lugares, as pessoas certas para cada cargo e função, para que a sociedade possa funcionar bem. Defendo que existem as soluções para todos os nossos problemas; e ainda que, quer as pessoas certas nos lugares certos, quer as soluções, só não são uma realidade, por completa e absoluta ausência de democracia. Se existisse democracia, quer as pessoas certas nos lugares certos quer as soluções dos problemas, deviam acontecer naturalmente.
Defendo, em suma, que os nossos políticos deviam ter vergonha e ir para o raio que os parta, todos, perante o descalabro em que têm afundado o país."
Esta questão traz-me à lembrança algumas peripécias da “Guerra do Ópio”.
Para os mais distraídos, lembro que a “Guerra do Ópio” ocorreu entre a China Imperial e a Inglaterra, tendo dado origem à ocupação de Hong Kong pela Inglaterra. Este conflito, mais este, é um bom exemplo da arrogância do Império Britânico daquela época (e não só), mas não é o conflito, em si, que ilustra os riscos da nossa actual situação.
O episódio que me vem à cabeça, relacionado com aquele conflito, quando penso na situação política do nosso país, é o facto de a China ter sido obrigada a ceder perante a arrogância impertinente dos “mandatários” de “sua majestade”, apesar do seu enorme poderio, se tivermos em conta os seus mais de 500 milhões de habitantes.
No auge da agudização do conflito, os detentores do poder, na China, ainda levantaram a hipótese de distribuir armas pela sua população, para que as pessoas se defendessem (e defendessem a China) da arrogância Britânica. Mas, alguém “mais avisado” “segurou-lhes a mão”, fazendo ver que a população chinesa nada sabia acerca dos súbditos de “sua majestade” e, por isso, não os identificavam como inimigos. Ao contrário, devido à forma infame como eram tratados pelos seus governantes, os chineses os consideravam seus inimigos mortais, pelo que, se se vissem armados, certamente não hesitariam em virar as armas contra “os inimigos” que conheciam bem (os seus governantes), em vez de lutarem contra, de combaterem, os Ingleses. E assim a Inglaterra ganhou, sem dificuldades, esta disputa.
Daqui pode-se concluir que a China não foi vencida (e humilhada) por mérito da Inglaterra, mas sim por ter sido “vencida” (atraiçoada) pela perfídia dos seus próprios governantes, contra o seu povo.
Os mais distraídos perguntarão, o que é que isto tem que ver com a nossa situação. Tem tudo! Primeiro porque a força, o poder e a capacidade duma nação reside principalmente, na sua gente, na sua população. Não há governo estável, eficiente, poderoso, sem o apoio da generalidade da sua população. Governantes que “maltratam” a sua população deviam ser fuzilados por traição.
A nossa população é uma população maltratada, sem direitos. Os nossos governantes não têm respeito por nada, nem sequer por si próprios, e muito menos pela opinião ou vontade da população, por isso espezinham e aviltam a nossa dignidade colectiva, com o maior desplante e descaramento.
O governo actualmente eleito, com uma falsa maioria absoluta, porque não tem o apoio da maioria da população, nunca vai poder tomar as medidas necessárias e urgentes para resolver os nossos problemas. A sua situação de fragilidade (que os próprios escondem da população, mas que os mafiosos conhecem bem) deixa-o (governo) à mercê, de todos os grupos de tráfico de influências (vulgo máfias) e das sua pressões. À população eles escondem a realidade e as suas consequências, mas esta escumalha não deixa de a utilizar a seu favor, instigando e manipulando a opinião pública contra o governo, se as suas exigências não forem atendidas. Não precisam de se esforçar muito, porque o governo só representa 29,3% da população.
Por outro lado, as cedências, mais que previsíveis, do governo, às pressões das máfias, vão agravar ainda mais a nossa situação económica e social, facto que acabará por ter consequências imprevisíveis. Quaisquer que sejam as consequências, uma coisa é certa: a contestação (mesmo que apenas aquela a que estamos habituados a assistir) provocará instabilidade e agitação social, impedindo o governo de se manter por muito tempo.
O que eu quero dizer é que, enquanto este sistema de vigarice dos resultados eleitorais se mantiver, não será possível haver estabilidade, nem os governos se manterem por muito tempo, porque eles começam, logo de início, fragilizados de tal maneira que não conseguem “aguentar-se” aos “abanões”.
Por isso eu defendo a alteração das regras eleitorais, no sentido duma verdadeira democracia; defendo que só devem tomar posse os deputados que sejam eleitos, defendo a proporcionalidade directa entre o número de deputados de cada formação política e a respectiva percentagem de votos (porque assim o parlamento reflecte melhor a realidade). Defendo, enfim… tudo aquilo que já disse inúmeras vezes.
Mas há coisas que têm de ser ditas e repetidas, muitas vezes, para se poderem “ouvir”, por entre o barulho ensurdecedor da demagogia e mistificações, estupidificantes, em que estamos atolados e de que estamos cercados por todos os lados.
Eu defendo, principalmente, que a nossa população tem direito à esperança e a ter confiança no futuro, porque a esperança existe. Defendo (como sendo uma lei da vida) que existem, em todos os tempos e lugares, as pessoas certas para cada cargo e função, para que a sociedade possa funcionar bem. Defendo que existem as soluções para todos os nossos problemas; e ainda que, quer as pessoas certas nos lugares certos, quer as soluções, só não são uma realidade, por completa e absoluta ausência de democracia. Se existisse democracia, quer as pessoas certas nos lugares certos quer as soluções dos problemas, deviam acontecer naturalmente.
Defendo, em suma, que os nossos políticos deviam ter vergonha e ir para o raio que os parta, todos, perante o descalabro em que têm afundado o país."
Vá lá, não sejam tímidos, se persitirmos na discussão, talvez consigamos fazer nascer a luz (e a esperança, também).