2005/06/28

Medidas demagógicas e/ou criminosas, do governo!

Artigo publicado em Editorial, com o título: "A Maldição de José Sócrates!"
Parte II
As medidas do governo, que agravam as condições de vida dos cidadãos, são criminosas, ineficientes, inadequadas e prejudiciais à recuperação económica do país.
A sua escolha (porque se trata duma escolha, da pior escolha possível) foi imposta pela mentalidade reaccionária, nazi, das máfias a quem o governo obedece. Nelas se inserem o aumento dos impostos e a intensificação dos crimes de extorsão praticados pelos tribunais, pelo fisco e pelas polícias (através das multas), indiscriminadamente, sobre os cidadãos, violando os seus mais elementares direitos, de forma prepotente e cruel.
O governo, para nos tentar enganar, também finge adoptar medidas “moralizadoras”, que são inteiramente demagógicas. Porquê?
Porque se o governo não adopta as medidas essenciais para garantir os direitos fundamentais dos cidadãos e o correcto funcionamento da justiça, estas outras medidas não podem ser eficientes, até porque não são credíveis, visto manterem-se os arbítrios, na sua aplicação e a falta de segurança dos cidadãos, essencial para que possam ser mobilizados.
Mas há mais!
Mesmo abstraindo do impedimento, absoluto, determinado pelo descalabro no sector da justiça, as próprias medidas, em si, nem são as necessárias, nem assumidas da forma adequada.
No que se refere, por exemplo, aos vencimentos e regalias dos políticos e titulares de cargos públicos e às reformas, escandalosas, apropriadas por alguns vadios que nos têm destruído, a medida adequada é estabelecer um limite máximo de “rendimentos” quer para quem exerce algum cargo, quer para os reformados. Mas esse limite máximo deve ser indexado aos respectivos valores mínimos e médios, através dum factor. (Limite máximo igual a 4 vezes o valor mínimo, por exemplo).
A condição essencial para que essas medidas sejam úteis ao país é que sejam referendadas, para que não possam ser alteradas, à mercê da falta de pudor duma qualquer máfia que controle o poder, à semelhança das decisões que criaram as escandalosas situações actuais.
Reparem que as únicas medidas efectivamente tomadas são as que agravam as nossas condições sociais e prejudicam a economia, enquanto que estas se ficam pelas “promessas e boas intenções” (de mentirosos!). Só se pode confiar na idoneidade dum governo, desde que, na resolução dos problemas, comece pelo essencial…
Há uma série de razões, lógicas, de elementar bom senso, para que seja assim, pelo que me vou escusar de repetir esses argumentos.
Estas medidas devem ser referendadas, como também devem ser referendadas:
- A alteração do sistema eleitoral, a redução do número máximo de deputados e a valoração da abstenção.
- A regra da avaliação do desempenho do governo e deputados, em cada 18 meses, através de referendo.
- A introdução de novos cargos de eleição directa, como seja o do Primeiro-Ministro, dos Governadores Civis (juntamente com as autárquicas) e do Procurador Geral da República (que é para ver se o cargo passa a ser exercido por gente decente; e já que o governo nem isso consegue assegurar).
Conclusão:
- as medidas que nos interessam (e a forma de resolução dos problemas mais graves) devem ser adoptadas após consulta aos cidadãos (de acordo com a vontade dos cidadãos, em respeito pela vontade dos cidadãos, para se tornarem irreversíveis, para acabar com estes episódios abjectos de o PS, de cada vez que sobe ao poder, destruir ainda mais a economia, e o país e a democracia, porque só faz, de facto, cometer os piores e mais reaccionários crimes, aqueles que nem os reaccionários se atrevem a cometer.
Isto vem a acontecer desde o 25 de Abril, sem que alguém tenha coragem de o desmascarar, numa sequência infindável de conspirações mafiosas, como aquela que levou Sócrates ao poder, com o objectivo, premeditado, de ele actuar assim mesmo, como está a actuar.
Quantos meses mais irá durar este governo? Quem quer adiantar um palpite?
Por isso temos que intensificar as denúncias e as manifestações de repulsa, por tudo isto, para tentarmos, por todos os meios ao nosso alcance, que não se repita.
Temos que denunciar a cumplicidade de todos os partidos e lacaios com acesso aos OCS, que criam uma barreira de silêncio, de censura, de mordaça, à livre divulgação e discussão destas ideias (das propostas aqui referidas e de outras ideias semelhantes), apesar de toda a destruição que têm provocado, com essa atitude.
É necessário dizê-lo muitas vezes: existem as medidas adequadas, justas, dignas, democráticas e, consequentemente, eficientes, para resolver os nossos problemas e melhorar, muito, a nossa economia. Como também existem as pessoas adequadas para as executar. Isso não tem sido possível porque somos reféns de mafiosos, porque não existe democracia (nem sequer ao nível da discussão das ideias).
P.S.: estou de acordo com a prolongamento dos horários das escolas do ensino básico (medida, mesmo assim, tímida) e com outras medidas anunciadas para a educação (apesar de enfermarem da mesma timidez), mas não temos qualquer garantia de que venham a ser adoptadas, porque é bem provável que o governo caia antes; o que permitiria reverter todas estas medidas, em função dos interesses dos respectivos lobbies e máfias, ficando para o governo de Sócrates a “utilidade” de ter sancionado e adoptado as medidas criminosas, mais infames e prejudiciais, para assim facilitar o caminho dos abutres… que é a missão que lhe foi incumbida!