Há pouco, um sismo sentido, em Lisboa, deixou em pânico algumas pessoas que eu conheço! Perante fenómenos como este é sempre “política e socialmente correcto” manter a compostura. Também é filosoficamente correcto não “entrar em pânico”, até porque nada se ganha com isso.
Mas, apesar de toda essa, conveniente, racionalização de sentimentos, decidi aproveitar a ocasião para passar à escrita os meus receios mais profundos, os que me estão sempre no subconsciente. É apenas para ilustrar os reais motivos de todo o meu alarido acerca da necessidade premente de que mude a maneira de actuar das nossas instituições. Passo a explicar:
Sismos, ou outras calamidades da mesma natureza, são coisas que podem acontecer, em qualquer momento, em qualquer lugar! O que me preocupa é a sensação que tenho de que as instituições que existem (formalmente, apenas) na nossa sociedade, não sabem nem querem saber organizar-se e organizar-nos para se poder responder, adequadamente, a uma emergência desta natureza! A provar o que digo, aí estão os incêndios, todos os anos, sem que sejam tomadas as medidas, óbvias, para os prevenir e combater eficientemente!
Tudo isso porquê? Porque a maneira, obtusa e obsoleta de actuar, das nossas instituições, as impedem de organizar e mobilizar uma ínfima parte que seja, da nossa população, para dar resposta a este tipo de situações. No verão passado, mais uma vez, lembro-me de ter ouvido anunciar, como se dum grande feito se tratasse, que estavam envolvidos, no combate aos incêndios, cerca de cinco mil bombeiros. Numa população de dez milhões de pessoas, não está mal. Está péssimo! É que bastaria mobilizar cerca de 3% da população, para ter envolvidas trezentas mil pessoas. Ah! Já sei! Já ouvi isso (e odiei) inúmeras vezes: é que somos todos estúpidos, atrasados, maus, pérfidos, ignorantes, incompetentes; porque umas quantas cabeças “iluminadas” de extrema perfídia, decidiram e decretaram que temos que ser assim, para que os nossos problemas não possam ter solução, para que eles não tenham obrigações; para que, uns quantos, se possa aproveitar das nossas desgraças colectivas para fazerem negócios clandestinos; para que possam pavonear toda a sua cretinice, sem contestação.
É assim que funcionam todas as nossas instituições; são estes os efeitos concretos, na nossa vida, da forma absurda, retrógrada e prepotente que os nossos governantes têm de nos impor a incompetência dos seus “compadres”.
É isso que eu temo, quando sinto um sismo: é que, se a situação se complicar, ninguém nos acode, não existem estruturas organizadas, na sociedade, em condições de mobilizar e prestar o auxílio devido e possível. Vai ser, como em tudo o resto, o “salve-se quem puder”! É que estas coisas têm de ser implementadas e organizadas, ao longo do tempo, com paciência, eficiência, persistência; mas, acima de tudo, com integridade e honestidade, com idoneidade!
Estas omissões são a nossa principal desgraça, existem sem motivo, porque tudo pode ser diferente e é por isso que me empenho tanto a lutar por mudanças eficientes. Fora do circo espalhafatoso dos político da treta, que têm da política a pior ideia possível; que praticam a pior política possível.
Mas, apesar de toda essa, conveniente, racionalização de sentimentos, decidi aproveitar a ocasião para passar à escrita os meus receios mais profundos, os que me estão sempre no subconsciente. É apenas para ilustrar os reais motivos de todo o meu alarido acerca da necessidade premente de que mude a maneira de actuar das nossas instituições. Passo a explicar:
Sismos, ou outras calamidades da mesma natureza, são coisas que podem acontecer, em qualquer momento, em qualquer lugar! O que me preocupa é a sensação que tenho de que as instituições que existem (formalmente, apenas) na nossa sociedade, não sabem nem querem saber organizar-se e organizar-nos para se poder responder, adequadamente, a uma emergência desta natureza! A provar o que digo, aí estão os incêndios, todos os anos, sem que sejam tomadas as medidas, óbvias, para os prevenir e combater eficientemente!
Tudo isso porquê? Porque a maneira, obtusa e obsoleta de actuar, das nossas instituições, as impedem de organizar e mobilizar uma ínfima parte que seja, da nossa população, para dar resposta a este tipo de situações. No verão passado, mais uma vez, lembro-me de ter ouvido anunciar, como se dum grande feito se tratasse, que estavam envolvidos, no combate aos incêndios, cerca de cinco mil bombeiros. Numa população de dez milhões de pessoas, não está mal. Está péssimo! É que bastaria mobilizar cerca de 3% da população, para ter envolvidas trezentas mil pessoas. Ah! Já sei! Já ouvi isso (e odiei) inúmeras vezes: é que somos todos estúpidos, atrasados, maus, pérfidos, ignorantes, incompetentes; porque umas quantas cabeças “iluminadas” de extrema perfídia, decidiram e decretaram que temos que ser assim, para que os nossos problemas não possam ter solução, para que eles não tenham obrigações; para que, uns quantos, se possa aproveitar das nossas desgraças colectivas para fazerem negócios clandestinos; para que possam pavonear toda a sua cretinice, sem contestação.
É assim que funcionam todas as nossas instituições; são estes os efeitos concretos, na nossa vida, da forma absurda, retrógrada e prepotente que os nossos governantes têm de nos impor a incompetência dos seus “compadres”.
É isso que eu temo, quando sinto um sismo: é que, se a situação se complicar, ninguém nos acode, não existem estruturas organizadas, na sociedade, em condições de mobilizar e prestar o auxílio devido e possível. Vai ser, como em tudo o resto, o “salve-se quem puder”! É que estas coisas têm de ser implementadas e organizadas, ao longo do tempo, com paciência, eficiência, persistência; mas, acima de tudo, com integridade e honestidade, com idoneidade!
Estas omissões são a nossa principal desgraça, existem sem motivo, porque tudo pode ser diferente e é por isso que me empenho tanto a lutar por mudanças eficientes. Fora do circo espalhafatoso dos político da treta, que têm da política a pior ideia possível; que praticam a pior política possível.