Eu não ouço Marcelo Rebelo de Sousa. Ainda assisti a alguns dos seus programas, há muito tempo, mas curei-me rapidamente. Até porque, depois de ter optado por não o ouvir, sempre que, por acaso, ouvia algumas das suas patacoadas, saía sempre asneira; só lhe ouvia disparates. Acho mesmo que a inclusão deste programa na grelha do canal 1 é mais um exemplo (há vários outros), a confirmar que a programação do “serviço público” está cada vez mais reaccionária, tendenciosa e tendenciosamente controlada.
Eu não ouço Marcelo porque ele não tem nada de novo, útil e socialmente digno e isento, para dizer.
Ainda ontem, a única coisa que lhe ouvi foi censurar António Costa, porque emite opiniões, o que é, a seu ver, uma promiscuidade: “nunca se sabe se está a emitir opiniões como dirigente do PS e membro do governo ou como cidadão”. Apetece-me dizer que o próprio, o Marcelo, não tem espelhos lá em casa, não tem isenção, ou então, lá porque é o comentador “escolhido” pelo serviço público, já se acha isento dos preceitos que “impõe” aos outros; ou então ninguém se “aventura” a criticar as críticas de sua excelência o mui isento e clarividente e omnisciente prof.
Sim porque ele não assume, claramente, a sua condição de militante do PSD, não se imiscui, a toda a hora, nos respectivos assuntos e decisões, não faz campanha eleitoral, não apoia e desapoia este ou aquele (usando e abusando da notoriedade (e prestígio) que obtém através desta sua “actividade” de comentador escolhido pelo serviço público). Não! Ele é o cúmulo da isenção! Acha que é muito esperto e que é mais provável influenciar as opiniões alheias, colonizar a nossa forma de pensar colectiva, se não assumir altos cargos no partido, é o que é…
Eu não ouço Marcelo, porque não me interessam as suas opiniões, que não têm, pelo seu conteúdo, qualquer valor para resolver os problemas do País, ou para melhorar e garantir a democracia e o estado de direito, bem pelo contrário. Comparo as opiniões de Marcelo a vulgares sessões de maledicência, usando de todo o tipo de sofismas, às vezes bem absurdos, sem qualquer isenção digna desse nome.
Eu não ouço Marcelo. Agora o que eu não posso tolerar é que, depois de nos impingirem (e há muita gente que acredita e confia nos critérios desta gente) as suas opiniões, como superiores, depois de nos impingirem o prof., no serviço público, a ocupar um horário que deixei de considerar opção de escolha, ainda nos venham impingir, nos noticiários nacionais, mais este “sapo”, para engolirmos, à semelhança de tantos outros, dando, às opiniões de Marcelo, a notoriedade e valor de assunto de noticiário. Tenham dó!
Quando é que, as opiniões de Marcelo, contribuíram para resolver os nossos problemas políticos, económicos ou sociais?
O que é que, nas opiniões de Marcelo, é susceptível de conter propostas e soluções que permitam resolver os nossos problemas?
A programação do “serviço público”, pago por nós todos, está cada vez mais reaccionária. Isso começou no tempo de PSL, mas não abrandou com a eleição de Sócrates, bem pelo contrário. Os assuntos importantes é que continuam a não ser discutidos dignamente; as opiniões importantes e dignas, aquelas que podem melhorar as nossas condições de vida, se forem ouvidas, é que continuam silenciadas.
A nós, àqueles que sabem o que fazer para resolver os nossos problemas colectivos mais prementes, é que ninguém dá espaço, ou permite opiniões. Isto é democracia?
Eu não ouço Marcelo porque ele não tem nada de novo, útil e socialmente digno e isento, para dizer.
Ainda ontem, a única coisa que lhe ouvi foi censurar António Costa, porque emite opiniões, o que é, a seu ver, uma promiscuidade: “nunca se sabe se está a emitir opiniões como dirigente do PS e membro do governo ou como cidadão”. Apetece-me dizer que o próprio, o Marcelo, não tem espelhos lá em casa, não tem isenção, ou então, lá porque é o comentador “escolhido” pelo serviço público, já se acha isento dos preceitos que “impõe” aos outros; ou então ninguém se “aventura” a criticar as críticas de sua excelência o mui isento e clarividente e omnisciente prof.
Sim porque ele não assume, claramente, a sua condição de militante do PSD, não se imiscui, a toda a hora, nos respectivos assuntos e decisões, não faz campanha eleitoral, não apoia e desapoia este ou aquele (usando e abusando da notoriedade (e prestígio) que obtém através desta sua “actividade” de comentador escolhido pelo serviço público). Não! Ele é o cúmulo da isenção! Acha que é muito esperto e que é mais provável influenciar as opiniões alheias, colonizar a nossa forma de pensar colectiva, se não assumir altos cargos no partido, é o que é…
Eu não ouço Marcelo, porque não me interessam as suas opiniões, que não têm, pelo seu conteúdo, qualquer valor para resolver os problemas do País, ou para melhorar e garantir a democracia e o estado de direito, bem pelo contrário. Comparo as opiniões de Marcelo a vulgares sessões de maledicência, usando de todo o tipo de sofismas, às vezes bem absurdos, sem qualquer isenção digna desse nome.
Eu não ouço Marcelo. Agora o que eu não posso tolerar é que, depois de nos impingirem (e há muita gente que acredita e confia nos critérios desta gente) as suas opiniões, como superiores, depois de nos impingirem o prof., no serviço público, a ocupar um horário que deixei de considerar opção de escolha, ainda nos venham impingir, nos noticiários nacionais, mais este “sapo”, para engolirmos, à semelhança de tantos outros, dando, às opiniões de Marcelo, a notoriedade e valor de assunto de noticiário. Tenham dó!
Quando é que, as opiniões de Marcelo, contribuíram para resolver os nossos problemas políticos, económicos ou sociais?
O que é que, nas opiniões de Marcelo, é susceptível de conter propostas e soluções que permitam resolver os nossos problemas?
A programação do “serviço público”, pago por nós todos, está cada vez mais reaccionária. Isso começou no tempo de PSL, mas não abrandou com a eleição de Sócrates, bem pelo contrário. Os assuntos importantes é que continuam a não ser discutidos dignamente; as opiniões importantes e dignas, aquelas que podem melhorar as nossas condições de vida, se forem ouvidas, é que continuam silenciadas.
A nós, àqueles que sabem o que fazer para resolver os nossos problemas colectivos mais prementes, é que ninguém dá espaço, ou permite opiniões. Isto é democracia?