2005/05/23

As medidas para superar o défice.

"Amigo Raul!
Cá para mim, diz-me aquele meu sexto senttido safado, do estilo "desmancha prazeres" (principalmente os meus, porque, nestas coisas, não se constuma enganar...) que o estudo e o seu resultado foram encomendados para que o governo tenha pretexto para fazer aquilo que sempre quis fazer, embora dizendo que não! Éstamoa a assistir a uma reedição, descarada, da actuação do Durão.
Não acredito nem numa palavra do que dizem.
Porém, não podemos deixar de registar o estilo de discussão de comadres desavindas, que se engalfinham em assacar culpas umas às outras, mas que não dão um passo no sentido de sanar os problemas.
Quanto à resolução do problema, eu já disse, digo e repito as vezes que se justificar, que sei como se faz (e não sou só eu que sei, disso tenho a certeza, porque não faz sentido, é contra as leis da vida) e não passa por nenhuma das medidas anunciadas.
Este tipo de medidas têm, aliás, muito poucas probabilidades de "gerar mais receita", porque a situação económica continua a agravar-se, com cada vez menos gente a conseguir cumprir as suas obrigações fiscais.
A receita tem de ser aumentada sim, mas pela via do aumento (muito substancial) do PIB. Isso é possível de fazer, agora, em muito pouco tempo, ao mesmo tempo que se tomam as medidas estruturais irreversíveis que nos permitam consolidar o aumento substancial do nível de vida.
Aliás, há tanto tempo que ando a dizer que sei como se faz que, se alguém já me tivesse dado ouvidos, nem sequer estaríamos agora a ser confrontados com uma perspectiva de défice tão elevada.
É preciso um choque de mentalidades e, ao mesmo tempo, um abanão forte no marasmo que se vive actualmente na actividade económica. Isso não se faz com aumento de impostos, pelo contrário.
É possível e é necessário reduzir os impostos.
O único motivo pelo qual os próprios governantes e seus comparsas obstruem estas medidas prementes é porque sabem que elas vão reduzir o espaço de manobra para as vigarices e traficâncias das máfias a que pertencem.
É claro que haverá medidads de disciplina e rigor, de justiça e equidade, também ao nível da tributação, que terão de ser implementadas, até para credibilizar as outras medidas e para permitir mobilizar uma grande parte da população.
Um dos grandes males desta gente é apropriarem-se do país e passarem a tratar-nos como coisas, sem qualquer papel ou direitos na definição (ou execução, implementação) destas matérias.
Eles são todos uma cambada de nazis! Esse é o nosso pior problema.
Se não, então explique-me porque é que teimam em conduzir o país para a ruína, mesmo havendo quem afirme (e se disponha a assumir todas as respectivas responsabilidades) que existem soluções, que o são realmente, ao contrário das que eles propõem?
Por acaso o país (ou o mundo) é deles para se acharem no direito de o destruir, apenas por capricho?
Chegou a altura de nos alarmarmos seriamente.
Quando até o ignorante do Jerónimo de Sousa abdica, tão facilmente, da habitual demagogia e se deixa conquistar pelas dificuldades e pela necessidade de sacrifícios estamos completamente perdidos.
Pelos crimes que já está a cometer e que se prepara para agravar, pela destruição em que persiste, esta classe política merece ser fuzilada!