2005/05/27

Assumir compromisso claro com a Democracia!

Relativamente ao post anterior queria acrescentar três coisas:
(1) A TAP passou por um processo semelhante ao que refiro, vivido na EDP; o que prova que a situação de bandalheira da economia é, mais ou menos, generalizada e a possibilidade de recuperação também. E não é necessário ir, ao Brasil, buscar gestores, para operar estes "milagres"!
(2) Em ambos os casos (EDP e TAP) há a registar o cinismo dos governantes que deixaram arrastar e degradar as situações de descalabro económico até ao limite, sem nada fazer, mesmo sabendo o que era necessário fazer. No caso da EDP, o saneamento económico só se deu porque Cavaco Silva (outro responsável pelos crimes a que assistimos) deciciu que a empresa devia ser privatizada. Portanto, não me venham dizer que estes não são todos uns nazis, que destroem, premeditadamente, a nossa sociedade.
(3) O facto de haver, ou não, exemplos como estes (EDP e TAP) ilustrativo do que é necessário fazer, não altera, em nada, a razão e a validade do que tenho dito quanto a esta matéria. O que quero dizer é que inovar, como tanto por aí se fala, é saber ver o caminho, mesmo que ele seja novo e diferente e nunca tenha sido percorrrido.
Finalmente e relativamente aos comentários, queria dizer que, para mim, é essencial assumir compromisso sério com a democracia e com o caminho a seguir. Nalgumas pretensas críticas que por aí andam, não vejo isso e daí a minha desconfiança. É que o momento é propício para todos os oportunismos e os conspiradores têm manhas de sobra.
Aliás, as pessoas têm de aprender a identificar as novas formas do nazismo e não estarem à espera que ele apareça sob a forma dum rídículo bigode, a criar campos de concentração (isto, que vivemos agora é um campo de concentração gigantesco, nas mãos dos USA).
Hoje, o nazismo assume formas bem mais sofisticadas e disfarçadas, infiltrando-se em toda a parte e principalmente no descontentamento, que é a sua principal "fonte de alimentação". E, para falar verdade, algumas críticas primárias e sem conteúdo (sobretudo quanto ao que se propõe e quer) que por aí há, são óptimas para esse tipo de estratégias desse tipo de gente.
É preciso muita gente deste lado da luta, mas apenas gente séria, digna e democrática. Essa gente existe; é questão de saber se lhe damos o devido valor; a quem é que damos o devido valor. Os outros apenas querem destruir-nos ainda mais, de preferência com a nossa colaboração, já que, sem ela, é pouco provável que o consigam.