2005/06/29

Assumir a própria loucura…

Esta “prosa” foi extraída dum folheto que me foi entregue, fazendo parte doutros documentos que guardo, igualmente. Refere-se à credibilidade (e ausência de isenção) do comportamento da comunicação social, que se manifesta de forma mais evidente e escandalosa no "Processo Casa Pia".
Em face da situação que vivemos, a melhor atitude é assumirmos a nossa “loucura”. É o que me apetece fazer hoje, relativamente a várias coisas; é assim que me sinto; por isso transcrevo este excerto:

“Um jornaleco que ninguém lê, concedeu-me um espaço, na contra-capa, para me descrever, em frente ao TIC, e concluir, insultuosamente: “São os loucos de Lisboa!”. Aqui estou para reivindicar o “título” e as respectivas vantagens!

No meio da prosa inqualificável, da respectiva “caixa”, o epíteto até me suou a elogio. Saído de tão escabrosa pena, sem dúvida que é um elogio! Todavia, os mais incautos não o sabem; não conhecem os factos e, por isso, o texto tem objectivos insultuosos.
Conhecendo os factos, eu diria que a dita prosa é mais um acto de terrorismo psicológico, demagogo, falacioso, mentiroso, sobretudo manipulador, dos muitos que têm sido cometidos, de forma tendenciosamente criminosa, pela comunicação social, no âmbito deste processo: o Processo da Casa Pia.

Se não me tivessem chamado a atenção, eu não daria por nada, porque não leio este tipo de “literatura de cordel”, obscurantista e manipuladora de ingénuos e ignorantes! Mesmo assim, li a prosa mas não comprei o jornal, porque me recuso a ajudar a sustentar este tipo de actividades perniciosas.
Para deixarmos os adjectivos e antes de passarmos aos factos, recordo que estou aqui a reivindicar o meu estatuto de “Louco”, porque uma pessoa de perfeito juízo, segundo o conceito convencional, nem perderia tempo com este tipo de coisas. Não deveria ser necessário perder tempo com este tipo de coisas; o facto é que o acto se insere numa conspiração, que pretende passar o poder para as mãos de gente tenebrosa.

Gente tenebrosa que tem usado o Processo da Casa Pia, para fazer uma demonstração de prepotência toda-poderosa e de impunidade, com que ameaça e chantageia todas as figuras públicas. O terrorismo psicológico, feito através da comunicação social, de que este episódio é mais um exemplo, tem sido a arma principal desta conspiração nazi. Mas isto digo eu! E eu sou louco!

A situação escabrosa a que estes criminosos conduziram o país é imaginação minha! As intervenções indignadas e/ou desesperadas da maioria dos participantes nos “fóruns” da TSF, de manhã, também são fruto da minha imaginação de louco! Ou será que esta minha loucura se transformou em doença contagiosa? Se sim, como tudo indica, cabe indagar quem é que contagiou quem.

Apesar disto tudo, suponho que seja “politicamente correcto” considerar que a maioria dos cidadãos, dos políticos, dos notáveis, dos jornalistas, dos responsáveis da sociedade, são pessoas mentalmente sãs.

Então como é possível que a nossa situação política, económica, social, de ausência de justiça, de degradação da idoneidade da comunicação social, tenha atingido o estado de calamidade em que se encontra?

Num panorama destes eu só posso ser louco! Prefiro a loucura! Porque num país assim, só sendo louco se pode conservar um mínimo de sanidade mental, quando se tem aversão aos anti-depressivos, como é o meu caso! Só sendo louco se pode viver num país assim, onde nenhuma instituição funciona como deve, onde tudo se subverte e perverte, onde tudo funciona ao contrário do que devia.

Os jornalistas não têm nada que ver com isto? Eu acho que têm uma enorme responsabilidade nisto; por acção e por omissão. Mais por acção do que por omissão. Mas eu sou louco! Abençoada loucura, que nos ajuda a sobreviver num país governado, prepotentemente, por criminosos, que ninguém elegeu, porque eles não vão a eleições. Têm outros meios, mais eficientes, de se apoderarem do poder e de o exercerem através dos fantoches, que a população elege, iludida por falsas promessas!

A situação do escândalo da Casa Pia só se manteve durante tantas décadas e só atingiu as proporções que se conhecem, porque a comunicação social silenciou sempre as denúncias dos cidadãos. E continua a silenciar a verdade e as denúncias dos cidadãos. O que publica é a versão (encomendada) de alguns poucos implicados nos crimes cometidos, promovidos a “testemunhas”, cuja colaboração o governo se prepara para recompensar criminosamente, usando o dinheiro dos nossos impostos.

Vítimas?! As vítimas continuam silenciadas, como sempre estiveram e não serão nunca, indemnizadas!

Quantas outras situações escabrosas são silenciadas, diariamente pela comunicação social?

Pode-se ter confiança neste tipo de jornalistas, que só publicam o que convém à conspiração, da forma como convém à conspiração, mesmo tendo consciência dos crimes que cometem? Não! Mas eu é que sou louco!

Sou louco, sim, mas nunca acusaria um qualquer inocente, mesmo que disso dependesse a minha vida; muito menos o faria, por vil opção de vida, como o faz a comunicação social portuguesa no âmbito do Processo Casa Pia... e não só. Acusar inocentes, prender inocentes, são crimes hediondos que, neste caso, têm sido cometidos conscientemente e premeditadamente pelos conspiradores e pelos jornalistas.
As notícias publicadas nos jornais, em forma de campanha, as mentiras repetidas vezes sem conta, têm um papel muito importante neste estado de coisas.
BASTA! TENHAM VERGONHA! DEVOLVAM-NOS A NOSSA DEMOCRACIA!”

E pronto! Nada mais a dizer, hoje, que me deu para a abstracção!

APELO!
Atenção às campanhas mais recentes:
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