2005/05/05

Reclamar por estar à espera!

No "blog" do Faísca, no "post": Livro de Reclamações, está um relato que vale a pena ler. Refere-se a uma reclamação, nas Finanças de Faro, ao fim de duas horas de espera. Um relato, no mínimo, elucidativo da "qualidade" da democracia que temos. Copiei para aqui este excerto:
"Ao fim de tanto tempo, e porque também trabalha e estava a perder o seu tempo, resolveu reclamar, como deve ser, sim porque, reclamar de boca, com os funcionários do atendimento, de nada serve, senão para desabafar. Então pediu o LIVRO DE RECLAMAÇÕES.
Vieram 3 pessoas falar-lhe para saber o que queria fazer e o que queria reclamar.
Acabaram por encaminhá-lo ao gabinete do Chefe do Serviço de Finanças de Faro. Inicialmente foi-lhe pedido o Bilhete de Identidade e Cartão de Contribuinte para tirar cópia, dizendo que era um procedimento normal.
O Chefe das Finanças perguntou o que se passava e depois perguntou porque razão estava ele naquela fila. Respondeu que era inconcebível que estivesse apenas uma pessoa a atender assuntos tão morosos e não teve problemas em mostrar a notificação para o pagamento de SISA adicional, referente à compra de casa. O Chefe argumentou que as pessoas são "especializadas" nos diferentes assuntos e que, de momento, apenas estava aquela funcionária especializada em IMT.
Teve de desmentir o senhor, pois em Abril já lá tinha estado e tinha sido atendido pela pessoa que, nesse dia, era "especializada em IMI", de acordo com as palavras desse senhor. Não deve ter gostado e partiu para a ameaça perguntando-lhe se sabia porque estava ali, e acrescentando que era por culpa sua, porque eu tinha mentido..."
E é assim! Por acaso também já reclamei, secundando outro utente, por estar demasiado tempo numa fila das Finanças, mas limitámo-nos a prencher uns impressos, com todos os dados identificativos e o motivo da reclamação. O gesto teve como consequeência que foi imediatamente aberto outro guiché para o mesmo fim, o que fez com que a demora fosse consideravelmente reduzida.
Neste País, nestas repartições públicas, ainda há funcionários com "hábitos" e modos do "antigamente"...