2004/12/07

Os "mais prováveis" motivos de Sampaio!

Na releitura que fiz e descrevi no artigo anterior, tropecei neste trecho, em rodapé, na pág.171: “Um ex-investigador da PJ, já reformado, que esteve envolvido num dos mais importantes processos deste país, garantiu-me que a PJ usa, muitas vezes, os jornalistas, para vincular falsas notícias, de acordo com os interesses da investigação. Nomeadamente para criar, na opinião pública, certos preconceitos em relação a A ou B. Os jornalistas deixam-se usar, com “medo” de perderem as suas fontes.”
Na pág. 169: “Alguém me diz que “eles” usam a técnica da máfia: “apagam” um fogo, com um fogo ainda maior” (Oh Sr. Carlos Cruz, haviam de usar a técnica de quem? Então “eles” não são a própria máfia?).
Na pág. 201: “Desilude-me o Engº Sócrates, que está muito diferente do lutador pelo Euro2004, que dizia estar na política em nome de princípios. Afinal são mais os fins do que os princípios.”
Na pág. 417: “ O “rapaz” é autor, confesso, de três tipos de crimes públicos. Que terá ele dito, ou feito, para não estar a ser julgado por tais crimes?”
Na pág. 411: “O relatório é fruto dum inquérito (…) aos comportamentos do Carlos Silvino, na sequência de exposição feita por Mestre Américo” (em 1980????). Leiam com atenção, porque vale a pena.
Na pág. 308 (nota 177): Parece que este caso, do blog “muitomentiroso” está ainda sob investigação, pelo que foi extraída uma certidão do Processo Casa Pia. Irá até ao fim? Ou o seu conteúdo terá tanto de verdade que a investigação acaba por morrer para “não levantar poeira”?” (Pode crer! Aqui está a “poeira” maior, as eleições antecipadas, para apagar essa outra “poeira”. Como qualquer máfia que se preze).
O descaramento é tal que, numa das edições recentes do “Prós e Contras”, até apareceu um ex-inspector da Judiciária (está reformado, a viver à conta de todos nós), que é “referenciado” no Documento do GOVD, publicado no Muimentiroso, como traficante de droga, como alto responsável pelo tráfico de droga da PJ. É daquelas coisas que a gente vê e não acredita!

Pois é, parece que não tem nada a ver, mas estas referências à manipulação da opinião pública, usando falsidades e manobras de diversão, com fins inconfessáveis, juntamente com o facto, indesmentível, de que somos governados por grupos de tráfico de influências (vulgo: máfias, já amplamente “identificadas” em comentários neste “blog”), fez com que, de repente, me viesse à cabeça uma hipótese de explicação para a atitude de Sampaio.
Não creio que, subitamente, o PR tenha “sido assaltado”, por uma grande caridade para com a população deste país. Se assim fosse, teria aproveitado para proceder correctamente, para iniciar uma nova era de intervenção da população neste tipo de assuntos, com o que evitaria muitos dos actuais (e futuros) “factos políticos” artificiais. Até podia ser que os políticos passassem a ter mais atenção à sua forma de actuar, o que seria uma enorme vantagem para o país.
Portanto, a meu ver, estão por explicar “os motivos” de Sampaio. Tanto mais que o fez logo a seguir a ter garantido a Santana que não o ia fazer. Pois! Cheira-me que, de facto, ele não tinha intenção de o fazer. Fê-lo porque recebeu “ordens” nesse sentido. Nem precisou de ouvir quem devia ouvir! Não esqueçamos que todos os “entendidos” atribuem a atitude do Presidente a “pressões” (eu chamar-lhe-ia: ordens) dos empresários. Agora mesmo vi, no canal um da RTP, um deles, que também é referido no “Muimentiroso”, o Engº Pães do Amaral, que se “esforçou”, demais, para se proteger, no Processo Casa Pia e à custa das patifarias do Processo Casa Pia, para agora permitir que alguma “ponta solta”, resultante duma qualquer investigação, lhe viesse estragar a “conspiração”!
Que importância tem o facto de o PR convocar eleições, a mando desta gente? A meu ver, significa a diferença entre: o início da resolução dos nossos problemas; e: Continuarmos a ter “mais e pior do mesmo”! Até porque os mafiosos não avançariam para esta “solução”, se não tivessem garantias de que os beneficiava. A meu ver, essas garantias existem, em demasia. Sócrates é uma delas. A paralisia do “interregno” é outra; a protecção do Presidente (que entretanto devia vigiar e garantir que as instituições funcionassem) é outra, porque ele já nos habituou aos seus discursos ocos, de quem fala em vez de fazer, de quem “fala bem” mas faz (promove) o contrário do que diz!
De facto a vida tem estado difícil para nós, mas começava a ser “incómoda e incerta” para alguns grupos criminosos, que actuam de dentro das instituições. Que melhor forma de desviar as atenções e ganhar tempo, para recolocar as peças em jogo e “cercar” os novos “donos” do poder, do que um “intervalo para eleições”?
Estas “cabalas” em que vivemos desde há muitos anos, sempre ultrapassaram “as crises” com este estratagema, que habitualmente se designa como: “o facto consumado”, que traduziria, neste caso, do seguinte modo: enquanto são eles a praticar toda a espécie de crimes, gritam que há que “respeitar” as instituições; quando chega a vez de responderem pelos seus crimes, criam uma manobra de diversão, manipulam e usam tudo e todos, para “deixar assentar a poeira”, para fazer esquecer os respectivos casos, que passam a pode “ficar esquecidos” num qualquer canto inacessível!
Agora mesmo ouço a notícia de mexidas no SIS. Serão as necessárias, ou são as que convém para continuar a encobrir todos os criminosos? O tempo o dirá!
Cá ficamos para ver, Sr. Presidente! E para lhe assacar as responsabilidades das “omissões” que permitir, entretanto!
Cá ficamos à espera, Sr. Sócrates, para avaliar o seu carácter e o seu envolvimento com gente desta!
É que, enquanto for esta gente a mandar, como até agora, o país não vai a lado nenhum, seja quem for que “exerça”, teoricamente, o poder! Mas a culpa é sempre dos políticos. É a eles que é entregue o poder!